Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof.ª Luana Limoeiro Ferrão Universidade Estácio de Sá DEFINIÇÃO Alimento de origem vegetal largamente consumido no mundo Fácil cultivo Boa conservação Transporte e armazenamento simples Bom valor nutritivo VALOR NUTRICIONAL Fontes de carboidrato Grão integral x processo industrial Retirada de casca (fibrosa e indigesta -> fonte de fibra) Remoção de gérmen (rica em vitamina E e complexo B) Sobra -> AMIDO Carboidrato - amido Proteínas – deficientes em lisina, treonina e triptofano Associação com leguminosas completa perfil protéico Proporção adequada: 1 parte de arroz para 3 partes feijão Glúten -> gliadina e glutenina, forma malha elástica importante durante panificação VALOR NUTRICIONAL MILHO Originário das América Fubá Pipoca Milho para canjica Espiga Conserva Óleo Pamonha, curau, creme de milho, farofa, cuscuz, polenta, bolo, broa, pudim milho especial, aquecimento leva à vapor líquido no interior, rompendo estrutura de celulose MILHO ARROZ Cereal básico de diversas civilizações Arroz polido Arroz parbolizado Arroz instantâneo Arroz selvagem Arroz integral Arroz arbório Farinhas, bolos, biscoitos, mingau, doces, bebidas (saquê) ARROZ POLIDO ARROZ PARBOLIZADO ARROZ Arroz polido Grão curto: comum “empapar” durante preparo -> arroz doce Grão médio: não “empapa” com frequência -> doces ou salgados Grão longo: preparo correto, proporção de água, não empapa Arroz parbolizado Grão submetido ao cozimento sob pressão ANTES do beneficiamento. Temperatura alta promove gelatinização do amido e migração de nutrientes para interior do grão. ARROZ Arroz instantâneo Grão, após beneficiamento, é cozido e água evaporada -> leva a menor tempo de cocção Arroz selvagem Gramínea aquática, grão longo e escuro, sabor amendoado Alto valor nutritivo, alto teor de proteínas e vitaminas do complexo B Arroz integral Grão onde apenas casca é removida -> mantém farelo e maior teor nutritivo, vitaminas e fibras. Tempo de cocção maior pois farelo forma barreira para incorporação de água ARROZ Arroz arbório Variedade italiana, grãos redondos e brancos. Típico de risoto por incporporar maior teor de água ARROZ SELVAGEM ARROZ ARBÓRIO ARROZ TRIGO Grão Consumido cozido Farelo, gérmen ou óleo do gérmen Trigo para quibe (triguilho) Farinha de trigo Integral: moagem do grão inteiro de trigo Branca: moagem de grãos sem farelo e sem gérmen Especial: poucos minerais e muito glúten Trigo sarraceno Consumido como grãos cozidos, não é apropriado para pães, pois não tem glúten TIPO DE TRIGO UTILIZAÇÃO Trigo duro (Triticum vulgares) Pão Trigo durum (Triticum durum) Massas Trigo mole (Triticum compactum) Biscoitos e bolos TRIGO AVEIA Rica em fibras (beta-glucanas) Associadas à redução do colesterol Vitaminas do complexo B e vitamina E Cálcio, ferro, proteínas Formas de apresentação: Flocos e flocos finos, farelo Bolos, biscoitos, migau, adicionada à frutas e vitaminas, tortas salgadas e doces CENTEIO Rica em vitaminas do complexo B Ferro, manganês, zinco, cobre e potássio Contém glúten em quantidade menor que o trigo, sendo necessário adicionar quantidades extras para panificação Rica em cálcio, fósforo e potássio Utilizada para manufatura de pão antes da domesticação do trigo Utilizada no preparo de cerveja CEVADA Quinoa Amaranto Spelt Milheto Kamut CEREAIS ALTERNATIVOS SPELT AMARANTO QUINOA MILHETO KAMUT ESTRUTURA DOS GRÃOS Casca: Celulose, vitaminas e minerais Película: Celulose, vitaminas e minerais Endosperma Amido, proteínas de baixo valor biológico Gérme Lipídios, vitaminas lipossolúveis e proteínas de baixo valor biológico Semolina e sêmola: Farinhas produzidas a partir do centro e envoltório do grão -> aspecto mais grosseiro e maior teor de glúten Cereais refinados: Menor teor de fibras e nutrientes Podem sofrer adição de componentes após beneficiamento Digestibilidade: Grãos integrais apresentam mais celulose, reduzindo digestibilidade Tempo de cocção e temperatura pode alterar, aumentando, digestibilidade de grãos ESTRUTURA DOS GRÃOS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS Glúten Proteína presente no trigo, centeio, cevada, aveia Composta de glutenina e gliadina Forma complexo elástico quando mistura com a água Essencial para preparo de pães Glúten Malha do glúten permite retenção de gás carbônico Permite crescimento de pães e bolos Pão fresco -> crocante, pois calor coagula proteína Pão “velho” -> absorção de umidade deixa glúten com estrutura elástica CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS Amido Polissacarídeo , composto por moléculas de glicose Presente na forma de grânulos Cor branca, insolúvel em água, sem sabor AMIDO Gelatinização Dextrinização Retrogradação CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS Quando exposto ao aquecimento, na PRESENÇA de água, grânulo de amido vai aumentando de volume Amido é hidrofóbico Película que o envolve é permeável ao aquecimento GELATINIZAÇÃO PROCESSAMENTO TÉRMICO Por que refogar: Proteção de capa de gordura em volta do grão retarda rompimento da película externa -> impede excesso de gelatinização Arroz para dieta branda: utiliza 3x mais água que necessário DEXTRINIZAÇÃO Hidrólise do amido a partir de aquecimento prolongado Rompimento gradativo das mebranas que envolvem o grão, liberando dextrina Dextrina -> semi-solúvel Ácidos -> promove hidrólise do amido. Preparações com suco de limão, por exemplo, deve-se aumentar conteúdo de amido ou farinha de trigo Dextrinização AUMENTA digestibilidade, muito usada em fórmulas infantis RETROGRADAÇÃO Processo inverso ao ocorrido com amido na presença de água quente Durante repouso, e redução da temperatura, amido volta a se contrair, expelir água de sua rede e torna-se insolúvel novamente PREPARAÇÕES Cereal Consumo Direto Preparações Milho Cozido, assado, conserva, recheios, cremes Doces: canjica, pamonha, curau, sorvete, pipoca doce, biscoito, docinho Salgado: Arroz Acompanhamento Doces: arroz-doce, mingau, bolos. Salgados: baião-de-dois, arroz carreteiro, bolinho, risoto, sopa. Bebidas: saquê Trigo - Bolos, massas, tortas doces, pão de ló, pizzas, tortas, pães Cereal Consumo Direto Preparações Trigo para quibe Massa para pizza, quibe Aveia Bolos, vitaminas, mingau e biscoitos, tortsa, sopa Centeio Bolo, biscoito, pão, torrada. Bebidas: whisky, vodca Cevada Cerveja (malte), infusão (semelhante ao café), sopas, pão, cozidos PREPARAÇÕES ARROZ DOCE POLENTA CUSCUS QUINOA DEFINIÇÃOGrãos contidos em vagens, ricos em tecido fibroso Celulose – 2 a 5% Amido – 50% Proteínas – 23% Deficiente em metionina, aminoácido essencial TIPOS Feijão fradinho (ou de corda): acarajé, abará Feijão azuki: mais arredondado, cor avermelhada, menor fermentação PREPARAÇÕES FEIJÃO PREPARAÇÕES Preto Feijoada, sopa Roxinho Salada, sopa, acompanhamento Fradinho Acarajé, abará, acompanhamento Mulatinho Acompanhamento, feijoada, feijão tropeiro, tutu Branco Spa, salada, em cozidos Jalo Sopa, salada Rosinha Acompanhamento Verde Acompanhamento, baião-de-dois Lentilha Verde Vermelha Amarela Grão de bico Soja Óleo Bebida Tofu Farinha TIPOS Soja Remolho dos grãos -> liquidificador com água -> levar ao fogo Coar com pano fino ou gaze -> adicionar ingredientes adicionais Tofu -> a partir da bebida, adicionar suco de limão ou fermento para coalhar -> levar ao fogo até levantar fervura e remover. Descansar por 10 minutos e salgar TIPOS Ervilha Vagem Grão Fresca Seca Conserva Fava Amendoim -> 50% lipídios e amido que leuminosas TIPOS PREPARAÇÕES Leguminosas Preparações Ervilha Saladas, recheio de torta, omelete, sopa-creme, acompanhamento de carnes e peixes Lentilha Sopas, cozida, salada, acompanhamento de arroz Grão de bico Refogado, purê, massa de croquete, salada, cozido, sopa, torrado, hummus, doces Fava Cozida, saladas, com arroz Amendoim Pé de moleque, paçoca, frango xadrez, torrado (doce e salgado), coberto de chocolate, pasta ou manteiga de amendoim TÉCNICA DE PREPARO Leguminosas secas -> absorver água para acentuar sabor e promover digestibilidade Pode-se empregar calor seco ou calor úmido Calor seco: Amendoim, única que pode ser submetida a este calor pelo alto teor de lipídios Calor úmido: Tempo varia com temperatura e tipo de leguminosa Panela comum: 2-3h Panela de pressão: 20 a 30 minutos Proporção de água: em média, 2-3 xícaras de água para cada xícara de leguminosa Minerais presentes na água retarda abrandamento do tecido Bicarbonato de sódio: auxilia no abrandamento do tecido, pois rompe celulose -> auxilia com feijão velho ou de baixa qualidade TÉCNICA DE PREPARO Remolho: Permite hidratação prévia do grão, acelerando processo de cocção Remoção ou redução de antinutrientes Taninos (diminuem absorção de minerais) TÉCNICA DE PREPARO Inibidores de proteases Lectinas (glicoproteínas) -> ação aglutinadora Oligossacarídeos: rafinose, estaquiose (30-80% dos açúcares solúveis) Remolho + cocção: redução de até 65% TÉCNICA DE PREPARO REMOLHO O remolho pode acontecer de duas formas: Água em temperatura ambiente durante 10-14h Remolho de 02 minutos, fervura de 2 minutos, em temperatura de 100ºC, e permanência na água quente durante 1hora COCÇÃO O índice de reabsorção pode variar de 1,98 a 2,05, podendo chegar a 2,15 no remolho de 2minutos O fator de cocção deve ser de no mínimo 3. Fator de cocção acima de 5 representa um aumento na quantidade de caldo e uma diluição dos nutrientes da preparação. Para impedir a formação de espuma na fervura inicial, adiciona-se um pouco de sal ou gordura. Para impedir a descoloração do feijão, pode realizar uma fervura inicial de 2min sem pressão, aguardar 1h e depois proceder a cocção por pressão adicionando o sal. O sal favorece a rapidez da cocção e o acréscimo de vinagre ou tomate (ácidos) torna a cocção mais lenta. COCÇÃO INDICADORES - Fator de Correção (FC) – peso de feijão sujo (PB) / peso do feijão após limpar sem lavar (PL) . - Índice de reidratação (IR) – peso do feijão escorrido após o remolho / PL - Índice de absorção (IA) – peso do feijão cozido sem o caldo / PL - Fator de cocção (FCo) – peso do feijão cozido com caldo / PL PER CAPITA: feijão cru para adultos – 25 a 45g
Compartilhar