Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO FEI DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA MEDIDORES DE VAZÃO Relatório apresentado ao departamento de Engenharia Mecânica do Centro Universitário FEI, como parte dos requisitos de avaliação da disciplina NM5310 - Mecânica dos Fluidos I. Solicitado pelo Prof. Alfredo ALvim. Nomes e registros acadêmicos dos autores: 1. Erick Carlos Castilho Crus 2. Fernando Henrique Silva Barros 3. Alexander Balthazar 4. Johatan Barbosa Araújo 5. Raniel Gomes Porfírio de Deus São Bernardo do Campo 2016 RESUMO Os medidores de vazão são instrumentos que, como o próprio nome sugere, são usados para medir a vazão de fluídos ao longo de um escoamento. Os medidores de vazão mais usados e simples são o tubo de Venturi e a placa de orifício. Ambos utilizam o mesmo princípio para a medição da vazão, onde o fluído é obrigado a passar por uma garganta estreita, convertendo sua energia de pressão em energia cinética, e através da leitura da diferença de pressão entre os dois lados da garganta, pode-se obter o valor da vazão na tubulação. O objeto de estudo neste experimento será a placa de orifício, que é o instrumento mais utilizado para medir vazão na indústria, uma vez que é um equipamento barato para ser fabricado, robusto e relativamente preciso. Foram utilizados um cronômetro e um tanque para a leitura da vazão de acordo com cargas de pressão predeterminadas. A vazão foi variada até a diferença de pressão entre os pontos medidos chegar nos valores dispostos em uma tabela, logo em seguida era feito o cálculo daquela vazão em relação a diferença de pressão estabelecida. Os resultados mostram os coeficientes de correção para a leitura da vazão do fluído na tubulação, os quais relacionam as perdas de carga para a realização da leitura. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO E OBJETIVOS ................................................................................ 4 1.1 O PROBLEMA E A MOTIVAÇÃO PARA O ESTUDO ......................................... 4 1.2 OBJETIVOS DO TRABALHO ................................................................................. 4 2 REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................... 5 2.1 PLACA DE ORIFÍCIO .............................................................................................. 5 3 PROCEDIMENTO PRÁTICO .................................................................................. 7 3.1 MATERIAIS UTILIZADOS ...................................................................................... 7 3.2 PROCEDIMENTO ..................................................................................................... 8 3.3 CÁLCULO DAS VAZÕES ....................................................................................... 8 3.4 VALORES OBTIDOS ............................................................................................... 9 4 RESULTADOS OBTIDOS E DISCUSSÃO ........................................................... 10 5 CONCLUSÕES .......................................................................................................... 11 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 12 ANEXO A – TABELAS DE CALCULOS ................................................................. 13 ANEXO B – DADOS COLETADOS NO EXPERIMENTO .................................... 15 4 1 INTRODUÇÃO E OBJETIVOS 1.1 O PROBLEMA E A MOTIVAÇÃO PARA O ESTUDO Medidores de vazão são importantes em diversas áreas do dia a dia, estuda-los é essencial para trabalhar com fluídos em projetos de engenharia. 1.2 OBJETIVOS DO TRABALHO O experimento tem como objetivo estudar o funcionamento e princípios de funcionamento do medidor de vazão mais comum na indústria: a placa de orifício. 5 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 PLACA DE ORIFÍCIO Para determinar a vazão do fluído na placa de orifício, temos 3 princípios básicos que devem ser considerados para os cálculos: o princípio da continuidade, o de Bernoulli, e a equação manométrica. Temos então que: ( P1 γ + v1 2 2g = P2 γ + v2 2 2g ) eq.1 ; v1A1 = v2A2 → (v1 = v2 ( D2 D1 ) 2 ) eq.2 Substituindo 2→1, temos que: v2 2 − v1 2 = 2g (P1−P2) γ → (v2 2 (1 − ( D2 D1 ) 4 ) = 2g (P1−P2) γ ) eq.3 Da equação manométrica, temos que: (P1 − P2 = h(γm − γ))eq.4 (4 → 3) v2 = √ 2gh ( γm γ − 1) 1 − ( D2 D1 ) 4 L L/2 Figura 1 - Placa de orifício em tubulação fechada 6 Como Ac < A2, então Ac = CcA2, onde Cc = coeficiente de contração < 1, tem-se que: v2 = √ 2gh ( γm γ − 1) 1 − 𝐶𝑐 2 ( D2 D1 ) 4 Como em todo sistema, existem perdas de cargas de pressão no instrumento, e para o sistema são considerados os seguintes coeficientes de correção: 𝐶𝑣 = 𝑣2𝑅 𝑣2𝑇 < 1 𝐶𝑣 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐶𝑑 = 𝐶𝑑𝐶𝑐 = 𝑄𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑄𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎 𝐶𝑑 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 Considerando Cc=1: • 𝑄𝑡𝑒𝑜𝑟𝑖𝑐𝑎 = 𝑣2𝐴2 = √ 2𝑔ℎ( 𝛾𝑚 𝛾 −1) 1−( 𝐷2 𝐷1 ) 4 ( 𝜋𝐷2 2 4 ) • 𝑄𝑟𝑒𝑎𝑙 = ∆ℎ𝐴𝑇 ∆𝑡 7 3 PROCEDIMENTO PRÁTICO 3.1 MATERIAIS UTILIZADOS • Tanque; • Tubulação de aço Ø41mm; • Agua; • Placa de orifício; • Medidor manométrico. 8 3.2 PROCEDIMENTO Com a placa de orifício instalada na tubulação a vazão foi alterada de modo que a pressão manométrica no medidor de pressão tenha uma variação constante apresentando a seguinte tabela: Grandeza Δh t h Unidade mm s mm 1 200 38,88 538 2 200 43,198 438 3 200 51,042 317 4 200 64,219 204 5 200 89,74 107 6 0 0 0 Tabela 1 - Valores coletados 3.3 CÁLCULO DAS VAZÕES Utilizando-se as formulas apresentadas na introdução teórica para cálculo das vazões real e teórica, pode-se obter as duas tabelas a seguir: Teórico h Q (m³/s) Q (L/s) Real Δh Δt Q (m³/s) Q (L/s) 1 538,00 3,74E-03 3,74 1 200 38,88 2,81E-03 2,81 2 438,00 3,38E-03 3,38 2 200 43,20 2,53E-03 2,53 3 317,00 2,87E-03 2,87 3 200 51,04 2,14E-03 2,14 4 204,00 2,30E-03 2,30 4 200 64,22 1,70E-03 1,70 5 107,00 1,67E-03 1,67 5 200 89,74 1,22E-03 1,22 6 0,00 0,00 0,00 6 0,00 0,00 0,00 0,00 Tabela 2 – Valores teóricos Tabela 3 – Valores reais Figura 1 - Placa de orifício instalada na tubulação Figura 2 - Leitura da diferença de pressão para determinação da vazão 9 Das tabelas é possível extrair as curvas de calibração: Figura 3 - Gráfico de calibração Cd x Re Figura 4 - Gráfico de calibração (vazões) 3.4 VALORES OBTIDOS c𝑑 = 𝑐𝑣 = 0,745 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 Cd x Re 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 Qreal x Qteorica Cd 1 0,750406 2 0,748536 3 0,744657 4 0,737794 5 0,729013 6 0 Tabela 4 – Cd Calculado Cd médio= 0,744657 10 4 RESULTADOS OBTIDOS E DISCUSSÃO Os resultados obtidos na experiência mostram o coeficiente de descarga para a placa de orifício. Este valor deve ser considerado para a determinaçãoda vazão real em detrimento a vazão teórica que pode ser obtida através da medição do manômetro. 11 5 CONCLUSÕES O experimento mostrou o funcionamento da placa de orifício e como a mesma pode nos fornecer o valor de vazão de um fluído através de uma tubulação. Por ter a fabricação mais simples e barata, acaba por ser o medidor mais comum na indústria, uma vez que o instrumento consiste apenas em uma placa com um furo central, porém existem placas de orifício com furos excêntricos, que são utilizados normalmente em projetos específicos. Foi possível estabelecer curvas de calibração para as placas de orifício, conforme os cálculos anteriormente feitos podem demonstrar. Essas curvas são utilizadas para corrigir os valores medidos com os valores reais, uma vez que para cálculo dos valores teóricos, as perdas de energia no processo de medição são descartadas. 12 REFERÊNCIAS Placa de orifício. < http://www.process.ind.br/produto/placa-de-orificio.html>. Acesso em: 15 out. 2017 Coeficiente de Reynolds. < https://pt.wikipedia.org/wiki/Coeficiente_de_Reynolds>. Acesso em: 16 out. 2017 Aceleração da Gravidade. < https://pt.wikipedia.org/wiki/Acelera%C3%A7%C3%A3o_da_gravidade>. Acesso em: 16 out. 2017. Placa de orifício. < https://www.youtube.com/watch?v=VTShUT-9LRE>. Acesso em: 15 out. 2017. 13 ANEXO A – TABELAS DE CALCULOS Planilha para cálculo das vazões e obtenção do coeficiente de descarga Cd: Teórico h Q (m³/s) Q (L/s) 1 538 √ 2 × 9,80665 × 0,538 ( 29600 10000 − 1) 1 − ( 0,0298 0,0409) 4 ( 𝜋 × 0,02982 4 ) 𝑄1 × 1000 2 438 √ 2 × 9,80665 × 0,438 ( 29600 10000 − 1) 1 − ( 0,0298 0,0409) 4 ( 𝜋 × 0,02982 4 ) 𝑄2 × 1000 3 317 √ 2 × 9,80665 × 0,317 ( 29600 10000 − 1) 1 − ( 0,0298 0,0409) 4 ( 𝜋 × 0,02982 4 ) 𝑄3 × 1000 4 204 √ 2 × 9,80665 × 0,204 ( 29600 10000 − 1) 1 − ( 0,0298 0,0409) 4 ( 𝜋 × 0,02982 4 ) 𝑄4 × 1000 5 107 √ 2 × 9,80665 × 0,107 ( 29600 10000 − 1) 1 − ( 0,0298 0,0409) 4 ( 𝜋 × 0,02982 4 ) 𝑄5 × 1000 6 0 √ 2 × 9,80665 × 0,000 ( 29600 10000 − 1) 1 − ( 0,0298 0,0409) 4 ( 𝜋 × 0,02982 4 ) 0 Tabela 5 - Calculo da vazão teórica a partir dos dados obtidos no experimento Real Δh Δt Q (m³/s) Q (L/s) 1 200 38,88 0,200 (𝑚) × 0,546(𝑚²) 38,880(𝑠) 200 (𝑚𝑚) × 0,546(𝑚²) 38,880(𝑠) 2 200 43,198 0,200 (𝑚) × 0,546(𝑚²) 43,198(𝑠) 200 (𝑚𝑚) × 0,546(𝑚²) 43,198(𝑠) 3 200 51,042 0,200 (𝑚) × 0,546(𝑚²) 51,042(𝑠) 200 (𝑚𝑚) × 0,546(𝑚²) 51,042(𝑠) 4 200 64,219 0,200 (𝑚) × 0,546(𝑚²) 64,219(𝑠) 200 (𝑚𝑚) × 0,546(𝑚²) 64,219(𝑠) 5 200 89,74 0,200 (𝑚) × 0,546(𝑚²) 89,740(𝑠) 200 (𝑚𝑚) × 0,546(𝑚²) 89,740(𝑠) 6 0 0 0 0 Tabela 6 - Tabela de vazão real obtida no experimento e anotada. 14 Obtenção das velocidades (v) e número de Reynolds (Re): Ensaio v Re 1 √ 2 × 0,538 × 9,80665 ( 29600 10000 − 1) 1 − ( 0,0298 0,0409) 4 v1 × 0,0409 10−6 2 √ 2 × 0,438 × 9,80665 ( 29600 10000 − 1) 1 − ( 0,0298 0,0409) 4 v2 × 0,0409 10−6 3 √ 2 × 0,317 × 9,80665 ( 29600 10000 − 1) 1 − ( 0,0298 0,0409) 4 v3 × 0,0409 10−6 4 √ 2 × 0,204 × 9,80665 ( 29600 10000 − 1) 1 − ( 0,0298 0,0409) 4 v4 × 0,0409 10−6 5 √ 2 × 0,107 × 9,80665 ( 29600 10000 − 1) 1 − ( 0,0298 0,0409) 4 v5 × 0,0409 10−6 6 0 0 Tabela 7 - Cálculo das velocidades e do número de Reynolds para determinação da curva de calibração Ensaio Cd 1 Q1real Q1teorico = 0,750406 2 Q2real Q2teorico = 0,748536 3 Q3real Q3teorico = 0,744657 4 Q4real Q4teorico = 0,737794 5 Q5real Q5teorico = 0,729013 6 0 Tabela 8 - Cálculo do coeficiente de descarga Cálculo do valor médio de Cd: 𝐶𝑑1 + 𝐶𝑑2 + 𝐶𝑑3 + 𝐶𝑑4 + 𝐶𝑑5 5 = 0,744657 15 ANEXO B – DADOS COLETADOS NO EXPERIMENTO
Compartilhar