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INFORMAÇÃO AO CONSUMIDOR
O consumidor, ao preencher o documento eletrônico e/ou acionar mecanismo de aceite online, deve ser informado, de forma clara e inequívoca, da existência de termos e condições do negócio, sob pena destes não se aplicarem a ele. Estas condições devem, necessariamente, estar disponibilizadas no site com destaque e em local de fácil acesso (é interessante que a página de aceite/contratação contenha ‘link’ de acesso a estas condições).
IDENTIFICAÇÃO DO CONSUMIDOR
Tendo em vista que o Código Civil Brasileiro estabelece, como requisito de validade de uma contratação, seja esta feita com agente capaz, é importante questionar o consumidor, eletronicamente, se ele tem mais de 21 (vinte e um anos). É altamente recomendável, também, que o consumidor seja informado que a contratação não pode ser feita se ele tiver menos de 16 (dezesseis) anos e que, caso ele tenha entre 16 (dezesseis) e 21 (vinte e um) anos de idade, precisará estar autorizado e assistido por seus responsáveis.
IDENTIFICAÇÃO DO OFERTANTE
No mundo virtual, a identificação dos comerciantes e prestadores de serviços é muito importante para os consumidores, pois não saber com quem se contrata hoje pode ser um problema no futuro. Nesse sentido, é importante que o site ou ‘loja virtual’ disponibilize as seguintes informações aos seus usuários: nome do ofertante, número de sua inscrição no CNPJ/MF e endereço físico do mesmo (em se tratando de serviços sujeitos a regime de profissão regulamentada, acrescentar o número de inscrição no órgão profissional competente).
ACEITAÇÃO DO CONSUMIDOR
Devem ser disponibilizados mecanismos que permitam ao consumidor manifestar sua vontade de contratar os serviços e/ou produtos oferecidos, de forma inequívoca. Isto significa que o site ou ‘loja virtual’ deve ser muito bem sinalizado e conter recursos técnicos que possibilitem solicitar ao consumidor confirmação de que leu e está de acordo com o contrato e/ou com as condições do negócio.
REDAÇÃO CLARA
O contrato deve ser redigido de forma clara e em bom português. Havendo qualquer dúvida, lacuna e/ou ambiguidade no texto, a lei determina que deverá ser adotada a interpretação mais favorável ao consumidor
CARACTERES OSTENSIVOS
O Código do Consumidor estabelece, ainda, que as cláusulas que impliquem limitação de qualquer direito do consumidor deverão ser redigidas com destaque, ou seja, em letras grandes e diferenciadas das demais cláusulas.
PROVA DO CONTRATO
Finalmente, considerando a facilidade de se alterar dados e informações disponibilizados na Rede Internet e, eventualmente, de se fazer prova do conteúdo das condições que, em um determinado momento, foram ofertadas e aceitas eletronicamente, é conveniente que: o consumidor sempre imprima cópia do contrato e/ou das condições, mantendo-a em arquivo; e o ofertante registre, em cartório, o contrato de adesão que será disponibilizado eletronicamente aos consumidores.
AULA 7
Multiculturalismo
“O termo multiculturalismo se refere a uma pluralidade cultural que convive de forma harmônica. O termo costuma ser utilizado em alguns estudos antropológicos e sociológicos que tenta explicar como as sociedades que possuem um acervo cultural tão diferente convivem entre si.
Este tipo de circunstância esteve presente no passado com vários resultados a serem observados, mas também pode ser explorado de forma significativa hoje. De fato, a globalização pode ser entendida em grande parte como um processo de inúmeras culturas que interagem entre si.
Com o tempo, vamos saber onde esta situação pode chegar, mas no momento ela se encontra presente e suas consequências podem ser especuladas do ponto de vista positivo como também do negativo.”
Diversos são os grupos de pesquisa que aproximam a questão dos Direitos Humanos do chamado multiculturalismo crítico.
Dentre esses grupos, o de Boaventura de Souza Santos é um dos que se reporta à hermenêutica diatópica e ao conceito de equivalentes homeomórficos, propostos por Raimon Panikkar (2002).
A partir desse pressuposto instrumental fundamental, Santos (2001, 2008) consegue identificar três fontes de tensões dialéticas que afetam sobremaneira não somente as relações intersubjetivas na modernidade ocidental em todo o seu espectro social, como também a política de direitos humanos, desde o final do século passado.
PRIMEIRA TENSÃO
A primeira dentre elas corresponderia à tensão dialética entre o que o autor denomina “regulação social e emancipação social”, ou seja, o estabelecimento de limites e o transcender dos limites no sentido dos avanços no campo social.
Desde o final do século XX, essa tensão teria perdido o seu potencial criativo, na medida em que “a emancipação deixou de ser o outro da regulação para se tornar no duplo da regulação” (SANTOS, 2001, p.1).
Se desde o início do século XX até seus meados as mobilizações emancipatórias foram consequências diretas das crises de regulação e tiveram como resultado o fortalecimento das políticas emancipatórias, nos dias atuais, tanto a crise do Estado — seja enquanto regulador ou como Welfare State (Estado de bem-estar social) — como as crises de emancipação social — simbolizadas, para Santos (2001), pela crise da revolução social e do socialismo tomados como padrão da transformação social radical — são simultâneas e alimentam-se uma da outra.
De igual sorte, a política dos direitos humanos, que foi ao mesmo tempo uma política reguladora e uma política emancipadora, está enredada nessa crise dúplice, do mesmo modo em que é sinal do desejo de ultrapassá-la.
SEGUNDA TENSÃO
A segunda tensão dialética está situada na relação entre o Estado e a sociedade civil.
Segundo Santos, o Estado da modernidade, ainda que se apresente de modo minimalista, é, virtualmente, um Estado maximalista, na medida em que a sociedade civil, configurada como o outro do Estado, se autorreproduz por meio de leis e regulações originadas do próprio aparelho estatal, e, para essas, não parecem existir limites, desde que o processo de produção legislativa respeite as regras democráticas colocadas pelo Estado.
Aqui também Santos (2001, p. 2) aponta a questão dos direitos humanos como o cerne da tensão:
“[...] enquanto a primeira geração de direitos humanos (os direitos cívicos e políticos) foi concebida como uma luta da sociedade civil contra o Estado, considerado como o principal violador potencial dos direitos humanos, a segunda e terceira gerações (direitos econômicos e sociais e direitos culturais, da qualidade de vida etc.) pressupõem que o Estado é o principal garantidor dos direitos humanos.”
TERCEIRA TENSÃO
Finalmente, Santos considera que a terceira tensão dialética sobrevém do atrito entre o Estado-nação e o fenômeno designado por globalização.
O modelo político praticado na modernidade ocidental é aquele caracterizado por uma unidade básica referencial, os Estados-nação soberanos, que convivem em um sistema internacional interestatal, formado por Estados igualmente soberanos.
Santos observa, no entanto, que esse sistema interestatal sempre foi idealizado de certo modo anárquico, regulado por uma legalidade muito indelével, e “mesmo o internacionalismo da classe operária sempre foi mais uma aspiração do que uma realidade” (2001, p.3).
Hoje, com a intensificação da globalização que leva a um esgotamento do modelo do Estado-nação, a questão que se coloca é a de investigar se ambas, regulação social e emancipação social, caminham no sentido dessa mesma escala global.
Em que medida esse processo há que se dar e quais os lastros fundamentais a dar sustentação a esse mesmo movimento?
Se, por um lado, já se começa, com toda a evidência, a se falar de sociedade civil global, governo global e equidade global e que o baluarte de tal processo é necessariamente o reconhecimento mundial da política dos direitos humanos, por outro vértice tem-se o conflito de um fato que surge como uma provocação ao pensamento.
Em suma: tanto as violações dos direitos humanos como as lutas em defesa deles continuam a compreenderuma decisiva dimensão que não se apresenta ainda supranacional, e, em contrapartida, como bem o aponta Santos (2001), as posições adotadas em relação aos direitos humanos seguem sendo produto de ethos  específicos.
Esses, paulatinamente, demonstram sua incapacidade em construir respostas aos novos desafios postos na busca por definir políticas de reconhecimento na perspectiva de responder ao anseio contemporâneo de democratizar a democracia.
Terceiro setor e desenvolvimento social
Nos últimos tempos, temos percebido, tanto no Brasil como em outros países, o crescimento de um novo “setor”, em paralelo com os dois setores tradicionais.
TRADICIONAIS
O primeiro setor, também chamado de “setor público”, que seria aquele no qual a origem e a destinação dos recursos são públicas, corresponde às ações do Estado;
O segundo setor, também denominado “setor privado ou particular”, que corresponde ao capital privado, sendo a aplicação dos recursos revertida em benefício próprio.
NOVO SETOR
Denominado como o “terceiro setor”. Representa a esfera de atuação pública não estatal, formada a partir de iniciativas privadas, voluntárias, sem fins lucrativos, visando o bem comum.
Assim considerado, o terceiro setor representa um conjunto altamente diversificado de instituições, no qual se incluem organizações não governamentais, fundações e institutos empresariais, associações comunitárias, entidades assistenciais e filantrópicas, assim como várias outras instituições sem fins lucrativos
Atributos que distinguem o terceiro setor:
Formalmente constituídas
Alguma forma de institucionalização, legal ou não, com um nível de formalização de regras e procedimentos, para assegurar a sua permanência por um período mínimo de tempo.
Estrutura básica não governamental
São privadas, ou seja, não são ligadas institucionalmente a governos.
Gestão própria
Realiza sua própria gestão, não sendo controladas externamente.
Sem fins lucrativos
A geração de lucros ou excedentes financeiros deve ser reinvestida integralmente na organização. Estas entidades não podem distribuir dividendos de lucros aos seus dirigentes.
Trabalho voluntário
Possui algum grau de mão de obra voluntária, ou seja, não remunerada ou o uso voluntário de equipamentos, como a computação voluntária.
Aula 8
Inclusão digital, um direito de todo brasileiro
A utilização em massa das Tecnologias de Informação e de Comunicação (TICs) ligadas à modernização
do setor produtivo e das atividades estatais promoveu o surgimento de uma nova classe de excluídos
socialmente: os analfabetos digitais ou excluídos digitais.
Trata-se de cidadãos e cidadãs que, quando vão à procura de emprego, por exemplo, não têm e-mail
para fornecer em uma entrevista ou colocar no currículo; que precisam de uma certidão negativa da
administração pública municipal, estadual ou federal, mas não fazem ideia de que pode ser obtida fora
do ambiente físico da repartição pública; que não foram “alfabetizados” digitalmente, ou seja, não
conseguem sequer entender o que significa o termo “mouse”; nunca estiveram diante de um computador
e não têm acesso à Internet.
Inclusão digital no rol dos direitos fundamentais da Constituição de 1988
Desde o final do século XX, houve progressivo e exponencial crescimento das tecnologias e meios de informação e também aumento do número de usuários em nosso país. No entanto, muitos ainda não têm o acesso a essas ferramentas e aos recursos incríveis que elas proporcionam e que, objetivamente, facilitam a integração social, cultural, econômica e política do indivíduo na sociedade.
Assim sendo, é possível considerar que o direito à inclusão digital figura no rol dos direitos fundamentais, previstos na Constituição Federal de 1988?
É inegável que a “internet” é hoje um dos meios de comunicação social mais necessários dentro do nosso contexto socioeconômico e tecnológico e possibilita, por sua vez, a participação do cidadão na sociedade moderna, em razão da pluralidade de serviços e informações que contém, ou seja, a promessa realizada de um mundo sem fronteiras, permitindo a agilidade das comunicações, dos negócios, das transações econômicas e da própria circulação de informação.
A inclusão digital e os direitos fundamentais
O “caput” do art. 5º dispõe: texto caput artigo 5
Dentre os valores fundamentais elencados nesse artigo, encontra-se o direito/garantia à liberdade, que se revela a matriz para a compreensão da necessidade da democratização da inclusão digital em nosso país.
São Tomás de Aquino, ao traduzir o pensamento do filósofo Aristóteles, afirmou que “o homem é um ser social”, razão pela qual, a comunicação e, consequentemente, o acesso à informação estão intrinsecamente relacionados à condição humana e suas trocas sociais.
Por via de consequência, a comunicação virtual através do ciberespaço revela-se como fator fundamental de instrumentalidade para a inclusão do individuo em uma sociedade que cada vez mais se virtualiza digitalmente. Em sentido oposto, esta a exclusão digital, na medida que fere o direito fundamental de todo cidadão ao acesso a informação, como garantidor dos demais direitos fundamentais, traz prejuízo como consequência o prejuízo ao pleno exercício de cidadania. 
Segundo o constitucionalista Ferraz Filho (2010), “o direito de expressar o pensamento sobre qualquer tema é pressuposto da vida democrática” e, por isso, é da titularidade de cada um de nós, cidadãos, o que permite afirmar que a inclusão digital se configura como uma nova geração dos direitos fundamentais.
Além do que a garantia da inclusão digital para todos cidadãos revela-se como um fator de transformação social, pois seus reflexos vão se traduzir de maneira singular e revolucionária, que impacta diretamente na realidade da população. Razão pela qual, o Estado Democrático de Direito tem por obrigação planejar, incrementar e gerir projetos com a finalidade de incluir as camadas de baixa renda nesse mundo virtual.
Para isso, e na medida em que se está tratando de uma tecnologia de ponta, com linguagem própria e que se modifica o tempo todo, é necessário se fazer investimentos também na educação (em nível pessoal e profissional), tendo em conta que os pressupostos relacionados às áreas sociais, culturais, políticas e econômicas compõem uma estrutura complexa, visando o bem comum (o interesse público; de todos).
Aula 9
Vida rural e vida urbana
A vida na zona urbana e na zona rural são dois tipos de vida em sociedade que, apesar de profundamente diferentes, são muito interdependentes.
Essa afinidade é verificada pela existência de um excedente da produção agrícola e pela possibilidade de trocar esse excedente. A realização dessa troca é verificada por uma série de fatores, em especial pelo uso dos transportes e do tipo de comércio.
Fonte: Budimir Jevtic / Shutterstock
Ou seja, parte do produto do trabalho dos trabalhadores do campo vira mercadoria que irá para o mercado. Assim, é do campo que vem a alimentação de quem vive na cidade, mas, por outro lado, são os trabalhadores da cidade que fornecem as ferramentas, os artigos manufaturados e a tecnologia para essa produção de alimentos.
Então, se podemos afirmar que graças à agricultura foi possível o surgimento das cidades e a sua evolução, por outro lado, a cidade foi fundamental para o surgimento, a facilitação, ou a aplicação de inovações técnicas. Portanto, as relações entre a cidade e o campo vinculam o fenômeno do desenvolvimento urbano ao excedente agrícola.
Fica claro e evidente a impossibilidade da existência de cidades sem a existência da agricultura. A terra continua sendo o mais importante meio de produção em países subdesenvolvidos e em vias de desenvolvimento, onde convivem os modos de vida urbano e o rural.
Divisão econômica do trabalho
O campo se particularizou na produção de alimentos e das matérias-primas, que em grande parte são remetidos para a cidade. Já a cidade se individualizou na atividade comercial, na atividade político-administrativa e na fabricaçãode bens de consumo, em um primeiro momento através do artesanato (há muito tempo atrás), depois através da manufatura e, por fim, através das fábricas e das grandes indústrias.
Em todas essas épocas, o trabalho humano se deu sobre uma série de influências de ordem política, econômica, social e por vezes até mesmo religiosa. Dessa interação irá surgir a denominada divisão econômica do trabalho, a saber: primeiro setor, segundo setor e terceiro setor. 
Sendo certo que a caça, a pesca e a coleta de frutos nas matas são as atividades econômicas mais antigas que se tem notícia. Tais atividades econômicas mostram uma relação muito próxima do ser humano com a natureza. A transformação da natureza em bens econômicos conheceu diferentes momentos ao longo da história realizada atualmente pela indústria.
Mudanças no campo e na cidade
O rural, hoje em dia, está desenvolvendo atividades múltiplas além das ligadas à agricultura (primárias), e passou a ser visto como uma questão territorial, onde o uso do solo e as atividades da população moradora no campo se ligam à várias atividades terciárias (comércio e serviços), sendo compreendido como não urbano, ou seja, o que não pertence à cidade.
Os costumes rurais já não são mais os mesmos do passado distante. As mudanças na forma de produção, da cultura local, de se vestir, de como falar, em como administrar as propriedades, estão seguindo as regras da cidade, porque os moradores do campo creem que tudo que é da cidade é que é bom, que as coisas e modos do campo são atrasados, fora de moda.
Por isso, o campo vem passando por um processo acelerado de urbanização. Motivo pelo qual, podemos dizer que, muitas vezes, rural e urbano hoje se confundem, se aperfeiçoam e se interdependem, na medida em que um não existiria sem o outro.
Por outro lado, e contraditoriamente, na cidade, as pessoas procuram copiar alguns hábitos rurais, considerados como mais saudáveis, tais como produzir alguns produtos para consumo próprio em pequenas hortas nos seus jardins, terraços e varandas, além de preferir produtos orgânicos.
Sem contar com o sucesso dos grupos de música sertaneja entre os jovens nas cidades grandes. Isso reflete o desejo de estar próximo da natureza, buscando uma melhora nas condições de vida e de saúde, ingerindo alimentos sem agrotóxicos e de conhecer a cultura da zona rural em todo seu espectro e amplitude.
No entanto, com o aumento da urbanização, ocorre o seguinte: vê-se o aperfeiçoamento das técnicas, das condições de vida, dos encantos culturais; mas, infelizmente, também se vê, a miséria e a violência das favelas, o desemprego, a falta de saneamento básico, a falta de condições mínimas de vida e saúde para as populações periféricas nos grandes centros urbanos.
Infelizmente esse é o preço a ser pago, por essas pessoas que um dia fugiram do campo sem eletricidade e outros confortos, com a ilusão do progresso da cidade grande, dos grandes centros urbanos.
Qualidade de vida
É de conhecimento geral que a qualidade de vida nas regiões rurais é, em alguns aspectos, superior à da zona urbana, porque no campo inexiste a agitação das grandes metrópoles, há maiores possibilidades de se obterem alimentos adequados e, além do mais, as pessoas dispõem de maior tempo para estabelecer relações humanas mais profundas e duradouras.
Ninguém desconhece que o ritmo de trabalho de uma metrópole é intenso. O espírito de concorrência, a busca de se obter uma melhor qualificação profissional, enfim, a conquista de novos espaços lança o ambiente urbano em meio a um turbilhão de constantes solicitações.
Esse ritmo excessivamente intenso torna a vida bastante agitada, ao contrário do que se poderia dizer sobre os moradores da zona rural.
Por outro lado, nas áreas campestres há maior qualidade de alimentos saudáveis. Em contrapartida, o homem da cidade costuma receber gêneros alimentícios colhidos antes do tempo de maturação, para garantir maior durabilidade durante o período de transporte e comercialização.
Ainda convém lembrar a maneira como as pessoas se relacionam nas zonas rurais. Ela difere da convivência habitual estabelecida pelos habitantes metropolitanos. Os moradores das grandes cidades, pelos fatos já expostos, de pouco tempo dispõem para alimentar relações humanas mais profundas.
Por isso tudo, entendemos que a zona rural proporciona a seus habitantes maiores possibilidades de viver com tranquilidade. Só nos resta esperar que as dificuldades que afligem os habitantes metropolitanos não venham a se agravar com o passar do tempo.
Definição de urbanização
Urbanização é um processo de afastamento das características rurais de uma localidade ou região para características urbanas. Geralmente, tal fenômeno está relacionado ao desenvolvimento da civilização e da tecnologia.
Demograficamente, o vocábulo está referido à redistribuição das populações das zonas rurais para lançamentos urbanos. O termo também pode se referir à ação de prover uma área com infraestrutura e equipamentos urbanos.
A urbanização é analisada por diversos ramos do conhecimento, como a sociologia, a geografia e a antropologia, por meio de abordagens diferentes sobre o problema do crescimento das cidades.
As disciplinas que buscam entender, regulamentar, delinear e esquematizar os processos de urbanização são o urbanismo, o planejamento urbano, o desenho urbano, a geografia, entre outras.
A urbanização brasileira
Os primeiros centros urbanos brasileiros surgiram no século XVI, ao longo do litoral em decorrência da produção do açúcar. Século XVI
Ao longo dos séculos XVII e XVIII, com a decadência da produção açucareira no Nordeste e a providencial descoberta de ouro no Sudeste, houve um progressivo movimento que levou ao surgimento de vários núcleos urbanos nessa região por conta das minas.
A produção de café revelou-se importante no processo de urbanização. Em 1872, a população urbana estava restrita a tão somente 6% do total dos habitantes. Século XIX
O início do novo século foi demarcado pelo advento da indústria como um instrumento de povoamento.
A partir da década de 1930, o país começa uma caminhada acelerada rumo a industrialização. Nesse momento, é justo apontar que, na medida em que o trabalho no campo era árduo, a vida na zona rural sem perspectiva de melhora (a seca no Nordeste uma verdadeira praga) e a mecanização já provocava perda de postos de trabalho, grande parcela dos trabalhadores rurais foram atraídos para as cidades com a ilusão de trabalhar nas fábricas que cresciam.
Essa combinação de condições de dificuldade de sobrevivência no campo, agravada pela seca e somada à ilusão de uma vida melhor na cidade, levou a uma movimentação de massas que recebeu o nome de êxodo rural, que elevou de forma expressiva o número de pessoas (especialmente nordestinos) nos centros urbanos do sudeste (em especial Rio e São Paulo), sem que houvesse um planejamento urbano para receber esse contingente humano.
Como é hoje?
Presentemente, mais de 80% da população brasileira vive nas cidades (zona urbana), mas, apesar disso, o Brasil ainda é um país tão urbano quanto industrial e agrícola.
Ao longo de décadas a população brasileira cresceu de forma desordenada, os espaços nas cidades foram sendo ocupados sem qualquer critério ou planejamento, imensas malhas urbanas foram formadas, ligando uma cidade a outra e criando as regiões metropolitanas (ajuntamento de duas ou mais cidades).
A ausência de um plano diretor não só acarreta problemas sociais e econômicos como também produz danos ambientais. Um bom exemplo dessa realidade é a poluição: do ar, dos rios, o acúmulo de lixo não tratado.
São milhões de pessoas nas regiões metropolitanas consumindo e produzindo lixo e detritos que diariamente são depositados muitas vezes em lixões a céu aberto, sem que recebam qualquer tratamento.
Isso sem contar com a poluição ambiental, derivada da emissão de gases de automóveis e indústrias, que provocam problemas de saúde, principalmente respiratórios.
A registrar-se, por fim, a poluição das águas,pois os dejetos das residências e indústrias (esses muito maiores e mais perigosos) são lançados, muitas vezes, sem tratamento nos córregos e rios. No período chuvoso, ocorrem as cheias fazendo com que se disperse a poluição por toda a área.
Não é preciso pensar muito para concluir que a maioria dos problemas urbanos é em primeiro lugar de responsabilidade do poder público que se omite em relação a essas questões, porém não se pode esquecer da responsabilidade da própria população.
Isso porque fazer com que a cidade seja um lugar bom para se viver é tarefa de todos os que nela habitam.
Agronegócio: a fisionomia neoliberal do capitalismo no campo
A partir da década de 1980, no auge da implantação das políticas neoliberais, a expansão do capital na zona rural brasileira tomou uma nova forma, adquiriu um novo conteúdo e um novo nome: nascia o agronegócio.
No agronegócio as atividades agropecuárias vêm sendo cada vez mais controladas por conglomerados econômicos que atuam em escala mundial determinando o que, quanto, como e onde devem ser produzidos e comercializados os produtos de origem vegetal e animal.
As empresas do agronegócio estão entre as mais lucrativas dos últimos tempos, comprovando que esse é um dos setores com grandes esperanças de crescimento neste século que se inicia, produzindo uma casta de milionários no campo. Só que sua produção é tão somente de produtos para exportação.
Assim é que, muito embora o Brasil seja um grande exportador de
alimentos, contraditoriamente, ainda há pessoas que passam fome no país.
Desenvolvimento sustentável
O desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades. Ele contém dois conceitos-chave:
1
O conceito de “necessidades”, sobretudo as necessidades essenciais dos pobres do mundo, que devem receber a máxima prioridade;
2
A nação das limitações que o estágio da tecnologia e da organização social impõe ao meio-ambiente, impedindo-o de atender às necessidades presentes e futuras (...).
Em seu sentido mais amplo, a estratégia de desenvolvimento sustentável visa a promover a harmonia entre os seres humanos e a humanidade e a natureza. No contexto específico das crises do desenvolvimento e do meio ambiente surgidas nos anos 1980 – que as atuais instituições políticas e econômicas nacionais e internacionais ainda não conseguiram e talvez não consigam superar -, a busca do desenvolvimento sustentável requer:
UM SISTEMA POLÍTICO que assegure a efetiva participação dos cidadãos no processo decisório;
UM SISTEMA ECONÔMICO capaz de gerar excedentes e know-how técnico em bases confiáveis e constantes;
UM SISTEMA SOCIAL que possa resolver as tensões causadas por um desenvolvimento não equilibrado;
UM SISTEMA DE PRODUÇÃO que respeite a obrigação de preservar a base ecológica do desenvolvimento;
UM SISTEMA TECNOLÓGICO que busque constantemente novas soluções;
UM SISTEMA INTERNACIONAL que estimule padrões sustentáveis de comércio e financiamento;
UM SISTEMA ADMINISTRATIVO flexível e capaz de autocorrigir-se.
Aula 10
Violência e terrorismo
O fenômeno da violência, seja no campo ou nas cidades, acompanha a humanidade desde os seus primórdios. Os registros de violência fazem parte da história dos povos.
Por exemplo, temos o ato de violência cometido por Caim ao assassinar seu irmão Abel, no Antigo Testamento, que conta a história do povo hebreu, ou mesmo as lendas indígenas que explicam a origem da mandioca, quando uma linda princesa indígena foi enterrada viva, dando origem ao alimento que viria a ser a base da alimentação dos índios brasileiros.
Nota-se, assim, que a violência sempre ocorreu, ostentando configurações específicas dependendo do momento histórico.
Outra observação relevante é a de que a violência costuma, geralmente, atingir às camadas mais vulneráveis da população.
O vocábulo “terrorismo” tanto pode significar o jeito de impor a vontade pelo uso sistemático do terror, como o uso ordenado da violência com objetivos políticos, seja a prática de atos de violência contra pessoas ou lugares, promovidos por grupos ou organizações, cujo fim é a tomada do poder, ou a instauração do medo e do caos por meio da desorganização da sociedade em que atuam ou vivem.
Muito embora seja de difícil conceituação, o terrorismo está sempre vinculado à prática de atos de violência e pode-se considerar como terrorista todo e qualquer ato sistematicamente violento a fim de alcançar um determinado objetivo político.
Seja como for, é difícil estabelecer com precisão ou afirmar com garantia um momento histórico na civilização ocidental que seja o demarcador das primeiras ações com características terroristas como hoje são concebidas.
O que se sabe é que o recurso ao emprego do terrorismo, no sentido de causar pavor e medo, tanto pode se revelar como instrumento daqueles que se sentem explorados ou injustiçados, como pode partir dos que detêm o poder e dele não pretendem abrir mão e que, para tanto, fazem uso dos aparelhos coercivos do Estado, como forma de intimidação e de demonstração de sua força quando os simples argumentos políticos já não parecem suficientes para a sustentação do status quo.
Exemplos históricos sobre o uso do terror no mundo
Desde a Antiguidade, na civilização ocidental, diversos exemplos podem ser citados a respeito de ações vinculadas à utilização do terror como forma privilegiada de ação ou reação, sobretudo como forma de demonstrar a revolta dos povos oprimidos contra seus opressores ou como método utilizado para intimidação de inimigos ou opositores.
Entre os séculos I e II a.C., no Reino de Israel, dominado pelos romanos, o movimento de resistência a eles organizado pelos zelotes, que tentavam proteger a tradição judaica, e do seu setor mais radical, os sicários (homens de punhal), utilizava práticas vinculadas ao terror através do assassinato, tanto de autoridades romanas como dos próprios hebreus que colaboravam com a ocupação.
Veja exemplos:
No Oriente Médio: Palestina Síria e Egito (entre os séculos XI e XIII) - A Ordem dos assassinos (de haxixe), liderada por Hassan ibn Sabbah, conhecido como o Velho da Montanha, um muçulmano ismaelita que ordenava assassinatos contra sunitas e cristãos (LEWIS, 2003).
Na Índia, sob o domínio do Império Britânico (entre 1763 e 1856) - os Thugs, uma fraternidade secreta de assassinos e ladrões indianos, formada por hindus, sihks e muçulmanos que emboscavam autoridades britânicas e viajantes indianos endinheirados.
Na França, durante a revolução burguesa de 1789 (particularmente entre 1793-1794) - O Reino do Terror imposto pelos jacobinos liderados por Robespierre e Saint Just para esmagar a contrarrevolução resultou em um total de 17 mil guilhotinados e 300 mil detidos ou aprisionados.
Nos sul dos EUA (pós-guerra da secessão, fundada em 1867) – A organização criminosa Ku Klux Klan, seita racista de brancos sulistas, que se escondiam atrás de capuzes brancos para aterrorizar os negros recém-libertos (queimando as igrejas e casas dos negros, aprovando leis discriminatórias como a proibição de votar, promovendo linchamentos públicos etc.), impedindo os negros de terem seus direitos civis reconhecidos. Por outro lado, quando se faz referência ao terrorismo moderno, é necessário lembrar que este tem sua procedência no século XIX, na conjuntura europeia, quando grupos anarquistas viam no Estado seu principal inimigo.
A principal ação terrorista naquele período propendia à luta armada para constituição de uma sociedade sem Estado. Para isso, os anarquistas tinham como principal alvo algum chefe de Estado Nacional e não os membros da sociedade civil.
No curso da segunda volta do século XIX, as ações terroristas tiveram um especial incremento. No entanto, é inegável admitir que, durante o curso do século XX, o terrorismo desafortunadamente consagrou-se como forma de luta, seja pelos grupos que disputam o poder contra aqueles que julgam serem seus opressores, seja comoprática intimidadora do Estado como forma de manutenção do status de poder.
Como consequência dessa expansão, o raio de atuação terrorista alargou-se, aparecendo novos grupos, como os curdos na Turquia e Iraque separatistas, os bascos na Espanha, os mulçumanos na Caxemira e as organizações paramilitares racistas de extrema direita nos EUA.
Um dos seguidores dessa última organização foi Timothy James McVeigh, terrorista que assassinou 168 pessoas em 1995, no conhecido atentado de Oklahoma.
Alemanha nazista (o Terror Pardo, entre 1933 e 1945) - O terror pardo (cor da camisa dos militantes da SA nazista) desencadeado contra comunistas, judeus, ciganos etc., como parte da política de exclusivismo genético e ideológico do Partido Nazista de Hitler. Foram mais de 6 milhões de mortos, a maioria em campo de extermínio ou por fuzilamento.
Irlanda, Irlanda do Norte e Espanha - Na Irlanda, entre 1916 e 1920, tornou-se famosa a organização revolucionária clandestina Sin Fein-IRA, que lutava contra a ocupação britânica de 600 anos. Na Irlanda do Norte, a partir de 1960 surge o IRA (Irish Republican Army) lutando com a utilização de métodos de terror, contra os irlandeses protestantes apoiados pela Grã Bretanha
Na Espanha, tem-se a formação do grupo revolucionário ETA (Pátria Basca e Liberdade), no curso da ditadura do General Franco, lutando pela independência dos países bascos espanhóis.
Grupos terroristas mais atuantes atualmente
Vejamos:
Hezbollah – grupo terrorista que se formou a partir de 1982 com a guerra civil do libano e é considerado por muitos como maior inimigo de israel e dos países árabes sunitas. Atua em diversas partes do oriente médio, estendendo-se aos estados unidos e a europa.
Al-Qaeda – grupo cuja base foi constituída em 1979 por osama bin Laden, para lutar a invasão soviética no Afeganistão, contando a época com o apoio dos EUA e, depois voltou-se contra os próprios notre americanos. Foram os responsáveis pelo atentado de 11 de setembro de 2001. Tem por pratica a utilização de homens e mulheres bombas em ataques suicidas. 
Ansar al Islam – organização terrorista do iraque, distinguida como uma sucursal da Al – Qaeda. Seus métodos privilegiam a tortura e espancamentos a interrogar prisioneiros, além da utilização de decapitações dos reféns e prisioneiros. 
Talibã – opera no Paquistão e no Afeganistão, apresentando os universitários como membros mais influentes. Esse grupo esteve no comando do Afeganistão no período de 1996 a 2001, quando os EUA invadiram o pais depois do atentado de 11 de setembro. 
Estado Islâmico – grupo terrorista que se proclamou um califado em 2014 tendo a frente Abu Bakr al-Baghdadi e, entre outros atentados promoveu os de 13 de novembro em 2015 em Paris.
Importante observar que, com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, tanto no campo bélico como no da informação, no curso do século XX, as ações terroristas se aproveitaram desses avanços e passaram a ter um maior alcance e poder, através de conexões globais sofisticadas, uso de tecnologia bélica de alto poder destrutivo, redes de comunicação do ciberespaço (internet) etc.
Segundo Carvalho (2016, p. 01), no início do século XXI, principalmente após os ataques terroristas aos EUA, no ano de 2001, os estudiosos passaram a classificar as formas de terrorismo da seguinte maneira:
1)o terrorismo revolucionário surgiu no século XX, cujos praticantes ficaram conhecidos como guerrilheiros urbanos marxistas (maoístas, castristas, lenistas);
2) o terrorismo nacionalista, fundado por grupos que desejavam formar um novo Estado nacional dentro de um Estado já existente, separação territorial, como caso do grupo separatista ETA na Espanha;
30Terrorismo de Estado que é praticado pelos Estados Nacionais, cujos atos integram duas ações: a primeira seria o terrorismo praticado contra sua própria população, como exemplo: estados totalitários fascistas de Mussolini e nazista de Hitler, a ditadura militar brasileira de 1964 e a ditadura de Pinochet no Chile. A segunda forma se constitui através de diversas formas pelas quais o estado age violando os direitos humanos relativos aos estrangeiros, refugiados (xenofobismo)
4)O terrorismo das organizações criminosas, sem fins políticos, que são atos de violência praticados por fins meramente econômicos ou religiosos, como casos da máfia italiana, Cartel de Medelín etc. O que até certo ponto seria questionável, porque mesmo ai não se pode negar o elemento poder presente, ainda que sub-repticamente. De qualquer modo urge apontar meios como conseguir determinar a responsabilidade pela propagação desses atos terroristas e definir a responsabilidade pela repreensão aos atos terroristas, que tende a encobrir a necessidade de refletir sobre suas causas deste fenômeno e sobre possíveis politicas de prevenção. 
Como enfrentar o problema
É fundamental compreender as causas locais e as dinâmicas estruturais e históricas para a ocorrência desses atos.
O ciclo de violência que o terrorismo realiza embrenha-se no tecido social e político das sociedades, determinando a desestruturação dos laços políticos e sociais, sem, no entanto, propor soluções.
Na presente década, o enfrentamento ao terrorismo internacional tornou-se preocupação de segurança na agenda global, impulsionado, em grande medida, pelos atentados de 11/09/2001 e pelas pressões norte-americanas por um firme engajamento da comunidade internacional em tal sentido.
Cenário brasileiro
Ao ratificar a Convenção Interamericana de Combate ao Terrorismo firmado no âmbito da Organização dos Estados Americanos, o Brasil, de maneira pragmática, optou por uma política de combate ao terrorismo em forma de cooperação entre Estados.
O Brasil ratificou essa Convenção em 2005, tendo como base o princípio de segurança coletiva na América, consagrado na Declaração sobre Segurança das Américas, de 2003.
Assim, nosso país acompanha a tendência contemporânea de dar relevância à repressão à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo como extensão importante da cooperação internacional visando o enfrentamento ao terrorismo, na medida em que participa como membro do Grupo de Ação Financeira e do Grupo de Ação Financeira da América do Sul.
O discurso sobre o terror
No mundo contemporâneo, as ameaças terroristas são notícias recorrentes na imprensa...
É importante refletir sobre o terror como prática e o discurso sobre o terror. A separação dessas ações é fundamental para a compreensão da prática terrorista e para a análise dos discursos construídos sobre o terrorismo.
Feito isso, será possível entender as questões políticas e ideológicas que estão por trás das práticas e discursos sobre o terror.
Assim sendo, estaremos mais aptos a questionar, lutar e compreender porque tantas pessoas matam e morrem por determinadas causas, sejam elas políticas, religiosas, econômicas ou culturais.
É mais do que necessário a sociedade compreender as ideologias que movem as práticas terroristas e os discursos construídos sobre essas práticas. A cada ano que passa, a humanidade se sente mais acuada e receosa, temerosa de ataques com armas de destruição em massa.

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