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Flávia Helena da Silva – 3º P Triagem Neonatal O que é? É um dos vários programas nacionais de triagem populacional (PNTN) existentes. Atualmente, é empregada para o diagnóstico precoce (0 a 28 dias de vida) de doenças genéticas. Os testes são realizados em amostras de sangue colhidas em papel filtro preferencialmente entre o 3º e o 7º dia de vida do recém nascido. Esse teste é popularmente conhecido como teste do pezinho. Doenças detectadas com o teste? Inicialmente realizava-se somente o diagnóstico de Fenilcetonúria (1976), porém a partir de 1980 incorporou-se a detecção precoce do Hipotireoidismo Congênito. Mais tarde incluiu-se a detecção precoce de outras doenças congênitas como as Doenças Falciformes, outras Hemoglobinopatias e a Fibrose Cística. Em 1992 o SUS aderiu a Triagem neonatal a todos os RN vivos. 2001 criação do PNTN – Programa nacional de triagem neonatal As doenças detectadas com o exame são divididas em quatro fases: Fase 1 - Fenilcetonúria e Hipotireoidismo congênito. Fase 2 - Anemia falciforme. Fase 3 - Fibrose cística. Fase 4 - Deficiência de biotinidase e Hiperplasia adrenal congênita. Outras: Toxoplasmose congênita; galactosemia; deficiência G6PD; Homocistinuria; tirosinemia; acidemia metil-malonica; acidemia malonica; citrulinemia; acidemia isovalerica; acidemia isobutirica; acidemia hidroximetilglutarica; deficiência múltipla carboxilase; deficiência de CPT 1 e 2; arginemina; acidemia propionica; acidemia glutarica tipo 1. Erros inatos do metabolismo, o que é? É um grupo de doenças marcadas por possuírem em comum, uma alteração genética. Fatores de risco: Hipo ou hiperglicemia persistente; Acidose metabólica precoce; Plaquetopenia sem causa aparente; Hepatoesplenomegalia; Sepse; Colestase ou Insuficiencia hepática; Alterações do nível da consciência; Urina ou suor com odores; Consangüinidade parental; Historia familiar positiva para EIM; Doenças: Fenilcetonúria Redução parcial ou ausência de Fenilalanina OH- ase; Hiperfenilalaninemia; Hipopigmentação de cabelos e pele, devido a inibição completa da hidroxilação da tirosina pela tirosinase (primeira etapa na formação de melanina). Eczema com odor; Microcefalia e convulsões; Déficit intelectual; Tratamento: dieta excludente de Fenilalanina. Hipotireoidismo congênito Deficiencia dos hormônios tireoidianos, hipodesenvolvimento cerebral, fáscies; macroglossia; icterícia; choro rouco; dosagem sérica de TSH e T4. Tratamento: levotiroxina por toda vida. Hemoglobinopatias (ANEMIA FALCIFORME) São doenças que acometem a estrutura ou/e a taxa de produção da molécula de hemoglobina, presente nos gló bulos vermelhos e responsáveis pelo transporte de oxigênio para os tecidos. Tratamento: hemotransfusão; hidroxiureia.. Hiperplasia adrenal congênita (HAC) Ocorre devido a um defeito genético que leva a um bloqueio de algum passo da rota metabólica envolvida na síntese do cortisol e dos mineralocorticóides. Em conseqüência, a hipófise passa a produzir grandes quantidades de ACTH, estimulando exageradamente a glândula adrenal e induzindo a formação de precursores esteróides. Em meninos com HAC geralmente eles se apresentam normais ao nascimento. As meninas podem apresentar estrutura peniana e hipospádia. Tratamento: reposição de esteróides e NACL na forma perdedora. Fibrose cística É uma doença autossômica recessiva caracterizada por uma disfunção crônica e grave dos pulmões e trato gastrointestinal devido a um distúrbio no transporte de cloreto pelas membranas epiteliais. Tratamento: reposição enzimática Deficiência de biotinidase A biotinidase é uma enzima necessária para o aproveitamento da biotina, coenzima presente em muitos alimentos e necessária para a atividade de algumas carboxilases mitocondriais. A deficiência desta enzima provoca a deficiência de múltiplas carboxilases e um quadro clínico grave de descompensação metabólica. Hipotonia, ataxia cerebelar e ocular, atrofia nervo óptico, hipoacusia, acidemia, hepatoesplenomegalia. Tratamento: reposição de biotina Importância do teste Detecção precoce de doenças. Feito por meio de uma picada no calcanhar do bebê a partir do segundo dia de vida, o teste do pezinho detecta, precocemente, suspeitas das seguintes doenças congênitas: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doenças falciformes, outras hemoglobinopatias e fibrose cística. O Ministério da Saúde busca ampliar a cobertura do teste para 100% dos nascidos-vivos do país (hoje são cerca de 2,5 milhões de recém-nascidos/ano). Caso haja a confirmação de doença, os casos suspeitos serão submetidos a exames mais específicos. Com o diagnóstico positivo, os pacientes portadores de qualquer uma dessas doenças terão garantido o acompanhamento – avaliação por equipe multidisciplinar com aconselhamento genético familiar – e tratamento das doenças. Síndrome da morte súbita do lactente O que é? Morte inesperada de lactentes hígidos menores de 12 meses, sem explicação mesmo após exame necroscópico. Ocorre em especial entre 2 e 4 meses, principalmente no período do sono (0h e 6h), sem causa definida. Eventos com aparente risco de morte: Apneia, palidez, cianose ou hipotonia muscular sem causa específica, tendo necessidade de reanimação. Subnotificação importante. Fatores de risco materno: Etnia, idade, nível sócio econômico, pré natal, multiparidade, mãe solteira, tabagismo, álcool e outras drogas, CIUR Fatores de risco lactente: ALTE; masculino, idade, prematuridade, leite compartilhado, posição de dormir, superaquecimento do bebe, uso de mais de 2 roupas dificultando a movimentação do bebe, colchão, face coberta. Prática de sono: EVITAR: posição lateral; posição para dormir fora do habitual; travesseiros, almofadas e protetores de berço ao redor do bebe, compartilhamento de leito, excesso de roupa, superaquecimento do ambiente. Causas variadas: Sufocação acidental, infanticídio, doenças metabólicas, cardiopatias congênitas, infecções. Orientações corretas: pré natal adequado, posição supina do bebe para dormir, não compartilhar leito, superfície firme, lisa e sem objetos, chupetas.
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