Trabalho sobre Responsabilidade Social Empresarial

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FEAD
Naiara Menezes Santos
Kelly Cristina Campos Ferreira
Valeriana Ferreira de Amorim
Responsabilidade Social Empresarial
Belo Horizonte
2º sem.2016
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Naiara Menezes Santos
Kelly Cristina Campos Ferreira
Valeriana Ferreira de Amorim
Responsabilidade Social Empresarial
Trabalho em grupo referente à Pesquisa sobre Responsabilidade Social Empresarial –RSE da Disciplina Fundamentos da Administração
Professora: Ariane Rocha Albergaria
Belo Horizonte
2º sem.2016
Sumário
4Introdução	�
6Desenvolvimento	�
10Conclusão	�
13Referências	�
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Introdução
O presente trabalho tem por objetivo apresentar o tema responsabilidade social, conceituando que a responsabilidade social acontece quando a empresa de forma voluntária, adota postura, comportamento e ações que promovam o bem-estar do seu público interno e externo. É uma prática voluntária, e não deve ser confundida por ações compulsórias impostas pelo governo ou por quaisquer incentivos externos. O conceito, nessa visão, envolve o benefício da coletividade, seja ela relativa ao público interno, como funcionários e acionistas, ou fatores externos como comunidade, parceiro e meio ambiente. No segundo conceito podemos também definir responsabilidade social empresarial como ações das empresas que beneficiam a sociedade. São causas sociais relevantes para as comunidades, contribuindo com a política social. É uma forma de gestão que pretende diminuir os impactos negativos no meio ambiente e comunidades, preservando recursos ambientais e culturais, respeitando a diversidade e reduzindo a desigualdade social. São as corporações se conscientizando do seu papel no desenvolvimento da comunidade que está inserida, criando programas que levam em consideração a natureza, economia, educação, saúde, atividades locais e transportes.
Podemos citar alguns motivos que levaram as empresas a incorporar algumas ações de Responsabilidade Empresarial como fortalecimento da marca e da imagem corporativa; Fidelidade pela marca; Envolvimento dos funcionários é criação de parcerias.
Podemos definir ética empresarial como meta essencial a ser alcançada no mundo corporativo. A cultura ética e sua gestão nas empresas são temas tratados com importância igual ou superior aos próprios resultados, à inovação, a excelência e ao sucesso financeiro. Ética empresarial fortalece uma empresa, melhorando a sua reputação e tendo também um impacto positivo nos seus resultados. Uma empresa que cumpra determinados padrões éticos vai crescer e favorecer a sociedade, os seus fornecedores, clientes, funcionários, sócios e até mesmo o governo. A ética empresarial é uma prática essencial de uma empresa, assim como a responsabilidade social e responsabilidade socioambiental.
A diferença de ética empresarial e responsabilidade social empresarial pode se mostrar que as empresas de sucesso e em crescimento são empresas que têm uma forte noção de responsabilidade social, criando muitas vezes programas para essa área. A responsabilidade social é um fruto do comportamento ético, e demonstra que a empresa se importa, que é solidária e que não tem medo de se comprometer com causas sociais. Assim, ética e responsabilidade social muitas vezes andam de mãos dadas, e são uma estratégia de expansão de negócios.
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Desenvolvimento
As três correntes ou abordagens teóricas são: abordagem normativa, abordagem contratual e abordagem gerencial.
A abordagem normativa determina que a responsabilidade social empresarial seja decorrente de ações éticas e morais dos indivíduos que compõem uma empresa, aos homens de negócios que dirigem a organização, estando sujeita ao julgamento moral e associada diretamente a ela. Um ato para ser classificado como “ético”, faz com que imaginemos a existência de liberdade de escolha, consciência, que tenha capacidade de deliberar e seja responsável, assim vários autores mencionam que o ato corporativo não pode ser reduzido à um ato individual. Seguindo esse caminho, os pesquisadores de ética nos negócios abordam aspectos relacionados ao desenvolvimento moral cognitivo, dilemas éticos, modelos de gerência ética entre outros. Todas as questões são analisadas nos níveis sistêmicos, organizacional e individual. No nível sistêmico, discutimos o sistema econômico e as relações entre ética e negócios com vistas aos aspectos institucionais, culturais e ideológico. No nível organizacional, são analisadas as políticas, os valores e as práticas das empresas. E no nível individual, estudamos os comportamentos e valores dos indivíduos.
A abordagem contratual caracteriza-se pelo ponto de vista mais sociológico, mais político e direcionado para questões pragmáticas, ou seja, com estudo dos fatos. Essa responsabilidade social empresarial apoia-se em três pressupostos teóricos que são:
A sociedade e empresa são partes do mesmo sistema e estão em interação a todo momento.
Estão ligadas por um contrato social.
A empresa está submetida ao controle pela sociedade, ainda que em partes.
No primeiro pressuposto há um falso pensamento pela busca do interesse. O segundo pressuposto da abordagem normativa informa que a empresa deve oferecer benefícios e vantagens satisfatórias à sociedade e ao agir dessa forma, a sociedade acaba verificando legitimidade à essa empresa e lhe dá o direito de transformar os recursos humanos e naturais em lucro. E o que se refere ao terceiro pressuposto, há um rompimento no modelo capitalista gerencial, no qual são levados em consideração apenas os interesses dos acionistas, sendo necessário a identificação de grupos na interação com a empresa, concedendo a eles poder de participar das decisões relativas aos rumos da organização. O foco da teoria é a democratização das relações entre sociedade e empresas, em substituição ao foco tradicional na capacidade de a empresa atender aos interesses dos acionistas. A essa abordagem atribuímos corpo a sociedade, destacando a sua influência com a empresa.
A abordagem gerencial manifesta-se juntamente há abordagem contratual e procura oferecer, sugerir ferramentas e estratégias práticas de gestão, sendo capaz de melhorar o desempenho ético e social da empresa, podendo ser chamada utilitária ou instrumental, defendendo ideias a médio e a longo prazo, sendo muito bom para a sociedade e consequentemente para a empresa, tendo como foco à essas abordagens vantagens que as empresas podem tirar do mercado decorrente de transformações nos valores sociais e antecipando as vantagens competitivas decorrentes de um comportamento social responsável e as vantagens resultantes da antecipação a novas legislações permitida por uma postura pró - ativa, concentrando-se na gestão de temas sociais que atendam aos objetivos estratégicos da organização, tendo foco de estudos na performance social corporativa, sendo a principal preocupação explicar por que a responsabilidade social leva a ganhos maiores. Tendo argumentos e estratégias de marketing e endossam a visão das finalidades corporativas, a qual função principal da empresa é alcançar seus próprios interesses, crescimento e lucratividade. A empresa não existe apenas num ambiente somente com consumidores, produtores e concorrentes, mas principalmente por cidadãos que progridem dentro de uma ordem política organizada. De acordo com essa abordagem utilitária, a empresa deve levar em conta a ordem política e social quando planejar e implementar suas estratégias. Há tempos que era negligenciado no mundo dos negócios o contexto sociopolítico, apenas o contexto econômico era importante.
A organização escolhida para a pesquisa foi O Boticário!
Essa empresa sempre associou sustentabilidade e outras práticas desde a sua fundação em 1977, formalizou diversos compromissos, patrocínios na área ambiental e políticas relacionadas a Responsabilidade Social.
Em 1990 criação da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza. Em 2005 estruturou programas de apoio à sustentabilidade de fornecedorese franqueados. A sustentabilidade para o Grupo Boticário está incluso a inserção da sustentabilidade nas decisões e processos, gerando valor às pessoas, a empresa e sociedade, construindo uma reputação positiva e sólida no mercado e sociedade, minimizando riscos para o negócio.
Desde a implementação desse programa de sustentabilidade houve um desempenho acima da média, ano após ano, inserindo temas e compromisso com as áreas de responsabilidade organizacional, relações humanas, relações responsáveis, responsabilidade pelo produto e serviço, recursos naturais e biodiversidade e nas mudanças climáticas. Prática de ações aderentes aos valores corporativos, formulação das estratégias que contemplem sustentabilidade, visão de lucro e crescimento sustentado, engajamento dos STAKEHOLDERS nas decisões, comunicação e marketing responsáveis, fluxo e critérios para seleção de parceiros de negócios, incentivo a adoção de práticas sustentáveis na cadeia, iniciativas para a geração de renda e inclusão social, gerenciamento de riscos avaliação de impacto ambiental no desenvolvimento de produtos, uso inteligente da água, energia, gestão de resíduos líquidos e sólidos, uso de fontes sustentáveis e renováveis, insumos e produtos de madeireiras e florestais, monitoramento das emissões de gases do efeito estufa, promoção e inclusão social, combate ao trabalho escravo e análogo e proteção do direito à criança e ao adolescente.
Os objetivos da implantação dos programas no grupo O Boticário é garantir a melhoria continua do nível de serviço em todos os pontos de venda, através de uma correta gestão da demanda, de um planejamento compartilhado, e das relações de ressuprimento entre O Boticário, seus fornecedores e sua rede de distribuição, obtendo uma importante redução de custos e de capital empregado em toda a cadeia.
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Conclusão
Husted e Allen (2001) enfatizaram que as estratégias de RSE podem gerar vantagens competitivas se utilizadas de maneira adequada pelas empresas, afirmando que existe uma relação positiva entre as ações de responsabilidade social estratégica e geração de vantagens competitivas. Por sua vez Ashley (2002), a RSE é atualmente fonte de vantagens diferenciais e competitivas, que devem ser buscadas pelas empresas que procuram obter maior competividade e melhores resultados.
Segundo Barney (1991), a geração de vantagem competitiva ocorre pela implementação de uma estratégia que agregue valor e gere benefícios para uma empresa, sem que outra concorrente simultaneamente a faça. 
As vantagens competitivas podem ser atingidas por meios dos recursos internos, ou de conjuntos de recursos internos da firma; no entanto para conseguir esta vantagem, os recursos devem ser (1) valiosos – aqueles que exploram as oportunidades e neutralizam as ameaças do ambiente da firma; (2) raros – aqueles escassos e que não estão presentes em nenhuma empresa, concorrentes ou potencialmente concorrentes; (3) imperfeitamente imitáveis – aqueles que não são imitados; e (4) insubstituíveis – aqueles que não possuem equivalente estratégico ( BARNEY, 1991).
Podemos partir do ponto que a RSE pode ser considerada um recurso interno da empresa. Se aplicarmos as definições de Barney (1991), para gerar vantagens competitivas, as ações SER devem ser valiosas, raras, inimitáveis e insubstituíveis. Pois se atribuirmos estas características as ações e estratégias da RSE, poderíamos ter um recurso que fosse fonte de vantagem competitiva para as empresas.
É possível dizer, ainda, que a RSE é um conjunto de recursos, pois contempla diferentes dimensões, que podem ser consideradas recursos internos, como valores organizacionais, ética nos negócios, relacionamento com stakeholders, projetos sociais e reputação empresarial, dentre outros. A empresa pode criar projetos sociais, ligados a seu core business, que sejam valiosos, raros, inimitáveis e, com isso gera vantagens competitivas (Husted,2003).
Pesquisadores da área de estratégia há muito entendem a reputação como um recurso interno que deve ser bem gerenciado, pois ele é considerado importante, diferenciador e potencial gerador de vantagens competitivas, segundo Mahon (2002).
Para Logsdon & Wood (2002), a reputação é um poderoso conceito para os negócios, governo e organizações sem fins lucrativos, pois executivos, administradores e stakeholders internos e externos frequentemente a utilizam para avaliar e comunicar suas percepções dos negócios e empresas. Assim uma boa reputação pode render melhores resultados para as empresas, e a RSE deve atuar de forma positiva para a melhoria desta reputação e uma consequente geração de vantagens. 
Em conclusão, um conjunto de recursos intangíveis, como a boa governança coorporativa, a execução eficiente de projetos sociais inovadores e a gestão ética nos negócios, fazem parte de um recurso intangível maior que seria a RSE, pode ser um diferencial e uma fonte de vantagens competitivas. No entanto deve-se ressaltar, com base na literatura pertinente, que só existe geração de vantagens competitivas por meio de RSE se os benefícios à sociedade realmente existirem, já que esses devem estar explícitos na filosofia das estratégias sociais. (Husted & Allen, 2001). Isso significa que a RSE precisa gerar resultados consistentes e reais para a população para se tornar uma fonte de vantagem competitiva.
Para o grupo a importância do programa RSE é que ele impacta diretamente na qualidade de vida e no bem estar dos colaboradores da empresa e da comunidade atendida pelo programa, também reduz impactos negativos onde está inserida por exemplo com ações contra as drogas e o bullying e no meio ambiente como a reciclagem de materiais e sustentabilidade. Com tais ações percebemos uma mudança comportamental e de gestão que envolve transparência ética e valores na relação com os seus parceiros. Atualmente muitas empresas tem se preocupado em oferecer projetos sociais que englobam a comunidade em geral e os seus funcionários. Essas ações já entraram no conceito das instituições que proporcionam boas práticas na sociedade e dentro da empresa.
A importância da responsabilidade social empresarial tem avançado e conquistado amplas empresas em diversos espaços de discussão e circulação de conhecimentos o que contribui para o fortalecimento desta prática. Todo esse movimento representa um avanço positivo em relação à forma de pensar e agir das lideranças empresariais, que demonstram atenções cada vez mais voltadas ao papel social da empresa perante desafios prementes como a distribuição mais justa de riquezas, a consciência ambiental e o desenvolvimento harmônico da sociedade através do acesso a direitos fundamentais.
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Referências
As vantagens competitivas da responsabilidade social empresarial. Disponível em < http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7992> Acesso em 18 de Setembro de 2016
estratégia e vantagens competitivas da responsabilidade social empresarial DISPONÍVEL EM <seer.uscs.edu.br/index.php/revista_gestao/article/download/30/101> Acesso em 18 de Setembro de 2016
FARIAS,Alexandre .< http://www.scielo.br/pdf/rap/v42n1/a02v42n1.pdf> ” A responsabilidade social é uma questão de estrategia?.Acesso em 16 de Setembro de 2016
FERNANDEZ,Gabriela<. https://www.passeidireto.com/arquivo/18202237/meio-ambiente/14>. Acesso em 14 de Setembro de 2016
Responsabilidade Social Empresarial como Vantagem Competitiva Disponível em < https://rumosustentavel.com.br/2009/03/21/responsabilidade-social-empresarial-como-vantagem-competitiva/> Acesso em 18 de setembro de 2016