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Casos 11 ao 16

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Caso 11: Arlete celebrou com José um contrato de promessa de compra e venda de um imóvel cujo pagamento do valor do bem foi parcelado em 50 parcelas de R$10.000.00. José, diante da necessidade financeira, realizou contrato de mútuo com o Banco XZV onde ofereceu o referido imóvel em garantia, sem comunicar previamente a Arlete. Diante do descumprimento do contrato de mútuo por José, o Banco instaurou processo judicial visando a execução da garantia. Considerando que José está em local incerto e Arlete não mais vem recebendo os boletos para pagamento das parcelas, a compradora propôs ação de consignação em pagamento, nos termos do art. 547 do CPC/2015, em face de José e do Banco XZV, pois teve dúvida acerca da titularidade do crédito. O juiz extinguiu o feito, sem resolução do mérito, por entender que inexiste, nesse caso, interesse de agir vez que não há dúvida acerca de quem é o titular do crédito. O juiz agiu corretamente?
Resp: Considerando a inexistência objetiva acerca da titularidade do crédito, o juiz não agiu corretamente. A ação de consignação se presta em caso de dúvida sobre quem tenha legitimidade para receber certo pagamento, dentre outras hipóteses.
Caso 12: Maria de Souza propôs ação de inventário judicial para partilha de bens de seu falecido marido Carlos Otávio. Além da inventariante foram incluídos, também, nas primeiras declarações Othon Souza e Maurício Souza, herdeiros do de cujus. Considerando que Carlos era sócio da Empresa de Transportes Via Jato, a inventariante propôs Apuração de Haveres para viabilizar, através da respectiva perícia, o valor do saldo devido ao de cujus pela sociedade empresária. O juiz instaurou o incidente em apartado e, após a perícia contábil, homologou o valor do saldo credor fixado na apuração de haveres em favor do Espólio de Carlos Otávio. A Empresa Via Jato interpôs recurso de apelação sob o argumento de que a apuração de haveres, por se tratar de matéria de alta indagação, deveria ter sido processada pelo juízo cível razão pela qual o juízo orfanológico é absolutamente incompetente, nos termos do art. 612 do CPC/2015. O Tribunal de Justiça confirmou a decisão proferida pelo juízo orfanológico. Os argumentos da Empresa procedem? 
Resposta: Não procedem considerando que a necessidade de realização da apuração de haveres de perícia contábil para identificação do saldo devido ao de cujus, não afasta a incidência do juízo orfanológico( juízo que advém a ação de inventário), Art.612 do NCPC/15.
Caso 13: Fernando José propôs ação de Reintegração de Posse em face de Pedro Feijó sob o fundamento de que o réu praticou esbulho possessório. A demanda tramitou regularmente e, ao final, o juiz julgou procedente o pedido possessório para determinar a retomada da posse do imóvel em favor de Fernando. Após o trânsito em julgado e a consequente expedição do competente mandado de Reintegração, Diego de Sá e sua esposa Marieta opuseram embargos de terceiros, nos termos do art. 674 do CPC/2015, para defesa de sua propriedade alegando, para tanto, que têm a posse mansa e pacífica do imóvel há mais de 12 anos. Por outro lado, argumentaram, também, que adquiriram a posse do imóvel antes mesmo do bem se tornar litigioso. Agiu corretamente o advogado de Diego e Marieta ao opor embargos de terceiros para a defesa da posse de seus clientes? 
Resposta: Sim agiu em conformidade com o Art.674 do NCPC /15.
Caso 14: Josefa adquiriu um automóvel financiado, através de contrato de alienação fiduciária, em 60 parcelas pelo Banco LXZ. No entanto, após o pagamento 35ª parcela Josefa não teve mais condições de adimplir com sua obrigação contratual ocasionando a venda extrajudicial do veículo. Após a realização da venda extrajudicial do bem, o referido banco ajuizou ação monitória para levantar o valor correspondente ao saldo remanescente em face de Josefa. O Juiz indeferiu a petição inicial sob o fundamento de que inexiste interesse de agir. A decisão do juiz está correta? 
Resposta: Consoante Sumula 384 do STJ, admite-se a Ação Monitória, para levantamento de saldo remanescente, sendo assim esta o juiz equivocado em sua colocação. STJ - Súmula 384 Cabe ação monitória para haver saldo remanescente oriundo de venda extrajudicial de bem alienado fiduciariamente em garantia.
Caso 15: Deise Lucia e Álvaro ingressaram com uma ação de separação judicial consensual perante o Juízo de Família da Comarca de Recife. O juiz indeferiu a petição inicial sob o argumento de que a separação judicial consensual foi extinta após a Emenda Constitucional nº66/2010. O juiz agiu adequadamente
Resp.: Agiu incorretamente o juiz, porque não foi extinto o procedimento de separação judicial pela EC nº 66/2010. É possível promover separação judicial consensual, quando tiverem intenção de romper apenas a convivência em comum e não o vínculo conjugal. O novo CPC não deixa nenhuma dúvida pela possibilidade de separação consensual ou litigiosa, porque a disciplina em seu texto.
Caso 16: O advogado de Joaquim ingressou com uma ação indenizatória em face da Loja Belga Ltda com o intuito de obter indenização por danos imateriais devido à negação indevida de seu nome. O Juiz julgou procedente o pedido para condenar a ré a pagar a quantia de R$20.000,00. Na fase executiva, o advogado requereu o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, nos termos do art. 133 do CPC/2015, considerando que a referida empresa se dissolveu de forma irregular. O juiz indeferiu o requerimento o exequente sob o argumento de que não cabe o mencionado incidente no microssistema dos Juizados Especiais Cíveis. Agiu adequadamente o Juiz? 
Resposta: O juiz está equivocado considerando que o incidente é possível, conforme Art.1062 do CPC/15.

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