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Aula_Biossegurança_1

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Risco Biológico
Profª. Norma Gusmão
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São considerados riscos biológicos: Animais, Bactérias, Fungos, Vírus e e parasitas.
Definição
		Todo organismo ou produto (toxinas, substâncias) que possui a capacidade de produzir efeito deletério em humanos. 
Risco Biológico	 			 02/117	 	 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
Risco Biológico 
http://saude.culturamix.com/dicas/historia-da-medicina
http://pt.wikinoticia.com/estilo%20de%20vida/beleza/52348-parasitas-intestinais
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Risco Biológico			 	 03/117	 	 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
Risco Biológico 
Risco Biológico
Agentes não infecciosos
Agente Infecciosos
Bactérias, Fungos, Vírus e Parasitas
Príons 
(Doenças ocupacionais)
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Risco Biológico 	 			 04/117	 	 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
Risco Biológico 
Avaliação do Risco Biológico
A classe dos Agentes Biológicos;
Informações das doenças causadas por esses Agentes;
Efeitos alérgicos e tóxicos provocados pelos Agentes Biológicos.
O responsável pelo setor deverá determinar o tipo, a duração e as condições de exposição dos trabalhadores aos agentes biológicos, a fim de avaliar os riscos e definir as medidas de prevenção que deverão ser adotadas em caso de acidente.
As diretrizes que serviram para avaliação devem ser disponibilizada aos responsáveis pelo setor de prevenção de acidentes na instituição (CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).
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Risco Biológico 	 			 05/117	 	 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
Risco Biológico 
Avaliação do Risco Biológico
Examina as características fundamentais dos agentes
O que se conhece sobre o agente?
Quais são as infecções associadas?
Estabelece a classe do risco
Quais as atividades laboratoriais que representam risco? 
Estabelece medidas apropriadas de biossegurança
Definição de medidas apropriada de operação do laboratório
O risco potencial é aceitável?
O risco está dentro dos critérios da Organização?
Estabelece o grupo de risco
Estabelece medidas apropriadas de biossegurança
Estabelece medidas apropriadas de biosseguridade
Biossegurança
Biosseguridade
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Risco Biológico 	 			 06/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
Risco Biológico 
Os agentes biológicos patogênicos para o homem, animais e plantas são distribuídos em classes de risco biológico em função de diversos critérios:
Gravidade da infecção;
Nível de sua capacidade de se disseminar no ambiente;
Estabilidade;
Endemia;
Modo de transmissão.
Existência ou não de medidas profiláticas, como vacinas;
Existência ou não de tratamento eficaz;
E as perdas econômicas que possam causar.
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Risco Biológico 	 			07/117	 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
Risco Biológico 
Classificação de Micro-organismos Infecciosos por Classe de Risco
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Risco Biológico 	 			08/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
Risco Biológico 
http://www.who.int/csr/resources/publications/biosafety/BisLabManual3rdwebport.pdf
Classificação de Micro-organismos Infecciosos por Grupo de Risco
Grupo de Risco 1 (nenhum ou baixo risco individual e coletivo)
Um micro-organismo provavelmente não pode causar doença no homem ou no animal.
Grupo de Risco 2 (risco individual moderado e risco coletivo baixo)
Um micro-organismo pode causar doença no homem ou no animal, mas que é improvável que provoque perigo grave para o pessoal do laboratório, a comunidade, gado ou o ambiente. A exposição a agentes infecciosos no laboratório pode causar uma infecção grave, mas existe tratamento eficaz e medidas de prevenção e o risco de propagação é limitado.
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Risco Biológico 				 09/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
Risco Biológico 
http://www.who.int/csr/resources/publications/biosafety/BisLabManual3rdwebport.pdf
Classificação de Micro-organismos Infecciosos por Grupo de Risco
Grupo de Risco 3 (alto risco individual e baixo risco coletivo)
Um agente patogênico que causa uma doença grave no homem ou no animal, mas não se propaga de pessoa a pessoa. Existe um tratamento eficaz, bem como medidas de prevenção.
Grupo de Risco 4 (Alto risco individual e coletivo)
Um agente patogênico que causa geralmente uma doença grave no homem ou no animal e que se transmite facilmente de uma pessoa a outra, direta ou indiretamente. Nem sempre está disponível um tratamento eficaz ou medidas de prevenção.
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Risco Biológico 				 10/117	 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
Risco Biológico 
Relação dos grupos de Riscos com Níveis de Segurança Biológica, práticas e equipamentos.
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Risco Biológico 	 			 11/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
Risco Biológico 
Grupo de Risco Biológico - 1
Micro-organismos que têm não provocam doenças ou possuem baixa capacidade de provocar doenças para o homem e que não constituem risco para o meio ambiente.
Os micro-organismos participam da microbiota humana, mas podem ser patógenos oportunistas.
Ex. Lactobacillus, Escherichia coli, Penicillium roqueforti
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/ff/Champignons_Agaricus.jpg
Agaricus bisporus
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Risco Biológico 			 12/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
Risco Biológico 
Os Lactobacilos constituem um importante grupo de bactérias (ácido láticas), estando amplamente difundidos na natureza. 
Muitas espécies têm aplicações na indústria de alimentos sendo utilizadas como culturas iniciadoras em leites fermentados, queijos, soro de leite, entre outros.
Produção de queijos por fungos, por exemplo: Penicillium roqueforti, P. camemberti.
Produção de insulina por Escherichia coli - pacientes com diabetes.
http://diabetesunb.blogspot.com.br/2011/05/insulina.html
http://caionutriforma.blogspot.com.br/2011/03/o-que-sao-lactobacilos-vivos.html
http://www.presenteparahomem.com.br/proverbio-frances-existe-um-diferente-tipo-de-queijo-para-cada-dia-do-ano/
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Risco Biológico 	 			 13/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
Risco Biológico 
Nível de Biossegurança 1 (NB1)
Nível de contenção laboratorial que se aplica aos laboratórios de ensino básico, onde são manipulados os microrganismos pertencentes a grupo de risco 1. 
Não é requerida nenhuma característica de desenho estrutural, além de um bom planejamento espacial e funcional e a adoção de Boas Práticas Laboratoriais. 
Micro-organismos:
Lactobacillus
Micrococcus
Algumas bactérias anaeróbias
Fungos não patogênicos
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Risco Biológico 			 14/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
Risco Biológico 
1.  Limitar o acesso ao laboratório e visitas somente com a permissão da chefia do laboratório.
 2.  Lavar as mãos:
  antes e após a execução do ensaio de materiais viáveis e após a retirada das 	luvas e antes de sair do laboratório;
  todas as vezes que retirar as luvas;
  antes e depois da coleta ou do contato físico com pacientes;
  após o manuseio de qualquer material infectante;
  antes de comer, beber, processar alimentos e fumar.
  todas as vezes que usar o banheiro, espirrar, coçar o nariz, espirrar e pentear 	os cabelos.
  os braços devem ser todo lavados e usar escova nas unhas;
  uso de substância antisséptica para lavagem da mãos.
 Procedimentos Padrões 
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Risco Biológico 	 			 15/117	 	 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
Risco Biológico 
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Risco Biológico 	 			 16/117		 Profª. Norma Gusmão
– nbg@ufpe.br
Risco Biológico 
3.  na área de trabalho é terminantemente proibido comer, beber, fumar, retira ou colocar lentes de contato, colocar maquiagem ou guarda alimentos para consumo antes ou depois de executar o trabalho;
 4.  Nenhuma vidraria deve ser colocada na boca, nem devem ser provados constituintes de meios de cultura.
 5.  sempre utilizar sapatos fechados;
 6.  não retirar as cutículas antes da execução de um experimento em laboratório;
 7.  usar cabelos presos e sem qualquer adereço (anéis, pulseiras, relógios ), durante as atividades laboratoriais.
 8.  jamais colocar qualquer objeto na boca (canetas, pipetas) nem etiquetas;
 9.  nunca lavar na pia do laboratório para lavagem de objetos pessoais (escovar os dentes, lavar pratos)
 Procedimentos Padrões (cont.) 
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Risco Biológico 	 			 17/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
Risco Biológico 
10.  o jaleco (bata) deve ser utilizado somente no local de trabalho; 
 11.  o uso de agulhas deverá restrito e utilizar os protocolos de referência das mesmas;
 12.  deve-se evitar a formação de aerossóis;
 13.  as bancadas de trabalho deverão ser limpas antes e depois da execução do trabalho, com qualquer substância;
 14.  após o término do trabalho as culturas de micro-organismos devem ser descontaminadas (autoclavagem) antes de serem descartadas.
 Procedimentos Padrões (cont.) 
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Risco Biológico 			 18/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
Risco Biológico 
 Procedimentos Padrões (cont.) 
15.  colocar em local visível o símbolo internacional de "Risco Biológico" na entrada do laboratório. E, também o nome dos micro-organismos manipulados e do responsável pelo setor com o número de telefone; 
16.  os profissionais do local de trabalho que manipulem micro-organismos devem fazer exames médicos regulares;
 17.  na área comum do laboratório deverá ter um kit de primeiros socorros;
 18.  sempre deverá ter palestras ou cursos de capacitação dos profissionais em relação as medidas de segurança e emergência;
 19.  os artrópodes e roedores não devem ser encontrados no laboratório.
 
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Risco Biológico 		 19/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
Risco Biológico 
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Risco Biológico 
1.  Manutenção sistemática dos equipamentos de manipulação (cabines de segurança biológica). Os laboratórios que manipulam micro-organismos de classe 1 as manutenções são exigidas; 
2.  Deve-se sempre usar jalecos(batas) ou outros tipos de vestuários para evitar a contaminação;
3.  O uso de luvas é recomendados para os manipuladores evitarem acidentes ou os que possuem rachaduras ou ferimentos na pele das mãos.
4.  O uso de óculos de proteção é obrigatório para evitar os aerossóis;
 
 Equipamentos de Segurança (Barreiras Primárias)
Risco Biológico 		 20/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
1.  a porta de acesso deve ter um visor com vidro e abrir para fora;
 2.  uma pia deve ser instalada antes da saída do laboratório;
 3.  a área do projetada do laboratório deve ser de fácil limpeza. Tapetes e carpetes e tapetes não são apropriados para laboratórios.
 4. o piso deve ser liso, o rodapé côncavo, as paredes e o teto devem ser pintados com tinta impermeável;
 Instalações Laboratoriais (Barreiras Secundárias)
Risco Biológico 		 21/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
5.  as bancadas também devem ser lisas, impermeáveis à água e a outros líquidos e resistentes a limpeza com produtos químicos; 
 6.  os armários devem ser capazes de suportar pesos e usos diversos. Os espaços entre os móveis deve permitir a limpeza;
 7.  o ambiente do laboratório deve ser claro sem a incidência de reflexos e luz ofuscante;
8.  as janelas que abrem para o exterior devem possuir telas de proteção contra a entradas de animais.
 Instalações Laboratoriais (Barreiras Secundárias), cont.
Risco Biológico 		 22/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
http://biomedicinabrasil.blogspot.com.br/2012/02/niveis-de-biosseguranca-laboratorial.html
Risco Biológico 		 23/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
Grupo de Risco Biológico - 2
 Organismos patogênicos, porém geralmente não apresentam um perigo sério para os indivíduos. Pode provocar infecções graves, porém já se conhecem medidas profiláticas adequadas com risco de propagação limitado ou reduzido.
O nível de biossegurança 2 é adequado para qualquer trabalho que utilize sangue humano, líquidos corporais ou linhas de células humanas primárias onde a presença de agentes infecciosos pode ser desconhecida.
Risco Biológico 		 24/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
Zoonose
Agente etiológico: Leptospira sp.
Infecta diversos animais e humanos
Infecção através de contato direto ou água ou solo contaminado com urina
Doença febril aguda
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Risco Biológico 
Exemplos de Micro-organismos
Chlamydia pneumoniae, C. trachomatis
Escherichia coli e outros coliformes fecais
Helicobacter pylori
Staphylococcus aureus
Leptospira
Treponema pallidum
Helmintos e protozoários intestinais
Diversos fungos
 Herpes, Rubéola 
Risco Biológico 		 26/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
Nível de Biossegurança 2 (NB2)
Diz respeito ao laboratório em contenção, onde são manipulados micro-organismos da classe de risco 2 (citados no slide 26). 
Se aplica aos laboratórios clínicos ou hospitalares de níveis primários de diagnóstico, sendo necessário, além da adoção das boas práticas, o uso de barreiras físicas primárias (cabine de segurança biológica e equipamentos de proteção individual e secundárias (desenho estrutural e organização do laboratório). 
Risco Biológico 		 27/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
 Procedimentos Padrões 
1.  O acesso ao laboratório é restrito ou limitado às pessoas autorizadas pela chefia.
 2.  Não é permitida a presença de crianças.
 Os outros procedimentos são iguais ao Grupo de Risco 1.
Risco Biológico 		 28/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
1.  O chefe do laboratório regulamenta a entrada de pessoas ao local. Pessoas com alergias ou susceptíveis a infecções não são permitidas durante as manipulações.
 2.  O laboratório deve ter um manual com as boas práticas de laboratório. E o pessoal capacitado com cursos e palestras de biossegurança.
3.   Colocar em local visível o símbolo internacional de "Risco Biológico" na entrada do laboratório. E, também o nome dos micro-organismos manipulados e do responsável pelo setor com o número de telefone. Os equipamentos de proteção individual deve ser disponível a todos os manipuladores;
 4.  Os manipuladores devem tomar vacinas para se manter em imunizados e fazer exames periódicos.
 Práticas Especiais
Risco Biológico 		 29/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
5.  As objetos perfurocortantes tem atenção especial, tanto no uso quanto na manipulação (seringas e agulhas, lâminas, pipetas, tubos capilares e bisturis).
a.   As agulhas e seringas hipodérmicas ou outros instrumentos perfurocortantes são restritos ao uso no laboratório e só devem ser utilizados quando não puderem ser substituídos. E devem ser descartados em embalagem especial.
 
b.  As seringas devem possuir agulha fixa ou quando o conjunto for todo descartado . As agulhas devem ser entortadas ou quebradas e o descarte deverá ser em local apropriado. E descontaminadas em autoclave antes do descarte.
c.  As vidrarias quando quebradas com material infeccioso deve ser manipulado com luvas ou removidos através de meios mecânicos com o auxílio de vassoura, pá ou pinças. A vidraria deve ser descontaminadas e descartado em embalagem apropriada.
 Práticas Especiais (Continuação)
Risco Biológico 		 30/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
6.  Os equipamentos laboratoriais com defeitos devem ser descontaminados antes de serem enviados para conserto ou removidos do local.
 7.  Qualquer acidente ocorrido deve ser anotado em livro especifico e comunicado ao chefe do setor. 
 8.  É terminantemente proibida a entrada de animais em áreas laboratoriais.
 
 Práticas Especiais (Continuação)
Risco Biológico 		 31/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
 1.  A manipulação dos agentes infecciosos deverá ser realizada em cabines de segurança biológica, de preferência de Classe II, ou outro equipamento de proteção individual adequado ou dispositivos de contenção física.
 2.  Os equipamentos de Proteção Individual devem ser disponibilizados para todos os manipuladores de agentes infecciosos a fim de evitar a contaminação por aerossóis ou respingos ou sprays , principalmente quando o trabalho é realizado fora de uma cabine de segurança biológica.
 Equipamentos de Segurança (Barreira Primária)
3.   Deve-se sempre usar jalecos(batas) ou outros tipos de vestuários para evitar a contaminação. A equipe do laboratório nunca deve levá-la para a casa.
 4.  Devem ser usadas luvas, quando houver um contato direto com materiais e superfícies potencialmente infecciosas ou equipamentos contaminados. Luvas descartáveis não devem ser reutilizadas.
Risco Biológico 		 32/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
 1.  É exigido um sistema de portas com trancas.
 2.  Considere a construção de novos laboratórios longe de área públicas.
 3.  O laboratório deve possuir uma pia para a lavagem das mãos, próximo à saída do mesmo. É recomendado a utilização de torneiras com acionamento automático (células fotoelétricas) ou que sejam acionadas com o pé.
 4.  a área do projetada do laboratório deve ser de fácil limpeza. Tapetes e carpetes e tapetes não são apropriados para laboratórios.
5. o piso deve ser liso, o rodapé côncavo, as paredes e o teto devem ser pintados com tinta impermeável;
 Equipamentos de Segurança (Barreira Secundária)
Risco Biológico 		 33/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
 Equipamentos de Segurança (Barreira Secundária) (Continuação)
6.  Cabines de segurança biológica devem ser instaladas, de forma que a variação da entrada e saída de ar da sala, não provoque alteração nos padrões de contenção de seu funcionamento. As cabines de segurança biológica devem estar localizadas longe de portas, janelas que possam ser abertas e fora de áreas laboratoriais com fluxo intenso de pessoas, de forma que sejam mantidos os parâmetros de fluxo de ar nestas cabines de segurança biológica.
 7.  Um lava olhos deve estar disponível.
 8.  A iluminação deve ser adequada para todas as atividades, evitando reflexos e luzes fortes e ofuscantes que possam impedir a visão.
Risco Biológico 		 34/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
 Equipamentos de Segurança (Barreira Secundária)(Continuação)
9.  Providenciar sistema mecânico de ventilação que proporcione um fluxo interno de ar sem que haja uma recirculação para os espaços fora do laboratório.
 10.  Deve ser reservado um local, fora da área do laboratório, destinado ao armazenamento de substâncias químicas.
 11.  Deve haver um sistema de segurança para combate à incêndios e saídas de emergência.
 12.  A água utilizada deve ser de boa qualidade e nunca deve faltar. O sistema de água pública precisa ser protegido por um dispositivo anti-refluxo.
 13.  O fornecimento de eletricidade precisa ser adequado. Sistema de gerador, afim de manter os equipamentos indispensáveis (cabines de segurança biológica, freezers, etc).
Risco Biológico 		 35/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
14.  É necessário haver uma autoclave no próprio local ou próximo ao mesmo (dentro do prédio).
 15.  Para que sejam atendidas as exigências à performance e ao controle da poluição, os seguintes aspectos relativos ao descarte do resíduo sólido merecem atenção especial:
  as autoclaves para tratamento do lixo sólido exigem desenho, tamanho e utilidades especiais;
  pode haver necessidade de desinfecção da água do esgoto.
 
 Equipamentos de Segurança (Barreira Secundária)(Continuação)
Risco Biológico 		 36117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/nb2.html
Risco Biológico 		 37117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
 O laboratório de nível de Biossegurança 3, ou de contenção, destina-se ao trabalho com agentes de risco biológico da classe 3, ou seja, com micro-organismos que acarretam elevado risco individual e baixo risco para a comunidade.
 É aplicável para laboratórios clínicos, de diagnóstico, ensino e pesquisa ou de produção onde o trabalho com agentes exóticos possa causar doenças sérias ou potencialmente fatais como resultado de exposição por inalação. A equipe profissional deve possuir treinamento específico no manejo de agentes patogênicos, potencialmente letais, devendo ser supervisionados por profissional altamente capacitado e que possua vasta experiência com estes agentes.
Grupo de Risco Biológico - 3
Risco Biológico 		 38/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
 Esse nível de contenção exige a intensificação dos programas de boas práticas laboratoriais e de segurança, além da existência obrigatória de dispositivos de segurança e do uso, igualmente obrigatório, de cabine de segurança biológica. Os trabalhadores devem usar roupas de proteção específicas para esta área e equipamentos de proteção individual. 
 Além dos práticas padrões e especiais estabelecidas para os laboratórios NB-1 e NB-2, devem ser adotadas as recomendações abaixo descritas que se aplicam à manipulação de agentes classificados como sendo da classe de risco 3.
Risco Biológico 		 39/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
 Organismos patogênicos que costumam provocar doenças graves, propagada de um hospedeiro infectado ao outro. 
Existem medidas profiláticas e de tratamento bem estabelecidas.
Ex. Bacillus
anthracis, HIV, M.tuberculosis
Bacillus anthracis
Risco Biológico 		 40/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
M. tuberculosis
http://www.dicasdesaude.info/doencas/o-que-e-a-tuberculose-pulmonar
Risco Biológico 		 41/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
HIV – Síndrome da Imunidade Adquirida
Risco Biológico 		 42/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
Risco Biológico 3
Bacillus anthracis 
Bioterrorismo
“De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 50 kg de esporos, disseminados numa área urbana com 5 milhões de pessoas, provocariam 250 mil casos de infecção com cerca de 100 mil mortos”
Risco Biológico 		 43/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
Nível de Biossegurança 3 (NB3)
Indicado para trabalho com agentes infecciosos que possam causar doenças graves, potencialmente letais, como resultado da exposição por via de inalação.
Micro-organismos patogênicos que geralmente provocam doenças graves no homem e /ou animais, não se propagam de um indivíduo infectado a outro, sendo sua propagação baixa e existe medidas de prevenção e tratamentos.
Bactérias – Brucella SP., Mycobacterium tuberculosis, M. bovis e Yersinia .
Fungos: Histoplasma capsulatum e Coccidioidis immitis. 
Risco Biológico 		 44/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
 1.  O acesso ao laboratório é rigorosamente limitado.
 2.  O trabalho no laboratório deve ser executado em dupla.
 
 Procedimentos Padrões 
Os outros procedimentos são iguais ao Grupo de Risco 1 e 2.
Risco Biológico 		 45/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
 Práticas Especiais
1.  Não é permitido o trabalho ou a presença de mulheres grávidas, de pessoas portadoras de ferimentos ou queimaduras, imunodeficientes ou imunodeprimidas.
 2.  Todos os manipuladores devem receber curso de capacitação ara trabalhar no setor e o chefe do laboratório deve estabelecer normas e procedimentos pelos quais só serão admitidas no laboratório os capacitados sobre o potencial de risco, que atendam todos os requisitos para a entrada no mesmo (por exemplo, imunização) e que obedeçam a todas as regras para entrada e saída no laboratório.
 3.  O pessoal do laboratório deve ser apropriadamente imunizado ou examinado quanto aos agentes manipulados ou potencialmente presentes no laboratório (por exemplo, vacina para hepatite B ou teste cutâneo para tuberculose) e exames periódicos são recomendados.
 4.  Amostras sorológicas de toda a equipe e das pessoas expostas ao risco devem ser coletadas e armazenadas adequadamente para futura referência. Amostras sorológicas adicionais poderão ser periodicamente coletadas, dependendo dos agentes manipulados ou do funcionamento do laboratório.
Risco Biológico 		 46/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
1.  Roupas de proteção como macacões, uniformes que possuam menor solução de descontinuidade, não se admitindo roupas abotoadas na frente, devem ser usadas pela equipe quando estiver dentro do laboratório. A roupa de proteção não deve ser usada fora do laboratório. Antes de ser lavada ou descartada esta roupa deve ser esterilizada e deve sempre ser trocada quando contaminada.
 2.  É obrigatório o uso de luvas quando estiver manuseando materiais infecciosos. Avaliar a utilização de dois pares de luva. Recomenda-se a mudança frequente das luvas acompanhada de lavagem das mãos.
 3.  Todas as manipulações de materiais infecciosos devem ser conduzidas em uma cabine de segurança biológica de Classe II ou de Classe III.
 4.  Quando um procedimento ou processo não puder ser conduzido dentro de uma cabine de segurança biológica devem ser utilizadas combinações apropriadas de equipamentos de proteção individual (por exemplo, respiradores, protetores faciais) com dispositivos de contenção física (por exemplo, centrífugas de segurança e frascos selados).
Equipamento de Segurança (Barreiras Primárias) 
Risco Biológico 		 47/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
1.  O laboratório deverá estar separado das áreas de trânsito irrestrito do prédio com acesso restrito. Uma maneira de separá-lo consiste em localizá-lo na extremidade cega do corredor ou em levantar uma divisão e, a via de acesso feita através de uma ante-sala (air-lock) depois do laboratório de nível de Biossegurança 2. 
 2.  Acesso é feito através de vestíbulo pressurizado, com sistema de dupla porta e intertravamento automático como requisito básico para entrada no laboratório a partir de corredores de acesso ou outras áreas contíguas. 
 3.  A área de escritório deve ser localizada fora da área de biocontenção.
 4.  Existência de um lavatório para as mãos, lava-olhos e chuveiro de emergência, no vestíbulo de acesso ao laboratório, com dispositivo de acionamento com os pés ou automatizado.
Instalações do Laboratório (Barreiras Secundárias) 
Risco Biológico 		 48/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
Instalações do Laboratório (Barreiras Secundárias) (Continuação) 
5.  As superfícies das paredes internas, pisos e tetos das áreas, onde os agentes da classe de risco 3 são manipulados, devem ser construídas e mantidas de forma que facilitem a limpeza e a descontaminação. Toda a superfície deve ser selada e sem reentrâncias. As paredes, tetos e pisos devem ser lisas, impermeáveis e resistentes a substâncias químicas e desinfetantes normalmente usados no laboratório. Os pisos devem ser monolíticos e anti - derrapante. Orifícios ou aberturas nas superfícies de pisos, paredes e teto devem ser selados. Dutos e espaços entre portas e esquadrias devem permitir o selamento para facilitar a descontaminação.
6.  As bancadas devem ser impermeáveis e resistentes ao calor moderado e aos solventes orgânicos, ácidos, álcalis e solventes químicos utilizados para descontaminação de superfícies e equipamentos.
 7.  Os móveis do laboratório devem suportar cargas e usos previstos com espaçamento suficiente entre as bancadas, cabines e equipamentos para permitir acesso fácil para a limpeza. As cadeiras e outros móveis utilizados em um laboratório devem ser cobertos por uma material que não seja tecido e possa ser facilmente descontaminado.
 
Risco Biológico 		 49/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
Instalações do Laboratório (Barreiras Secundárias) (Continuação) 
8.  Todas as janelas do devem possuir caixilhos metálicos, ser fixas e hermeticamente vedadas.
 9.  Deve estar disponível, na área de biocontenção, uma autoclave para descontaminação de todo o material utilizado nesta área. Deve-se considerar os meios de descontaminação de equipamentos.
 10.  Cabines de segurança biológica devem ser instaladas, de forma que a variação da entrada e saída de ar da sala, não provoque alteração nos padrões de contenção de seu funcionamento. As cabines de segurança biológica devem estar localizadas longe de portas, janelas que possam ser abertas e fora de áreas laboratoriais com fluxo intenso de pessoas, de forma que sejam mantidos os parâmetros de fluxo de ar nestas
cabines de segurança biológica.
 
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Risco Biológico 
Instalações do Laboratório (Barreiras Secundárias) (Continuação) 
11.  O laboratório deve ter um sistema de ar independente, com ventilação unidirecional onde o fluxo de ar penetra no laboratório através da área de entrada. O ar de exaustão não deve recircular em outras áreas do prédio. Equilíbrio do sistema de ventilação/exaustão prevenindo pressurização e assegurando pressão negativa. O ar exaurido da área de biocontenção deve ser descarregado, verticalmente, para fora do prédio, em áreas livres de construções e de entradas de ar. Deve ser filtrado através de filtro HEPA (High Efficiency Particulated Air).
 12.  Alarmes para falhas nos sistemas de insuflação, exaustão, pressurização, intercomunicação, temperatura, umidade, incêndios dentre outros. Providenciar monitor visual com um painel de controle.
 13.  O ar exaurido de uma cabine de segurança biológica Classe II, filtrado por filtro absoluto tipo HEPA poderá recircular no interior do laboratório se a cabine for testada e certificada anualmente. O ar exaurido das cabines de segurança biológica deve ser retirado diretamente para fora do ambiente de trabalho através do sistema de exaustão do edifício.
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Risco Biológico 
Instalações do Laboratório (Barreiras Secundárias) (Continuação) 
 14.  As linhas de vácuo devem ser protegidas por sifões contendo desinfetantes líquidos e filtros HEPA, ou o equivalente. Os filtros devem ser substituídos quando necessário. Uma alternativa é usar uma bomba a vácuo portátil (também adequadamente protegida com sifões e filtros).
 15.  A iluminação deve ser adequada para todas as atividades, evitando reflexos e brilhos que possam ofuscar a visão. 
16.  O projeto da instalação e os procedimentos operacionais do nível de Biossegurança 3 devem ser documentados. Os parâmetros operacionais e das instalações devem ser verificados quanto ao funcionamento ideal antes que o estabelecimento inicie suas atividades. As instalações devem ser verificadas pelo menos uma vez ao ano.
17.  Deve haver um sistema de segurança para combate à incêndios e saídas de emergência.
 
 
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Risco Biológico 
Instalações do Laboratório (Barreiras Secundárias) (Continuação) 
18.  A água utilizada deve ser de boa qualidade e nunca deve faltar. O sistema de água pública precisa ser protegido por um dispositivo anti-refluxo.
 19.  O fornecimento de eletricidade precisa ser adequado. Sistema de gerador, afim de manter os equipamentos indispensáveis (cabines de segurança biológica, freezers, etc).
 20.  Proteções adicionais ao meio ambiente (por exemplo, chuveiros para a equipe, filtros absolutos tipo HEPA para filtração do ar insuflado, contenção de outras linhas de serviços e a descontaminação dos efluentes líquidos) deve ser considerada em conformidade com a avaliação do risco, com as recomendações para manipulação de determinado agente patogênico, atividade desenvolvida , condições do local ou outras normas locais, estaduais ou federais aplicáveis.
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Risco Biológico 
http://biomedicinabrasil.blogspot.com.br/2012/02/niveis-de-biosseguranca-laboratorial.html
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Risco Biológico 
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/nb3.html
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Risco Biológico 
Recomenda-se que os laboratórios de nível de Biossegurança 4, ou de contenção máxima, só funcionem sob o controle direto das autoridades sanitárias.
 Devido a complexidade do trabalho, a equipe do laboratório deverá ter um treinamento específico e completo direcionado para a manipulação de agentes infecciosos extremamente perigosos e deverá ser capaz de entender as funções da contenção primária e secundária, das práticas padrões específicas, do equipamento de contenção e das características do planejamento do laboratório.
 
É necessário a elaboração de um manual de trabalho pormenorizado; este deve ser testado previamente através de exercícios de treinamento.
 
Grupo de Risco Biológico - 4
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Risco Biológico 
 O nível de Biossegurança 4 é indicado para o trabalho com micro-organismos com altos níveis de virulência (perigosos) que causem no homem infecções que podem ser fatais, além de apresentarem um potencial relevado de transmissão por aerossóis, classificados como microrganismos da classe de risco 4.
 Os trabalhadores devem ser supervisionados por profissionais altamente qualificados, treinados e com vasta experiência no manuseio dos agentes patogênicos, além dos procedimentos de segurança específicos
 Risco Biológico 4
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Risco Biológico 
  O acesso ao laboratório deve ser rigorosamente controlado por sistemas automatizados. 
A instalação laboratorial deve estar localizada em uma edificação separada ou em uma área controlada dentro do edifício, que seja totalmente isolada de todas as outras. Um manual de operações específico para as instalações deve ser preparado ou adotado.
  O trabalho deve ser executado exclusivamente dentro de cabines de segurança biológica Classe III ou dentro de cabines de segurança biológica da Classe II associadas ao uso de roupas de proteção com pressão positiva, ventiladas por sistema de suporte de vida. 
O laboratório do nível de Biossegurança 4 deve possuir características específicas quanto ao projeto e a engenharia para prevenção da disseminação de micro-organismos no meio ambiente
 Risco Biológico 4
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Risco Biológico 
Agentes infecciosos patogênicos que geralmente causam doenças graves, sendo facilmente transmitidas e na maioria dos casos não se conhece tratamento eficaz e as medidas profiláticas não estão bem estabelecidas. Ex. Vírus Ébola.
Febre hemorrágica ébola (FHE) é uma doença infecciosa grave muito rara, frequentemente fatal, causada pelo vírus ébola. 
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Risco Biológico 
Nível de Biossegurança 4 (NB4)
Laboratório de contenção máxima, destina-se a manipulação de micro-organismos da classe de risco 4 e 5.
Onde há o mais alto nível de contenção, além de representar uma unidade geográfica e funcionalmente independente de outras áreas.
Esses laboratórios requerem, além dos requisitos físicos e operacionais dos níveis de contenção 1, 2 e 3, barreiras de contenção (instalações, desenho e equipamentos de proteção) e procedimentos especiais de segurança. 
Riscos: alto risco de causar doença animal grave e de disseminação no meio ambiente
Agentes de doença animal e que embora não sejam patógenos de importância para o homem, podem gerar grandes perdas econômicas e na produção de alimentos
Risco Biológico
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Risco Biológico 
Neste Grupo são classificados somente Vírus
Agentes de febres hemorrágicas
Vírus da aftosa
Vírus Ébola
Vírus da Gripe aviária H5N1
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Risco Biológico 
1.  O acesso ao laboratório deve se rigorosamente limitado e controlado.
 2.  É proibido o trabalho de pessoas que estiverem imunocomprometidas ou imunodeprimidas, portadores de ferimentos e de mulheres grávidas.
 3.  O trabalho no laboratório deve ser sempre executado em dupla.
 4.  Existência de um sistema de contenção primária, constituído de um ou mais dos seguintes equipamentos: cabines de segurança biológica da classe III, macacões ventilados com pressão positiva. Neste último caso, exige-se um chuveiro especial para desinfecção química das pessoas que deixam o vestuário.
5.  Restringir ao máximo a utilização de agulhas. Deve haver procedimentos padrões para o manuseio de agulhas e de outros materiais perfurocortantes e seu cumprimento ser constantemente supervisionado.
 6.  Todos os procedimentos devem ser realizados cuidadosamente a fim de minimizar a formação de aerossóis. 
 Procedimentos Padrões 
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Risco Biológico 
7.  As superfícies de trabalho devem ser descontaminadas com desinfetantes que sejam eficazes contra os agentes manipulados, ao final do trabalho ou no final do dia e após qualquer vazamento ou borrifada de material viável.
 8.  Todos os resíduos produzidos devem ser obrigatoriamente esterilizados antes de serem retirados do laboratório. Todos os resíduos devem ser incinerados após serem removidos do laboratório.
 9.  Todos os líquidos que deixam o laboratório, incluindo a água do chuveiro, precisam ser descontaminados antes de serem definitivamente descartados.
 10.  Os procedimentos de Biossegurança devem ser incorporados aos procedimentos operacionais padrões ou a um manual de Biossegurança específico do laboratório, adotado ou preparado pelo diretor do laboratório. Todo pessoal deve ser orientado sobre os riscos e devem ler e seguir as instruções sobre as práticas e procedimentos requeridos.
 11.  Deve-se providenciar um programa rotineiro de controle de insetos e roedores.
 Procedimentos Padrões 
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Risco Biológico 
 1.  Somente as pessoas envolvidas na programação e no suporte ao programa a ser desenvolvido e cujas presenças forem solicitadas no local ou nas salas do laboratório devem ter permissão para entrada no local. O chefe do laboratório deverá ter a responsabilidade final no controle do acesso. Antes de entrar no laboratório, as pessoas devem ser avisadas sobre o risco potencial e devem ser instruídas sobre as medidas apropriadas de segurança. As pessoas autorizadas devem cumprir com rigor as instruções dadas e todos os outros procedimentos aplicáveis para a entrada e saída do laboratório. Deve haver registro de entrada e de saída de pessoal.
 2.  O chefe do laboratório deve ser o responsável por assegurar que, antes de iniciar o trabalho com microrganismos pertencentes à classe de risco 4, toda a equipe demonstre uma alta competência em relação às práticas e técnicas de segurança e em práticas e operações especiais específicas para a execução das atividades do laboratório. Isto poderá incluir uma experiência anterior no manuseio de patógenos humanos ou culturas de células, ou um treinamento específico fornecido pela chefia do laboratório ou por outro perito com experiência nestas técnicas e práticas microbiológicas singulares.
 Práticas Especiais 
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Risco Biológico 
3.  O pessoal do laboratório deve ser apropriadamente imunizado e examinado periodicamente.
 4.  Amostras sorológicas de toda a equipe do laboratório e de outras pessoas expostas a um elevado risco deverão ser coletadas e armazenadas. Amostras sorológicas adicionais devem ser periodicamente coletadas, dependendo dos agentes manipulados ou do funcionamento do laboratório. Ao estabelecer um programa de vigilância sorológica deve-se considerar a disponibilidade dos métodos para a avaliação do anticorpo do(s) agente(s) em questão. O programa para o teste das amostras sorológicas deve ter um intervalo a cada coleta e o responsável pelo projeto deve comunicar os resultados aos participantes.
 5.  Um manual sobre Biossegurança deve ser preparado e adotado. A equipe deve ser avisada quanto aos perigos e riscos especiais e deve ler e seguir as instruções sobre as práticas e procedimentos.
 6.  A equipe do laboratório e a equipe de apoio devem receber treinamento adequado sobre os perigos e riscos associados ao trabalho, as precauções necessárias para a prevenção de exposições e os procedimentos de avaliação da exposição. A equipe também deve participar de cursos de atualização anual ou treinamento adicional quando necessário em caso de mudanças nos procedimentos.
 Práticas Especiais 
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Risco Biológico 
7.  A entrada e saída de pessoal do laboratório devem ocorrer somente após uso do chuveiro e troca de roupas. Os funcionários devem usar o chuveiro de descontaminação a cada saída do laboratório. 
 8.  Todos os materiais de entrada devem ser descontaminados em autoclave de dupla porta, câmara de fumigação ou sistema de antecâmara pressurizada antes de serem utilizados. 
 
 Práticas Especiais 
Risco Biológico 		 66/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
 Práticas Especiais 
9.  As objetos perfurocortantes tem atenção especial, tanto no uso quanto na manipulação (seringas e agulhas, lâminas, pipetas, tubos capilares e bisturis).
a.   As agulhas e seringas hipodérmicas ou outros instrumentos perfurocortantes são restritos ao uso no laboratório e só devem ser utilizados quando não puderem ser substituídos. E devem ser descartados em embalagem especial.
 
b.  As seringas devem possuir agulha fixa ou quando o conjunto for todo descartado . As agulhas devem ser entortadas ou quebradas e o descarte deverá ser em local apropriado. E descontaminadas em autoclave antes do descarte.
c.  As vidrarias quando quebradas com material infeccioso deve ser manipulado com luvas ou removidos através de meios mecânicos com o auxílio de vassoura, pá ou pinças. A vidraria deve ser descontaminadas e descartado em embalagem apropriada.
Risco Biológico 		 67/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
10.  Nenhum material, com exceção do material biológico que deve permanecer intacto ou viável pode ser removido de um laboratório de nível de Biossegurança 4, sem antes ter sido autoclavado. Equipamentos ou materiais que não resistam a temperaturas elevadas ou ao vapor devem ser descontaminados utilizando-se outras metodologias de descontaminação comprovadas e validadas.
 11.  Um sistema de notificação de acidentes e exposições laboratoriais, absenteísmo de empregados e doenças associadas ao laboratório deve ser organizado, bem como um sistema de vigilância médica. Relatos por escrito deverão ser preparados e mantidos. Deve-se ainda, prever uma unidade de quarentena, isolamento e cuidados médicos para o pessoal contaminado por doenças conhecidas ou potencialmente associado a laboratório.
12.  Todos os materiais não relacionados ao experimento que estiver sendo realizado no momento não devem ser permitidos no laboratório.
 
 Práticas Especiais (continuação) 
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Risco Biológico 
Existem dois modelos de laboratório de nível de Biossegurança 4:
(A)  Laboratório onde todas as manipulações do agente são realizadas em uma cabine de segurança biológica Classe III
(B)  Laboratório onde a equipe usa uma roupa de proteção depressão positiva. 
 
Risco Biológico 		 69/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
 1.  O laboratório de nível de Biossegurança 4 deve estar separado do prédio ou em uma área claramente demarcada e isolada dentro de um prédio.
 2.  A entrada e a saída de técnicos deve ser feita através de sanitários/vestiários de barreira, com diferencial de pressão e sistema de bloqueio de dupla porta, providos de dispositivos de fechamento automático e de intertravamento. O controle de acesso deve ser feito através de sistema de leitor de íris, leitor de digital, cartão magnético ou outro sistema automático.
 3.   Devem estar previstas câmaras de entradas e saídas de pessoal, para troca de roupas, separadas por chuveiro. Deve ser um sistema de autoclave de duas portas, um tanque de imersão contendo desinfetante, uma câmara de fumigação ou uma ante-sala ventilada para descontaminação na barreira de contenção para o fluxo de materiais, estoques ou equipamentos que não passam no interior dos pelos vestiários para chegarem até a sala. 
 (A)  Laboratório com uso de cabine de segurança biológica Classe III 
Risco Biológico 		 70/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
4.  Inspeções diárias de todos os parâmetros de contenção (por exemplo, fluxo de ar direcionado) e sistemas de suporte de vida devem estar concluídos antes que o trabalho se inicie dentro do laboratório para assegurar que este esteja funcionando de acordo com os parâmetros de operação.
 5.  As paredes, tetos e pisos do laboratório devem ser construídos com sistema de vedação interna, para permitir maior eficiência da fumigação e evitar o acesso de animais e insetos. As superfícies internas do laboratório devem ser resistentes a líquidos e produtos químicos para facilitar a limpeza e a descontaminação da área.
 6.  As bancadas devem possuir superfícies seladas e sem reentrâncias que deverão ser impermeáveis à água e resistentes ao calor moderado e aos solventes orgânicos, ácidos, álcalis e solventes químicos utilizados na descontaminação das superfícies de trabalho e dos equipamentos.
7.  Os móveis do laboratório devem ter uma construção simples e deverão suportar cargas e usos previstos. O espaçamento entre as bancadas, as cabines e armários e o equipamento deve ser suficiente para facilitar a limpeza e a descontaminação. As cadeiras e outros móveis usados em um laboratório devem ser cobertos por um material que não seja tecido e que possa ser facilmente descontaminado.
 (A)  Laboratório com uso de cabine de segurança biológica Classe III 
Risco Biológico 		 71/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
8.  Pias com acionamento automático ou que sejam acionadas sem uso das mãos, deverão ser construídas próximas à porta da sala da cabine e perto dos vestiários internos e externos.
 9.  Se existir um sistema central de vácuo, este não deve servir as áreas fora da sala das cabines. Filtros HEPA em série devem ser colocados da forma mais prática possível em cada ponto onde será utilizado ou próximo da válvula de serviço. Os filtros devem ser instalados de forma a permitir a descontaminação e a substituição local dos mesmos. Outras linhas utilitárias, como a de gás e líquidos, que convergem para a sala das cabines devem ser protegidas por dispositivos que evitem o retorno do fluxo.
 10.  Todas as janelas devem ser seladas.
 11.  A cabine de segurança biológica Classe III deve possuir autoclave de porta dupla para a descontaminação de todos os materiais utilizados. As portas da autoclave que abre para fora da barreira de contenção deve ser selada às paredes. Estas portas devem ser controladas automaticamente de forma que a porta externa da autoclave somente possa ser aberta depois que o ciclo de "esterilização" da autoclave tenha sido concluído.
 (A)  Laboratório com uso de cabine de segurança biológica Classe III 
Risco Biológico 		 72/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
12.  Os efluentes líquidos, incluindo a água dos vasos sanitários, dos chuveiros de desinfecção química, das pias e de outras fontes devem ser descontaminados através de um método de descontaminação comprovado, de preferência através de um tratamento por calor - antes de serem jogados no esgoto sanitário. O processo usado para a descontaminação de dejetos líquidos deve ser validado fisicamente e biologicamente.
 13.  Todos os laboratórios deverm possuir um sistema de ventilação sem uma re-circulação. Os sistemas de insuflação e de exaustão devem estar equilibrados para assegurar um fluxo de ar direcionado da área de menos risco para área(s) de maior risco potencial. O sistema de ar no laboratório deverá prever uma pressão diferencial e fluxo unidirecionado de modo a assegurar diferencial de pressão que não permita a saída do agente de risco. O fluxo de ar direcionado/pressão diferencial deve ser monitorado e deve conter um alarme que acuse qualquer irregularidade no sistema. Um dispositivo visual que monitorize a pressão de maneira apropriada, que indique e confirme o diferencial da pressão da sala das cabines deve ser providenciado. O fluxo de ar de entrada e saída também deve ser monitorado, e um sistema de controle HEPA deve existir para evitar uma contínua pressurização positiva do laboratório. A cabine de Classe III deve ser diretamente conectada ao sistema de exaustores. Se a cabine de Classe III estiver conectada ao sistema de abastecimento, isto deverá ser feito de forma que previna uma pressurização positiva da cabine.
 (A)  Laboratório com uso de cabine de segurança biológica Classe III 
Risco Biológico 		 73/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
14.  O ar de exaustão dos laboratórios e das cabines deve passar por um sistema de dupla filtragem com filtros absolutos tipo HEPA em série. Este ar deve ser liberado longe dos espaços ocupados e das entradas de ar. Os filtros devem estar localizados de maneira mais próxima possível da fonte a fim de minimizar a quantidade de canos potencialmente contaminados. Todos os filtros HEPA devem ser testados e certificados anualmente. A instalação dos filtros HEPA deve ser projetada de tal forma que permita uma descontaminação in situ do filtro antes deste ser removido, ou antes, da remoção do filtro em um recipiente selado e de contenção de gás para subseqüente descontaminação e destruição através da incineração. O projeto do abrigo do filtro HEPA deve facilitar a validação da instalação do filtro. O uso de filtros HEPA pré-certificado pode ser vantajoso. A vida média de filtros HEPA de exaustão pode ser prolongada através de uma pré-filtração adequada do ar insuflado.
15.  O projeto e procedimentos operacionais de um laboratório de nível de Biossegurança 4 devem ser documentados. O local deve ser testado em função do projeto e dos parâmetros operacionais para ser verificado se realmente atendem a todos os critérios antes que comecem a funcionar. Os locais devem ser checados novamente pelo
menos uma vez ao ano e os procedimentos neles existentes devem ser modificados de acordo com a experiência operacional
 (A)  Laboratório com uso de cabine de segurança biológica Classe III 
Risco Biológico 		 74/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
14.  O ar de exaustão dos laboratórios e das cabines deve passar por um sistema de dupla filtragem com filtros absolutos tipo HEPA em série. Este ar deve ser liberado longe dos espaços ocupados e das entradas de ar. Os filtros devem estar localizados de maneira mais próxima possível da fonte a fim de minimizar a quantidade de canos potencialmente contaminados. Todos os filtros HEPA devem ser testados e certificados anualmente. A instalação dos filtros HEPA deve ser projetada de tal forma que permita uma descontaminação in situ do filtro antes deste ser removido, ou antes, da remoção do filtro em um recipiente selado e de contenção de gás para subsequente descontaminação e destruição através da incineração. O projeto do abrigo do filtro HEPA deve facilitar a validação da instalação do filtro. O uso de filtros HEPA pré-certificado pode ser vantajoso. A vida média de filtros HEPA de exaustão pode ser prolongada através de uma pré-filtração adequada do ar insuflado.
15.  O projeto e procedimentos operacionais de um laboratório de nível de Biossegurança 4 devem ser documentados. O local deve ser testado em função do projeto e dos parâmetros operacionais para ser verificado se realmente atendem a todos os critérios antes que comecem a funcionar. Os locais devem ser checados novamente pelo menos uma vez ao ano e os procedimentos neles existentes devem ser modificados de acordo com a experiência operacional.
16.  Sistemas de comunicações apropriados devem ser instalados entre o laboratório e o exterior (por exemplo, fax, computador, interfone).
 (A)  Laboratório com uso de cabine de segurança biológica Classe III 
Risco Biológico 		 75/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
1.  A instalação deste laboratório deve ser em um edifício separado ou de uma área claramente demarcada e isolada dentro do edifício. As salas devem ser construídas de forma que assegurem a passagem através dos vestiários e da área de descontaminação antes da entrada na(s) sala(s) onde há a manipulação dos agentes de risco biológico da classe de risco 4.
 2.  Vestiários interno e externo, separados por um chuveiro devem ser construídos para a entrada e saída da equipe. Uma área para que a equipe vista as roupas protetoras deve ser construída para proporcionar uma proteção pessoal equivalente àquela proporcionada pelas cabines de segurança biológica Classe III. As pessoas que entram nesta área devem vestir uma roupa de peça única de pressão positiva e que seja ventilada por um sistema de suporte de vida protegido pelo sistema de filtros HEPA. O sistema de suporte de vida inclui compressores de respiração de ar, alarmes e tanques de ar de reforço de emergência. A entrada nesta área deve ser feita através de uma câmara de compressão adaptada com portas herméticas. 
3.  Um chuveiro químico para descontaminação da superfície da roupa antes que o trabalhador saia da área deve ser instalado.
 4.  Um gerador de luz, automaticamente acionado em casos de emergência, deve ser instalado para evitar que os sistemas de suporte de vida, os alarmes, a iluminação, os controles de entrada e saída e as cabines de segurança parem de funcionar.
 
 (B) Laboratório com utilização de roupa de proteção específica com pressão positiva 
Risco Biológico 		 76/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
5.  A iluminação e os sistemas de comunicação de emergência devem ser instalados. 
6.  Todas as aberturas e fendas dentro da concha interna da sala da roupa de proteção, do chuveiro químico e das fechaduras devem ser seladas.
 7.  Uma inspeção diária de todos os parâmetros de contenção (por exemplo, o fluxo de ar direcionado, chuveiros químicos) e dos sistemas de suporte de vida devem estar concluídos antes que o trabalho no laboratório se inicie para garantir que o laboratório esteja operando de acordo com os parâmetros operacionais.
 8.  Uma autoclave de portas duplas deve ser instalada na barreira de contenção para descontaminação dos dejetos a serem removidos da área do laboratório escafandro. A porta da autoclave, que se abre para a área externa da sala escafandro, deve ser automaticamente controlada de forma que a porta exterior só possa ser aberta depois que o ciclo de "esterilização" esteja concluído.
 (B) Laboratório com utilização de roupa de proteção específica com pressão positiva 
Risco Biológico 		 77/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
9.  As paredes, pisos e tetos do laboratório devem ser construídos de maneira que formem uma concha interna selada, que facilite a fumigação e que evite a entrada de animais e insetos. As superfícies internas devem ser impermeáveis e resistentes as soluções químicas, facilitando a limpeza e a descontaminação da área. Todas as aberturas e fendas nestas estruturas e superfícies devem ser seladas. Qualquer sistema de drenagem do piso deve conter sifões cheios de desinfetante químico de eficácia comprovada contra o agente alvo e devem estar conectados diretamente ao sistema de descontaminação de resíduos líquidos. O esgoto e outras linhas de serviço devem possuir filtros HEPA.
10.  Acessórios internos como dutos de ventilação, sistemas de suprimento de luz e água devem ser instalados de maneira que minimizem a área da superfície horizontal.
 11.  As bancadas devem possuir superfícies seladas e sem emendas que deverão ser impermeáveis e resistentes ao calor moderado e aos solventes orgânicos, ácidos, álcalis e solventes químicos utilizados na descontaminação das superfícies de trabalho e nos equipamentos.
 12.  As bancadas devem ser impermeáveis e resistentes ao calor moderado e aos solventes orgânicos, ácidos, álcalis e solventes químicos utilizados para descontaminação de superfícies e equipamentos. Recomenda-se o uso de materiais não porosos.
 (B) Laboratório com utilização de roupa de proteção específica com pressão positiva 
Risco Biológico 		 78/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
13.  Os móveis do laboratório devem ter uma construção simples e devem suportar cargas e usos previstos. As cadeiras e outros móveis do laboratório devem ser cobertos por um material que não seja tecido e que possa ser facilmente descontaminado.
 14.  Pias com funcionamento automático ou que sejam acionadas sem o uso das mãos, devem ser construídas próximas à área em conjunto com a roupa de proteção.
15.  Todos os serviços de gás e líquidos devem ser protegidos por dispositivos que evitem o retorno do fluxo. 
 16.  Todas as janelas devem ser seladas.
 17.  Efluentes líquidos provenientes das pias, dos canos de esgoto do piso (se utilizado), das câmaras da autoclave e de outras fontes dentro da barreira de contenção devem ser descontaminados através de um método de descontaminação comprovado, de preferência através de um tratamento com calor - antes de serem jogados no esgoto sanitário. Os efluentes vindo de chuveiros e vasos sanitários limpos devem ser jogados no esgoto sem antes passar por um tratamento. O processo usado para a descontaminação de dejetos líquidos deverá ser validado fisicamente e biologicamente.
 (B) Laboratório com utilização de roupa de proteção específica com pressão positiva 
Risco Biológico 		 79/117
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Risco Biológico 
18.  Todos os laboratórios devem possuir um sistema de ventilação sem re-circulação. Os componentes de insuflação e exaustão de ar do sistema devem estar equilibrados para assegurar um fluxo de ar direcionado da área de menos risco para área(s) de maior perigo. O fluxo de ar direcionado/pressão diferencial entre as áreas adjacentes deve ser monitorado e deve conter um alarme para indicar qualquer irregularidade no sistema. Um dispositivo visual que monitore a pressão de maneira apropriada, que indique e confirme o diferencial da pressão da sala das cabines deve ser providenciado e deve ser colocado na entrada do vestiário. O fluxo de ar nos componentes de abastecimento e escape também deve ser monitorado, e um sistema de controle HVAC deve ser instalado para evitar uma pressurização positiva do laboratório.
 19.  O ar de exaustão deve passar por dois filtros absolutos tipo HEPA em série antes de ser jogado para fora. O ar deve ser lançado distante dos espaços ocupados e das entradas de ar. Os filtros HEPA devem estar localizados de maneira mais próxima possível da fonte a fim de minimizar a extensão dos canos potencialmente contaminados. Todos os filtros HEPA devem ser testados e certificados anualmente. O local da instalação dos filtros HEPA deve ser projetado de maneira que permita uma descontaminação in situ do filtro antes deste ser removido. Este local deve facilitar a validação da instalação do filtro. O uso de filtros HEPA pré-certificados pode ser vantajoso. A vida média de filtros HEPA exaustores pode ser prolongada através de uma pré-filtração adequada do ar fornecido.
 (B) Laboratório com utilização de roupa de proteção específica com pressão positiva 
Risco Biológico 		 80/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
20.  O posicionamento dos pontos de entrada e saída de ar deve ser de tal forma que os espaços de ar estáticos dentro do laboratório sejam minimizados.
21.  O projeto e procedimentos operacionais de um laboratório de nível de Biossegurança 4 devem ser documentados. O local deve ser testado em função do projeto e dos parâmetros operacionais para que se verifique se realmente atendem a todas as necessidades antes que comecem a funcionar. Os locais devem ser checados novamente uma vez ao ano e os procedimentos neles existentes devem ser modificados de acordo com a experiência operacional.
 22.  Sistemas de comunicações apropriados devem ser instalados entre o laboratório e o exterior (por exemplo, fax, computador, interfone).
 (B) Laboratório com utilização de roupa de proteção específica com pressão positiva 
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Risco Biológico 
Risco Biológico 		 82/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
Risco Biológico - 5
Vírus da Gripe Aviária e Vírus da Febre Aftosa (Gado bovino)
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1393053-EI298,00.html
http://www.msd-saude-animal.com.br/doencas/aftosa/030_sintomas.aspx
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Risco Biológico 
Nível de Biossegurança 4 (NB4)
http://biomedicinabrasil.blogspot.com.br/2012/02/niveis-de-biosseguranca-laboratorial.html
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Risco Biológico 
Nível de Biossegurança 4 (NB4)
Risco Biológico 		 85/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
Risco Biológico 		 86/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Transporte de Material biológico e 
Profª. Norma Gusmão
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Risco Biológico 
Transporte de Material Biológico
 Todos transporte de material biológico deverá ser realizado em conformidade com a Instrução Normativa nº 4 CTN-Bio – Normas para o transporte de Organismos Geneticamente Modificados – OGMs ou "Guidelines for the Safe Transport Infectious Substances and Diagnostic Specimens" da WHO. 
( www.who.int/emc/pdfs/emc973.Pdf ). 
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Risco Biológico 
Transporte de Material Biológico
Transporte pela Estrada
Os micro-organismos da classe de risco 1 e 2 precisam de dupla embalagem resistente a queda e a compressão.
Os da classe 3 necessitam de tripla embalagem, mais resistente a queda, compressão e perfuração. As embalagens primárias e secundárias devem ser separados por quantidade suficiente de material absorvente.
As embalagens no exterior devem conter as seguintes informações:
Uma etiqueta com a marcação “Risco Biológico”, com a informação “Material infeccioso” e o número 6.2 representando a classe de perigo seguindo as recomendações da ONU, relativo ao transporte de materiais perigosos.
Uma etiqueta com o endereço do destinatário.
Uma etiqueta indicando o sentido da abertura do frasco em caso de material biológico líquido;
Si a embalagem contiver nitrogênio líquido nela deverá conter uma etiqueta a mais com o símbolo de “perigo”. 
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Risco Biológico 
Transporte de Material Biológico
Transporte por avião
No material da classe 1, a embalagem deve ser resistente ao teste de pressão, então há necessidade de uma tripla embalagem.
O material das classes 2 e 3 deve ser transportada numa tripla embalagem.
A etiqueta deve ser a mesma do transporte pela estrada.
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Risco Biológico 
Risco Biológico 		 91/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Gerenciamento de Resíduos Biológicos
Profª. Norma Gusmão
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Risco Biológico 
Resíduos de Serviços de Saúde
O que são?
Onde são produzidos?
Risco Biológico 		 93/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
Classificação dos Resíduos Biológico
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Risco Biológico 
Risco Biológico 		 95/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
Grupo A
Resíduos com a presença de micro-organismos que podem causar infecção.
Grupo E
Contaminação biológica
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Risco Biológico 
Qual o risco e quais os acidentes?
Risco infecciosos são classificados em 3 categorias:
Perfuração cutânea – perfuração acidental, projeção da pele lesada. HIV, HBV, HCV, tuberculose cutânea de inoculação;
Projeção da mucosa;
sobre a pele sadia: esta via é suspeita da leptospirose e HSV
Risco Biológico 		 97/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
Grupo A1
Culturas e estoques de micro-organismos;
Resíduos de laboratórios de manipulação genética;
Resíduos resultantes da atenção à saúde com suspeita ou certeza de contaminação;
Bolsas transfusionais contaminadas.
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Risco Biológico 
1. Manejo de resíduos do Grupo A1
O material deve testado na origem;
Acondicionamento compatível com o tratamento;
Tratamento: processo que elimine ou reduza ao máximo o risco de contaminação, acidentes e danos ao meio ambiente;
Destinação: após tratamento poder ser descartado como resíduo comum, respeitando as normas de coleta seletiva.
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Risco Biológico 
2. Grupo A2
Carcaças, peças anatômicas, vísceras de animais, suas forrações, suspeitos de contaminação.
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Risco Biológico 
2. Manejo de resíduos do grupo A2
Acondicionamento: saco de lixo para resíduos contaminantes;
Armazenamento: de acordo com as características do resíduo (ex. freezer, geladeira);
Destinação: encaminhamento para tratamento e destinação externos (ponto de coleta).
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Risco Biológico 
3. Grupo A3
 Peças anatômicas do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tem valor científico ou legal.
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Risco Biológico 
3. 1. Manejo de resíduos do Grupo A3
 Encaminhamento para sepultamento, cremação ou incineração;
Acondicionamento em saco vermelho com o símbolo de INFECTANTE.
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Risco Biológico 
4. Grupo A4
 Kits de linhas arteriais, endovenosas, dialisadores, filtros de ar;
Sobras de amostras de laboratórios de pacientes sem contaminação ou resíduos de lipoaspiração.
Carcaças de animais e suas forrações, sem contaminação.
Bolsas transfusionais vazias.
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Risco Biológico 
5. Grupo A5
Qualquer material biológico ou não, com suspeita ou certeza de contaminação com príons.
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Risco Biológico 
Resíduos do Grupo E
Lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidros, brocas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, tubos capilares, micropipetas, lâminas e Lamínulas, espátulas, e todos os utensílios de vidros quebrados no laboratório..
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Risco Biológico 
Manejo de resíduos do Grupo E
Acondicionados em caixas para material perfuro cortante.
Encaminhados para tratamento e destinação externos (pontos de coleta).
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Risco Biológico 
Risco Biológico 		 108/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
Plano de Gerenciamento de Resíduo Biológicos
Objetivos
Caracterização do local
Gerenciamento de resíduos
Geração;
Armazenamento;
Transporte;
Destinação.
Implantação
Indicadores de desempenho
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Risco Biológico 
Plano de Gerenciamento de Resíduos Biológicos
 
Objetivos
Gerenciar adequadamente os resíduos biológicos do laboratório de acordo com a legislação vigente.
Promover a capacitação e/ou atualização dos envolvidos com o trabalho do laboratório, conscientizando sobre a importância do gerenciamento dos resíduos, com a diminuição dos riscos à saúde e ao ambiente
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Risco Biológico 
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Risco Biológico 
Risco Biológico 		 112/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
Risco Biológico 		 113/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 
Risco Biológico 		 114/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Risco Biológico 		 116/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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Referências consultadas
Legislação e Informações gerais:
http://www.anbio.org.br/
http://www.who.int/csr/resources/publications/biosafety/BisLabManual3rdwebport.pdf
Arquitetura dos laboratórios:
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_biologicos.html
Lista de Micro-organismos por classe de risco:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/06_1156_M.pdf
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/nb1.html
Risco Biológico 		 117/117		 Profª. Norma Gusmão – nbg@ufpe.br
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