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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI/SC CURSO TÉCNICO EM PLÁSTICO GELECA ALAN MALON LUCAS FLORIANO VICTOR WILLIAN FELIPE TOLLER Relatório de aula experimental Joinville – SC 13 de Setembro de 2017 ALAN MALON LUCAS FLORIANO VICTOR WILLIAN FELIPE TOLLER GELECA Relatório de aula prática apresentado à Unidade Curricular de Ciência e Comportamento dos Materiais Plásticos ao curso Técnico em Plástico do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI - Unidade Joinville, sob orientação do professor Fabricio Borges para fins de avaliação. Joinville – SC 13 de Setembro de 2017 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 4 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 6 2.1. CONCEITO DE POLÍMERO 6 2.2. TERMOPLÁSTICO 6 2.2.1. CADEIAS LINEARES 6 2.2.2 CADEIAS RAMIFICADAS 6 2.3. TERMORRÍGIDOS 7 2.3.1. CADEIAS CRUZADAS 7 2.4. ELASTÔMEROS 7 2.5. LÍQUIDO NÃO-NEWTONIANO 8 2.6. GELECA 8 3. MATERIAIS E MÉTODOS 9 3.1. MATERIAIS 9 3.2. REAGENTES 9 3.3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 9 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 10 5. CONCLUSÃO 11 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12 1. INTRODUÇÃO Existem várias formas de apresentar um novo conteúdo em sala de aula, também existem as aulas práticas em laboratórios que aprofundam mais o conhecimento e aprendizado de determinado assunto. A teoria é essencial em tudo que se aprende, porém, a prática pode-se dizer que caminha lado a lado. As aulas práticas funcionam como um catalisador para os conhecimentos adquiridos na teoria, e promovem uma melhor fixação de todo o conteúdo. Neste relatório serão abordados assuntos referentes a aula pratica em laboratório, que teve como finalidade fixar a teoria de introdução dos polímeros e dar início a novas aprendizagens. O ser humano sempre esteve em busca de mais conhecimento, desde o seu surgimento até os dias de hoje, e na ciência da natureza isso não foi diferente já que é uma área que abrange muitos assuntos e a aprendizagem é frequente. Em meio a esse mundo da ciência, surge os polímeros que estão presentes em itens que fazem parte do nosso cotidiano, e a cada dia que se passa surgem mais meios de utiliza-los. Para que se possa entender como funciona e toda a teoria de polímero é necessário passar por alguns assuntos específicos que facilitam o entendimento dessa macromolécula, não podemos falar de polímeros sem conhecer o que são termoplásticos e termorrígidos que fazem parte dos polímeros sintéticos e naturais. Para entender o quanto é ampla essa área da ciência, dentro dos assuntos de termoplástico e termorrígidos existem uma subdivisão que visa explicar como são as estruturas desses polímeros. Nos termoplásticos essas subdivisões são conhecidas como Cadeias lineares e ramificadas, já nos termorrígidos são as Cadeias cruzadas. Também serão abordados assuntos referentes a geléca que é utilizada no brasil e no mundo como um brinquedo. Ela possui uma certa elasticidade e no início do experimento encontra-se em forma líquida podendo chegar a forma solida, retornando a líquida caso seja adicionado muito borato de sódio, é um polímero e faz parte dos elastômeros que são conhecidos justamente por sua elasticidade, também conhecidos como borrachas. 1.1. OBJETIVO GERAL Esse relatório tem como objetivo descrever o experimento realizado em laboratório, durante a aula de Ciência e comportamento dos materiais plásticos. O experimento teve como objetivo aplicar no curso, Técnico em Plástico, os conceitos e teorias aprendidos em sala de aula, ver até que ponto os conceitos foram compreendidos e aprofundar os conhecimentos de introdução à polímeros. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1. CONCEITO DE POLÍMERO Polímero é uma macromolécula composta por muitas unidades de repetição denominadas meros, ligadas por ligação covalente. A palavra Polímero provem do Grego Polí (muitos) mero (unidades de repetição). Para se produzir um polímero a matéria-prima utilizada é chamada de monômero (estrutura química), isto é, uma molécula com unidade de repetição (mono). 2.2. TERMOPLÁSTICO O termoplástico é um polímero que tem como principal característica a sua fluidez quando aquecido a altas temperaturas, dessa forma amolece com facilidade podendo se moldar nessas condições. Se forem necessárias podem ser feitas novas aplicações de temperatura e pressão, tornando assim os termoplásticos reaproveitáveis. 2.2.1. CADEIAS LINEARES Podem ser comparadas como vários fios longos unidos, como se fossem uma corda contínua. Segundo Canevarolo Jr. (2006, p. 42), “a cadeia polimérica é constituída apenas de uma cadeia principal. É formada pela polimerização de monômeros bifuncionais, podendo exigir a ajuda de catalisadores estereoespecíficos”. Ou seja, se o polímero que for injetado possuir cadeia linear, ele fluirá com mais facilidade adquirindo o formato do molde. 2.2.2 CADEIAS RAMIFICADAS “Possuem pequenos ramos ligados à cadeia principal do polímero. Falando de forma figurada, seria como pequenas linhas amarradas à cadeia principal, neste caso, ao longo do comprimento da corda.” (Souza, 2017) Polímeros ramificados são aqueles nos quais as unidades repetitivas estão ligadas exclusivamente em um arranjo linear, seja porque no mínimo um dos monômeros tem funcionalidade maior que 2 ou porque o processo de polimerização em si produz pontos de ramificação em um polímero que é feita exclusivamente de monômeros bifuncionais. (RUDIN & CHOI, p. 19,2017). Nesse caso se o polímero que for injetado possuir cadeia ramificada, há mais dificuldade para fluir e adquirir o formato do molde, pois as ramificações podem se enroscar, ocasionando assim algum problema no fim do processamento. 2.3. TERMORRÍGIDOS O termorrígido assim como o termoplástico também quando é submetido a temperaturas elevadas com uma certa pressão, amolecem e fluem, adquirindo a forma do molde. Porém os termorrígidos por reagirem quimicamente formando ligações cruzadas e se solidificando, quando são submetidos a novos aumentos de temperatura e pressão não são mais influenciados, tornando-se assim materiais insolúveis, infusíveis e não-recicláveis. 2.3.1. CADEIAS CRUZADAS Segundo Canevarolo Jr. (2006, p. 43), “As cadeias poliméricas estão ligadas entre si através de segmentos de cadeia unidos por forças primárias covalentes fortes. Essas cadeias tornam esse polímero mais difícil de ser utilizado pois as cadeias se amarram umas às outras impedindo seu livre deslizamento. Dentro dessa cadeia também pode-se subdividir em polímeros com baixa densidade e alta densidade, em função de ligações cruzadas médias por volume unitário. 2.4. ELASTÔMEROS Michaeli & et al (2005) afirmam que os elastômeros são caracterizados por atingir sua estabilidade através de uma reação química, na qual acontece encadeamento de matéria-prima, diferente dos termoplásticos que se solidificam através de resfriamento. A reação é iniciada através de calor no processamento em uma máquina injetora. Dentre todos os tipos de materiais poliméricos, as borrachas, ou elastômeros, se distinguem por sua característica única de permitir grande alongamento, seguido instantaneamente de quase completa retração, especialmente quando se encontram na condição vulcanizada. Esse fenômeno foi primeiramente observado na borracha natural, epassou a ser conhecido como elasticidade. A borracha é material considerado de importância estratégica, devido ao papel que desempenha principalmente no transporte de pessoas, matérias-primas, produtos acabados, alimentos, etc. (MANO & MENDES, p. 75, 1999) 2.5. LÍQUIDO NÃO-NEWTONIANO Nos fluidos não-newtonianos, a velocidade de deformação não é diretamente proporcional à tensão de cisalhamento e é dependente do tempo. Esses fluidos podem ser classificados em 3 tipos: pseudoplásticos ("pseudoplastic"), dilatantes ("dilatant") e fluidos de Bingham ("Bingham fluids'). (MANO & MENDES, p. 62, 1999) Ou seja, é um fluido cuja viscosidade varia de acordo com o grau de deformação aplicado, a viscosidade não é bem definida. Três exemplos de fluido não- newtoniano são, o amido de milho com água, ketchup e areia movediça, nesses casos mais em especifico da areia movediça, quando é exercida uma forte pressão sobre a sua superfície ela se comporta como sólida, mas quando se deixa de exercer pressão ela se torna líquida. 2.6. GELECA É uma massa com consistência típica de um fluido newtoniano, seu estado físico fica se alterando conforme a força que é aplicada sobre ela. Podendo chegar a fases em que fique sólido ou então líquido. A matéria prima que é utilizada na produção da geléca é conhecida como monômero por apresentar apenas uma parte da estrutura final (mono). A evaporação deste solvente faz com que as cadeias do polímero se aproximem, gerando uma estrutura rígida. Para que um polímero se torne mais rígido é adicionado a ele ligantes cruzados, que no caso da geléca é utilizado o Borato de sódio como ligante cruzado do Poliacetato de vinila (PVA). 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1. MATERIAIS Os materiais que foram utilizados na experiência: ● 1 copo descartável de plástico. ● Cola branca. (PVA) ● Bórax. (Borato ou Tetraborato de Sódio) ● Corante. ● Balão de vidro 1L. ● 1 pepita. ● 1 bastão de vidro. ● 1 espátula. 3.2. REAGENTES A cola branca (PVA) é um polímero, uma substancia que tem moléculas muito longas, ou seja, os átomos ficam grudados um no outro, e assim vão formando correntes, onde acontece uma reação química com encadeamento da matéria prima. Jogando o bórax faz com que as moléculas grudem umas nas outras, quando isso acontece a cola (PVA) que tinha a forma liquida acaba virando uma geléca, se tornando sólida e adquirindo uma certa elasticidade. A geleca depois da reação química se torna um fluido não-newtoniano, cuja a viscosidade altera conforme o grau de pressão aplicado. 3.3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Na primeira fase do experimento foram utilizados 50 gramas de cola branca, foram adicionadas em um copo plástico 3 gotas de corante verde, com o bastão de vidro foram misturados até adquirir a cor desejada. Na segunda fase, aos poucos foram adicionadas pequenas quantias de bórax (Borato de Sódio), misturando até que acontecesse a reação química e se tornasse sólido, a ponto que não grudasse na palma da mão. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES A partir dos resultados adquiridos, observou-se que houve uma diferença entre a concentração da cola (PVA) com borato de sódio. Aparentemente durante o experimento na diluição de bórax com PVA, houve uma inconsistência, onde a reação química estava acontecendo de forma acelerada, por um certo momento parecia estar se tornando sólida, porém passando por esse estado voltou a tornar-se liquida novamente. Observando essas reações e dialogando entre o grupo do experimento, pode- se afirmar que para obter sucesso no experimento é preciso que acrescente aos poucos o reagente e observe com atenção a diluição, para encontrar a consistência exata e que permaneça no estado sólido. A atenção diante da reação química é a parte crucial do experimento, pois se haver descuido pode passar do estado sólido para o líquido fazendo com que não obtenha os resultados esperados. O grupo também observou que o borato de sódio é a outra parte mais importante do experimento, pois é a quantia exata que vai levar ao resultado, passando dessa quantia acabará levando a falha também. 5. CONCLUSÃO Pela observação dos aspectos analisados pode-se concluir que os polímeros fazem parte do nosso cotidiano e o seu uso vem sendo utilizado para evolução e tecnologia. Levando em consideração o experimento, é visível que a ciência abrange uma área muito ampla e quem trabalha e busca conhecimento está sempre em uma aprendizagem constante. Por mais simples que seja o experimento, no caso da geléca, sempre trará algum resultado que mostra o quanto pode-se aprender e continuar aprendendo, e através da pratica aliada a teoria fixou bem o que são os elastômeros e todo o processo químico. Ao final do experimento percebe-se que atenção e dedicação são sempre um fator crucial na obtenção de resultados tanto na teoria quanto na prática, pois foi muito empolgante ver as reações acontecendo e ao mesmo tempo a expectativa tomava conta de todo o grupo para obtenção do resultado final, podem então dizer que objetivo foi completado. A reação química aconteceu de modo que foi perceptível desde seu estado liquido até o estado sólido, e com a pigmentação pôde ser obtido uma coloração verde, dissolvendo o bórax juntamente com o PVA que antes do experimento era só uma cola acabou se tornando uma geleca. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SOUZA, Líria Alves de. "Classificação dos polímeros sintéticos"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/quimica/classificacao-dos-polimeros- sinteticos.htm>. Acesso em 08 de setembro de 2017. RUDIN, Alfred; CHOI, Philip. Ciência e Engenharia de Polímeros. 3. Ed. São Paulo: Elsevier, 2015. MICHAELI Walter & et al. Tecnologia dos Plásticos. 1. Ed. São Paulo: Blucher, 1995. CANEVAROLO Jr, Sebastião V. Ciência dos Polímeros. 2. Ed. São Paulo: Artliber, 2006. MANO, Eloisa Biasotto; MENDES, Luís Cláudio. Introdução a Polímeros. 2. Ed. São Paulo: Blucher, 1999.
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