Buscar

Semana 6 Execução Título Extrajud.

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE PETRÓPOLIS/RJ
INDÚSTRIA DE DOCES ALGODÃO DE AÇÚCAR LTDA, sociedade empresária, sob o CNPJ nº..., com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, neste ato representada por sua advogada infrafirmada legalmente constituída por documento procuratório em anexo, vem perante Vossa Excelência propor,
AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL 
em face de SONHOS ENCANTADOS COMÉRCIO DE DOCES LTDA, sociedade empresária, sob o CNPJ nº..., localizada na Cidade de Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor: 
 I - DOS FATOS 
A sociedade empresária Requerida adquiriu mercadorias da sociedade empresária Requerente, onde esta ficou então credora daquela no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
No dia 02/02/2011, venceu a duplicata de venda de mercadorias, não aceita pela parte Requerida, porém o canhoto da correspondente fatura foi assinado por um preposto da devedora, dando conta do recebimento da mercadoria, cujo os documentos citados seguem em anexo. 
Em várias ocasiões amigavelmente a sociedade empresária credora tentou receber seu crédito, porém todas as tentativas se tornaram fracassadas. Acontece que a recusa do aceite não foi justificada pela sociedade Requerida, fazendo com que a parte Requerente protestasse o título por falta de pagamento. 
Sendo assim, se sentindo totalmente prejudicada pela parte Requerida, que insistem negar o pagamento da duplicata já citada, a parte Requerente não teve alternativa que não fosse se socorrer da via judiciária, como única forma de obrigar a Requerida a cumprir com a sua obrigação.
 II - DOS FUNDAMENTOS
Primeiramente, dispõe no art. 585, I, do Código de Processo Civil o seguinte: “Art. 585. São títulos executivos extrajudiciais:
 I – a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;” 
Não podendo deixar de ser citado o inciso VIII deste mesmo artigo:
“VIII - todos os demais títulos a que, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.” 
A duplicata é um título de crédito casual, ou seja, está vinculada a uma causa. A duplicata sempre corresponde a uma compra e venda mercantil ou a uma prestação de serviço. Deverá se emitida ao comprador num prazo de 30 dias contados de sua emissão. 
Consequentemente, o comprador, ao receber a duplicata, pode proceder de cinco maneiras diferentes: assinar o título e devolvê-lo; devolvê-lo sem assinatura;devolvê-lo com as razões escritas que motivaram sua recusa em assinar; havendo expressa concordância da instituição financeira cobradora, poderá reter a duplicata em seu poder até a data do vencimento, desde que comunique, por escrito, ao vendedor o aceite e a retenção; e não devolver, simplesmente. 
Note-se que, o caso em questão foi o não aceite da parte devedora e que por sinal não foi justificada a recusa pela mesma. Com efeito, qualquer que seja o comportamento do comprador, isto em nada altera sua responsabilidade. 
Sendo a duplicata título de aceite obrigatório, o comprador só poderá recusar-se a aceitar a duplicata nas hipóteses previstas em lei, quais sejam: avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por sua conta e risco; vícios,defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, devidamente comprovados e divergência nos prazos ou nos preços ajustados. 
Nenhuma dessas hipóteses foram demonstradas pela parte Requerida, uma vez que, possui em mãos aparte Requerente o canhoto da fatura devidamente assinado pelo preposto da devedora, dando conta do recebimento da mercadoria.
Insta salientar que o aceite da duplicata nesse caso foi por presunção, ou seja,resultou do recebimento das mercadorias pelo comprador, desde que não tenha havido causa legal motivadora de recusa, com ou sem devolução do título de crédito.
Logo, resta demonstrando, a reunião de todos os requisitos para a constituição do  título executivo, como: a duplicata foi protestada, o comprovante de entrega da mercadoria com a assinatura do comprador, onde se faz a prova escrita do recebimento destas.
Diante de todos os argumentos aqui já expostos, vale ressaltar, que a Lei 5.474/1968fundamenta todos os preceitos que foram citados acima em seu artigo 15 e seguintes:
“Art. 15 - A cobrança judicial de duplicata ou triplicata será efetuada de conformidade com o processo aplicável aos títulos executivos extrajudiciais, de que cogita o Livro II do Código de Processo Civil, quando se tratar: I - de duplicata ou triplicata aceita, protestada ou não; II - de duplicata ou triplicata não aceita,contanto que, cumulativamente: a) haja sido protestada; b) esteja acompanhada de documento hábil comprobatório da entrega e recebimento da mercadoria; e c) o sacado não tenha, comprovadamente, recusado o aceite, no prazo, nas condições e pelos motivos previstos nos arts. 7º e 8º desta Lei.§ 1º - Contra o sacador, os endossantes e respectivos avalistas caberão o processo de execução referido neste artigo, quaisquer que sejam a forma e as condições do protesto. § 2º - Processar-se-á também da mesma maneira a execução de duplicata ou triplicata não aceita e não devolvida, desde que haja sido protestada mediante indicações do credor ou do apresentante do título, nos termos do art. 14, preenchidas as condições do inciso II deste artigo.” (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 01.11.1977)
Por fim, pela documentação anexa, fica evidenciando o débito e o direito a execução,por meio da duplicata vencida e não paga, juntamente com o canhoto de recebimento, nota fiscal e o instrumento de protesto. 
III - DOS PEDIDOS 
Diante do exposto requer:
1) A citação da Requerida na pessoa do seu representante legal e no endereço referido no início, para contestar a presente ação no prazo legal, sob pena de revelia.
2) Que seja a dívida paga no seu valor principal acrescido de juros no prazo de 3 (três)dias.
3) Nomear bens a penhora, sob pena de, não o fazendo, serem-lhe penhora dos tantos bens quantos bastem para satisfazer a quantia ora reclamada. 
4) Que seja condenado ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, na base de 20% sobre o valor da causa.
5) Protesta pela produção de todas as provas admitidas em direito. Atribui-se a causa o valor de R$ 50.000,00 (Cinquenta mil reais).
Pede e espera deferimento,
São José/SC, 08 de Setembro de 2014
Advogada, OAB/SC

Outros materiais