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Psicodia 20

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PSICODIAGNÓSTICO
A relação psicólogo-cliente
GARCIA ARZENO, M. E. Psicodiagnóstico clínico: novas contribuições. Editora Artmed. Capítulos 4 e 5.
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A relação psicólogo-cliente
processo psicodiagnóstico consta de vários passos, que se seguirão não necessariamente na ordem estática, fixa
inicia com o primeiro contato. O solicitante pode ser um outro psicólogo, encarregado do tratamento
nesse caso, papel restrito à aplicação de testes
cuidar para não interferir demais na relação transferencial do paciente com o terapeuta
reduzir a entrevista inicial ao mínimo possível
preferível que a devolutiva seja feita pelo terapeuta
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A relação psicólogo-cliente
somente pelo profissional que fez o psicodiagnóstico se o terapeuta considerar melhor, explicitando as razões
em alguns casos, como se não foi atendido o objetivo, ou com os pais de uma criança, faz-se mais de uma entrevista
quando o nível de ansiedade dos pais tornar difícil o trabalho, chamá-los mais uma vez, pois aí podem estar menos tensos e menos da defensiva
se não, pode-se pensar que o tratamento não seria para os filhos, e sim para os pais
orientação, terapia de casal, terapia familiar
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A relação psicólogo-cliente
em alguns casos, pode ser realizada após a aplicação de testes
 o paciente deve expor o que acontece com ele, dizer por que deseja consultar (motivo manifesto)
 os motivos que afloram na primeira entrevista nem sempre são os mais autênticos
ao longo do processo vão sendo descobertos motivos inconscientes, latentes
deve-se falar sobre eles da forma mais ampla e aconselhável possível	
o informe para o terapeuta solicitante pode conter a observação de não falar sobre determinados motivos latentes até que aflorem no tratamento
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A relação psicólogo-cliente
evitar que do paciente seja exigido insight fora do timing
também pode alertar ao terapeuta sobre os tipos de conflito que pode encontrar ao longo do tratamento
sintoma – motivo manifesto
atentar para se isso é realmente um sintoma ou se está encobrindo outros, latentes, que não afloram de início porque angustiam
se o motivo parecer trivial demais para justificar a consulta, suspeitar de que há outros encobertos
prolongar a entrevista ou marcar mais de uma, até que se consiga esclarecer melhor
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A relação psicólogo-cliente
verificar também por que a sintomatologia incomoda a cada um dos interessados na consulta (paciente, pais, escola...)
pode parecer contraditório, mas diz de diferentes facetas do problema
outra questão a se observar é por que o sintoma preocupa agora, em caso de sintomatologia mais antiga
fantasias de doença e cura têm estreita relação com motivos latentes
o terapeuta precisa ajudar os interessados a colocar em análise suas fantasias de doença e cura, que podem estar contribuindo para as resistências e para o sintoma
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A relação psicólogo-cliente
os sintomas devem ser avaliados dentro de um contexto evolutivo, para não serem superdimensionados e para prever sua perda através de terapia ou não
 primeiro contato, entrevista. Crianças x jovens/adolescentes
 com crianças, geralmente a primeira entrevista é feita com os pais. Com jovens e adolescentes, quando são estes que fazem o contato, a entrevista com os pais pode ser incluída posteriormente para colher mais dados
com psicóticos, fundamental incluir a família, assim como com usuários de drogas
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A relação psicólogo-cliente
alguns requisitos para a primeira entrevista:
o começo deve ser mais livre, pouco direcionada, para possibilitar a expressão dos papéis de cada um
levar em conta elementos verbais e não verbais (gestos, tom de voz, lapsos, esquecimentos, queixas, relação com o horário marcado, pedir conselhos, etc)
observar o que vamos sentindo com o que acontece e com o que eles relatam
a isso deve seguir-se de modo dirigido, a fim de se ter uma história o mais completa possível
solicitar dados; colher informação “exaustiva” sobre a natureza do sintoma; estabelecer contrato
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A relação psicólogo-cliente
a atitude do profissional deve ser composta: ao mesmo tempo que plástica e aberta, pois cada psicodiagnóstico será diferente, deve ser centralizada nos objetivos
ainda que não seja possível esgotar todas as possibilidades, não devemos deixar passar respostas ambíguas sem intervir de algum modo
se o paciente resiste em realizar determinada tarefa, devemos trocar por outra, mas não omitir, ou fazê-la num momento mais oportuno
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A relação psicólogo-cliente
ao final da entrevista, devemos ter: 
uma imagem do conflito central e seus derivados
uma história de vida do paciente e da situação desencadeadora
alguma hipótese inicial sobre o motivo latente, que pode ser modificada ou confirmada ao decorrer do processo
dados para traçar estratégias de uso de instrumentos

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