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1 2 Sumário RESUMO TÓPICOS HISTOLOGIA.............................................................3 RESUMO TÓPICOS ANATOMIA...................................................................5 MEDULA ÓSSEA..........................................................................................6 TIMO...........................................................................................................9 BAÇO........................................................................................................12 BARREIRAS E DEFESAS INTERNAS (TONSILA, BALT E GALT).....................16 BALT E GALTT...........................................................................................19 DA INFLAMAÇÃO ATÉ A CICATRIZAÇÃO...................................................20 ROTAS DO MICRORGANISMO..................................................................23 ÓRGÃOS LINFOIDES (DUCTOS LINFOIDES E LINFONODOS PALPÁVEIS) ...26 RADIOGRAFIA...........................................................................................30 LESÕES ELEMENTARES DA PELE...............................................................36 CICATRIZAÇÃO..........................................................................................42 CICATRIZAÇÃO 3 DIAS..............................................................................43 CICATRIZAÇÃO 21 DIAS............................................................................44 DOENÇAS RELACIONADAS A HIPERSENSIBILIDADE..................................45 3 RESUMO TÓPICOS DE HISTOLOGIA TIMO CÁPSULA- Tecido conjuntivo denso não modelado, forma as trabéculas que se estendem para a região cortical levando vasos sanguíneos e vasos linfáticos. CÓRTEX – trabéculas (extensão da cápsula), Linfócitos T imaturos, células epiteliais (I,II e III). Células epiteliais corticais I, II e III: Realizam a seleção clonal. Trabéculas ou Septos conjuntivos: Irrigação e drenagem linfática. Linfócitos T corticais: São indiferenciados e possuem suporte das células Nurse. Macrófagos: Fagocitose local de restos celulares. MEDULAR – Linfócitos T parcialmente maturos, células epiteliais (IV,V e VI), Corpúsculo de Hassal. Linfócitos T medulares: Já sofreram o primeiro processo de diferenciação, mas ainda não são efetores. Corpúsculo de Hassal: Ricos em fibras colágenas, acredita-se que seja o local de morte das células epiteliais. Células epiteliais medulares IV, V e VI: Realizam a deleção clonal, via citocinas. Macrófagos: Fagocitose local de restos celulares. BAÇO CÁPSULA – Tecido conjuntivo denso não modelado, divisões da artéria esplênica ao penetrar no hilo em artérias trabéculares penetrando no parênquima para realizar a irrigação. POLPA BRANCA (ROXA) – É mais corada pela cromatina condensada, possui Arteríola Central revestida linfócitos predominante do tipo T (bainha linfática periarteial), Nódulos Linfáticos (primários e secundários). Arteríola Central: localiza-se no centro de nódulos linfáticos. POLPA VERMELHA – Cordões esplênicos (Linfócitos B, T, Macrófagose e Plasmócitos), capilares sinusóides formando seios esplênicos. Cordões esplênicos: Constituídos de células reticulares, fibras reticulares (colágeno tipo III), macrófagos, linfócitos B e T, plasmócitos, monócitos, leucócitos, granulócitos, plaquetas e eritrócitos. Capilares sinusóides ou seios esplênicos . (Junqueira) 4 TONSILA REVESTIMENTO – Revestido por tecido epitelial estratificado pavimentoso responsável pela formação de criptas. ESTRUTURA – Estruturado por nódulos primários e secundários, de linfócitos B, com presença de APC’s e macrófagos. Nódulos linfáticos primários: Linfócitos B naive, imaturos. Nódulos linfáticos secundários: Linfócitos B em maturação no centro germinativo com presença de APC’s e Macrófagos, possui linfócitos B Naive no manto. LINFONODO CÁPSULA – Tecido conjuntivo denso não modelado, se invagina para dentro do linfonodo dividindo todo o córtex e algumas frações da medula por meio das trabéculas, servindo como apoio para o escorrimento e circulação da linfa. CÓRTEX – Presença de nódulos linfáticos primários e secundários (com macrófagos e Apc’s), é exclusiva a presença de linfócitos B da linhagem linfoide e plasmócitos oriundos do mesmo. Nódulos linfáticos primários: Linfócitos B naive, imaturos. Nódulos linfáticos secundários: Linfócitos B em maturação no centro germinativo com presença de APC’s e Macrófagos, possui linfócitos B Naive no manto. PARA-CORTICAL – Concentração de linfócitos T (região mais clara), podendo ser TCD4 E TCD8. Linfócitos T: Já maturados. MEDULAR – Cordões medulares e seios medulares, plasmócitos mais numerosos do que na cortical. Cordões Medulares: Formados por linfócitos B, contém fibra e células reticulares e macrófagos Seios Medulares: Recebem a linfa que vem da cortical e comunicam- se com os vasos linfáticos eferentes pelos quais saem a linfa do linfonodo. 5 RESUMO TÓPICOS DE ANATOMIA SINAIS CARDINAIS Dor, Rubor, Calor, Tumor e Perda de função. LINHAGENS LINFOIDES E MIELOIDES Linfoide pré T e pré B Mielóide (Mecarioblasto, mieloblasto, eritroblasto, monoblasta). VIAS AÉREAS SUPERIORES E INFERIORES Tonsilas (Palatina, faríngea e lingual), palato duro e palato mole. Conchas e meatos da cavidade nasal. Traquéia e anatomia do pulmão. ÓRGÃOS LINFOIDES PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS Timo e medula óssea. Baço, linfonodo, malt e tonsilas. NÓDULOS LINFÁTICOS Primários Secundários DUCTOS LINFÁTICOS Ducto torácico: Desemboca na veia jugular esquerda e veia subclávia esquerda Ducto linfático direito: Desemboca na veia subclávia direita e veia jugular direita Sistema linfático LINFONODOS Mesentérico, axilar, inguinal e mediastinal. Estrutura e funcionalidade clínica. 6 Medula Óssea A medula óssea está presente no interior do osso esponjoso (periferia compacta, centro esponjoso), ela é um órgão responsável pela produção de células sanguíneas, até os 5 anos todos os ossos participam do processo, mas na fase adulta apenas participa da hematopoiese a pelve (osso ilíaco), o esterno, os ossos do crânio, os arcos costais, as vértebras, a epífise femoral e o úmero. Ossos longos, epífise proximal – medula vermelha – e diáfise (região central) com osso compacto preenchido por medula amarela (tecido lipídico). A fratura de ossos longos pode levar a embolia gordurosa, que pode entrar na circulação e obstruir a circulação sanguínea. Epífise: Produz células sanguínea Diáfise: apenas medula amarela Metáfise: Área de transição, com medula amarela e vermelha. O crescimento em ossos longos de criança se dá na metáfise, composto por tecido conjuntivo que vai se alongando e calcificando, até cerca de 18 anos com consolidação da metáfise e epífise. 7 MEDULA ÓSSEA VERMELHA É um órgão que habita outro órgão (osso), até os 5 anos de idade, as medulas de todos ossos participam do processo, a substituição é gradativa. Os principais ossos produtores de células na idade adulta: Pelve, Esterno, Crânio, Arcos costais, Vértebras, Epífises femorais e úmeros. O osso, bem como a medula são vascularizadas, essa por sua vez permite a migração de novas células produzidas na medula óssea.Punção na medula óssea, serve para coletar amostrar para diagnosticar doenças, como a leucemia, assim como o transplante de medula óssea que é injetado ou na pelve ou no osso ilíaco. Tecido ósseo: Tecido Periósteo, produz a células do sangue: As crianças possuem predomínio de medula vermelha, ao envelhecer, ocorre o aumento da medula amarela. Durante a vida há uma vascularização intensa na medula óssea para nutrição e desenvolvimento das células embrionárias (onipotentes), após a produção dos leucócitos (linfócitos, monócitos...eosinófilos- mono e poli nucleares) migram para o vaso e passam a circular no sangue. Os linfócitos vão para o timo onde ocorre a maturação, cerca de apenas 1% do que é produzido é maturado, o que não restante é fagocitado pelo grande número de macrófagos. A Epífise pode apresentar cartilagem hialina, mais especificamente nas extremidades dos ossos longos, sendo esta vestigial e ocupa parte do espaço do osso trabecular. O Periósteo vai sendo substituídos por osteoblastos = ocorrendo a fixação cálcio via circulação sanguínea, a célula cartilaginosa vai morrendo sendo substituída por células ósseas. Nos ossos encontramos as trabéculas ósseas onde há presença de células tronco que vão ser responsável pela produção de células vermelhas e brancas. 8 Histologia Lâmina 12 -Medula Óssea 9 TIMO Anatomia O timo contém linfócitos originários do fígado, por volta de 17 semanas o timo começa a produzir o linfócito T progenitores. Os linfócitos T formados na medula óssea 10 durante a hematopoese entram no timo como timócitos imaturos e terminam sua maturação para tornarem-se linfócitos T imunocompetentes (CD4+ e CD8+). São levados pelo sangue até os linfonodos e baço e outros tecidos linfoides. O timo de uma criança é um órgão proeminente na porção anterior do mediastino superior, a partir dos 14 anos (puberdade) ele passa a involuir. O timo não involui em tamanho e sim em função, com uma infiltração fibroadiposa em idosos (O timo atrofiado apresenta substituição das células tímicas por células adiposas). Esse fato caracteriza uma menor produção de LT e uma desorganização da região medular para com a cortical). Atua também na comunicação com os demais órgãos linfoides por meio dos vasos linfáticos. Durante seu período de crescimento ele se aproxima muito de uma glândula, quanto ao aspecto e estrutura. O timo consiste de dois lobos laterais mantidos em estreito contato por meio de tecido conjuntivo, o qual também forma uma cápsula distinta para o órgão todo. Ele situa-se parcialmente no tórax e no pescoço, estendendo-se desde a quarta cartilagem costal até o bordo inferior da glândula tireóidea. Os dois lobos geralmente variam em tamanho e forma, o direito geralmente se sobrepõe ao esquerdo. Ele apresenta uma coloração cinzenta rosada, mole e lobulado, medindo aproximadamente 5 cm de comprimento, 4 cm de largura e 6 mm de espessura. Considerado um órgão linfático por ser composto por um grande número de linfócitos e por sua única função conhecida que é de produzir linfócitos. Localiza-se na região mediastinal, à frente da traqueia e vasos da base e do coração, a frente do coração, abaixo da glândula tireoide localizando-se mais anteriormente do que as demais estruturas, trata-se de um órgão pequeno com 20g mas que possui uma função extremamente importante. O timo pode ter variações anatômicas, podendo se prolongar de modo caudal e cranial na caixa torácica. Ele possui uma cápsula fibrosa que se estende para o interior do timo formando as trabéculas por onde passa os vasos sanguíneos. Histologia - Lâmina 29 11 Lóbulos diferenciados em Córtex e Medula O timo apresenta a barreira tímica (Células epiteliais tímicas corticais + lâminas basais + células endoteliais) para impedir a maturação incorreta dos linfócitos T progenitores. No córtex: Septos = colágeno, divide os lóbulos, na região cortical e em frações da região medular, é por onde a circulação sanguínea chega e apresenta timócitos imaturos, macrófagos e dispersos células reticulares epiteliais I, II e III (Seleção Clonal). Essas células são espalhadas por todo o timo formando uma espécie de um estroma (tecido conjuntivo vascularizado). Na região cortical ainda os linfócitos T imaturos com coloração escura (roxo), são corados fortemente pela hematoxilina devido a condensação da cromatina. Fator de transcrição Foxn1 : Regula a diferenciação das células tímicas C e M. Célula Nurse= abriga LT imaturos e Macrófagos. LT Duplamente negativos= Não tem os receptores TCR, CD4 e CD8. Córtex subcapsular= LT Duplamente negativos Córtex profundo= LT com CD4 e CD8. 12 Na medula: Timócitos + maduros, Células dendríticas, Células reticulares epiteliais IV V VI, Corpúsculo de Hassall = Este corpúsculo é formado por células achatadas na periferia e um material acidófilo no centro, talvez constituído de restos de células epiteliais mortas. Corpúsculo de Hassal – cemitério das células epiteliais Cortical e Medular, Célula epitelial medular responsável pela deleção clonal. Fatores de crescimentos secretados pelas células reticulo epiteliais : -Timosina Alfa, Timopoetina, Timulina e fator tímico humoral . Baço Anatomia O baço está situado na região do hipocôndrio esquerdo, porém sua extremidade cranial se estende na região epigástrica. Ele está situado entre o fundo do estômago e o 13 diafragma. Ele é mole, de consistência muito friável, altamente vascularizado e de uma coloração púrpura escura. O tamanho e peso do baço varia muito, no adulto tem cerca de 12 cm de comprimento, 7 cm de largura e 3 cm de espessura. O baço é um órgão linfoide apesar de não filtrar linfa. É um órgão excluído da circulação linfática, porém interposto na circulação sanguínea e cuja drenagem venosa passa, obrigatoriamente, pelo fígado. É considerado um órgão linfoide com grande quantidade de macrófagos que, através da fagocitose, destroem micróbios, restos de tecidos, substâncias estranhas, células do sangue em circulação já desgastadas como eritrócitos, leucócitos e plaquetas (processo denominado Hematocaterese). Dessa forma, o baço “limpa” o sangue, funcionando como um filtro desse fluído tão essencial. O baço também tem participação na resposta imune, reagindo a agentes infecciosos. Inclusive, é considerado por alguns cientistas, um grande nódulo linfático. É recoberto e protegido por arcos costais, localiza-se próximo ao estômago, intestino grosso e pâncreas. É extremamente vascularizado, pela artéria esplénica (derivado do tronco celíaco), ramifica-se antes de adentrar o baço, até adentrarem no órgão pelo hilo esplênico. Face externa (lisa) parte em contato com o diafragma, Face interna com impressão gástrica (curvatura gástrica), pela impressão cólica (flexura) e impressão renal. O baço é envolto por ligamentos, gastroesplênico, esplênofrênico, esplênocólico e esplenorrenal. Vasos curtos ou AA curtas: ramos da esplênica que vão irrigar o pâncreas e fundo gástrico, são pequenas artérias. Possui a função de retirar da circulação célulassanguíneas lesionadas e senescentes e partículas (imunocomplexos- microorganismos opsonizados) inicia a resposta imunológica adaptativa. Há ainda grande controvérsia e incerteza sobre às funções do baço. 1. Parece que o baço desempenha o papel de reservatório de hemácias, para suprir as necessidades urgentes do organismo. Durante o exercício, ou logo após as hemorragias, as contrações do baço lançam na torrente circulatória as reservas de glóbulos vermelhos. 2. Supõe-se ainda que o baço seja uma espécie de filtro do sangue, retendo pelas células do sistema retículo endotelial partículas estranhas que a ele venham ter, inclusive micróbios. 3. O baço prende e destrói as hemácias antigas, cuja hemoglobina é transformada em bilirrubina. O ferro proveniente da destruição das hemácias pode, parcialmente, ser aproveitado na produção de nova hemoglobina. 4. Algumas outras funções são atribuídas ao baço: produção de anticorpos; ativação, à distância, da hematopoese da medula óssea, por meio de um hormônio especial; ação sobre o metabolismo de certos derivados dos proteicos, etc. Novos estudos são necessários, contudo, para o esclarecimento destas questões. 14 IRRIGAÇÃO DO BAÇO Tronco celíacoramificação A. pancreática dorsal e Esplênica A. Esplênica emite ramos A. pancreática magna, Artéria da cauda do pâncreas e artérias gástricas curtas (Fundo Gástrico). 15 .Histologia LÂMINA 30 BAÇO O parênquima (dividido pelas trabéculas) do baço é formado de dois componentes: Polpa Vermelha: Cordões esplênicos de Billroth (cordões celulares) e seios esplênico (cordões sinusoides) compostos de grande quantidade de capilares sinusóides (parte vermelha). Os cordões esplênicos apresentam células macrófagicas, eritrócitos, plasmócitos, células reticulares, fibras reticulares, linfócitos B e T (partes mais claras) -. Células dos cordões sinusoides, coloração vermelha, essa cor é devida à grande quantidade de sangue presente neste componente. Polpa branca: Promove as respostas imunoadaptativas de antígenos do sangue, compostos por arteríola central, PALS (periarterial linfática bainha) – folículos linfoides Peri arteriolar é UMA BAINHA com linfócitos T e nódulos linfáticos. Aparece em cor clara quando se observa o corte fresco. Possui muito menos sangue que a polpa vermelha. Linfócitos T apenas na polpa branca nos PALS e B na branca com predominância da concentração de linfócitos B. MASTÓCITOS: Auxilia na inflamação, produz histamina, Reações alérgicas (grânulos). Zona central: Nódulos com arteríola central revestida por T e circundado por linfócitos B (polpa branca). Zona marginal: 16 Seio esplênico com capilares sinusóides, cordões esplênicos. Cápsula do Baço revestido por Tecido conjuntivo denso com a presença de Megacariócitos (diferenciação em plaquetas). BARREIRAS E DEFESAS INTERNAS O corpo humano possui barreiras naturais contra microorganismos que podem ser barreiras físicas ou químicas. Tais barreiras do ponto de vista imunológico podem ser divididas em imunidade inata e imunidade adquirida. Fazem parte da imunidade inata componentes físicos, como a pele, a queratina que recobre a derme, a melanina (produzida pelos melanócitos que protegem contra raios UV), os pelos na cavidade nasal (realizam a filtração de partículas grandes), as tonsilas (palatina, sublingual e faríngea) e o muco produzido pelas células ao longo do trato respiratório. Possuímos ainda a parte celular, glândulas sudoríparas e sebáceas, células ciliadas, células caliciformes, as células residentes da epiderme (macrófagos residentes, células de Langerhans-APC) e as células NK, atraídas por quimiocinas dos macrófagos residentes. As Células Langerhans captam antígenos por meio da langerina (lectina) e do CD1a. Deixam a epiderme pelo sistema linfático, migram para linfonodo regional processar e apresentar aos LT, caracterizando a Imunidade Adaptativa ou Adquirida. TONSILAS 17 TONSILAS- LÂMINA 96 1- Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado 2- Nódulo linfático 3- Cripta São órgãos constituídos de aglomerados linfáticos, incompletamente encapsulados, estão localizados em locais estratégicos e atuam na defesa imunológica, tanto inata quanto adquirida. Há presença de nódulos linfáticos primários e secundários, revestido de capsula (tecido conjuntivo denso não modelado). O nódulo linfoide primário é mais difuso em relação a organização celular, apresenta-se na lâmina de modo mais homogêneo, o segundo possui uma organização mais concêntrica com centro germinativo e manto. O nódulo primário possui linfócitos B ainda não estão ativados, então quando entram em contato com o antígeno (células dendríticas) ativando os linfócitos B, a reação gera um centro germinativo (região clara) onde os linfócitos já estão ativos, na periferia -manto- os linfócitos não estão ativados (região escura), ou seja, estão em fase 18 de maturação, caracterizando um nódulo secundário. Sendo muito raro encontrar um nódulo primário, ou seja, predominância de nódulos secundários. A tonsila é repleta de criptas, formadas pelo epitélio estratificado pavimentoso, com presença de cápsula fibrosa e densa. Em volta dos nódulos há linfócitos livres, cápsula constituída de tecido conjuntivo denso (MANTO- PERIFERIA, CENTRO GERMINATIVO). O tecido linfóide associado à mucosa (MALT): É um sistema difuso de pequenas concentrações de tecido linfóide encontrado em várias partes do corpo, como no trato gastrointestinal, tireóide, seios, pulmão, glândula salivar, olho, e pele. É composto principalmente por linfócitos T, que estão situados em regiões propícias ao contato com antígenos que entram na mucosa do epitélio intestinal. Os tratos digestivos, respiratórios e geniturinário estão sujeitos a invasões microbianas frequentes, porque são expostos ao meio externo. Para proteger o organismo existem acúmulos de linfócitos (nódulos linfáticos) associados ao tecido linfático difuso localizado na mucosa e na submucosa desses tratos, que em alguns casos e locais formam órgãos bem estruturados como as tonsilas e placas de Peyer do intestino delgado (íleo). O tecido linfático associado a mucosa é denominado MALT e pode-se subdividir-se em categorias dependendo o local. Os componentes do MALT muitas vezes são divididos nas seguintes categorias: GALT: tecido linfóide associado ao trato gastrointestinal. Possui as placas de Peyer no íleo. BALT: tecido linfóide associado aos brônquios NALT: tecido linfóide associado ao nariz SALT: tecido linfóide associado à pele VALT: tecido linfóide associado aos vasos sangüíneos CALT: tecido linfóide associado ao olho (à conjuntiva) 19 PLACAS DE PEYER As placas de Peyer possuem maior concentração no íleo, são recobertos por células M (microfold), estas são especializadas em endocitose. As células M, podem capturar antígenos e transportá-los aos macrófago e células linfoides subjacentes, estes migram para outro compartimento iniciando a resposta imunológica. Possuem numerosas invaginações basais que contêm linfócitos e células apresentadoras de antígenos como os macrófagos. As células M representam um eloimportante na defesa imunológica intestinal, a lâmina basal sobre essas células é descontinua facilitando o transito de células entre o tecido conjuntivo e as células M. Nos nódulos linfoides formados, há presença de linfócitos B e subjacente a esses, na periferia encontram-se os linfócitos T. Os plasmócitos (LB diferenciados) formam a primeira linha de defesa secretando IgA que realizará a opsonização e proteção dessa mucosa. Há outros modos de defesa como: Junções de oclusão entre as células, macrófagos e concentração de linfócitos. BALT (lâmina 61) e GALT (lâmina 50) Balt e Galt,: Ele contém o maior pool de células imunocompetentes do organismo humano (células B do Sistema Imune, produtos de IgA, células apresentadoras de antígenos, linfócitos T, linfócitos intra-epiteliais). Este sistema de defesa é essencial para a manutenção da saúde do organismo, uma vez que o intestino pode entrar em contato, diariamente, com milhões de agentes potencialmente patogênicos. Respondendo de maneira semelhante ao Sistema Imune, o GALT captura os antígenos, apresenta-os a células especializadas em placas de Peyer e nodos linfáticos mesentéricos, estimula, então, a produção de IgA (extremamente ativa contra microrganismos patogênicos). O BALT é desordenado sendo o GALT o único sistema organizado com Placa de Peyer. 20 GALT/BALT- HISTOLOGIA (GALT/ BALT): São aglomerações de nódulos linfóides (primários e secundários), justapostos ou confluentes, presentes na submucosa, mas invadindo também a mucosa. Também há áreas de tecido linfóide denso na mucosa. DA INFLAMAÇÃO ATÉ A CICATRIZAÇÃO Lesão Busca da Hemostasia Fase inflamatória- atuação de neutrófilos, células NK e fagócitos residente – secreção de TGFβ E PGDF dura até 24Horas Fase inflamatória- chegada dos monócitos, realizam diapedese- de 24 horas à 48 horas Fase proliferativa 72 horas – tecido de granulação (Fibroplasia- angiogênese) Fase de remodelação da matriz extracelular a partir do 8º dia (COLAGENASE), o tecido é ativado sua recuperação pelos fatores de crescimentos. PROCESSO INFLAMATÓRIO O processo inflamatório tem seu início no rompimento tecidual, no local é liberado uma serie de substâncias que desencadeiam um efeito cascata, dentre elas o ácido araquidônico presente na membrana celular, este que será responsável por 21 desencadear todo o processo inflamatório. Ao mesmo tempo, entram em cena a chamada cascata de coagulação que será responsável pelo fechamento do ferimento, por meio da rede de fibrina e plaquetas. Quando ocorre a lesão, adentram microrganismos no local, fazendo com que a imunidade inata entre em ação. A sintomatologia ou os chamados Sinais Cardinais são: Rubor: vermelho devido a vasodilatação Dor: devido ao acúmulo de líquido intersticial e mediadores químicos como a bradicinina Calor: aumento do fluxo sanguíneo Edema\Tumor: acúmulo de fluidos no extracelular Perda de função 22 CÉLULAS RESPONSÁVEIS Neutrófilo: Os neutrófilos, juntamente com os macrófagos, são as principais células fagocitárias do organismo. Nas fases iniciais de uma inflamação bacteriana eles chegam em grande número pela corrente sanguínea. São células pequenas cujos citoplasmas são pouco corados. Na fase de neutrófilo bastonete seu núcleo tem a forma de uma letra C. No sangue e em um infiltrado inflamatório recente, porém, predominam os neutrófilos segmentados cuja principal característica é a lobulação do núcleo. Macrófagos: Macrófago é uma célula derivada de um tipo de leucócito, o monócito, que é formado na medula hematopoiética. Os monócitos circulantes saem do sangue atravessando a parede dos vasos sanguíneos e se estabelecem no tecido conjuntivo. No tecido conjuntivo se transformam em macrófagos. Os macrófagos são considerados fagócitos profissionais, isto é, células cuja função primária é a de fagocitar partículas, sejam elas restos celulares, partículas inertes ou microrganismos. Atualmente se sabe que além de fagocitar, o macrófago tem uma enorme importância no desenrolar da resposta imunitária produzindo e secretando um grande número de moléculas que, entre outras funções: - atraem outras células para um local em que esteja ocorrendo uma reação inflamatória (quimiotaxia) - regulam o funcionamento de células envolvidas na resposta imunitária - podem induzir a produção aumentada de células envolvidas em uma resposta inflamatória e/ou imunitária. Além disso, os macrófagos têm a capacidade de expor em suas superfícies fragmentos de moléculas derivadas de sua ação fagocitária, exibindo estes fragmentos para células do sistema imunitário (linfócitos) que podem iniciar uma resposta imunitária após o reconhecimento destes fragmentos. Exercendo esta função os macrófagos recebem também o nome de células apresentadoras de antígenos. Mastócitos: O mastócito é uma célula que participa da reação inflamatória secretando para a matriz várias das moléculas acumuladas no seu citoplasma, como por exemplo a histamina. É uma célula de forma ovalada, tem um núcleo central e uma grande quantidade de grânulos no citoplasma. Localiza-se preferencialmente próximo de vasos sanguíneos. O mastócito geralmente é reconhecido pelos seus grânulos. Devido ao conteúdo dos grânulos estes não se coram bem por hematoxilina e eosina, e, portanto, o mastócito não é facilmente reconhecido em cortes corados por estes corantes. O mastócito libera em seus grânulos aminas vasoativas, dentre elas a principal é a histamina, responsável pela vasodilatação inicial do processo inflamatório, causando extravasamento de plasma e o edema. Libera ainda o ácido aracdônico em sua membrana, tendo como produto final as prostaglandinas (Febre e Dor) e os 23 leucotrienos que são basicamente histaminas 1000x mais potentes e com maior duração. Células NK: Células NK (natural killer) são parte do sistema imune inato. Como as células T citotóxicas, células NK destroem células infectadas por vírus e bactérias intracelulares obrigatórias, induzindo-as a sofrer apoptose. As células NK não expressam receptores de antígenos, que permitem reconhecer proteínas virais na superfície das células infectadas Células apresentadoras de antígeno (APC’s): São células capazes de fagocitar o antígeno e expô-lo em sua superfície para que este seja apresentado ao linfócito. São consideradas APC’s os macrófagos, células dendríticas e Linfócito B. ROTAS DO MICRORGANISMO Basicamente os microorganismos podem adentrar ao corpo pelas mucosas, trato gastrointestinal, trato respiratório e por lesões epiteliais. Posterior a lesão ou entrada de antígenos nas camadas do tecido, ocorre a atuação de células chamadas apresentadoras de antígenos ou dendríticas (APC’S). Tais células fagocitam os antígenos, realizam sua quebra em partículas menores e expressam esses antígenos na membrana por meio de receptores MHC tipo II. Esse fator aciona os mecanismos imunes nas diferentes partes do corpo, ocasionado pela migração das APC’s para os vasos linfáticos, esses que desembocam no linfonodo mais próximo, desencadeando a resposta dos linfócitos e causando a linfonodomegalia. É importante ressaltar que o Sistema Linfático é constituído de pequenos vasos linfáticos com válvulas (fluxo unidirecional) , estes que se unem e formam os ductos linfáticos maiores e posteriormente o ducto torácico e direito, estes que desembocam no em vasos sanguíneos e possuindo importância clínica-cirúrgica, já que o lado esquerdo drena bem mais linfa se comparado com o direito, como serámostrado na imagem mais adiante. Outra característica é a existência do MALT (Tecido linfoide associado a mucosa) este inclui o BALT (Tecido linfoide associado ao brônquios) e GALT (Tecido linfoide associado ao intestino), responsáveis pela resposta imune, bem como pela tolerância imunológica nesses locais. TRATO GASTROINTESTINAL Lâmina 48- duodeno: Para que ocorra a infecção o microrganismo precisa vencer barreiras como, a mucina (Física-viscosa) e barreiras celulares – Células de Paneth (Defensinas), Células absortivas (Inflamação), junções de oclusão e células epiteliais (Macrófagos e DC’s). Trata-se de um tecido epitelial simples cilíndrico com células caliciformes. 24 L-50 Linfócitos- placas de PAYER: Presente no jejuno e íleo, são aglomerações de nódulos linfoides primários e secundários, presentes na mucosa, mas invadindo também a submucosa com presença de áreas de tecido linfoide denso na mucosa, esses complexos são chamados também de GALT e são responsáveis pelo mecanismo de tolerância imunológica nesses locais. As células que o compõe são basicamente os linfócitos, macrófagos e células apresentadoras de antígenos. Possuem ainda as células M, da qual é especializada na endocitose, realizando a captura de antígenos e transformando-os em partículas menores, entretanto estas são incapazes de expressar MHC II e consequentemente não desempenham a função de APC, por esse motivo ela basicamente transporta os antígenos a macrófagos apresentadores. TRATO RESPIRATÓRIO Lamina 104- FOSSAS NASAIS: Área respiratória com presença de tecido epitelial cilíndrico pseudoestratificado ciliado com presença de células caliciformes produtoras de muco (composta de ductos e adenômeros). Possui ainda o Balt- tecido linfoide associado a mucosa brônquica (compões o MALT). 25 Lamina H60- TRAQUÉIA: Tecido respiratório, epitelial cilíndrico pseudoestratificado ciliado com células caliciformes, com anéis em forma de ‘’C’’ de cartilagem do tipo hialina. Lâmina H61- PULMÃO: Balt- com presença de células M, apresentadoras de antígeno, e nódulos linfáticos, sejam primários ou secundários. 26 ÓRGÃOS LINFOIDES Centrais: Originam e armazenam linfócitos. Medula óssea: Origem de todos os linfócitos e granulócitos. Timo: Amadurecimento dos linfócitos Periféricos: Proliferação de linfócitos provenientes dos órgãos centrais Linfonodos Baço Timo MALT Linfonodos São numerosos, cerca de 500 a 600 espalhados pelo corpo. É envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado, contínua ao tecido circundante, inclusive com tecido adiposo unilocular. A cápsula é mais espessa no hilo. O parênquima do linfonodo é dividido em: córtex, que é periférico, e medula, em posição central e junto ao hilo. O córtex pode ser subdividido em: córtex superficial, mais externo, e em córtex profundo (ou paracórtex), subjacente ao anterior. A zona cortical contém tecido linfoide nodular, ou seja, nódulos linfáticos e, entre eles, tecido linfoide difuso. Nos nódulos linfáticos, há principalmente linfócitos B, mas há também uma pequena população de linfócitos T, macrófagos e células foliculares dendríticas. A circulação linfática é responsável pela absorção de detritos e macromoléculas que as células produzem durante seu metabolismo, ou que não conseguem ser captadas pelo sistema sanguíneo. A linfa percorre o sistema linfático graças a débeis contrações dos músculos, da pulsação das artérias próximas e do movimento das extremidades. Todos os vasos linfáticos têm válvulas uni direcionadas que impedem o refluxo, como 27 no sistema venoso da circulação sanguínea. Se um vaso sofre uma obstrução, o líquido se acumula na zona afetada, produzindo-se um inchaço denominado edema. Pode conter microrganismos que, ao passar pelo filtros dos linfonodos (gânglios linfáticos) e baço são eliminados. Por isso, durante certas infecções pode-se sentir dor e inchaço nos gânglios linfáticos do pescoço, axila ou virilha, conhecidos popularmente como "íngua". Ao contrário do sangue, que é impulsionado através dos vasos pela força do coração, o sistema linfático não é um sistema fechado e não tem uma bomba central. A linfa depende exclusivamente da ação de agentes externos para poder circular. A linfa move-se lentamente e sob baixa pressão devido principalmente à compressão provocada pelos movimentos dos músculos esqueléticos que pressiona o fluido através dele. A contração rítmica das paredes dos vasos também ajuda o fluido através dos capilares linfáticos. Este fluido é então transportado progressivamente para vasos linfáticos maiores acumulando-se no ducto linfático direito (para a linfa da parte direita superior do corpo) e no duto torácico (para o resto do corpo); estes ductos desembocam no sistema circulatório na veia subclávia esquerda e direita. 28 Ducto linfático direito: Esse ducto corre ao longo da borda medial do músculo escaleno anterior na base do pescoço e termina na junção da veia subclávia direita com a veia jugular interna direita. Seu orifício é guarnecido por duas válvulas semilunares, que evitam a passagem de sangue venoso para o ducto. Esse ducto conduz a linfa para circulação sangüínea nas seguintes regiões do corpo: lado direito da cabeça, do pescoço e do tórax, do membro superior direito, do pulmão direito, do lado direito do coração e da face diafragmática do fígado. Ducto torácico : Conduz a linfa da maior parte do corpo para o sangue. É o tronco comum a todos os vasos linfáticos, exceto os vasos sitados acima (ducto linfático direito). Se estende da segunda vértebra lombar para a base do pescoço. Ele começa no abdome por uma dilatação, a cisterna do quilo, entra no tórax através do hiato aórtico do diafragma e sobe entre a aorta e a veia ázigos. Termina por desembocar no ângulo formado pela junção da veia subclávia esquerda com a veia jugular interna esquerda. 29 INFLAMAÇÃO NAS TONSILAS PALATINAS 30 RADIOGRAFIA Estruturas que dificultam a passagem do raio (claro)- ossos, líquidos. Ex: pulmão coloração escura, coração coloração clara. O raio x ajuda identificar a inflamação pulmonar. A imagem deve ser realizada com o paciente de costas, para evitar a projeção inadequada do coração. Sistematização: segmento de procedimentos, de modo a olhar tudo que necessita ser visto. Pulmão até a 11º costela = inspirado Recesso costofrênico direito e esquerdo (parte inferior do pulmão que forma angulação- revestida pela pleura), pode ocorrer o apagamento ou velamento do seio costofrênico podendo ser utilizado para verificar-se hemorragias. É possível enxergar o hilo pulmonar-vasos linfáticos, veias, artérias. Traqueia: Tubo preto, as vertebras fazem contraste com a traqueia O coração deve ser ter metade do diâmetro do tórax, desde que seja realizado exame raio x posteroanterior. Raio x- perfil= dá outro plano de avaliação. 31 CAMPOS PULMONARES (1). A transparência deve ser igual entre os dois lados,nem mais branca ou mais escura entre ambos. • HILOS PULMONARES (2-3). Os hilos devem ser côncavos e semelhantes. O hilo direito deve ser ligeiramente mais baixo que o esquerdo menos que 2,5cm. • TRAQUEIA (4). A traqueia é levemente desviada para a direita. • ARCO AÓRTICO (5). • DIAFRAGMA (6-7). A cúpula frênica direita deve ser um pouco mais alta que a esquerda não mais que 3 cm. • SEIOS COSTOFRÊNICOS (8). Os ângulos costofrênicos devem ser agudos. Opacidades ou velamentos deles significam geralmente derrame pleural. • CORAÇÃO (9). O diâmetro máximo da área cardíaca deve ser menor que a metade do diâmetro transtorácico. • ESTÔMAGO (10). Logo abaixo da cúpula frênica esquerda encontra-se a bolha gástrica. 32 ENFISEMA PULMONAR Há hiperlucência – dificuldade de respirar pelo rebaixamento das cápsulas diafragmáticas. Causando como consequência o coração em gota. TUBERCULOSE Presença de cavidade no lobo inferior esquerdo, causa destruição de tecido e retenção de líquido na área destruída. 33 PNEUMATOCELES formações císticas com bolhas de ar no pulmão PNEUMONIA REDONDA • Apresentação radiológica atípica e rara de infecção pulmonar. Dos casos de pneumonia, menos de 1% se manifesta como lesão redonda e, quando ocorre, trata-se de um achado precoce no curso da doença 34 DIFERENCIAÇÃO PNEUMONIA BACTERIANA DA VIRAL Bacteriana: pneumonia segmentar e lobar, padrão nodular, broncograma aéreo e pneumonia redonda. Viral: Disseminado, adenopatias- linfonodos peri-hilares, atelectasias- causa o colabamento, espessamento das paredes brônquicas, hiperinsuflação, hilos densos, simetria bilateral. - 35 ABCESSO PULMONAR O ar fica na parte superior formando arcos e a pus em baixo resultando em imagens redondas, cujas aéreas de abcesso são mais grossas. 36 LESÕES ELEMENTARES NA PELE Causas: Modificações no tegumento determinados por processos inflamatórios, degenerativos, circulatórios, metabólicos, degenerativos, tumorais ou defeitos de formação Modificação da cor Mácula eritrematosa: caracterizada pela vasodilatação devido a uma infecção cutânea. Mácula Vascular: Telangiectasia, caracterizado por uma má formação das artérias, visível na cutânea. Mácula purpúrica: As máculas vermelhas não desaparecem pela vitopressão, resultam de derramamento de sangue na derme. Máculas pigmentares : hipocrômica ou pode ser hipercrômica (sardas). 37 Formações sólidas Pápulas Dérmicas : Palpável, espessamento da derme podendo ser denominado placa, de natureza edematosa, inflamatória ou proliferativa. Nódulos: Reação reumatismal = nódulo reumastimal, os nódulos são hemisféricos caracterizando uma semicircunferência. Vegetação: exemplo seria condiloma acuminado. 38 Lesões de conteúdo liquido Vesículas: Epiderme separada da derme por acúmulo de líquido, exemplo é a varicela e herpes (agrupadas). Bolhas: Queimaduras, descolamento da derme e epiderme, com acúmulo de líquido e extravasamento de plasma Pústula: Lesão de conteúdo líquido, entretanto o conteúdo é pus. Abscesso: Centro mole com região central amarelado, de caráter duro. 39 Mudança na espessura da pele Atrofia: pode ser atrofia senil caracterizando a diminuição da sua consistência e elasticidade. Esclerose: Pele espessada, associada a uma condensação fibrosa na derme. Liquenificação: Espessamento da pele devido a um trauma, aumento dos sulcos e saliência por atrito. Infiltração: Alteração na espessura por infiltração de líquido, sinal do cacifo por compressão, podendo ser cacifo positivo ou negativo e classificado em cruzes. Ceratose: Ligadas a exposição solar, causa um espessamento da epiderme por aumento da camada córnea com escamação. 40 Lesões caducas Crosta: Fase final da erosão. Escama: Fase final da liquenificação. 41 Solução de continuidade da pele Erosão ou escoriação: são feridas muito superficiais e a derme é exposta. Fissura: Solução de continuidade da pele, ulcerações lineares na epiderme e derme expondo a hipoderme. Ulcera: Lesão da derme e epiderme expondo a hipoderme, caracteriza uma lesão arredondada e espaçada. Sequelas Cicatriz: Modificações na derme 42 CICATRIZAÇÃO Primeira intensão As margens estão próximas Segunda Intensão A) Numa ferida aberta não infectada. A fenda é primeiramente preenchida por tecido de granulação, o qual se contrai e torna-se uma cicatriz. B) Em uma ferida infectada. A ferida é preenchida com tecido de granulação, o qual produz pus até as bactérias serem eliminadas. Depois disso o tecido de granulação contrai e produz uma cicatriz. 43 Composição do pus As bactérias degradadas, os componentes do conjuntivo dissolvidos (macrófagos, glóbulos brancos, células teciduais) e os neutrófilos mortos se juntarão ao exsudato formado pela inflamação, ficando assim com uma coloração amarelada e uma consistência viscosa purulenta, que chamamos de pus. CICATRIZAÇÃO 3 DIAS FASE INFLAMATÓRIA Ocorrência de migração sequencial das células para a ferida, facilitada por mediadores bioquímicos que aumentam a permeabilidade vascular, favorecendo a exsudação plasmática e a passagem de elementos celulares para a área da ferida. Mediadores bioquímicos de ação curta são: Histamina e Serotonina Mediadores bioquímicos de ação duradouras: Leucotaxina, Bradicinina e Prostaglandina. A prostaglandina é um dos mediadores mais importantes no processo de cicatrização, pois além de favorecer a exsudação vascular, estimula a mitose celular e a quimiotaxia de leucócitos. Os primeiros elementos celulares a alcançar o local da ferida são: Neutrófilos: (24-48 h) função de desbridar as superfícies da ferida e fagocitar as partículas antigênicas e corpos estranhos. 44 Macrófagos: durante os dois a três dias seguintes, ativa os fibroblastos e células endoteliais, estimulam também a produção: bradicinina, prostaglandina e outros mediadores químicos, estimulando assim, a migração e a mitose das células endoteliais. A neoangiogênese torna-se comum na inflamação e é responsável pela nutrição do tecido, aumento do aporte de células, como macrófagos e fibroblastos para o local da ferida – colágeno I e III (fibras reticulares) da matriz extracelular. FASE PROLIFERATIVA: Formação de tecido de granulação: Um leito capilar, fibroblastos, macrófagos, um frouxo arranjo de colágeno, fibronectina e ácido hialurônico. Esta fase inicia-se por volta do 3º dia após a lesão, perdura por 2 a 3 semanas (marco inicial da formação da cicatriz). Cerca 24 a 36 horas após a lesão, fatores de crescimento epidérmicos (EGF) estimulam a proliferação de células do epitélio. Na pele os queratinócitos sintetizam diversas citocinas que estimulama cicatrização das feridas cutâneas. Ocorre epitelização/sequência de alterações nos queratinócitos da ferida como separação, migração, proliferação, diferenciação e estratificação. FASE DE MATURAÇÃO: A Ferida sofre um processo de contração, por meio de um movimento centrípeto de toda a espessura da pele circundante, reduzindo a quantidade e o tamanho da cicatriz desordenada. Este processo é um importante aliado da cicatrização das feridas, principalmente nas abertas. Porém, se ocorre de forma exagerada e desordenada causa defeitos cicatriciais importantes por causa da diferenciação dos fibroblastos em miofibroblastos, estimulados por fatores de crescimento. CICATRIZAÇÃO 21 DIAS Remodelação A maturação da ferida tem início durante a 3ª semana e caracteriza-se: *aumento da resistência (alinhamento do colágeno), sem aumento na quantidade de colágeno, equilíbrio de produção e destruição das fibras de colágeno. Desequilíbrio: cicatrizes hipertróficas e quelóides. A fase de maturação dura toda a vida da ferida, embora o aumento da força tênsil se estabilize, após um ano, em 70 a 80% da pele intacta. A inclinação da curva de maturação é mais aguda durante as primeiras seis a oito semanas. 45 Doenças relacionadas a Hipersensibilidade: DERMATITES ECTEMATOSAS Eczema= avermelhado, significa pegar fogo. Lesões elementares: eritrema, vesículas e exsudação com vesículas. Dermatite de contato de irritante primário: Irritante quase sempre um agente químico, sem sensibilização prévia sendo uma das principais causas de doenças ocupacional. Sem reconhecimento antigênico, teste de contato negativo, substâncias ácidas ou alcalinas, pode desenvolver-se ao primeiro contato, geralmente limita-se a região de contato, depende da concentração do agente e tempo de exposição. DERMATITE DE CONTATO ALÉRGICA Pessoas predispostas, reação de hipersensibilidade celular tipo IV. Hapteno, estrutura de baixo peso molecular capz de penetrar na camada córnea da pele provocando a resposta imune, necessita de sensibilização, manifestações clínicas em período cada vez mais curto. Ex: dermatite por cromo- cimento, couro. Há reconhecimento antigênico, teste de contato positivo, necessita de contato prévio, pode ter disseminação a distância e menor dependência do tempo de exposição. 46 DERMATITE ATÓPICA Alergia sistêmica, processo inflamatório crônico, pruginoso e recorrente, lesões elementares -pápulas, escoriações, e liquenificação-, acomete mais flexuras. Depende de fatores genéticos, fatores fisiológicos como hiperatividade, prurido, sudorese (agrava ou incita prurido) e reatividade vascular anômala (dermografismo) e de fatores imunológicos, com elevação do IgE, deficiência seletiva de IgA. 47 LUPUS ERITREMATOSO SISTÊMICO-LES Mancha eritrematosa em região malar, lesão em borboleta. Doença autoimune multissistêmica crônica, com desenvolvimento nem focos inflamatórios em vários tecidos do corpo, apresenta ainda dermatite, artrite, sorosite, glomerulite e cerebrite. Os autoanticorpos se ligam a antígenos circulantes podendo depositar-se na pele dentre outro órgãos, participação ativa do sistema complemento, deficiência do receptor CR1. Pode ser ainda o lúpus bolhoso ou com presença de placas, lúpus subagudo quando ocorre a descamação e discoide. 48 LESÕES DE PELE NA HANSENÍASE- LEPRA Agente causador, Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, trata- se de um parasita intracelular obrigatório, com uma multiplicação lenta com alto grau de infectividade e patogenidade baixa, via de eliminação através de vias aéreas superiores, incubado de 2 a 7 anos podendo acometer todas as idades em ambos os sexos. Manchas pigmentares, placa, infiltração, tubérculo ou nódulo, localizado principalmente nos braços, orelhas, pernas, nádegas, e costas. Alteram a sensibilidade. Podem ser formar Paucibacilares -Hanseníase indeterminada e tuberculoíde (pouco contagiosas) e Multibacilares (contagiosas)- Hanseníase Dimorfa ou Virchowiana com facies leonina.
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