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Drª Gabriela C Amato 1 Adicionais • HORAS EXTRAS – mínimo de 50% • ADICIONAL NOTURNO Urbano – 20% Rural – 25% • INSALUBRIDADE – 40%, 20% ou 10% • PERICULOSIDADE – 30% do salário • TRANSFERÊNCIA – 25% do salário Drª Gabriela C Amato 2 • Viúvas poderão manter plano de saúde É comum em alguns contratos de planos de saúde -especialmente nos anteriores à regulamentação do setor, em 1999-constarem cláusulas sobre a remissão, que é a continuidade do atendimento aos dependentes após a morte do titular. Em geral, os dependentes ficam um período isentos de pagar a mensalidade e, depois disso, a operadora cancela a assistência médica. De acordo com a nova regra da ANS, o término do período de remissão não extingue o contrato do plano familiar. Ou seja, os dependentes assumem o pagamento das mensalidades e têm garantido o direito de manutenção do plano nas mesmas condições contratuais -inclusive com os mesmos patamares de mensalidade. Drª Gabriela C Amato 3 • Justiça flexibiliza aplicação de cotas para deficientes físicos Entre 2005 e o dia 15 deste mês, 474 companhias na Grande São Paulo e Baixada Santista foram notificadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por não atingirem a cota exigida. Mas em razão dessa dificuldade, a Justiça tem sido mais flexível na aplicação da norma. Em decisões recentes, os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília anularam multas sofridas pelas empresas, por entender que elas, apesar de não alcançarem os índices exigidos, empenharam-se no cumprimento da lei. Drª Gabriela C Amato 4 • Pela Lei nº 8.213, as empresas com mais de cem empregados são obrigadas a destinar de 2% a 5% de suas vagas para deficientes. Uma empresa de transportes do Rio com 984 funcionários, por exemplo, viu-se obrigada a contratar 40 empregados deficientes - 4% do total de trabalhadores - para cumprir a norma. Mesmo abrindo concurso, só conseguiu 26 funcionários. Por não atingir a meta, foi autuada em 2003 em cerca de R$ 200 mil, em valores atualizados. Na Justiça, a companhia conseguiu no início deste mês cancelar a multa. Drª Gabriela C Amato 5 • O juiz José Mateus Alexandre Romano, da 38ª Vara do Trabalho do Rio, entendeu que a aplicação da lei deve respeitar o princípio da razoabilidade. Segundo o magistrado, a companhia demonstrou que "as vagas existem, o que não existe é profissional qualificado no emprego". Para ele, "obrigar empresas a contratarem qualquer um, um despreparado, sem qualificação profissional, é o mesmo que colocar em risco o empreendimento". Drª Gabriela C Amato 6 • Atestado de Antecedentes Criminais O nosso sistema legal veda qualquer tipo de prática discriminatória, logo a verificação ou requisição do atestado de antecedentes criminais, ainda que não tenha o caráter discriminatório, pode ser interpretada desta forma, seja pelo empregado, seja pelo fiscal numa eventual fiscalização ou mesmo pelo Ministério Público do Trabalho. A Lei 9.029/95 trata sobre o assunto, a qual traz em seu art. 1º a seguinte redação: Drª Gabriela C Amato 7 • "Art. 1º Fica proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso a relação de emprego, ou sua manutenção, por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar ou idade, ressalvadas, neste caso, as hipóteses de proteção ao menor previstas no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal." Drª Gabriela C Amato 8 • Há situações em que as características da atividade a ser exercida justificam a exigência da apresentação do atestado de antecedentes criminais. Como exemplo, podemos citar o caso de empregados que lidem com cifras elevadas, detenham porte de armas, façam transporte de crianças etc. Nessas hipóteses, a existência de antecedentes criminais do trabalhador constitui informação relevante para a contratação. Drª Gabriela C Amato 9 • EXIGÊNCIA DE DOCUMENTAÇÃO - DANO MORAL - A simples exigência de documentação, tais como declaração de bons antecedentes e exames laboratoriais, não têm o condão, por si só, de caracterizar lesão a direitos da personalidade do cidadão trabalhador e causar danos morais. (TRT-17ª R. - RO 00799.2006.011.17.00.9 - Rel. Juiz Carlos Henrique Bezerra Leite - J. 24.04.2008) Drª Gabriela C Amato 10 • 2. UTILIZAÇÃO PELA EMPRESA DE BANCO DE DADOS PARA OBTER INFORMAÇÕES SOBRE ANTECEDENTES CRIMINAIS RELATIVAS A EMPREGADOS OU CANDIDATOS A EMPREGO - DANO MORAL COLETIVO NÃO CONFIGURADO - Ainda que a ré tenha se utilizado de banco de dados para obter informações a respeito de antecedentes criminais relativas a empregados ou candidatos a emprego, somente esse fato não gera o alegado dano imaterial, tendo em vista que não restou comprovado que pesquisa efetuada pela ré tenha sido fato impeditivo da inclusão de candidatos a emprego no mercado de trabalho formal, única caso em que poderia ser caracterizado o dano moral. (TRT-9ª R. - Proc. 98918- 2004-014-09-00-6 - (17006-2006) - 4ª T. - Rel. Juiz Arnor Lima Neto - DJPR 09.06.2006) Drª Gabriela C Amato 11 Direitos Trabalhistas FGTS e INSS Férias Individuais 13º Salário Atestado Médico Acordo de Compensação de Horas Aviso Prévio Estágio Profissional Férias Coletivas Licença Maternidade Salários – Prazo de Pagamento 7 dias úteis CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) Drª Gabriela C Amato 12 FGTS • Todo trabalhador brasileiro com contrato de trabalho formal, regido pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e, também, trabalhadores rurais, temporários, avulsos, safreiros (operários rurais, que trabalham apenas no período de colheita) e atletas profissionais têm direito ao FGTS. O diretor não empregado e o empregado doméstico podem ser incluídos no sistema, a critério do empregador. • As hipóteses de movimentação da conta vinculada ao FGTS foram estabelecidas no artigo 20 da Lei 8.036/90. Drª Gabriela C Amato 13 • O FGTS foi instituído pela Lei nº 5.107, de 13/09/66. Esta lei foi regulamentada pelo Decreto nº 59.820, de 20/12/66. Formado por depósitos mensais, efetuados pelas empresas em nome de seus empregados, no valor equivalente ao percentual de 8% das remunerações que lhes são pagas ou devidas; em se tratando de contrato temporário de trabalho com prazo determinado, o percentual é de 2%, conforme dispõe o inciso II do art. 2º da Lei nº 9.601, de 21/01/98. Drª Gabriela C Amato 14 • Atualmente, a Lei que dispõe sobre o FGTS é a de nº 8.036, de 11/05/90, republicada em 14/05/90, já tendo sofrido várias alterações. • O Fundo constitui-se em um pecúlio disponibilizado quando da aposentadoria ou morte do trabalhador, e representa uma garantia para a indenização do tempo de serviço, nos casos de demissão imotivada. • A diferença básica em relação ao modelo anterior é que esses depósitos integram um Fundo unificado de reservas, com contas individualizadas em nome dos trabalhadores. Drª Gabriela C Amato 15 • Além de ampliar o direito indenizatório do trabalhador, que pode, ao final do tempo útil de atividade, contar com o valor acumulado dos depósitos feitos em seu nome, o sistema também o favorece de forma indireta, ao proporcionar as condições necessárias à formação de um Fundo de aplicações, voltado para o financiamento de habitações, assim como para investimentos em saneamento básico e infra-estrutura urbana. • Como conseqüência, este mecanismo também proporciona a geração de empregos na construçãocivil, bem como possibilita aos trabalhadores ganhos indiretos decorrentes da ampliação da oferta de moradias. Drª Gabriela C Amato 16 • Com o novo sistema, o encargo adicional gerado para as empresas, por ocasião da implantação do sistema, foi de apenas 2,8%, já que a contribuição de 8% para o FGTS foi compensada com a extinção de outras contribuições até então existentes. Deve-se ressaltar, ainda, o fato de que a contribuição para o FGTS guarda proporcionalidade com a indenização prevista na CLT, permitindo, assim, que a empresa efetive a cobertura parcelada da indenização a que teria direito o trabalhador, quando de seu desligamento. Esse aspecto pode ser considerado, também, como um benefício para o empregador. Drª Gabriela C Amato 17 INSS • O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é uma autarquia do Governo Federal do Brasil que recebe as contribuições para a manutenção do Regime Geral da Previdência Social, sendo responsável pelo pagamento da aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente, entre outros benefícios previstos em lei. O INSS trabalha junto com a Dataprev, empresa de tecnologia que faz o processamento de todos os dados da Previdência. Está subordinado ao Ministério da Previdência Social. • Além do regime geral, os estados e municípios podem instituir os seus regimes próprios, financiados por contribuições específicas. Drª Gabriela C Amato 18 Cobrança das contribuições • Parte das contribuições são efetivadas por desconto na folha de pagamento, antes de o funcionário da empresa receber o valor total de seu salário. Mas existe um limite máximo para o desconto do INSS. Quando o empregado tiver como salário um valor superior ao limite máximo de contribuição, só é admissível descontar do salário um valor estabelecido, chamado de teto. Mesmo ganhando mais, não poderá contribuir com mais dinheiro. • Todos os meses, o funcionário terá descontado na sua folha de pagamento o valor referente ao INSS. As porcentagens de desconto irão variar dependendo do salário de cada um. Drª Gabriela C Amato 19 • As leis previdenciárias mudam com uma certa freqüência, por isso a tabela de descontos do INSS sobre o salário no atual momento é: Tabela (a partir de fevereiro de 2012) Faixa salarial Alíquota até R$ 1.174,86 = 8,00% R$ 1.174,87 até R$ 1.958,10 = 9,00% R$ 1.958,11 até R$ 3.916,20 = 11,00% • Limite máximo de desconto não esquecer! • Valor deduzido junto com os dependentes, para calculo de I.R.P.F. • Além do valor deduzido na fonte, conforme a tabela acima, a empresa tem que recolher a título de INSS 20% do valor da folha, independente de terem salários acima do teto máximo definido. Ou seja, existe o desconto do patrão e o do empregado. • Salário Família (portaria interministerial nº2/2012) Até R$ 608,80 = R$ 31,22 De 608,80 até R$ 915,05 = R$ 22,00 • Imposto de Renda Isento até R$ 1.637,11 De 1637,12 a 2453,50 – 7,5% - 122,78 De 2453,51 a 3271,38 – 15% - 306,80 De 3271,39 a 4087,65 – 22,5% - 552,15 Acima de 4087,65 – 27,5% - 756,53 Drª Gabriela C Amato 21 Tipos de contribuinte • Empregado: quem trabalha para empresa. • Empregado doméstico: quem trabalha em uma residência (ex:jardineiro). • Trabalhador avulso: quase sempre é um portuário. • Contribuinte individual: são os autônomos e todos os que recebem remuneração que não é salário. • Segurado especial: pequenos agricultores e pescadores. Drª Gabriela C Amato 22 Pagamento de benefícios • A Previdência Social, por intermédio do INSS, oferece onze modalidades de benefícios previdenciários, um benefício assistencial e dois serviços previdenciários. Os benefícios diferem dos serviços porque são monetários e os assistenciais diferem dos previdenciários porque independem de contribuição. Drª Gabriela C Amato 23 Benefícios previdenciários Aposentadoria por idade: têm direito ao benefício os trabalhadores urbanos do sexo masculino aos 65 anos e do sexo feminino aos 60 anos de idade. Os trabalhadores rurais podem pedir aposentadoria por idade com cinco anos a menos: aos 60 anos, homens, e, aos 55 anos, mulheres. Para solicitar o benefício, os trabalhadores urbanos inscritos a partir de 25 de julho de 1991 precisam comprovar 180 contribuições mensais. Os rurais têm de provar, com documentos, 180 meses de trabalho no campo (MPAS). Drª Gabriela C Amato 24 • Aposentadoria por invalidez: benefício concedido aos trabalhadores que, por doença ou acidente, forem considerados pela perícia médica da Previdência Social incapacitados para exercer suas atividades ou outro tipo de serviço que lhes garanta o sustento (MPAS). • Aposentadoria por tempo de contribuição Pode ser integral ou proporcional. Para ter direito à aposentadoria integral, o trabalhador homem deve comprovar pelo menos 35 anos de contribuição e a trabalhadora mulher, 30 anos. Para requerer a aposentadoria proporcional, o trabalhador tem que combinar dois requisitos: tempo de contribuição e idade mínima. Drª Gabriela C Amato 25 • Os homens podem requerer aposentadoria proporcional aos 53 anos de idade e 30 anos de contribuição, mais um adicional de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de 1998 para completar 30 anos de contribuição. • As mulheres têm direito à proporcional aos 48 anos de idade e 25 de contribuição, mais um adicional de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de 1998 para completar 25 anos de contribuição. Drª Gabriela C Amato 26 • Para ter direito à aposentadoria integral ou proporcional, é necessário também o cumprimento do período de carência, que corresponde ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o segurado faça jus ao benefício. Os inscritos a partir de 25 de julho de 1991 devem ter, pelo menos, 180 contribuições mensais. Os filiados antes dessa data têm de seguir a tabela progressiva. • A perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão da aposentadoria por tempo de contribuição. Drª Gabriela C Amato 27 • Nota: A aposentadoria por tempo de contribuição é irreversível e irrenunciável: depois que receber o primeiro pagamento, sacar o PIS ou o Fundo de Garantia (o que ocorrer primeiro), o segurado não poderá desistir do benefício. O trabalhador não precisa sair do emprego para requerer a aposentadoria. Drª Gabriela C Amato 28 Aposentadoria especial: benefício concedido ao segurado que tenha trabalhado em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física (MPAS). Para ter direito à aposentadoria especial, o trabalhador deverá comprovar, além do tempo de trabalho, efetiva exposição aos agentes físicos, químicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais pelo período exigido para a concessão do benefício (15, 20 ou 25 anos). Drª Gabriela C Amato 29 Auxílio-doença: benefício concedido ao segurado impedido de trabalhar por doença ou acidente por mais de 15 dias consecutivos. No caso dos trabalhadores com carteira assinada, os primeiros 15 dias são pagos pelo empregador e a Previdência Social paga a partir do 16º dia de afastamento do trabalho. No caso do contribuinte individual (empresário, profissionais liberais, trabalhadores por conta própria, entre outros), a Previdência paga todo o período da doença ou do acidente (desde que o trabalhador tenha requerido o benefício). A quantidade de meses a receber pelo benefício é estabelecido pelo INSS após fazer a pericia médica. Drª Gabriela C Amato 30 • Para ter direito ao benefício, o trabalhador tem de contribuir para a PrevidênciaSocial por, no mínimo, 12 meses. Esse prazo não será exigido em caso de acidente de qualquer natureza (por acidente de trabalho ou fora do trabalho). Para concessão de auxílio-doença é necessária a comprovação da incapacidade em exame realizado pela perícia médica da Previdência Social (MPAS). Drª Gabriela C Amato 31 Auxílio-acidente: benefício pago ao trabalhador que sofre um acidente e fica com seqüelas que reduzem sua capacidade de trabalho. É concedido para segurados que recebiam auxílio-doença. Têm direito ao auxílio-acidente o trabalhador empregado, o trabalhador avulso e o segurador especial. O empregado doméstico, o contribuinte individual e o facultativo não recebem o benefício (MPAS). Drª Gabriela C Amato 32 Auxílio-reclusão: os dependentes do segurado que for preso por qualquer motivo têm direito a receber o auxílio-reclusão durante todo o período da reclusão. O benefício será pago se o trabalhador não estiver recebendo salário da empresa, auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço (MPAS). Drª Gabriela C Amato 33 • Pensão por morte: benefício pago à família do trabalhador quando ele morre. Para concessão de pensão por morte não há tempo mínimo de contribuição, mas é necessário que o óbito tenha ocorrido enquanto o trabalhador detinha a qualidade de segurado (MPAS). • Salário-maternidade: as trabalhadoras que contribuem para a Previdência Social têm direito ao salário-maternidade nos 120 dias em que ficam afastadas do emprego por causa do parto. O benefício foi estendido também para as mães adotivas (MPAS). Drª Gabriela C Amato 34 Salário-família: para complementar a renda familiar concedida a menores de 14 anos que freqüentam a escola: Benefício pago aos trabalhadores com salário mensal de até R$ 710,08 para auxiliar no sustento dos filhos de até 14 anos incompletos ou inválidos (MPAS). Drª Gabriela C Amato 35 Benefício assistencial ao idoso e ao deficiente • Devido a pessoas que não têm condições financeiras de contribuir para a Previdência Social. Têm direito ao amparo assistencial os idosos a partir de 65 anos de idade que não exerçam atividade remunerada que também não haja nenhum outro aposentado na família e os portadores de deficiência incapacitados para o trabalho e vida independente (MPAS). Serviços previdenciários • Reabilitação profissional e serviço social. Drª Gabriela C Amato 36 • BENEFÍCIO Salário-maternidade = Sem carência para as empregadas, empregadas domésticas e trabalhadoras avulsas; 10 contribuições mensais (contribuintes individual e facultativo); 10 meses de efetivo exercício de atividade rural, mesmo de forma descontínua, para a segurada especial. Drª Gabriela C Amato 37 Auxílio-doença = 12 contribuições mensais Aposentadoria por invalidez = 12 contribuições mensais Aposentadoria por idade = 180 contribuições Aposentadoria especial = 180 contribuições Aposentadoria por tempo de contribuição = 180 contribuições Auxílio-acidente = sem carência Salário-família = sem carência Pensão por morte = sem carência Auxílio-reclusão = sem carência Drª Gabriela C Amato 38 Encargos Sociais Sobre a Folha de Pagamento • a) 20% referente ao INSS Patronal para as empresas NÃO optantes do Simples Nacional; • b) 1%, 2% ou 3% referente a Risco de Acidente do Trabalho (RAT) e contribuição adicional, se for o caso, variando conforme o grau de risco, acrescido do Fator Acidentário de Prevenção (FAP) a partir de janeiro/2010; e • c) geralmente 5,80% de contribuição variável de Outras Entidade (Terceiros), destinada às entidades SENAI, SESC, SESI, etc., onde o INSS se incumbe de arrecadar e repassar. Drª Gabriela C Amato 39 • Enquadramento no SAT/RAT • O Risco de Acidente do Trabalho (RAT) é o seguro obrigatório, instituído por lei, mediante uma contribuição a cargo exclusivo da empresa, sobre a folha de pagamento, que se destina à cobertura de eventos resultantes de acidente do trabalho. Drª Gabriela C Amato 40 • A alíquota aplicada sobre o valor da Folha de Pagamento para a cobertura deste seguro pode ser: • - 1% para a empresa em cuja atividade o risco de acidente do trabalho seja considerado leve; • - 2% para a empresa em cuja atividade o risco de acidente do trabalho seja considerado médio; • - 3% para a empresa em cuja atividade o risco de acidente do trabalho seja considerado grave. Drª Gabriela C Amato 41 A partir de janeiro/2010 entrou em vigor o Fator Acidentário de Prevenção (FAP). • O Fator Acidentário Prevenção (FAP) consiste em um multiplicador variável num intervalo 0,5000 a 2,0000, aplicado com quatro casas decimais, a ser aplicado sobre a alíquota RAT de 1%, 2% ou 3%. • Neste sentido, as alíquotas do RAT poderão ser reduzidas em até 50% ou majoradas em até 100% em razão do desempenho da empresa em relação à sua respectiva atividade, aferida pelo FAP. • Não há tabela divulgada do FAP, dessa forma, cada empresa deve acessar o sítio da Previdência Social e verificar qual a sua alíquota de majoração. Drª Gabriela C Amato 42 Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) • Todas as empresas são obrigadas a depositar, até o dia 7 de cada mês, o FGTS dos funcionários, correspondente a 8% da remuneração de cada trabalhador, incluídas na remuneração as horas-extras, 13º Salário, etc. Drª Gabriela C Amato 43 • Salientamos que o depósito na conta vinculada do FGTS é obrigatório também nos casos de interrupção do contrato de trabalho previsto em lei, tais como: • a) auxílio-doença de até15 dias; • b) durante todo período de afastamento por acidente de trabalho; • c) licença-maternidade; • d) licença-paternidade. Drª Gabriela C Amato 44 Contribuição à Previdência Social (INSS) 20% Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) 8% Salário-Educação 2,5% SENAC/SESC 1,5% SENAI/SESI 1% SEBRAE 0,6% INCRA 0,2% Risco de Acidente do Trabalho 2% TOTAL 35,80% Drª Gabriela C Amato 45 Repouso Semanal Remunerado 23,19% Férias + 1/3 Constitucional 12,67% Feriados 4,34% Aviso Prévio Indenizado 10,86% 13º Salário 10,86% Auxílio-Doença - 15 dias 1,90% Licença-paternidade 0,02% Total 55,45% Drª Gabriela C Amato 46 • Multa rescisória de 40% do FGTS nas dispensas sem justa causa = 1,98% • Adicional 10% referente a Lei Complementar nº 110/01 = 1,24% • Total 3,22% • Incidências da Tabela (“1” sobre a Tabela “2”) + a soma das Tabelas “1” + “2” + “3”(0,3580 x 0,5545) = (19,85%) + 35,80% + 55,45% + 3,22% • Total dos Encargos = 114,32% Férias • Época de repouso. O corpo humano não pode atuar com toda sua potencialidade sem períodos frequentes de repouso. Há muito os médicos reconheceram que várias doenças do corpo e do sistema nervoso podem ser curadas apenas com a ausência da atividade normal e cotidiana. A mudança da rotina cotidiana que ajuda a restaurar o corpo, a mente e a disposição das pessoas chama-se férias. Drª Gabriela C Amato 48 Férias Individuais • As férias são um período de descanso periódico de uma atividade constante, geralmente trabalho ou aulas. O período de férias varia de acordo com a legislação de cada país. • No Brasil, a legislação trabalhista estabelece um mínimo de 20 ou 30 dias consecutivos por ano de férias, sendo que aqueles que têm apenas 20 dias podem requerer compensação pelos outros 10 dias em forma de aumento no salário. Um trabalhador deve gozar as férias necessariamenteentre 12 e 24 meses decorridos desde data da sua contratação, ou desde as últimas férias. Drª Gabriela C Amato 49 • O objetivo das férias é proporcionar um período de descanso. Sendo assim, o trabalhador não pode se privar das férias nem por vontade própria e deverá consumir no mínimo 1/3 do período. • No Brasil, o direito às férias foi conquistado, junto com outros direitos dos trabalhadores, após as greves operárias do início do século XX na luta por melhores condições de trabalho, melhores salários e garantias trabalhistas. Drª Gabriela C Amato 50 • Empregado doméstico – 30 dias • Nas hipóteses de haver faltas injustificadas ou não abonadas: ATÉ 5 FALTAS – GOZARÁ 30 DIAS, DE 6 A 14 FALTAS – 24 DIAS, DE 15 A 23 FALTAS – 18 DIAS, DE 24 A 32 FALTAS – 12 DIAS, MAIS DE 32 FALTAS – NÃO GOZARÁ FÉRIAS Drª Gabriela C Amato 51 Drª Gabriela C Amato 52 • Anualidade: o gozo das férias passa a ser direito do empregado após 12 (doze) meses de relação contratual sem prejuízo. • Continuidade: as férias sofrem limitações de fracionamento, devendo ela ser de 30 (trinta) dias consecutivos. • Remunerabilidade: Goza o empregado de ter seu período de descanso remunerado integralmente, considerando salário fixo e salário variável. • Irrenunciabilidade: Não pode o empregado renunciar as férias e desejar “vendê-las”, deve-as gozar. • Proporcionalidade: Em razão das férias sofrer com a redução, por conta de excesso de faltas, a mesma pode ser proporcional. Drª Gabriela C Amato 53 • Período aquisitivo (P.A.): é compreendido entre a admissão ou último vencimento das férias e os próximos 12 (doze) meses de relação contratual. Exemplo: 20/09/01 à 19/09/02. • Período de gozo (P.G.): é o período de descanso. Exemplo: 01/08/02 à 30/08/02. Período de concessão (P.C.): é o período que a empresa tem como fluência para conceder o gozo às férias. Exemplo: P.A - 20/09/01 à 19/09/02 – P.C. período de concessão de 20/10/02 à 19/10/03. Drª Gabriela C Amato 54 • Férias - Perda do Direito - Não faz jus às férias o empregado que, no curso do período aquisitivo, houver faltado ao serviço mais de 32 vezes (inteligência do art. 130, inciso IV, da CLT) (TRT 12ª R. - RO-V 6.931/97 - Ac. 2ª T. 2.384/98 - Relª Juíza Maria Aparecida Caitano - DJSC 31.03.1998) Não se deve confundir as faltas que são descontadas em folha de pagamento, com a conseqüência que estas faltas produzem nas férias. Isto porque, se as faltas não forem descontadas em folha de pagamento, elas não produzem conseqüência nas férias e também não é permitido usar o escalonamento. Drª Gabriela C Amato 55 • Não é permitido abonar as faltas em folha de pagamento e compensá-las com as férias , § único do art. 130 CLT. • Importante: As faltas devem ser apuradas dentro do período aquisitivo das férias. • Exemplo: O empregado faltou no dia 04 de setembro, não houve desconto na folha de pagamento e compensa a falta deduzindo das férias, onde ele passou a gozar 29 dias. Isto é proibido. Drª Gabriela C Amato 56 • Para se calcular as férias devemos adotar alguns critérios e ter conhecimento do funcionamento da tabela de INSS e IRRF. O pagamento do adicional de 1/3 previsto na Constituição Federal não é solicitado pelo empregado, ele é subentendido quando do pedido de férias, sendo um direito indisponível do empregado. Drª Gabriela C Amato 57 • Admissão: 01/06/01 • Período Aquisitivo: 01/06/01 a 31/05/02 • Período de Gozo: 01/04/03 a 30/04/03 • Salário Base: R$ 700,00 • Gozo 30 dias...............................: R$ 700,00 • Adicional 1/3 ..............................: R$ 233,33 • Soma ...........................................: R$ 933,33 • INSS 11%....................................: R$ 102,67 (tabela de junho/2002) • Líquido .......................................: R$ 830,66 • Data Aviso Prévio: 01/03/03 • Data Recibo Pagamento: 29/03/03 Drª Gabriela C Amato 58 • Admissão: 01/03/02 • Período Aquisitivo: 01/03/02 a 28/02/03 • Período de Gozo: 10/03/03 a 29/03/03 • Salário Base: R$ 2.000,00 • Gozo 20 dias...............................: R$ 1.333,33 • Adicional 1/3 ..............................: R$ 444,44 • Gozo 10 dias...............................: R$ 666,66 • Adicional 1/3 ..............................: R$ 222,22 • Soma ...........................................: R$ 2.666,65 • INSS 11%....................................: R$ 171,77 (tabela de junho/2002) • IRRF 27,5% ...............................: R$ 263,01 (tabela de junho/2002) • Líquido .......................................: R$ 2.231,87 • Data Aviso Prévio: 08/02/03 • Data Recibo Pagamento: 08/03/03 Drª Gabriela C Amato 59 13º Salário • A gratificação de Natal, ou gratificação natalina, popularmente conhecida como décimo terceiro salário (13o salário), é uma gratificação instituída no Brasil, que deve ser paga ao empregado em duas parcelas até o final do ano, no valor corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração para cada mês trabalhado. • A gratificação de Natal foi instituída pela Lei 4.090, de 13/07/1962, regulamentada pelo Decreto 57.155, de 03/11/1965 e alterações posteriores. Drª Gabriela C Amato 60 • O pagamento do Décimo Terceiro, determina que o adiantamento da 1ª parcela, correspondente a metade da remuneração devida ao empregado no mês anterior, seja paga entre os meses de fevereiro até o último dia do mês de novembro (30 de novembro). Já a 2ª parcela deve ser quitada até o dia 20 de dezembro, tendo como base de cálculo a remuneração deste mês, descontado o adiantamento da 1a. parcela. • O empregado tem o direito de receber o adiantamento da 1ª parcela junto com suas férias, desde que o requeira no mês de janeiro do ano correspondente. Drª Gabriela C Amato 61 • O empregador não está obrigado a pagar o adiantamento do Décimo Terceiro a todos os empregados no mesmo mês, desde que respeite o prazo legal para o pagamento, entre os meses de fevereiro a novembro. O pagamento de parcela única usualmente feito no mês de dezembro é ilegal, e está sujeito a pena administrativa. • A gratificação de Natal será ainda devida na extinção do contrato por prazo determinado, na cessação da relação de emprego por motivo de aposentadoria, e no pedido de dispensa pelo empregado (independente do tempo de serviço), mesmo ocorrendo antes do mês de dezembro. Drª Gabriela C Amato 62 • Na rescisão contratual só não terá direito ao Décimo Terceiro as dispensas por justa causa. • Em resumo tem direito a 1° e 2° Parcela do décimo terceiro Salário: Trabalhador doméstico, Trabalhador rural ou urbano assim como o trabalhador avulso. Drª Gabriela C Amato 63 Atestado Médico • O empregador é obrigado a abonar as faltas que por determinação legal, não podem ocasionar perda da remuneração, desde que formalmente comprovadas por atestado médico. • A legislação determina alguns requisitos para que os atestados médicos tenham validade perante a empresa. No entanto, não são raros os casos de empregados que se utilizam de atestados médicos para se ausentarem do trabalho, mesmo sem apresentar nenhuma patologia que justifique essa ausência. Drª Gabriela C Amato 64 • A legislação não prevê a questão do abono de faltas no caso do empregado que se ausenta do trabalho para acompanhar seu dependente em uma consulta médica ou internamento, independente de idade ou condição de saúde. LEGISLAÇÃO• O atestado médico, para abono de faltas ao trabalho, tem limitações regulamentadas por lei. O Decreto 27.048/49 que aprova o regulamento da Lei 605/49, no artigo12, §1º e 2º, dispõe sobre as formas de abono de faltas mediante atestado médico: Drª Gabriela C Amato 65 Art. 12: • § 1º: A doença será comprovada mediante atestado passado por médico da empresa ou por ela designado e pago. • § 2º: Não dispondo a empresa de médico da instituição de previdência a que esteja filiado o empregado, por médico do Serviço Social da Indústria ou do Serviço Social do Comércio, por médico de repartição federal, estadual ou municipal, incumbido de assunto de higiene ou saúde, ou, inexistindo na localidade médicos nas condições acima especificados, por médico do sindicato a que pertença o empregado ou por profissional da escolha deste. Drª Gabriela C Amato 66 • Os atestados médicos de particulares, conforme manifestação do Conselho Federal de Medicina, não devem ser recusados, exceto se for reconhecido favorecimento ou falsidade na emissão, assim estabelecendo: • "O atestado médico, portanto, não deve "a priori" ter sua validade recusada porquanto estarão sempre presentes no procedimento do médico que o forneceu a presunção de lisura e perícia técnica, exceto se for reconhecido favorecimento ou falsidade na sua elaboração quando então, além da recusa, é acertado requisitar a instauração do competente inquérito policial e, também, a representação ao Conselho Regional de Medicina para instauração do indispensável procedimento administrativo disciplinar". Drª Gabriela C Amato 67 • Portanto, o atestado médico para abono de faltas ao trabalho deve obedecer aos dispositivos legais, mas, quando emitido por médico particular, a priori deve ser considerado, pelo médico da empresa ou junta médica de serviço público, como verdadeiro pela presunção de lisura e perícia técnica. • Entretanto, a legislação trabalhista não disciplina quanto ao abono de faltas em virtude de atestado de acompanhamento médico (aquele que é fornecido à mãe ou ao pai que acompanha o filho até o médico), tampouco se manifesta quanto a obrigatoriedade das empresas em recepcioná-lo. Drª Gabriela C Amato 68 • Embora não tenhamos a manifestação da Legislação a respeito, é preciso se atentar para os Acordos e Convenções Coletivas que tendem a garantir situações mais benéficas, como complemento às dispostas em lei ou até pelos próprios procedimentos internos das empresas que podem estabelecer tal garantia. • Em um procedimento interno de uma empresa qualquer, encontramos uma dessas garantias a qual estabelecia que "Nos casos dos atestados de acompanhantes para filhos até 14 (quatorze) anos, a ausência é abonada, no limite de 01 dia/mês." Drª Gabriela C Amato 69 Acordo de Compensação de Horas • Compensação de horas de trabalho corresponde em acrescer a jornada de determinados dias em função de outro suprimido, sem que essas horas configurem como horas extras. • Normalmente, a compensação de horas tem como objetivo a redução ou supressão do trabalho aos sábados, segundas- feiras que antecedem feriados às terças-feiras, sextas-feiras que sucedem feriados às quintas-feiras, dias de carnaval e quarta-feira de cinzas (meio expediente), etc. • EXCEÇÃO - BANCO DE HORAS Drª Gabriela C Amato 70 • A exceção à regra geral é o banco de horas, no qual poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. ACORDO - CONTRATO COLETIVO DE TRABALHO Segundo a CLT, a compensação de horas exige acordo escrito entre empregado e empregador ou contrato coletivo de trabalho, mas a Constituição Federal/88, em seu artigo 7º, XIII, estabelece que a compensação de horas deve ser realizada mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. Drª Gabriela C Amato 71 • O artigo 59 da CLT que estabelece o acordo de compensação de horas individuais não foi revogado, mas devido à previsão constitucional, nossa lei magna, para se evitar maiores problemas com a justiça trabalhista e até mesmo com a fiscalização, o empregador deverá realizar o acordo de compensação de horas mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. Drª Gabriela C Amato 72 Menores Em relação aos empregados menores (16 a 18 anos), a compensação de horas somente poderá ser firmada mediante existência de acordo coletivo celebrado com o sindicato da classe. Aviso Prévio • Nas relações de emprego, quando uma das partes deseja rescindir, sem justa causa, o contrato de trabalho por prazo indeterminado, deverá, antecipadamente, notificar à outra parte, através do aviso prévio. Drª Gabriela C Amato 73 O aviso prévio tem por finalidade evitar a surpresa na ruptura do contrato de trabalho, possibilitando ao empregador o preenchimento do cargo vago e ao empregado uma nova colocação no mercado DEFINIÇÃO - Aviso prévio é a comunicação da rescisão do contrato de trabalho por uma das partes, empregador ou empregado, que decide extingui-lo, com a antecedência que estiver obrigada por força de lei. Drª Gabriela C Amato 74 • Pode-se conceituá-lo, também, como a denúncia do contrato de trabalho por prazo indeterminado, objetivando fixar o seu termo final. MODALIDADES • Ocorrendo a rescisão do contrato de trabalho, sem justa causa, por iniciativa do empregador, poderá ele optar pela concessão do aviso prévio trabalhado ou indenizado, da mesma forma, quando o empregado pede demissão. Drª Gabriela C Amato 75 PRAZO DE DURAÇÃO • Com o advento da Constituição Federal, atualmente a duração do aviso prévio é de 30 (trinta) dias, independente do tempo de serviço do empregado na empresa e da forma de pagamento do salário. INTEGRAÇÃO AO TEMPO DE SERVIÇO • O aviso prévio dado pelo empregador, tanto trabalhado quanto indenizado, o seu período de duração integra o tempo de serviço para todos os efeitos legais, inclusive reajustes salariais, férias, 13º salário e indenizações. Drª Gabriela C Amato 76 Férias Coletivas • As férias coletivas passaram a ser um instrumento de gestão bastante importante para as empresas em geral. São vários os segmentos de mercado empresarial que apresentam sazonalidades específicas no decorrer do ano, seja por conta das festas de final de ano, do verão, do inverno, da páscoa e etc. • Ora as empresas estão com produção máxima, necessitando até contratarem empregados por tempo determinado, ora apresentam queda bastante acentuada que atingem inclusive a manutenção do emprego do pessoal efetivo. • É justamente nestas situações de queda em que as empresas se utilizam das férias coletivas para, de um lado, garantir a manutenção do emprego de pessoas que já possuem qualificação e conhecimento da atividade que satisfaça suas expectativas e de outro, cumprir com a obrigação legal que é conceder as férias anualmente aos empregados. Drª Gabriela C Amato 77 ASPECTOS LEGAIS A SEREM OBSERVADOS A CLT estabelece algumas regras para que seja possível a concessão de férias coletivas aos empregados, as quais devem ser cuidadosamente observadas pelo empregador para que sejam consideradas válidas. • A legislação dispõe que as férias coletivas poderão ser concedidas a todos os empregados de uma empresa, a um ou alguns estabelecimentos de determinada região ou ainda, a determinados setores específicos daempresa. Drª Gabriela C Amato 78 • Nada obsta, portanto, que uma empresa conceda férias coletivas somente ao setor de produção e mantenha os demais operando normalmente. É importante destacar neste caso, que todos os empregados do setor de produção saiam em férias coletivas. Se parte do setor ou apenas alguns empregados sair e outros permanecerem trabalhando, as férias coletivas serão consideradas inválidas. • Outro requisito que a legislação estabelece como necessário para validar as férias coletivas é que poderão ser gozadas em até 2 (dois) períodos anuais distintos, desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. Assim, serão inválidas as férias gozadas em períodos inferiores a 10 dias ou se dividas em 3 (três) ou mais períodos distintos. Drª Gabriela C Amato 79 • As férias poderão ser concedidas parte como coletivas e parte individualmente, ou seja, a empresa pode conceder 10 (dez) dias de férias coletivas e os 20 (vinte) dias restantes, poderão ser concedidos individualmente no decorrer do ano, desde que este saldo seja quitado de uma única vez. • O processo para concessão das férias coletivas ainda prevê que o empregador deverá, com no mínimo 15 (quinze) dias de antecedência, formalizar as seguintes comunicações: Drª Gabriela C Amato 80 • ao órgão local do Ministério do Trabalho – informando o início e o final das férias, especificando, se for o caso, quais os estabelecimentos ou setores abrangidos; • ao Sindicato representativo da respectiva categoria profissional, da comunicação feita ao MTE; • a todos os empregados envolvidos no processo, devendo afixar os avisos nos locais/postos de trabalho. Drª Gabriela C Amato 81 • SITUAÇÕES ESPECÍFICAS A legislação estabelece que aos empregados menores de 18 (dezoito) e maiores de 50 (cinqüenta) anos de idade, as férias sejam concedidas sempre de uma única vez. Portanto, havendo empregados enquadrados nestas condições, as férias não poderão ser dividas, tendo o direito de gozo integral. Drª Gabriela C Amato 82 Para os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses, ou seja, que não completaram ainda o período aquisitivo integralmente, estes gozarão, na oportunidade, férias proporcionais ao período trabalhado. Para estes empregados, o período aquisitivo de férias deverá ser alterado, iniciando o novo período na data do início das férias coletivas. Aos empregados que possuem períodos já completos (12 meses trabalhados ou mais), não terão o período aquisitivo alterado. Drª Gabriela C Amato 83 Licença Maternidade • A empregada gestante tem direito á licença- maternidade de 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário. • O salário-maternidade é devido à segurada da previdência social, durante cento e vinte dias, com início vinte e oito dias antes e término noventa e um dias depois do parto, podendo ser prorrogado. • VALOR - O salário-maternidade para a segurada empregada consiste numa renda mensal igual à sua remuneração integral. Drª Gabriela C Amato 84 NOTIFICAÇÃO AO EMPREGADOR • A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28o dia antes do parto e a ocorrência deste. PARTO ANTECIPADO - Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 dias previstos na Lei. GARANTIAS Á EMPREGADA GESTANTE • É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais direitos: Drª Gabriela C Amato 85 • I – transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho; • II – dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares. INÍCIO DE AFASTAMENTO • O início do afastamento do trabalho da segurada empregada será determinado com base em atestado médico ou certidão de nascimento do filho. Drª Gabriela C Amato 86 PAGAMENTO DO SALÁRIO-MATERNIDADE • Para os benefícios requeridos a partir de 01.09.2003, tendo em vista a vigência da Lei 10.710/2003, cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à respectiva empregada gestante. • Para os benefícios requeridos até 01.09.2003, o pagamento do salário-maternidade era feito diretamente pela previdência social. LICENÇA MATERNIDADE 180 DIAS - VIGÊNCIA A PARTIR DE 2010 A licença maternidade pelo período de 180 dias, Lei 11.770 de 09 de setembro de 2008. Drª Gabriela C Amato 87 LICENÇA-PATERNIDADE • A licença-paternidade de 5 (cinco) dias foi concedida pela Constituição Federal/88 em seu artigo 7º, XIX e art. 10, § 1º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT, o que até então era de 1 (um) dia conforme estabelecia o artigo 473, III da CLT. • A contagem da licença-paternidade deve iniciar-se em dia útil a partir da data do nascimento da criança. Dia útil porque é uma licença remunerada, na qual o empregado poderá faltar ao trabalho sem implicações trabalhistas, conforme determina o artigo 473, III da CLT, não existindo coerência na insistência em iniciar a licença-paternidade em dia não útil, na qual o empregado não teria da mesma forma prejuízo no seu salário. Drª Gabriela C Amato 88 Salários – (Prazo de Pagamento 10 dias úteis) ATRASO NO PAGAMENTO: • O atraso no pagamento de salários acarreta à empresa, multa equivalente a 160 UFIR (pode ser reduzido a 50%, se pago espontaneamente), por empregado prejudicado, mais uma multa pela Convenção ou Acordo Coletivo (caso esteja previsto); Drª Gabriela C Amato 89 PRAZO DE PAGAMENTO: • De acordo com o § 1º do art. 459 da CLT, o prazo para pagamento de salários vai até o 5º dia útil, subsequente ao mês de competência. Para efeito de contagem do prazo, no calendário, o sábado é dia útil (IN nº 01/89). FORMA DE PAGAMENTO: • O art. 463 da CLT, determina que o pagamento de salários seja feita em moeda corrente do país. Por outro lado a Port. nº 3.281/84, autorizou o pagamento por meio de crédito em conta ou por meio de cheques, desde que a empresa esteja localizada no perímetro urbano e com o prévio consentimento do empregado Drª Gabriela C Amato 90 • (os analfabetos recebem somente em dinheiro), e nesse caso, a empresa, deverá garantir o horário que permita o desconto imediato do cheque. No tocante a transporte, caso o acesso do estabelecimento de crédito exija utilização do mesmo; e condição que impeça qualquer atraso no recebimento dos salários e da remuneração das férias. De acordo com o art. 439 da CLT, o menor pode firmar o recibo de pagamento. Drª Gabriela C Amato 91 Folha de Pagamento • Folha de Pagamento é um documento obrigatório para efeito de fiscalização previdenciária e trabalhista. A empresa deve preparar a folha de pagamento da remuneração paga, devida ou creditada a todos os empregados a seu serviço. • Portanto, contabiliza os valores que o empregado tem direito de receber e os descontos que ele pode sofrer. Drª Gabriela C Amato 92 • Para sua elaboração não existe modelo oficial, ou seja, podem ser adotados critérios que melhor atendam as necessidades de cada empresa. Uma folha de pagamento, por mais simples que seja, apresenta pelo menos os seguintes elementos: 1. Discriminação do nome dos empregados (segurados), indicando cargo, 2. função ou serviço prestado; 3. Valor bruto dos salários; 4. Valor da contribuição de Previdência, descontado dos salários; 5. Valor liquido que os empregados receberão.Drª Gabriela C Amato 93 • Da folha de pagamento origina-se o recibo de pagamento, que indica os dados que constaram da folha relativamente a cada um dos empregados e a estes é entregue. • Discriminação das verbas • Modo simples e transparente; • Demonstração isolada de cada parcela; • Não recomendável expressões como outros ou diversos. Proventos: São valores que o empregado tem direito a receber. Descontos: São os valores que são abatidos dos proventos. Drª Gabriela C Amato 94 Remuneração Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário, todos os demais proventos previstos na legislação. As principais parcelas que compõem a remuneração são: • salário; • adicionais; • abonos; • gratificações; • prêmio ou comissões; • salário-utilidade, in natura em espécie; • gorjetas; • diárias de viagem. Drª Gabriela C Amato 95 Salário É a importância fixa paga ao empregado diretamente pelo empregador em razão da contraprestação de um serviço; Pode ser estabelecido: • por unidade de tempo: mensal, semanal, diário, por hora; • por unidade de produção: por peça produzida; • por tarefa: conjunção dos dois primeiros; Drª Gabriela C Amato 96 Salário mínimo É o mínimo que todo empregado que presta serviço em território nacional tem de receber. • Fixado em lei; • Nacionalmente unificado; • Capaz de atender às necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família; • Com reajustes que lhe preservem o poder aquisitivo. Drª Gabriela C Amato 97 Piso normativo É aquele definido no dissídio coletivo e/ou na Convenção Coletiva e que representa o menor salário que uma empresa pode pagar para um empregado de determinada categoria profissional. Salário substituição É o salário pago ao empregado que substitui o outro, desde que esta substituição não seja meramente eventual. Ao substituto é devido o mesmo salário que o substituído recebia. Drª Gabriela C Amato 98 Salário complessivo É aquele que engloba uma importância fixa ou proporcional ao ganho básico, com finalidade de remunerar vários direitos. Adicionais É o acréscimo salarial em função das condições mais penosas em que o trabalho é prestado. • Adicional de Horas Extras • Adicional Noturno • Adicional de Insalubridade • Adicional de Periculosidade • Adicional por Transferência Drª Gabriela C Amato 99 Outros adicionais podem ser conveniados entre as partes (empregador e empregado) por meio de convenção, acordo ou dissídio. Dentre eles podem-se destacar o adicional de tempo de serviço (anuênio, quinquênio, etc.) e o adicional de função. Horas Extras • São aquelas que excedem a jornada contratual de trabalho. • A Constituição Federal estabelece que o valor de hora extra deve ser acrescido, em relação à hora normal, de no mínimo 50% (cinquenta por cento) do valor da hora normal. Drª Gabriela C Amato 100 • Ressaltamos a possibilidade de existência de percentual superior aos 50%, fixado pela CF, por meio de contrato, acordo ou convenção coletiva. CÁLCULO Horas Extras – Cálculo 50% - Salário-hora normal = R$ 2,00 - Adicional de hora extra = R$ 2,00 x 50% = R$ 1,00 - Valor da hora extra = R$ 2,00 + R$ 1,00 = R$ 3,00 Se o funcionário realizou 10hs HE à 50%: R$ 3,00 X 10hs = R$ 30,00 Drª Gabriela C Amato 101 Horas Extras – Cálculo 100% - Salário-hora normal = R$ 2,00 - Adicional de hora extra = R$ 2,00 x 100% = R$ 2,00 - Valor da hora extra = R$ 2,00 + R$ 2,00 = R$ 4,00 Se o funcionário realizou 10hs HE à 100%: R$ 4,00 X 10hs = R$ 40,00 DSR sobre HE De acordo com a Súmula nº 172 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), as horas extras habituais integram a remuneração do Repouso Semanal Remunerado (DSR), ou seja, toda vez que o empregado receber horas extras, receberá o valor médio destas sobre o repouso semanal remunerado. Drª Gabriela C Amato 102 Cálculo do DSR/HE Total em valor de HE realizadas / nº de dias úteis x o nº de dias não úteis Exemplo: R$ 30,00 (HE 50%) + 40,00 (HE 100%) = R$ 70,00 R$ 70,00 / 26 (dias úteis) *5 (dias não úteis) = R$ 13,46 Adicional noturno Considera-se noturno, nas atividades urbanas, o trabalho realizado entre as 22 horas de um dia às 5 horas do dia seguinte. Drª Gabriela C Amato 103 Por expressa determinação legal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno. Para os trabalhadores urbanos, o adicional noturno terá o percentual de 20% sobre a hora diurna, conforme art. 73 CLT. Convenções ou acordos coletivos podem estabelecer percentuais maiores. • Cálculo Salário: R$ 2.000,00 Jornada de trabalho: 220 horas Quantidade de horas noturnas: 10h Adicional = 20% R$ 2.000,00/220 = R$ 9,09 R$ 9,09 x 20% = R$ 1,82 R$ 1,82 x 10hs = R$ 18,20 Drª Gabriela C Amato 104 Horas Extras – Cálculo 50% - Salário-hora normal = R$ 4,00 - % Adicional de hora extra = 50% - Total de HE realizada = 25hs Horas Extras – Cálculo 100% - Salário-hora normal = R$ 4,00 - % Adicional de hora extra = 100% - Total de HE realizada = 25hs Adicional Noturno – Cálculo 30% - Salário-hora normal = R$ 4,00 - % Adicional Noturno = 30% - Total de Ad Not realizada = 5hs Drª Gabriela C Amato 105 Adicional Noturno – Cálculo 25% - Salário-hora normal = R$ 4,00 - % Adicional Noturno = 25% - Total de Ad Not realizada = 15hs Adicional de Insalubridade Consideram-se atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, suas condições ou seus métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza, intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Exemplo: ruído, calor, poeira, produtos químicos, etc. Drª Gabriela C Amato 106 Adicional de Insalubridade - Limite de tolerância Entende-se por limite de tolerância a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador durante a sua vida laboral. Base de cálculo A base de cálculo será o salário mínimo, salvo quando o salário do trabalhador não for fixado por lei, norma ou convenção coletiva. Há convenção coletiva de trabalho que determina que o adicional deva ser calculado sobre o salário normativo. Drª Gabriela C Amato 107 - 40% para insalubridade de grau máximo; - 20% para insalubridade de grau médio; - 10% para insalubridade de grau mínimo. Exemplo: R$ 510,00 (Salário mínimo atual) X 40% (insalubridade de grau máximo) = R$ 204,00 Adicional de Periculosidade São consideradas as atividades ou operações que, por sua natureza ou seus métodos de trabalho, impliquem contato permanente com inflamáveis ou explosivos, em condições de risco acentuado. Drª Gabriela C Amato 108 Os empregados que trabalham em condições perigosas fazem jus ao adicional de 30% do respectivo salário contratual, excluídas as gratificações, os prêmios ou as participações nos lucros da empresa. Exemplo: R$ 1.000,00 (Salário) X 30% R$ 300,00 ATENÇÃO Periculosidade e Insalubridade – Não acumulativa Se o empregado trabalhar em atividade insalubre e perigosa, terá de optar por um dos dois adicionais correspondentes. (Art. 193 § 2 CLT) Drª Gabriela C Amato 109 Adicional de transferência Ao empregador é vedado transferir o empregado,sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio. O adicional de transferência corresponde a 25%; é devido quando a transferência: 1. for provisória; 2. provocar mudança de domicílio. Drª Gabriela C Amato 110 Salário-família Devido mensalmente ao segurado empregado, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados com até 14 anos ou inválidos sem limite de idade. Valor da cota de salário família: Remuneração até R$ 539,03 = R$ 27,64 Remuneração de R$ 539,04 a R$ 810,18 = R$ 19,48 Acima de R$ 810,19 não há Drª Gabriela C Amato 111 Perda do direito O direito ao salário-família cessa automaticamente: • Por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do óbito; • Quando o filho ou equiparado completar quatorze anos de idade, salvo se inválido, a contar do mês seguinte ao da data do aniversário; • Pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido, a contar do mês seguinte ao da cessação da incapacidade; ou • Pelo desemprego do segurado. Drª Gabriela C Amato 112 Diárias para viagem São os valores pagos de maneira habitual para cobrir despesas necessárias à execução de serviço externo realizado pelo empregado. Podemos citar os seguintes exemplos de diárias para viagem: despesa de transporte, alimentação, alojamento, etc. As diárias para viagem integram o salário quando excedentes de 50% do salário do empregado, considerando-se o valor total, e não só a parte excedente. Drª Gabriela C Amato 113 Esclarecemos, ainda, que as diárias não são consideradas salário, mesmo que excedentes a 50% do salário do empregado, desde que haja prestação de contas quando do retorno da viagem, mediante a apresentação de notas. Ajuda de custo É o valor atribuído ao empregado, pago de uma única vez, para cobrir eventual despesa por ele realizada ou em virtude de serviço externo a que se obrigou a realizar. Pelo exposto acima, verifica-se que a ajuda de custo tem natureza indenizatória, e não salarial, seja qual for a importância paga. Drª Gabriela C Amato 114 Prêmio São instituídos de forma a incentivar o empregado na execução do contrato de trabalho ou compensá-lo por sua dedicação e seu empenho. Assim, em sentido próprio, constituem formas de incentivos, objetivando maior participação do empregado no trabalho, com maior rendimento e melhor comportamento. Temos os seguintes prêmios: - Prêmio-assiduidade: que tem por causa a freqüência do empregado; - Prêmio-antiguidade: tendo como causa o tempo de serviço na empresa; Drª Gabriela C Amato 115 - Prêmio-produção: quando a causa do pagamento tem por base uma determinada produção a ser atingida. Gratificações Íntegra a remuneração a gratificação, mesmo anual, paga a qualquer título por ajuste tácito ou expresso. Comissões São as quantias pré-estabelecidas que o trabalhador recebe por unidade de serviço prestado ou calculado em forma de percentual sobre o valor unitário ou global dos negócios realizados. Drª Gabriela C Amato 116 Folha de Pagamento – Empregados Mensalistas Calcular o valor total dos vencimentos dos empregados abaixo: 1) Luiz Melo Salário: R$ 550,00 por mês Jornada de trabalho: 220hs HE 50%: 15 hs HE 100%: 25 hs Para cálculo do DSR/HE considerar 26 dias úteis e 5 não úteis Drª Gabriela C Amato 117 2) Luciana Dias Salário: R$ 1.500,00 por mês Jornada de trabalho: 220hs HE 50%: 24hs HE 100%: 22hs Para cálculo do DSR/HE considerar 26 dias úteis e 5 não úteis Descontos Pode o empregador efetuar descontos nos salários dos empregados, desde que observado o disposto no artigo 462 da CLT, que assim dispõe: Drª Gabriela C Amato 118 Art. 462 . “Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo.” INSS O INSS é uma contribuição obrigatória a todo trabalhador que exerce atividade remunerada, contribuição esta destinada a subsidiar os benefícios da Previdência Social, tais como auxílio doença, as aposentadorias, licença-maternidade e demais benefícios cobertos pelo Regime Geral da Previdência Social. Drª Gabriela C Amato 119 Incide sobre o salário, horas extras, adicional de insalubridade, adicional de periculosidade, adicional noturno, diárias para viagem acima de 50% do salário nominal, férias normais, 13º salário normal, remuneração variável, prêmios, gratificações, comissões, adicional de transferência, salário maternidade, diferenças de salários, pró-labore, média de variáveis, entre outras. Os descontos em folha de pagamento obedecem à tabela fixada pelo Ministério da Previdência e Assistência Social. Drª Gabriela C Amato 120 A Contribuição de Previdência parte referente à empresa, corresponde a 26,8% sobre o valor bruto da folha de pagamento2. O valor de 26,8% tem o seguinte destino: Previdência Social...........................................20,0 % Seguro Acidente do Trabalho............................1,0 % Terceiros.........................................................5,8 % FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) Corresponde a 8% sobre o valor bruto da folha de pagamento,o qual será recolhido na Caixa Econômica Federal, em nome dos empregados. Constitui uma despesa paga pela empresa aos empregados. Drª Gabriela C Amato 121 Imposto de renda na fonte IRF O IRF é o desconto que todo empregado assalariado sofre sobre os seus rendimentos, mediante a aplicação das alíquotas progressivas previstas na tabela de imposto de renda. Este desconto incide sobre a somatória das verbas recebidas pelo empregado, que possuem caráter salarial como salário nominal, horas extras, adicionais, gratificações, férias, 13º salário, comissões, etc. Drª Gabriela C Amato 122 Contribuição Sindical Conforme dispõe o art. 579 da CLT, a Contribuição Sindical é devida por todos aqueles que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão. A Contribuição Sindical dos empregados será descontada de uma só vez e corresponderá à remuneração de um dia de trabalho, qualquer que seja a forma de pagamento. Os empregadores são obrigados a descontar da folha de pagamento de seus empregados, relativa ao mês de março de cada ano, a Contribuição Sindical por estes devida aos respectivos sindicatos. Drª Gabriela C Amato 123 Vale-Transporte A empresa que conceder o Vale-Transporte está autorizada a descontar mensalmente do empregado a parcela equivalente a até 6% de seu salário básico ou vencimento, excluídos qualquer vantagem ou adicionais. Assistência Médica / Seguro de Vida / Vale-Refeição (entre outros) O desconto de Assistência Médica, Seguro de Vida, Vale- Refeição que não tenham autorização expressa do empregado é ilegal e poderá ser pleiteada a devolução pelo empregado futuramente. Drª Gabriela C Amato 124 Nome - José da Silva Salário – R$ 1.000,00 INSS – R$ 80,00 IRRF - o Liquido a Receber – R$ 920,00 Nome - Antonio da Silva Salário – R$ 2.500,00 INSS – R$ 275,00 IRRF – R$ 54,44 Liquido a Receber – R$ 2.170,56 Drª Gabriela C Amato 125 Totalde Salário – R$ 3.500,00 INSS – R$ 355,00 IRRF – R$ 54,44 Liquido a Receber – R$ 3.090,56 No ultimo dia do mês: 1. Apropriação da folha de Pagamento: D – Salários C – Salários a pagar R$ 3.500,00 2. Registro das retenções sobre os salários dos empregados: D – Salários a pagar C – INSS a recolher R$ 355,00 Drª Gabriela C Amato 126 3. Contribuição da Previdência parte empresa: D – Encargos sociais C – INSS a recolher R$ 938,00 4. Apropriação do FGTS: D – Encargo FGTS C – FGTS a Recolher R$ 280,00 5. Retenção do IRRF D – Salários a Pagar C – IRRF a Recolher R$ 54,44 Drª Gabriela C Amato 127 2. Recolhimento dos encargos: D – INSS a recolher R$ 1.293,00 D - FGTS a Recolher R$ 280,00 C – Caixa R$ 1.573,00 3. Recolhimento do IRRF D – IRRF a Recolher R$ 54,44 C – Caixa R$ 54,44 Tabela de elaboração de Folha de Pagamento (vale transporte, vale refeição, convênio médico) Drª Gabriela C Amato 128 Discriminação Referência Vencimentos Descontos Salário Ad.Insalubridade Ad.Periculosidade Comissão Gratificação Ad.Transferência Ad.Noturno Hora extra 50% Hora extra 65% Hora extra 80% Hora extra 100% DSR hora extra Salário família INSS IRRF Sub Total Total Líquido Drª Gabriela C Amato 129 1 – Reinaldo Torres •Salário: R$ 2.500,00 (220hs) •Insalubridade: não •Periculosidade: não •Comissão: não •Gratificação: R$ 1.250,00 •Adicional de Transferência: não •Adicional Noturno 25%: 0hs •Hora Extra 50% : 8hs •Hora Extra 65% : 0hs •Hora Extra 80% : 0hs •Hora Extra 100% : 4hs •Dependentes SF e IR: 2 •Considerar para cálculo DSR/He: 26 dias úteis e 5 dias não úteis Drª Gabriela C Amato 130 Guarda de Documentos • Acordo de Compensação de horas ou de prorrogação de horas = 5 anos • Atestado de saúde ocupacional = tempo de validade • Cadastro Geral de Empregados e Desempregados = 36 meses • Carta com pedido de demissão = 5 anos • Comunicação de acidente de trabalho = 10 anos Drª Gabriela C Amato 131 • Livro da Ata da CIPA = indeterminado • COFINS = 5 anos • GPS = 10 anos • Beneficio reembolsados pelo INSS = 10 anos • Aviso prévio = 5 anos • Contrato de trabalho = indeterminado • Darf’s PIS = 10 anos • FGTS = 30 anos • Livro Diário = permanente Drª Gabriela C Amato 132 • Ficha de acidente de trabalho = 3 anos • FINSOCIAL = 10 anos • Folha de pagamento = 10 anos • Guia de recolhimento do FGTS = 30 anos • GPS original = 10 anos • Histórico Clínico = 10 anos • Livro registro de segurança = enquanto durar os equipamentos • Livro de Inspeção do trabalho e fichas ou livro de registro de empregados = indet. Drª Gabriela C Amato 133 • Livros, cartões ou ficha de ponto = 5 anos • Mapa de avaliação de acidente de trabalho = 5 anos • Recibo de entrega de Vale transporte = 5 anos • Recibo de pagamento de férias = 10 anos • Recibo de pagamento de salário e de 13º salário = 10 anos • Salário educação e salário família = 10 anos Drª Gabriela C Amato 134 • Seguro Desemprego = 5 anos • Termo de rescisão de contrato de trabalho = 5 anos Drª Gabriela C Amato 135 Direito Coletivo e Direito Sindical Convenção Coletiva Acordo de caráter normativo, onde dois ou mais sindicatos representantes das categorias econômicas ou profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis no âmbito das respectivas representações as relações individuais de trabalho. Drª Gabriela C Amato 136 Acordo coletivo Instrumento normativo pelo qual o sindicato profissional estipula condições de trabalho com uma ou mais empresa. Efeito Estabelecem regras importantes em relação aos direitos trabalhistas e obrigações patronais. Exemplo: percentual de horas extras, dissídio, estabilidades, condições de trabalho e etc. Drª Gabriela C Amato 137 Validade Convenção coletiva não superior a dois anos, normalmente a validade é para um ano. Forma Escrita, sem emendas e sem rasuras. Ato solene. Artigo 620 da CLT – prevalece a convenção sobre o acordo coletivo se mais favoráveis.
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