Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Álgebra Linear e Geometria Analítica I (M143) 2012/13 Teste 2 – 7-1-2013 Nome completo: Número mecanográfico: Curso: Número de folhas extra : Apresente os cálculos efectuados e os resultados nos locais indicados para esse efeito em cada pergunta. Nas perguntas 1-8 deve assinalar (sem justificar) apenas uma alternativa, a mais correcta e completa; cada uma dessas perguntas vale 0,7 valores, à ausência de resposta é atribuída a cotação de 0, e a uma resposta errada é atribuída uma cotação de −1 3 de 0,7 valores. As respostas às outras perguntas devem ser cuidadosamente justificadas. 1− 8 9 10a b c 11 12a b c 1. Entre os sistemas de equações abaixo, indique aquele cujo conjunto de soluções forma um subespaço vectorial de R4.{ x− y + 2z + w = 1 2x− 2y + 4z + 2w = 2 � { x− y + 2z + w = 0 2x− 2y + 4z + 2w = 0 x− y + 2z + 3w = 0x+ y + 4z + w = 0 x+ 2y + 4z + w = 1 x− y + 2z + w = 0 x+ y + 4z = 0 y + w = 1 z + w = 2 2. Qual dos subconjuntos do espaço vectorial R3[x] abaixo é formado por elementos linearmente independentes? � {x+ x3, x+ x2 + x3, 1 + x+ x2 + x3} {1 + x, 1 + x2, x+ x3, x+ x2 + x3, 1 + x+ x2 + x3} ambas as afirmações acima estão correctas; nenhuma das alternativas acima está correcta. 3. O subespaço vectorial V = {(x, y, z, w) ∈ R4 : x+ w = 0 e y + z = 0} de R4 é gerado por: {(1, 0, 0,−1), (0, 1,−1, 0)} {(1,−1, 1,−1), (1, 1,−1,−1)} � ambas as afirmações acima estão correctas; nenhuma das alternativas acima está correcta. 4. O polinómo p ∈ R2[x] cujas coordenadas na base B = ( x2 + 1, x− 1, x2 − x) de R2[x] são (1, 2, 3) é: (1, 2, 3). � 4x2 − x− 1. x2. 1 + 2x+ 3x2. 5. Se f : R2 −→ R2 for uma aplicação linear tal que f(1, 1) = (0, 2) e f(−1, 1) = (4, 2), então f(0, 2) vale: (1, 1) (−1, 1) (−4, 4) � (4, 4) 6. Se f : R3 −→ R3 for uma aplicação linear cuja imagem é o subespaço vectorial {(x, y, z) ∈ R3 : x+ y = 0 e y + z = 0}, então é sempre verdade que: � Existem dois vectores linearmente independentes u e v em R3 tais que f(u) = f(v) = (0, 0, 0). Se u e v forem dois vectores em R3 tais que f(u) = f(v) = (0, 0, 0) então u e v são linearmente dependentes. f é sobrejectiva. f é injectiva. 7. Qual das matrizes abaixo representa a aplicação f : R3 −→ R2 (x, y, z) 7→ (x+ z, y) relativamente à base ((1, 1, 0), (1, 0, 1), (0, 1, 1)) de R3 e à base canónica de R2? � ( 1 2 1 1 0 1 ) ( 1 1 1 1 1 2 ) 1 12 0 1 1 ( 1 2 1 0 0 1 ) 8. Se MBc,B1(f) for a matriz da aplicação linear f : R3 −→ R3 relativamente à base canónica Bc de R3 e à base B1 = ((2, 1, 0), (−1, 0, 1), (0, 1, 2)) de R3, e se P = 2 −1 01 0 1 0 1 2 então: � MBc,B1(f)P é a matriz de f relativamente à base B1. MBc,B1(f)P é a matriz de f relativamente à base canónica Bc MBc,B1(f)P é a matriz de f relativamente à base B1 e à base canónica Bc. MBc,B1(f)P é a matriz de f relativamente à base canónica Bc e à base B1. 9. (1,1 valores) (Resolução no espaço abaixo) Seja f : R2 −→ R2 uma aplicação linear; determine f(x, y) sabendo que (1, 3) pertence ao núcleo de f e que (1, 2) é um vector próprio de f associado ao valor próprio −2. Como (1, 3) pertence ao núcleo de f , tem-se f(1, 3) = (0, 0). Como (1, 2) é um vector próprio de f associado ao valor próprio −2, tem-se f(1, 2) = −2(1, 2) = (−2,−4). Se (x, y) ∈ R2, tem-se (x, y) = a(1, 2) + b(1, 3)⇔ (x, y) = (a+ b, 2a+ 3b)⇔ { a+ b = x 2a+ 3b = y ⇔ { a = 3x− y b = y − 2x portanto (x, y) = (3x− y)(1, 2) + (y − 2x)(1, 3). Então f(x, y) = f((3x− y)(1, 2) + (y − 2x)(1, 3)) = (3x− y)f(1, 2) + (y − 2x)f(1, 3) = (3x− y)(−2,−4) + (y − 2x)(0, 0) = (−6x+ 2y,−12x+ 4y) 10. (Resolução no espaço abaixo e no verso) Seja E = {(x, y, z, t) ∈ R4 : x+ y = z + t e x+ z = y + t}, e considere em R4 o produto escalar usual ((x1, y1, z1, t1)|(x2, y2, z2, t2) = x1x2 + y1y2 + z1z2 + t1t2). a) (1,5 valores) Determine uma base ortonormada b de E, a dimensão de E, e uma base B de R4 que contenha b. b) (0,5 valores) Determine as coordenadas de (2, 3, 3, 2) em b e em B. c) (0,8 valor) Determine a projecção ortogonal de (x, y, z, t) sobre E. a) Tem-se{ x+ y = z + t x+ z = y + t ⇔ { x+ y − z − t = 0 x− y + z − t = 0 ⇔ { x+ y − z − t = 0 −2y + 2z = 0 ⇔ { x+ y − z − t = 0 y − z = 0 ⇔ { x− t = 0 y − z = 0 portanto E = {(x, y, z, t) ∈ R4 : x = t e y = z} = {(t, z, z, t), z, t ∈ R} = {t(1, 0, 0, 1) + z(0, 1, 1, 0), z, t ∈ R} = G({(1, 0, 0, 1), (0, 1, 1, 0)}) Uma vez que a(1, 0, 0, 1) + b(0, 1, 1, 0) = (0, 0, 0, 0)⇔ (a, b, b, a) = (0, 0, 0, 0)⇔ a = b = 0, (1, 0, 0, 1), (0, 1, 1, 0) são linearmente independentes, portanto formam uma base de E; então dimE = 2. Tem-se (1, 0, 0, 1)|(0, 1, 1, 0) = 0, ‖(1, 0, 0, 1)‖ = √2 e ‖(0, 1, 1, 0)‖ = √2; conclui-se que se b = ( 1√ 2 (1, 0, 0, 1), 1√ 2 (0, 1, 1, 0) ) , então b é uma base ortonormada de E. Seja B = ( 1√ 2 (1, 0, 0, 1), 1√ 2 (0, 1, 1, 0), (1, 0, 0, 0), (0, 1, 0, 0, ) ) ; como a 1√ 2 (1, 0, 0, 1) + b 1√ 2 (0, 1, 1, 0) + c(1, 0, 0, 0) + d(0, 1, 0, 0, ) = (0, 0, 0, 0)⇔ 1√ 2 a+ c = 0 1√ 2 b+ d = 0 1√ 2 b = 0 1√ 2 a = 0 ⇔ a = 0 b = 0 c = 0 d = 0 conclui-se que os elementos de B são linearmente independentes; como dimR4 = 4, conclui-se que B é uma base de R4. b) Como b é ortonormada, as coordenadas de (2, 3, 3, 2) na base b são dadas pelos produtos escalares com os elementos de b, ou seja, por (2, 3, 3, 2)| 1√ 2 (1, 0, 0, 1) e (2, 3, 3, 2)| 1√ 2 (0, 1, 1, 0). Conclui-se que (2, 3, 3, 2) = (2 √ 2, 3 √ 2)b. Como os elementos da base b são os primeiros dois elementos da base B, tem-se (2, 3, 3, 2) = (2 √ 2, 3 √ 2, 0, 0)B . c) proj⊥E(x, y, z, t) = (x, y, z, t)| 1√ 2 (1, 0, 0, 1) 1√ 2 (1, 0, 0, 1) + (x, y, z, t)| 1√ 2 (0, 1, 1, 0) 1√ 2 (0, 1, 1, 0) = ( x+ t 2 , y + z 2 , y + z 2 , x+ t 2 ) 11. (1,4 valores) (Resolução no espaço abaixo e na folha seguinte) Diga, justificando, se f : R3 −→ R3 (x, y, z) 7→ (x− 3y + 3z,−3x+ y + 3z, 4z) é diagonalizável. O polinómio característico de f é dado por p(α) = det 1− α −3 3−3 1− α 3 0 0 4− α = (4− α)((1− α)2 − 9) = (4− α)(1− α− 3)(1− α+ 3) = (4− α)(−2− α)(4− α) cujos zeros são 4,−2. Os valores próprios de f são portanto 4,−2. Tem-se (x, y, z) ∈ E4 ⇔ 1− 4 −3 3−3 1− 4 3 0 0 4− 4 xy z = 00 0 ⇔ −3x− 3y + 3z = 0⇔ z = x+ y Então E4 = {(x, y, x+ y), x, y ∈ R} = {x(1, 0, 1) + y(0, 1, 1), x, y ∈ R} = G({(1, 0, 1), (0, 1, 1)}) Como (1, 0, 1), (0, 1, 1) são linearmente independentes, conclui-se que dimE4 = 2. Como−2 é valor próprio de f , dimE−2 ≥ 1. Conclui-se que a soma das dimensões dos subespaços próprios de f é maior ou igual a 3 (de facto é 3, porque a soma das dimensões dos subespaços próprios de um endomorfismo nunca é maior do que a dimensão do domínio) portanto f é diagonalizável. 12. (Resolução no espaço abaixo) Diga justificando quais das seguintes afirmações são verdadeiras. a) (0,7 valores) Se u, v são vectores próprios de um endomorfismo, então u+ v também é um vector próprio de f . b) (0,7 valores) Se u, v são linearmente independentes, então u+ v, 2u− v são linearmente independentes. c) (0,7 valores) Se E é um espaço vectorial complexo e u, v, w são elementos linearmente independentes de E, então u, v, w também são linearmente independentes para a estrutura de espaço vectorial real associada. a) Falsa Por exemplo, seja f : R2 −→ R2 (x, y) 7→ (0, y) . Tem-se f(1, 0) = (0, 0) = 0(1, 0), portanto (1, 0) é um vector próprio de f (associado ao valor próprio 0) e f(0, 1) = (0, 1) = 1(0, 1), portanto (0, 1) é um vector próprio de f (associado ao valor próprio 1). No entanto f((1, 0) + (0, 1)) = f(1, 1) = (0, 1), e (0, 1) não é múltiplo de (1, 1), portanto (1, 1) não é um vector próprio de f . b) Verdadeira Suponhamos que u, v são linearmente independentes.Para mostrar que u+ v, 2u− v são linearmente independentes, há que mostrar que (a+2b)u+ (a− b)v = 0⇒ a = b = 0. Sejam a, b ∈ K tais que a(u + v) + b(2u − v) = 0. Então (a + 2b)u + (a − b)v = 0, portanto, como u, v são linearmente independentes, vem que { a+ 2b = 0 a− b = 0 . Ora { a+ 2b = 0 a− b = 0 ⇔ { a = 0 b = 0 . c) Verdadeira Se não existem α, β, γ ∈ C, não todos nulos, tais que αu + βv + γw = 0E , então também não existem α, β, γ ∈ R, não todos nulos, tais que αu+ βv + γw = 0E , porque R ⊂ C.
Compartilhar