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1PLAManual de Estruturas Conceitos Orçamento Planejamento Projeto Controle Conceitos Orçamento Principais Itens Estrutura BÆsica do Orçamento Suprimentos Planejamento Físico Financeiro Plano de Ataque Logístico Controle Prazo Custo Produtividade Perdas Qualidade Orçamento Planejamento Controle 2PLA Manual de Estruturas 3PLAManual de Estruturas Conceitos Conceitos Esse capítulo Ø complexo pois procura promover a inter-relaçªo entre o orçamento, o planejamento e o controle de execuçªo de estruturas. Nota Um dos vícios mais perniciosos das construtoras Ø tratÆ-los separadamente, abordando cada um deles de forma separada e diferente. É inconcebível dissociÆ-los. Questiona-se: Como posso executar um orçamento sem saber quais serªo os mØtodos executivos? Como posso estabelecer os mØtodos executivos se nªo conheço os prazos? Como estabelecer prazos se nªo sei como serªo os gastos mensais? O sucesso dessa integraçªo entre as ferramentas passa necessariamente atravØs da comunicaçªo eficiente entre os intervenientes. Para isso, os canais devem ser abertos, eficientes e formalizados. Esses trŒs elementos devem ser abordados com o mesmo nível de informaçıes, com uma integraçªo grande entre a(s) equipe(s) que os executa, e concomitantemente. Podemos, simplificadamente, caracterizar esses instrumentos da seguinte forma: Orçamento Tentativa de estimar o custo real. Instrumento balizador, para evitar que as decisıes de carÆter tecnológico fiquem mascaradas por uma decisªo orientada pela Œnfase na comparaçªo de custos. Planejamento Instrumento que visa ordenar o emprego dos recursos físicos (materiais, equipamentos e mªo de obra), de forma coerente com o fluxo de recursos financeiros e com os próprios compromissos do empreendimento frente a seus clientes. Controle Instrumento de aferiçªo dos anteriores, cuja funçªo Ø monitorar e acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos. É fundamental para inferir e projetar resultados futuros e, eventualmente, alertar para mudanças de curso. Essas trŒs ferramentas devem ter, em comum, as seguintes características e funçıes: Flexibilidade Nenhuma delas deve ser rígida, engessada e imutÆvel. Ao mesmo tempo, modificaçıes a cada instante custam caro e ocasionam turbulŒncia no processo. O bom senso, a necessidade e a estrutura de cada sistema, norteiam a forma de se flexibilizar esses instrumentos. Retroalimentaçªo O processo todo deve ser inteligente e aprender à medida que se avança. A constante troca e retroalimentaçªo de dados permitem que as informaçıes estejam sempre atualizadas e prontas para anÆlise. 4PLA Manual de Estruturas Instrumentos executivos De nada adianta guardar um bom orçamento na gaveta, pendurar um colorido cronograma na parede da obra, ou ainda mandar ao arquivo morto todos os controles efetuados. Esses instrumentos devem ser prÆticos, de consulta fÆcil e rÆpida, alØm de estarem disponíveis a todas as pessoas que interferem no processo. Dicas Procure sempre executar esse levantamento obedecendo a ordem de execuçªo da obra. Essa sequŒncia lógica ajuda a evitar erros. Normalmente, quanto maior for o volume concretado em uma mesma etapa, menores serªo as perdas. Assim, quando possível, recomenda-se acumular maiores volumes de concretagem em um mesmo dia. Isso Ø ainda mais sensível quando a concretagem se dÆ com bombeamento. GlossÆrio Nesse capítulo, as perdas dos materiais sempre serªo os excedentes entre o que determina o projeto e o que foi realmente aplicado. Formaçªo de um Banco de Dados Reinventar a roda constantemente custa tempo e dinheiro. É possível formar um excelente banco de dados com as informaçıes históricas recolhidas com essas ferramentas e utilizÆ-lo por completo ou parcialmente em novos empreendimentos. TambØm com isso, mede-se a evoluçªo tecnológica e empresarial da construtora. Orçamento A elaboraçªo de um orçamento Ø muito œtil para: Melhorar os processos de obtençªo de maior produtividade; Analisar e reduzir os custos de produçªo. Uma atençªo especial deve ser dada à etapa de levantamento quantitativo. É o princípio do trabalho. Para que seja bem feito, os projetos devem estar atualizados e completos. Todos os itens devem ser levados em consideraçªo, e reuniıes com o pessoal de planejamento serªo importantes para discussªo dos mØtodos e processos construtivos. Geralmente, a maioria dos orçamentos peca pela: Falta de organizaçªo das informaçıes; AusŒncia de alguns elementos de custo; Desatualizaçªo de quantidades e preços; Distância da realidade de execuçªo. Principais itens Existe um œnico orçamento para cada obra e para cada tipologia de construçªo. Mesmo assim, veremos quais sªo os principais itens de um orçamento convencional. Concreto Nesse item, alguns cuidados devem ser tomados: Perdas Nunca esquecer de considerar as perdas do concreto. Elas representam o percentual que excede o quantitativo levantado em projeto. (GlossÆrio 1) Elas decorrem basicamente do desperdício durante a concretagem (concreto que cai), da diferença de volume pedido à concreteira e o de fato entregue, do aumento da espessura das lajes na concretagem e das sobras (a programaçªo do pedido sempre dÆ uma folga). Discriminaçªo No orçamento, Ø conveniente que os diversos tipos de concreto sejam caracterizados. Normalmente podem ser diferenciados inclusive os preços pela resistŒncia (F ck ), slump e forma de lançamento (o concreto bombeado tem sobretaxas em relaçªo ao convencional). Controle tecnológico Ele existe, Ø utilizado pela maioria das empresas e custa dinheiro. Nªo deve deixar de fazer parte desse item. Nota A perda zero geralmente Ø possível pelo volume de aço processado, alØm do fato de trabalharem com muitas bitolas em bobinas e nªo em barras. Orçamento 5PLAManual de Estruturas Aço e Telas Perdas TambØm podem existir e devem ser levadas em conta no processo orçamentÆrio. Mas aqui valem algumas distinçıes: - Se o projeto indica o aço convencional e a armadura Ø cortada e dobrada na própria obra, existem perdas significativas no corte, resultando em sobras (pontas). - JÆ se a construtora opta pela terceirizaçªo do corte e dobra, normalmente esses fornecedores cobram perda zero. - No caso das telas metÆlicas, deve-se considerar o traspasse entre painØis, nas franjas e na ancoragem das telas dentro das vigas. Preço unitÆrio O preço do aço em barras varia de acordo com a bitola. Assim, o orçamento mais preciso Ø aquele que atribui preços diferenciais a bitolas diferentes, tendo como base o resumo de aço encontrado nos projetos estruturais. Diversos Existem outros gastos com aço que nªo estªo nos projetos estruturais, mas que fazem parte desse serviço na obra. É o caso da confecçªo de caranguejos, barras de distribuiçªo, ganchos, entre outros. Esse peso pode chegar a 2% de todo o aço da obra. Arame Nªo esquecer de considerar, tambØm, o arame recozido utilizado no ponteamento e fixaçªo da armadura. Ele Ø medido por Kg e o consumo Ø muito grande. Controle tecnológico Considerar no orçamento o controle tecnológico de todo o aço. Fôrmas e cimbramento Dimensionamento das fôrmas A quantidade de fôrmas a ser utilizada e orçada Ø definida a partir do planejamento. O plano de ataque e os ciclos de produçªo irªo determinar o nœmero de jogos de fôrmas e o sistema adotado. Reutilizaçªo e reformas O orçamento deve considerar o potencial de reutilizaçªo das fôrmas, em funçªo da tecnologia e material adotado. AlØm disso, o planejamento fornecerÆ o plano de ataque, de onde pode-se estimar as reformas nas fôrmas. Acessórios diversos Muitas vezes esquecidos, os acessórios e complementos para as fôrmasdevem fazer parte do orçamento de estruturas. Sªo eles os principais: - Desmoldante; - Prego comum; - Prego de aço; - Espaçadores plÆsticos; - Distanciadores plÆsticos; - Barras e porcas de ancoragem; - Tubo de pvc para as barras de ancoragem; - Isopor; Dicas As pontas das sobras podem ser reaproveitadas como caranguejos, ganchos, etc. A maioria das empresas de aço pronto nªo fornece peças de apoio, como caranguejos, por exemplo. Entretanto, dependendo do porte da obra e do relacionamento com a construtora, exceçıes podem ser abertas. E vale a pena. É engano pensar que o uso de tela metÆlica prescinde do arame. AlØm do uso na montagem de pilares e vigas, muitas vezes ele Ø usado tambØm na amarraçªo de apoio em telas. Nªo esquecer de considerar, conforme o sistema adotado e o planejamento da obra, um jogo a mais para fundo de vigas e faixas de reescoramento. A fim de se evitar conflitos entre o orçamento e a obra, Ø œtil que se faça um acordo com a produçªo, para que se chegue a um nível de reutilizaçıes de fôrmas compatível com a realidade, mØtodos executivos e cuidados no canteiro. - Madeiras diversas (sarrafos, pontaletes); - Cunhas de madeira; - Pranchªo para apoio do cimbramento no solo; - Graxa (para lubrificaçªo de escoras), etc. Orçamento 6PLA Manual de Estruturas Locaçªo do cimbramento metÆlico Caso a opçªo seja pela locaçªo de cimbramento metÆlico, por mais eficiente que sejam todos os profissionais da construtora, Ø difícil que nªo haja custos extras nesse item. Assim, para evitar surpresas, Ø recomendÆvel que o orçamento disponibilize uma verba para indenizaçıes, que vªo desde a simples pintura de escoras atØ a reposiçªo de equipamento danificado ou perdido. Fretes Deve tambØm o orçamentista considerar verbas para fretes. Eles serªo usados no transporte das fôrmas, cimbramentos, no aluguel de equipamentos, manutençıes e transportes de modo geral. Equipamentos de transporte Na consideraçªo dos equipamentos de transporte, especialmente nos de transporte vertical (gruas, guinchos, elevadores), o orçamento deve atentar a custos que vªo alØm do valor de locaçªo. Sªo eles: Transporte de ida e volta do equipamento; Montagem e desmontagem; Execuçªo de blocos de apoio; Custo do operador; Ascensªo; Estaiamento; Manutençªo. No caso de equipamentos específicos, como guindastes, tratores, retroescavadeiras e afins, Ø mais interessante estabelecer um contrato a preço fixo e fechado, por empreitada ou serviço executado global. Outros equipamentos e materiais Em uma obra, especialmente na fase de estruturas, Ø intensivo o uso de equipamentos, em especial os de pequeno porte, alØm de materiais bÆsicos como: Furadeiras; Serras; Serrote; Martelo; Trena; WC móvel; Escadas metÆlicas; Almoxarifado móvel; Carrinhos (tipo plataforma ou caçambinha); Cimento; Areia; Discos de corte; Madeiras em geral etc.; Outro custo indesejÆvel, mas que deve ser considerado Ø o de remoçªo de entulho. O orçamento pode estimar um nœmero de viagens de dejetos por período específico. Dicas Vale a pena designar um conferente a cada carga ou descarga de formas e cimbramento. AlØm disso, um inventÆrio periódico de todo equipamento locado pode evitar surpresas desagradÆveis na hora da devoluçªo total das peças. Custos podem ser reduzidos, se os blocos de apoio de gruas ou guinchos forem executados junto com as fundaçıes. Nota Alguns desses custos farªo parte de outras fases da obra. O orçamento poderÆ rateÆ-los, a fim de nªo sobrecarregar especificamente a fase de estruturas. Orçamento 7PLAManual de Estruturas Mªo de obra direta É um dos itens de maior peso na fase de estruturas. No caso de utilizar mªo-de-obra direta própria, o orçamento deve estar atento aos seguintes itens: Custo e quantidade de horas normais; Custo e quantidade de horas extras; Premiaçªo; Encargos sociais (variam de regiªo para regiªo); FØrias; Benefícios (alojamento, refeiçıes, transporte) IncidŒncia de Dissídio da categoria durante a obra. Notas A informaçªo sobre o nœmero de horas normais depende do dimensionamento de mªo de obra, definido na fase de planejamento. Muitas construtoras, com o objetivo de reduzir custos, vŒm reduzindo os níveis hierÆrquicos no canteiro de obras, por exemplo eliminando a figura do mestre ou do encarregado. Sªo decisıes estratØgicas que merecem anÆlise mais profunda. Dica É importante, caso se trabalhe com mªo-de-obra terceirizada, estabelecer todos os parâmetros de conformidade, para poder exigir correçªo sem custo de serviços executados de forma irregular. Toda a relaçªo acima exposta, obviamente nªo esgota a complexa relaçªo de itens dos orçamentos de estruturas, mas destaca os principais, e tambØm aqueles que por vezes sªo esquecidos nas composiçıes. A natureza e o porte da obra, podem tambØm sugerir outras abordagens de custos. JÆ no caso da construtora terceirizar a execuçªo, alØm de todas as precauçıes normais de contrataçªo, Ø recomendÆvel que o orçamento considere a existŒncia de verbas referentes a serviços extras, nªo constantes do contrato com o subempreiteiro. Custos indiretos Considera-se no orçamento toda a mªo-de-obra indireta do canteiro, como: Engenheiro; Mestre; Encarregados; Administrativos; Almoxarifes; Todos os encargos sociais e benefícios pertinentes. Os consumos de Ægua, luz, telefone, transmissªo de dados, seguros de obra, impostos municipais e aluguØis (se houver) tambØm devem constar desses custos. Custo da nªo-conformidade Em algum momento do empreendimento, as nªo-conformidades provenientes da mÆ execuçªo da estrutura, irªo provocar custos extras. Obviamente devemos evitar que ocorram, mas o orçamento pode por decisªo estratØgica da empresa alocar alguma verba para disfunçıes, como: Desaprumo de pilares; Desnivelamento de lajes (face superior e inferior); Desaprumo, desnivelamento e desalinhamento de vigas; Bicheiras no concreto; Exposiçªo de armaduras; Retrabalhos de ordem geral. Custo da segurança Podemos dizer que nªo se trata de custo, mas um investimento para a nªo ocorrŒncia de custos que podem ter proporçıes muito grandes. O orçamento deve refletir a preocupaçªo das obras e considerar custos para: Equipamentos de proteçªo individual (EPI); Bandeja de proteçªo fixa; Bandejas de proteçªo móveis; Sinalizaçªo de modo geral; Fitas, cordas, cabos, telas e demais dispositivos de segurança coletiva; Higiene do trabalho. Orçamento 8PLA Manual de Estruturas Estrutura bÆsica do orçamento Sªo muitas as formas disponíveis para realizar orçamentos. As ferramentas mais comuns sªo os aplicativos específicos (softwares). A estrutura bÆsica (e convencional) de um orçamento, obedece a uma ordem lógica de níveis, que Ø: Insumo Sªo discriminados todos os insumos bÆsicos do orçamento. Simplificadamente, sªo atribuídas a eles as seguintes características: Descriçªo (Ex: Concreto Convencional Fck 18 MPa, Bloco Cerâmico 25x25x14); Unidade (m2, m3, Kg, Hora, Verba); Preço UnitÆrio (R$/m2, R$/m3, R$/Kg); Outras informaçıes sobre os insumos, como espØcie, grupo do insumo (para futuras classificaçıes), data de cotaçªo, responsÆvel pelas informaçıes, etc, podem fazer parte desse nível. Composiçıes Segundo nível da hierarquia dos orçamentos. Representam o agrupamento de insumos necessÆrios para a execuçªo de uma unidade de determinado serviço. Sªo atribuídas a elas as seguintes características: Descriçªo: (Ex: Fôrma com chapa plastificada utilizaçªo de 5 vezes); Unidade (m2, m3, Kg, Verba, etc.); Preço UnitÆrio (R$/m2, R$/m3, R$/Kg, etc.); Relatório de Orçamento É a tabulaçªo de todos os resultados,o qual consta: Descriçªo da Etapa (Ex: Superestrutura); Descriçªo do Serviço (Ex: TØrreo); Relaçªo das Composiçıes, com os quantitativos. Orçamento 9PLAManual de Estruturas Suprimentos Muita gente confunde as iniciativas de orçamento, com o trabalho de suprimentos. Apesar de atividades díspares, os departamentos de suprimentos muitas vezes facilitam a obtençªo das informaçıes importantes para a elaboraçªo do orçamento. Mais importante que isso, compras farªo parte do sucesso do empreendimento e por isso devem receber atençªo especial. Atualmente, tem-se percebido algumas prÆticas visando a melhoria da relaçªo cliente- fornecedor, resultando em reduçªo dos custos das obras. Sªo algumas delas: Redes de fornecedores Quando uma empresa qualifica e elege um nœmero restrito de fornecedores, efetuando suas compras somente em empresas dessa rede; Centralizaçªo de compras Quando um grupo de empresas se une na compra em conjunto de determinado material, aproveitando os benefícios da economia de grande escala; Tipologias de entrega de materiais Quando os fornecedores criam condiçıes de entrega particulares, facilitando o recebimento nas obras de seus clientes; Política de preços Muito mais aberta e franca. A competitividade enriqueceu os processos de negociaçªo. Adaptaçªo dos produtos Muitos fornecedores adaptam seu produtos para atender melhor as necessidades dos clientes. Conformidade, qualidade e garantia Requisito principal para a perpetuaçªo de qualquer negócio. Orçamento 10PLA Manual de Estruturas Eixo Gastalho precede defasado Desforma Armaçªo Forma/Cimb Concreto precede precede precede precede precede defasado defasado precedeprecedeprecede paralelo paralelo defasado Planejamento Planejamento Ø o ato de elaborar um roteiro de um empreendimento. É o processo de estabelecer, com antecedŒncia, as açıes, os recursos, os mØtodos e os meios necessÆrios para a execuçªo de um projeto. Podemos dividir o Planejamento em dois tipos, de acordo com o seu nível de detalhamento e abrangŒncia: Planejamento EstratØgico sªo definidas as estratØgias gerais do projeto; Planejamento Executivo ou Operacional abrangem os detalhamentos de cada Ærea ou especialidade do empreendimento. Abordaremos aqui os aspectos e características do Planejamento Executivo focando o subsistema estrutura de concreto armado. O planejamento de um empreendimento nªo Ø uma atividade estanque. O início do processo ocorre jÆ na fase de execuçªo e detalhamento dos projetos, com as definiçıes de sistemas construtivos. Todo seu desenvolvimento tem como pano de fundo a executabilidade no canteiro. As ferramentas mais utilizadas para o detalhamento de um planejamento executivo sªo: Redes de precedŒncias; Cronogramas de barras; FormulÆrios contendo normas e instruçıes; Mapas e grÆficos; Projetos e croquis. Dica A atividade de planejar deve ser dinâmica e flexível, tornando possível alterar seus dados conforme se avança na elaboraçªo e execuçªo do empreendimento. Nota A quantidade e grau de detalhamento das ferramentas do planejamento varia de projeto para projeto; dependem do nível de controle que se deseja obter na execuçªo das atividades. Redes de PrecedŒncias TambØm conhecidas como Diagrama de Blocos, incorporam tØcnicas de PERT (Program Evaluation and Review Tecnique) e CPM (Critical Path Method). É a representaçªo grÆfica de um planejamento que demonstra a seqüŒncia lógica e a interdependŒncia entre as diversas atividades de um projeto. Sªo necessÆrios os seguintes elementos para o estabelecimento de uma rede: relaçªo das atividades; interdependŒncia entre as atividades; duraçªo de cada atividade. Tabela contendo os itens de uma rede e sua interdependŒncias para o subsistema estrutura. Após a definiçªo dos elementos citados e desenhada a rede, com os tempos de duraçªo para cada atividade, podemos calcular as folgas, analisar gargalos e caminhos críticos, e avaliar o início de cada atividade. Planejamento Eixo Gastalho Desforma Armaçªo Forma/Cimb Concreto 11PLAManual de Estruturas Cronograma de Barras TambØm chamado de GrÆfico de Gantt, Ø uma das ferramentas mais utilizadas em planejamento, principalmente pela fÆcil visualizaçªo. O Cronograma de Barras Ø um grÆfico em que no eixo vertical estªo listadas as atividades a serem desenvolvidas na obra ou recursos a serem empregados, e no eixo horizontal estÆ lançado o tempo. É possível utilizar esse instrumento para elaborar um cronograma inverso, isto Ø, um cronograma do conjunto de providŒncias que precedem determinada atividade. Assim, por exemplo, quando determinamos que a atividade fôrma deve iniciar no mŒs de março, devemos estar conscientes que a ela precedem o projeto de fôrmas, a compra de material, a eventual produçªo no canteiro, etc., e que todas estas atividades extra-obra devem ser pensadas no planejamento. Dicas Uma das grandes vantagens do cronograma de barras Ø a facilidade com que ele pode ser revisado, uma vez que ao alterar a data ou a duraçªo de um evento, nªo Ø preciso refazer todo o cronograma. Essas revisıes sªo comuns em funçªo da realidade do andamento da obra e permitem uma reprogramaçªo dos diversos recursos necessÆrios ao cumprimento das atividades. Nota Ø importante ressaltar que o Planejamento do subsistema Estrutura de Concreto Armado, que estamos abordando neste manual, estÆ intimamente atrelado aos demais subsistemas do projeto. É impossível tomarmos decisıes estanques, sem ter uma visªo global do empreendimento. Planejamento 12PLA Manual de Estruturas Planejamento físico É o processo de se estabelecer a seqüŒncia física das atividades dentro de um canteiro de obras. Normalmente utilizamos a ferramenta do cronograma de barras, determinando o início e fim de cada etapa construtiva, e as relaçıes de dependŒncias entre elas. O planejamento físico de uma estrutura deve ser desenvolvido levando em consideraçªo informaçıes do fluxo de caixa e do planejamento financeiro do empreendimento. Setorizaçªo da Obra Nas edificaçıes verticais a execuçªo da estrutura Ø dividida em dois grandes blocos, facilitando o planejamento e a execuçªo no canteiro. Estes blocos sªo chamamos de torre ou corpo e periferia. A torre ou corpo Ø a projeçªo do andar tipo e a periferia tudo que estÆ fora desta projeçªo. Normalmente, o planejamento físico prevŒ que a projeçªo da torre nos andares inferiores (subsolos e tØrreo) seja executada com prioridade. Isto possibilita que, ao iniciarmos a execuçªo dos andares tipo, podemos tocar a periferia em paralelo. A periferia possui características especificas em termos de aproveitamento de fôrmas e caminhamento das equipes de mªo de obra - principalmente a de carpintaria. Para que haja um fluxo uniforme das equipes Ø aconselhÆvel que as diversas regiıes da periferia sejam divididas em volumes de serviços similares (fôrmas, armaçªo e volume de concreto). Em contrapartida, podemos considerar que as lajes de subsolos e tØrreo, incluindo a periferia, devam ser executadas primeiro, deixando a execuçªo dos pavimentos tipo para uma fase seguinte. Ambas as alternativas de execuçªo de estrutura tem suas vantagens e desvantagens, e uma decisªo correta deverÆ avaliar todas as variÆveis que envolvem o processo de tomada de decisªo. Entªo, qual Ø a melhor maneira de se executar a estrutura, considerando os blocos torre e periferia? Alternativa 1 executamos as lajes inferiores (subsolos e tØrreo) na regiªo da torre e posteriormente, tocamos a torre e a periferia em paralelo; Alternativa 2 executamos todas as lajes de subsolo e tØrreo, inclusive periferia, e depois trabalhamos no pavimento tipo; Notao Planejamento Físico serÆ o balizador e ditarÆ o ritmo da produçªo no canteiro. Dica devemos setorizar a obra permitindo que o planejamento possa encontrar a melhor maneira de executar o projeto, otimizando os recursos e as tecnologias disponíveis dentro do prazo estipulado. Planejamento 13PLAManual de Estruturas Alternativa 2Alternativa 1 Prazo executivo Normalmente, em uma edificaçªo vertical a estrutura Ø caminho crítico da obra. Os prazos de execuçªo do pavimento tipo determinam o início e o ritmo das demais tarefas alvenaria, revestimentos, acabamentos. Portanto, se trabalhamos com prazos exíguos, devemos executar a torre rapidamente. Esta alternativa só Ø viÆvel quando temos tempo suficiente para a execuçªo de toda a periferia, para depois iniciarmos o pavimento tipo. Neste caso, nªo hÆ sobreposiçªo de atividades. Planejamento financeiro Quando o fluxo de caixa permite, os desembolsos sªo maiores, porØm, mais uniformes que a alternativa 2, pois executamos em paralelo a torre e a periferia. Para esta alternativa, o fluxo de caixa no início da execuçªo da estrutura Ø mais baixo. As despesas maiores, que ocorrem no período do pavimento tipo, sªo postergadas. Custos O custo pode impactar esta alternativa conforme o detalhamento da estrutura. Se a periferia possui lajes e vigas sem repetitividade e com panos pequenos, serÆ interessante estender a execuçªo da periferia, realizando-a em pequenos trechos e com poucos painØis de fôrmas, pois a reforma e adaptaçªo para os trechos serªo custosas. Agora, se a estrutura de periferia e projeçªo da torre nos subsolos e tØrreo Ø uniforme, com trechos grandes, pode ser interessante executÆ- los prioritariamente, utilizando um jogo de fôrmas próprio. Trabalharemos entªo com um novo jogo de fôrmas só para o pavimento tipo. De qualquer maneira, Ø interessante fazer um equalizaçªo de custos das duas alternativas quanto a utilizaçªo de fôrmas e mªo de obra. Mªo de obra e equipamentos Quando contratamos de subempreiteiros ou temos disponibilidade mªo-de-obra e equipamentos, esta alternativa Ø viÆvel, bastando realocar os recursos quando iniciamos a execuçªo do pavimento tipo e a periferia em paralelo. Quando temos limitaçıes de recursos de mªo-de- obra, esta alternativa se torna mais viÆvel, pois podemos equalizar o ritmo de trabalho com o dimensionamento da equipe. É interessante quando trabalhamos com mªo-de- obra própria Qualidade Para este caso, devemos atentar para nªo estender a execuçªo da periferia. É comum nos canteiros que os responsÆveis pela produçªo encararem a periferia como um pulmªo, realizando as atividades nos períodos de folgas ou com as sobras de material. É usual tambØm encontrarmos uma equipe terminando a periferia quando a torre estÆ em fase de acabamento e instalaçıes. A possibilidade de se deixar arremates Ø muito grande e a qualidade, nessa hora, fatalmente Ø relegada a segundo plano. Normalmente, quando executamos toda a periferia antes de iniciar o pavimento tipo, os resultados com relaçªo à qualidade sªo melhores: o canteiro fica livre da movimentaçªo de terra; o travamento da estrutura nas cortinas de periferia elimina nªo conformidades e problemas de qualidade na estrutura; melhora o lay out do canteiro, criando mais Æreas para estoque de materiais e alojamentos e escritórios de subempreiteiros; evitamos trabalhar com equipes distintas em um mesmo período da obra; as etapas construtivas sªo executadas obedecendo uma ordem lógica (começo, meio e fim), eliminando a possibilidade de deixar tarefas para serem executadas posteriormente. Planejamento 14PLA Manual de Estruturas As soluçıes tecnológicas adotadas na periferia nem sempre sªo as mesmas adotadas para a torre. Diferentes materiais em funçªo de diferentes reaproveitamentos devem ser considerados - por exemplo: chapas compensadas diferentes. A logística e a metodologia de concretagem tambØm pode ser diferente da torre, dependendo dos volumes e disponibilidade de equipamentos (bomba x grua). Planejamento financeiro É o processo de estabelecer o volume de aporte financeiro do empreendimento ao longo do tempo. Podemos utilizar as ferramentas do cronograma de barras, histograma, grÆfico ou planilhas, determinando fluxo de dinheiro em cada etapa construtiva. A execuçªo do Planejamento Financeiro de um empreendimento estÆ atrelada às variÆveis: Fluxo de investimento do empreendedor/investidor, ou aporte do agente financeiro quando trabalhamos com financiamento bancÆrio, por exemplo; Características de comercializaçªo do empreendimento; Planejamento Físico do empreendimento; Quando estamos trabalhando em um empreendimento a preço fechado, o sucesso e a velocidade de vendas podem alterar todo o planejamento elaborado previamente. Problemas como inadimplŒncia dos compradores ou conjuntura econômica do País tambØm costumam interferir nas atividades no canteiro. Entretanto, para empreendimentos que contam com aporte de algum agente financeiro, como bancos, cooperativas ou instituiçıes estatais, o fluxo de caixa Ø mais seguro e sujeito a menores oscilaçıes, determinando um cronograma físico financeiro regular. A estratØgia comercial pode influir na tomada de decisªo. Em empreendimentos com preço fechado, em que a velocidade de vendas das unidades Ø fator determinante para o sucesso do negócio, a rapidez com que a obra aparece passa a ser fundamental. Nestes casos, prioriza-se a execuçªo da estrutura e atØ do acabamento, em detrimento a outras etapas que nªo sªo perceptíveis ao cliente final. EstratØgia comercial Em empreendimentos com preço de custo ou financiados, em que a velocidade da estrutura nªo tem relevância ao negócio, esse aspecto terÆ um peso menor na tomada de decisªo; devemos, entªo, analisar os outros itens com mais rigor. Nota aspectos tØcnicos podem forçar a tomada de decisªo em favor de uma determinada alternativa. Pode ser necessÆria a execuçªo da toda a periferia antes de iniciarmos o pavimento tipo, quando, por exemplo, trabalhamos em terrenos que exijam rebaixamento do lençol freÆtico. Nessa situaçªo, o custo de aluguel do equipamento Ø alto, forçando a priorizaçªo da execuçªo de toda a estrutura do corpo e periferia, inclusive a laje de subpressªo. a comercializaçªo do empreendimento Ø fator fundamental na definiçªo do fluxo financeiro de uma obra, e portanto, na determinaçªo do ritmo de execuçªo. O Planejamento Financeiro de um empreendimento pode ser apresentado de duas maneiras distintas, a anÆlise financeira e a anÆlise econômica. AnÆlise Financeira É a apresentaçªo do Planejamento Financeiro em sua forma mais simples fluxo de caixa; ou seja, o fluxo de desembolso de dinheiro, mŒs a mŒs, distribuídos nos subitens da estrutura determinados pelo planejamento físico e o orçamento. Este cronograma financeiro se presta para o dimensionamento do caixa da obra. PorØm, para efeito de controle, Ø difícil prever se estamos dentro do orçamento, pois seu acompanhamento ocorre ao final de cada item, tornando impossível a verificaçªo parcial durante a execuçªo. Planejamento mai/00 jun/00 jul/00 ago/00 set/00 out/00 Total (R$) Fundaçıes e infraestrutura Tubulıes (projeçªo) Blocos e vigas (projeçªo) Superestrutura (Projeçªo) 2” SS (projeçªo) 1” SS (projeçªo) TØrreo (projeçªo) 1” Pav 2” Pav 3” Pav 4” Pav 5” Pav 6” Pav 7” Pav 8” Pav 9” Pav 10” Pav Atividade 17” Pav Laje de cobertura `tico Superestrutura (Periferia) Tubulıes Blocos e vigas Cortina 1 Laje de Periferia - 2” SS Laje de Periferia- 1” SS Laje de Periferia - TØrreo 13.185,00 17.411,63 17.411,63 16.281,01 16.281,01 30.911,35 33.414,74 27.143,62 25.234,55 25.234,55 25.234,55 25.234,55 25.234,55 25.234,55 25.234,55 12.283,09 12.283,09 12.283,09 19.778,68 19.778,68 1.341,55 1.341,55 26.117,45 26.117,45 24.421,52 24.421,52 23.183,51 46.367,02 48.843,04 52.234,90 2.683,10 39.557,36 36.849,27 15.570,46 25.211,05 25.234,55 25.234,55 25.234,55 25.234,55 25.234,55 25.234,55 25.234,55 25.234,55 25.234,55 27.143,62 33.414,74 30.911,35 32.562,02 34.823,26 39.557,34 36.849,28 15PLAManual de Estruturas AnÆlise Econômica Difere da anÆlise financeira por tornar possível o acompanhamento dos custos ao longo da execuçªo de uma tarefa. É uma anÆlise dos custos reais das etapas construtivas, sendo um importante instrumento de controle de custos. O que Ø a analise econômica? No que ela difere da anÆlise financeira? Durante a execuçªo de uma estrutura, vÆrios insumos sªo adquiridos com antecedŒncia (fôrmas, madeira, aço e etc.), outros sªo comprados somente no momento da aplicaçªo (concreto) e outros sªo utilizados na execuçªo e geram despesas posteriores serviços pagos atravØs de mediçıes, tais como, mªo de obra de carpintaria, armaçªo, subempreiteiros etc. pagamento da fatura para a concreteira em 20 dias fora a quinzena; portanto dia 20 de junho; pagamento da mªo de obra empreitada (fôrma, armaçªo e lançamento de concreto), atravØs de mediçªo quinzenal, com fatura vencendo cinco dias após; portanto dia 05 de junho; aço (material) recebido na obra 30 dias antes de sua aplicaçªo, com fatura paga 30 dias após a entrega; portanto dia 20 de maio; cimbramento metÆlico alugado Ø pago atravØs de mediçıes mensais, com faturas pagas no 10 dia do mŒs subsequente; portanto 10 de junho; considerando ainda que concretamos duas lajes por mŒs; portanto o custo mensal do aluguel do cimbramento metÆlico Ø dividido em duas lajes; fôrma de compensado plastificado para o pavimento tipo, com previsªo de 12 utilizaçıes, paga 30 dias após o recebimento na obra (considerar que este evento ocorreu em 1” de março); portanto 1” de abril; como adquirimos um conjunto de fôrmas que serÆ utilizado nas doze lajes tipo, consideramos entªo que, para cada laje concreta, o custo equivale a 1/12 do custo do conjunto; Considerando os fatos acima, como ficariam entªo as anÆlises financeira e econômica desta fase da estrutura ? Cronograma com a AnÆlise Financeira Cronograma com a AnÆlise Econômica Planejamento Concreto (material) Aço (material) Mªo de obra Cimbramento (aluguel) Fôrma (material) Total 8.320,00 Insumo Custo (R$) abril/01 maio/01 junho/01 julho/01 11.544,00 7.020,00 18.980,00 332,80 8.320,00 7.020,00 10.660,00 332,80 11.544,00 37.876,80 10.660,00 11.544,00 7.020,00 332,80 A anÆlise econômica equaliza a açªo no mesmo tempo do desembolso ou custo. JÆ a analise financeira considera somente a saída do dinheiro do caixa. Por exemplo: Concretagem da laje do 5” pavimento tipo (de um total de 12 pavimentos) no dia 20 de maio (volume = 52,0 m3 para pilares, vigas e laje) Concreto (material) Aço (material) Mªo de obra Cimbramento (aluguel) Fôrma (material) Total 8.320,00 Insumo Custo (R$) abril/01 maio/01 junho/01 julho/01 0,00 27.128,40 0,00 166,40 8.320,00 7.020,00 10.660,00 332,80 11.544,00 37.876,80 10.660,00 7.020,00 0,00 962,00 16PLA Manual de Estruturas Podemos perceber que a anÆlise financeira nos dÆ um avaliaçªo do desembolso da obra no mŒs em estudo, e a anÆlise econômica, indexada pelos 52,0 m3 de concreto, por exemplo, nos fornece o exato custo/m3 gastos para a execuçªo da laje do 5” pavimento. Plano de ataque É a fase do Planejamento Executivo em que detalhamos todos os aspectos tØcnicos da obra, tais como: ciclo; dimensionamento de equipamentos; dimensionamento de equipe. Ciclo Nas obras verticais, a repetitividade das atividades em cada andar cria bom potencial para a prÆtica de um planejamento sistematizado. É como se cada pavimento fosse um projeto separado, com um início e fim claramente definidos, repetindo-se para cada novo pavimento. Isto nos leva a identificar ciclos de atividades. Para a construçªo de um modelo representativo de ciclo, deve-se: Nota a informaçªo bÆsica para iniciarmos o detalhamento do Plano de Ataque Ø: quantos m3/dia, em mØdia, deveremos concretar para seguir o planejamento físico e financeiro. Dica a anÆlise econômica Ø uma importante ferramenta de gerenciamento de custos, pois nos fornece informaçıes, praticamente em tempo real, tornando possível a avaliaçªo dos trabalhos da equipe de estruturas, e possibilitando correçıes imediatas nos rumos da produçªo. identificar os recursos necessÆrios a cada operaçªo de construçªo; identificar as tarefas elementares; relacionar a seqüŒncia das tarefas e suas relaçıes; Planejamento identificar o caminhamento dos recursos (principalmente mªo de obra) pelas tarefas; Abaixo, exemplo de recursos empregados em uma estrutura de concreto. No passo seguinte do modelo, descrevemos a relaçªo de ocupaçªo entre as atividades, chegando aos estados ativos e ociosos de cada um dos recursos empregados. Grua Fôrma do poço Fôrma de pilares Fôrma de laje Cimbramento e reescoramento Equipe de carpintaria Equipe de armaçªo Equipe de concreto Recursos Empregados Recurso Quantidade 1 un. 1 jg. 1 jg. 1 jg. 2,5 jg. 1 eq. 1 eq. 1 eq. Subir fôrma interna do poço Montagem de fôrma interna Subir aço pilares e poço Armaçªo poço e pilares Subir fôrma de pilares e poço Montagem fôrmas pilares Concreto pilares e poço Desforma do andar inferior Reescoramento Subir cimbramento Subir fôrma da laje Limpeza de fôrmas Subir armaçªo de laje Montagem de fôrmas da laje Subir instalaçªo Montagem armaçªo Montagem instalaçıes Verificaçıes Concretagem a laje Diagrama de ocupaçªo Tarefa Grua Equipe carpintaria Equipe armaçªo Equipe concreto 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 ativa ativa ativa ociosa ativa ociosa ativa ociosa ociosa ativa ativa ociosa ativa ociosa ativa ociosa ociosa ociosa ativa ativa ativa ociosa ociosa ativa ativa ociosa ativa ativa ativa ativa ativa ociosa ativa ociosa ociosa ociosa ativa ativa ociosa ociosa ativa ativa ociosa ociosa ociosa ociosa ociosa ociosa ociosa ociosa ativa ociosa ociosa ativa ociosa ativa ociosa ociosa ociosa ociosa ociosa ociosa ociosa ativa ociosa ociosa ociosa ociosa ociosa ociosa ociosa ociosa ociosa ociosa ociosa ativa 1 Dia Atividade no Pavimento (n-1) Atividade no Pavimento (n) 2 3 4 5 6 desforma de vigas / retirada de cimbramento reescoramento desforma de vigas / retirada de cimbramento reescoramento / desforma de laje trecho 1 desforma de laje trecho 2 eixos gastalho / armaçªo dos pilares / montagem da fôrma de pilar / concretagem de pilar techo 1 eixos gastalho / armaçªo dos pilares / montagem da fôrma de pilar / concretagem de pilar techo / desforma de pilar trecho 1 montagem de painel de laje trecho 2 / armaçªo / instalaçªo montagem de forma de viga / montagem de escoramento / montagem de painel de laje desforma de pilar trecho 2 / montagem de forma de viga / montagem de escoramento concretagem de viga e laje 17PLAManual de Estruturas Podemos representar graficamente o ciclo. A definiçªo do período do ciclo, na maior parte das vezes, estÆ ligada a uma necessidade de conclusªo do empreendimento,que por sua vez determina um prazo para a conclusªo da estrutura. A execuçªo da estrutura fica, entªo, confinada entre o final das fundaçıes e o início da montagem de elevadores e acabamento das fachadas. HÆ muito tem-se procurado adotar como sendo o período de ciclo ideal o prazo de 5 dias para cada pavimento e coincidir o dia de concretagem às sextas-feiras, de forma que a cura e obtençªo da resistŒncia para desforma ocorram durante o final de semana. Dimensionamento de equipamentos Outro item definidor da estratØgia de ataque da obra Ø o dimensionamento dos equipamentos. Neste caso, a escolha do equipamento de movimentaçªo vertical de um canteiro Ø de fundamental importância, pois ele dita o ritmo da produçªo. Nota Trabalhar com ciclos possibilita que todos na obra saibam em qual ponto deveriam estar em determinado dia do ciclo. Isso gera um controle quase que visual do andamento da produçªo e uma auto-regulaçªo do trabalho da mªo-de-obra direta. Dica ao dimensionar as equipes, visualize as pessoas realizando as tarefas. O dimensionamento da equipe Ø funçªo da quantidade de trabalho em cada etapa. Planejamento Dimensionamento de equipe Os índices de composiçªo orçamentÆrios tŒm sido o principal referencial para o dimensionamento da equipe de produçªo. Entretanto, devemos modificar a forma de dimensionar este recurso, adotando uma visªo detalhista das atividades que constituem o ciclo e buscando entender exatamente quem faz o que e quando. Observar o detalhe das operaçıes significa entender como se processa esta operaçªo como um todo, quais os recursos necessÆrios a seu desempenho e o esforço de mªo-de-obra requerido. Vejamos, como exemplo, o primeiro dia de um ciclo, com uma estratØgia de concretagem de pilares solteiros, com grua, sendo necessÆrio que, ao fim deste dia, os pilares estejam concretados. Ao invØs de dimensionar a equipe pelo índice orçamentÆrio, observamos os pilares, quantos sªo, qual o grau de dificuldade presente em cada um, e, por fim, quais as atividades que fazem parte desse processo. Procedendo desta forma, podemos visualizar que, após a montagem da fôrma, a equipe de carpinteiros pode estar ociosa ou que a topografia pode amarrar as frentes de trabalho. Ao final do estudo de todos os dias de ciclo, teremos definido a quantidade de operÆrios, nªo a partir de um índice genØrico, mas atravØs de uma boa avaliaçªo sobre a atividade de cada um. Verificaçªo Operaçªo HorÆrio Quem faz Quantos Marcaçªo dos eixos Gastalhos Armaçªo Desforma trecho anterior Montagem de fôrmas Liberaçªo de concretagem Concretagem 16h00 17h30 Pedreiros 7h00 8h30 8h30 10h00 8h00 10h30 7h00 10h30 10h30 14h30 14h30 15h30 15h30 17h00 Topografia Topografia Topografia Carpintaria Carpintaria Carpintaria Armaçªo 18PLA Manual de Estruturas A definiçªo do sistema fôrma e cimbramento tem funçªo importante no estudo do plano de ataque da estrutura e permeia todos os aspectos abordados acima: ciclo, dimensionamento de equipamentos e equipe. Sob o ponto de vista do plano de ataque, podemos dividir o sistema fôrma e cimbramento em dois grandes grupos, conforme a execuçªo dos pilares: 1. Utilizaçªo de pilares solteiros: É uma soluçªo que, praticamente, exige grua. O ciclo Ø articulado de forma que os pilares sejam concretados e desformados antes da realizaçªo de qualquer outro serviço. Torna a obra dependente da eficiŒncia do planejamento e de equipamentos, alØm de nªo permitir a sobreposiçªo de tarefas. PorØm, pode possibilitar o uso de ‰ jogo de fôrmas de pilares (ou atØ mesmo de 1/4), caso haja uma geometria adequada no projeto, diminuindo os custos de fôrmas. 2. Utilizaçªo de sistema integrado: Sistema em que a montagem das fôrmas de pilares, vigas e lajes sªo feitas em conjunto. É uma soluçªo que torna a obra muito dependente da qualidade e velocidade dos operÆrios, alØm de exigir demais do sistema fôrma e cimbramento, devido aos constantes ajustes. Planejamento logístico É o estudo da movimentaçªo horizontal e vertical de materiais, do dimensionamento de estoques, da administraçªo do fluxo de insumos dentro de um canteiro, bem como do arranjo físico e sua evoluçªo com a obra. O estudo logístico de uma obra produz o planejamento do transporte e armazenagem dos materiais e insumos e sua relaçªo com o mØtodo executivo do trabalho, resultando na diminuiçªo dos desperdícios de materiais, gastos com equipamentos, reduçªo de equipes de serventias alocadas no transporte e organizaçªo do canteiro. Os produtos do planejamento logístico sªo: Dicas estruturas com lajes planas tendem a favorecer um plano de ataque com sistemas pilares solteiros, a utilizaçªo de grua e, eventualmente, o uso de mesas voadoras. estruturas vigadas aliada ao uso de guincho, pedem um plano de ataque com sistema integrado de fôrmas e cimbramento. dimensionamento de equipamentos e equipes para movimentaçªo; projeto de canteiro; os custos envolvidos nesta operaçªo. A metodologia de trabalho para se planejar a logística de uma obra, segue os seguintes passos (estaremos focalizando apenas o subsistema estrutura neste estudo): 1. Definiçªo dos materiais a serem estudados: No caso específico da estrutura de uma obra, os materiais escolhidos sªo: concreto; aço cortado e dobrado; fôrma; cimbramento. 2. Cronograma de cargas: Devemos analisar como os materiais se movimentam ao longo do tempo. Os equipamentos de transportes (horizontal e vertical) deverªo ser dimensionados de acordo com as suas capacidades de carga. O resultado desta etapa pode ser visualizado em um histograma de cargas. Planejamento 19PLAManual de Estruturas 3. Escolha do mØtodo de movimentaçªo: Define-se qual Ø o melhor meio de transporte horizontal/vertical para os insumos elencados na primeira etapa. Esta anÆlise Ø feita considerando todos os materiais separadamente e seus respectivos volumes a serem transportados durante o período crítico. Deveremos agora desenvolver um prØ arranjo físico do canteiro, determinando os custos e os possíveis locais em que ficariam os equipamentos de movimentaçªo e estoques, e mensurar as distâncias que os materiais percorrerªo da Ærea de armazenagem atØ a frente de serviço. 4. Avaliaçªo das interferŒncias: Muita vezes, o dimensionamento subestima o dia a dia da obra e as flutuaçıes de demanda por determinado equipamento. Enquanto na mØdia, determinado equipamento mostra-se compatível com o nível de serviços demandados, pode ocorrer que nos picos ele nªo atenda. Na verdade, resolver os picos de demanda do sistema de movimentaçªo, acaba por definir o tipo e quantidade de equipamentos que iremos utilizar, como Ø o caso da grua, por exemplo. 5. Projeto do canteiro: O projeto do canteiro deverÆ conter: locaçªo do equipamento de transporte vertical ( ex: guincho); locaçªo dos equipamentos auxiliares de transporte (ex: bomba de concreto); vias de acesso ao canteiro (ex: portªo de entrada de materiais e pessoas); vias de circulaçªo interna de materiais e pessoas; Æreas de estoques intermediÆrios - painØis de fôrma, aço prØ-montado, por exemplo; Æreas de estoque de matØria-prima - madeira, compensado, vergalhıes, por exemplo; Æreas de trabalho - prØ-montagem de aço, fabricaçªo de fôrmas, por exemplo. Planejamento 20PLA Manual de Estruturas Controle Os controles sªo sistemas, normalmente inoperantes em muitas empresas. Mesmo com o apoio de softwares, nªo realizam completamente suas funçıes bÆsicas, que sªo: Monitorar compromissos de prazos, custos e qualidade; Fornecer subsídios para a melhoria contínua da performance da operaçªo. Muita gente nªo percebe, tambØm, o carÆter de planificaçªo doscontroles, ou seja, alØm de monitorar o desempenho, ter capacidade de fazer projeçıes (inferŒncias) futuras e propor alternativas durante o processo. Os controles devem ser estruturados antes do início da atividade e devem começar a funcionar concomitantemente a ela. O fluxo de controle deve obedecer mais ou menos essa lógica: Padrıes O orçamento e o planejamento contŒm, geralmente, os padrıes a serem definidos, como perdas, produtividade, consumo de materiais, etc. É importante que sejam definidos levando em consideraçªo a natureza da obra, as características de projeto, a cultura da empresa, entre outros. Fatores que variam Os principais itens de uma obra - especialmente na fase de estrutura que respondem pela maioria das variaçıes sªo: Mªo de obra Equipamentos MØtodo de trabalho MatØria prima Em funçªo do nível de qualificaçªo, treinamento, humor e fadiga; Devido à falta de manutençªo (paradas por quebras), mal dimensionamento e mÆ operaçªo; Pela falta de padronizaçªo nos mØtodos e aumento da variabilidade nas formas de produçªo; Por causa da qualidade dos insumos. Controle 21PLAManual de Estruturas O que controlar Nªo existe um padrªo universal de controle. A sua importância Ø diretamente proporcional ao foco da empresa, do cliente ou do contrato. Genericamente, uma boa sistemÆtica de controle deve prever: Controle de prazos; Controle de custos (controle financeiro e econômico); Controle da produtividade; Indicadores Os indicadores serªo as referŒncias, os balizadores a serem comparados com a situaçªo real de desempenho da atividade. De maneira geral, esses indicadores apresentam-se de trŒs formas: ˝ndices históricos da própria empresa, com os quais serªo comparados os indicadores de uma obra específica; Indicadores-meta, que seriam os resultados a serem perseguidos; Indicadores de mercado, que refletem genericamente o que outras empresas tŒm realizado com relaçªo aos seus desempenhos individuais. Seja qual for, o estabelecimento de referŒncias implica no conhecimento profundo do resultado esperado para determinada atividade. Acervo TØcnico A cada obra, erros sªo cometidos, inovaçıes produzidas, experiŒncias e conhecimentos gerados. O problema Ø que tudo se perde ou fica incorporado apenas aos profissionais que os vivenciaram. Os acervos registram uma história, que deve ser recuperada quando necessÆrio e deve estar organizada de tal forma que possa ser inteligentemente disponibilizada. Deve existir, assim, uma metodologia de se organizar essa memória. Nesse conteœdo deve estar presente, por exemplo: Procedimentos de execuçªo dos serviços; ˝ndices; Registros de mØtodos de execuçªo dos trabalhos; Registros dos erros cometidos; Dica Cuidado com a generalizaçªo. As obras tŒm tipologias distintas. Controle Modelos de decisªo; Desempenho de fornecedores; Registros de inovaçªo. Controle de prazos O controle normalmente Ø visualizado sobre o planejamento executivos, na forma de previsto (o planejamento) e realizado, como mostra o exemplo. As diferenças entre o previsto e o realizado devem ser analisadas. Se houver necessidade, esse instrumento pode servir de base para um replanejamento. Caso contrÆrio, registram-se os desvios e aguarda-se nova mediçªo. Tudo dependerÆ dos motivos, do grau de risco assumido e da relaçªo com o fluxo de caixa. 1” Pavto. 2” Pavto. 3” Pavto. 4” Pavto. 5” Pavto. Pavimento Tipo Acomp. Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5 previsto Controle de qualidade Outros controles de interesse exclusivo. realizado previsto realizado previsto realizado previsto realizado previsto realizado 22PLA Manual de Estruturas Controle de custos Similar ao controle de prazos, o controle de custos acompanha os gastos como um fluxo de caixa. Compara os recursos previstos e disponibilizados com o realmente incorrido. É de suma importância, uma vez que os recursos que sobram deixam de ser remunerados em aplicaçıes financeiras ou destinados a outros fins, enquanto a falta de recursos pode tornar a empresa inadimplente. A tabela seguinte mostra simplificadamente um exemplo.Controle Esses dados podem gerar um grÆfico para facilitar o acompanhamento visual. fev mar abr mai jun jul Concreto usinado fck 30,0 MPa (laje/escada) 73.730,60 Descriçªo dos serviços Superestrutura Custo total M-O + Material 11.990,33 11.000,00 23.685,12 25.000,00 955.21 Prev. Real Fôrma de madeira (pilar/viga) 34.258,09 Fôrma chapa compens. Plastif. (laje/escada) 94.741,48 Escora de madeira para lajes 3.820,82 Armadura CA -50 (pilar/viga) 59.540,00 Armadura CA-50 (laje/escada) 63.177,71 Armadura CA-50 (alvenaria/verga) 19.324,00 Graute em alvenaria estrutural (ensacado) 29.294,00 Concreto usinado fck 30,0 MPa (pilar/viga) 31.944,04 Prev. Real Prev. Real Prev. Real Prev. Real Prev. Real Prev. Real Prev. Real Prev. Real 11.990,33 1.500,00 23.685,12 22.000,00 955,21 1.000,00 5.954,00 4.879,00 2.527,11 1.895,00 3.194,40 3.100,00 2.909,22 2.154,00 10.277,43 14.700,00 23.685,12 22.456,00 955,21 1.000,00 10.717,20 7.489,00 4.548,80 4.269,00 254,00 5.749,93 4.985,00 5.236,60 4.999,00 23.685,12 18.521,00 955,21 1.000,00 7.144,80 7.523,00 7.960,39 6.985,00 2.898,60 2.900,00 4.394,10 5.500,00 3.833,28 4.100,00 9.164,06 10.600,00 8.458,00 5.360,99 6.974,00 3.091,84 2.955,00 4.687,04 2.569,00 1.458,00 6.109,37 5.236,00 16.075,80 8.745,00 12.509,19 11.589,00 3.285,08 4.589,00 4.979,98 3.965,00 8.624,89 6.325,00 14.400,66 9.654,00 23PLAManual de Estruturas Controle de produtividade Na construçªo e em especial na fase de estruturas - a produtividade estÆ atrelada especialmente à mªo-de-obra direta. E como temos funçıes muito bem definidas no canteiro carpinteiros, pedreiros e armadores devemos dar tratamentos específicos a cada especialidade. Os índices mais comuns a serem levantados para cada funçªo sªo: Note que os valores de referŒncia jÆ foram definidos nas fases de planejamento e orçamento (os quantitativos vŒm dos projetos e o nœmero total de homens-hora Ø definido pelo dimensionamento das equipes). Um refinamento se faz necessÆrio. Nesse tipo de controle, devemos tomar cuidado com a diferenciaçªo entre: GlossÆrio hh significa homem-hora, ou seja, refere-se ao trabalho de um homem durante uma hora. Notas É engano pensar que o controle da mªo-de-obra terceirizada Ø desnecessÆrio. Muitas empresas obtŒm reduçıes nos preços de empreitada, quando negociam junto aos fornecedores a capacitaçªo e o aumento da mªo de obra do mesmo. Em nenhum dos casos considera-se a incidŒncia de encargos sociais. Homem-hora trabalhado Que envolve estritamente as horas gastas com a produçªo (horas normais e horas extras sem os acrØscimos de custo); Homem-hora custeado Que envolve as horas gastas na produçªo (horas normais mais horas extras), somadas aos acrØscimos de custo das horas extras (50% ou 100%), somadas ainda às horas-prŒmio (horas pagas sem trabalho). Essa distinçªo Ø muito importante, porque baliza decisıes junto à mªo-de-obra. Veja o exemplo abaixo: Percebe-se que o carpinteiro A teve uma produtividade muito melhor no índice trabalhado, apresentando um índice custeado praticamente igual ao do seu colega. A anÆlise dos índices Ø de suma importância para as tomadas de decisªo. É que a maior ou menor produtividade podem estar atrelados a fatores como paradas, esperas, movimentaçªo, enfim, muitas outras variÆveis que nªo apenas a eficiŒncia do operÆrio. Carpinteiro A Carpinteiro B Quantidade de fôrmas a montar Funçªo ˝ndice hh/m2 de fôrma fabricada hh/m2 de fôrma montadaCarpinteiro hh/Kg de aço cortado e dobrado hh/Kg de aço montado hh/Kg de tela metÆlica montada Armador hh/m3 de concreto lançadoPedreiro Horas Normais gastas 80 m2 80 m2 76 horas 144 horas Horas Extras a 50% gastas 20 horas _ Premiaçªo 50 horas 10 horas ˝ndice Trabalhado 1,20 hh/m2 1,80 hh/m2 ˝ndice Custeado 1,95 hh/m2 1,93 hh/m2 Controle 24PLA Manual de Estruturas Controle de perdas Esse controle, apesar de muito œtil para acompanhamento de custos e desperdício, Ø ao mesmo tempo bem difícil de ser operacionalizado, pois toda a anÆlise dos resultados Ø delicada e minuciosa. Tomemos como exemplo o concreto: Volume de concreto de projeto para determinada laje = 50 m3 Volume real lançado = 53 m3 Diferença = 3 m3 = 6% Onde foram parar esses 3 m3 gastos a mais? Podemos, nesse caso, ter mais de uma resposta: a) Os caminhıes de concreto vieram com menos concreto do que o volume nominal dos caminhıes; b) Caiu muito concreto durante o lançamento; c) A laje foi executada com espessura maior do que determinava o projeto (as mestras subiram durante o lançamento); d) O engenheiro programou o volume junto à concreteira com uma folguinha; e) Todas as anteriores. Esse exemplo serve para ilustrar que o rastreamento dos motivos para a incidŒncia de perdas Ø importante antes de qualquer indicaçªo de atitudes. A tabela e os grÆficos abaixo exemplificam um acompanhamento de perdas no concreto. O mesmo raciocínio vale tambØm para as fôrmas e todo o aço. Controle de qualidade A qualidade, palavra tªo em voga ultimamente, tambØm deve ser controlada nessa fase, especialmente porque a estrutura forma o carÆter da edificaçªo, ou seja, se nªo for bem formada no começo, a possibilidade de realizar melhorias posteriores Ø muito pequena. A qualidade de todas as etapas seguintes depende da boa qualidade da estrutura de concreto. O segredo para efetuar o controle da qualidade Ø primeiramente definir o que se pretende com o controle e o que Ø importante acompanhar. Isso varia de acordo com a cultura da empresa e das características de cada obra. As empresas que participam de algum programa de qualidade, ou que jÆ possuem uma certificaçªo, jÆ estªo sensibilizadas no que diz respeito à qualidade e no seu Controle
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