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O direito penal e processual penal nas ordenações Filipinas

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FACULDADE DO SUL MANTIDA PELA UNIC EDUCACIONAL UNIME/ITABUNA CURSO DE DIREITO
PATRICIA
Resumo: O direito penal e processual penal nas ordenações Filipinas e na Inquisição 
ITABUNA-BAHIA
2017
PATRICIA
FACULDADE DO SUL MANTIDA PELA UNIC EDUCACIONAL UNIME/ITABUNA CURSO DE DIREITO
 
 
 Resumo apresentado ao 
 curso de direito noturno do 
 4º semestre B.
 Professor: Alexandre Mota
Resumo: O direito penal e processual penal nas ordenações Filipinas e na Inquisição 
ITABUNA-BAHIA
2017
Introdução 
O presente resumo ira tratar de dois temas importantes dentro da seara do direito, como sabido a civilização consolidou-se com o surgimento da escrita que consequentemente foram surgindo às primeiras regras para a sobrevivência dentro de uma sociedade. O resumo ira abordar como era a aplicação do direito penal e processual penal nas ordenações Filipinas e na Inquisição. 
Destarte é perceptível a importância da sociedade antiga para a compreensão do surgimento das primeiras penas, e diante dessa compreensão observar o quanto a sociedade evoluiu. É notório que a observância dos desdobramentos históricos e fundamental e necessário uma vez que as mudanças jurídicas a partir dessas transformações sociais, políticas e econômicas pelas quais passamos, foram importantes.
O presente resumo ira abordar os aspectos da organização da sociedade, as transformações que marcam um período com as mudanças na legislação.
O direito penal e processual penal nas ordenações Filipinas
As ordenações Filipinas existiram em Portugal e no Brasil, no ano de 1603, sendo extintas aos poucos. A parte penal e processual penal foi revogada em 1830 e 1831 pelos Códigos Criminal e de Processo Criminal do Império. As Ordenações Filipinas não previam a prisão como pena. O acusado permanecia preso até a sentença, quando então era executada a pena. Nos raros casos em que havia pena de prisão, esta nunca era superior a quatro meses. As penas eram aplicadas segundo os privilégios ou linhagem dos executados sendo as penas de degredo, morte e entre outros. 
Havia, porém, alguns crimes cujas penas eram aplicadas indistintamente, sem qualquer ressalva quanto à qualificação do criminoso: lesa majestade, sodomia, testemunho falso e outros. O tormento só era aplicado a todas as pessoas quando se fossem acusadas de crime de lesa majestade, aleivosia, furto e outros. Fora isso, só pessoas vis sofriam tormento. O tormento não era pena, mas sim meio de prova, mediante algumas confissões, era feito auto circunstanciado do tormento, ao qual só podiam comparecer o julgador, o escrivão e o ministro este ministrava o tormento.
O processo penal tramitava pela Justiça sendo que não havia judiciário. A Justiça era exercida por diversos órgãos, as investigações criminais eram conduzidas pelos Juízes e os inquéritos eram chamados de devassas e eram presididos ou por Juízes de Fora, ou pelos Ordinários. 
O período das Ordenações revela decisivas contribuições para a solidificação do Estado português e do Direito moderno ao passo que evidencia a frequente tentativa histórica de os povos consolidarem os poderes instituídos, possibilitando melhor distribuição de justiça. Nota-se que a iniciativa de compilar a legislação é mais expressiva após longos períodos de sua produção espontânea.
A parte penal das Ordenações Filipinas buscava promover a intimidação pelo horror; confundiam-se crime, moral e pecado; possuía índole de vingança arbitrária e vaidade; condenava a morte os mais leves crimes; era recheada de ódio e terror; e havia desigualdade de tratamento entre os delinquentes e os mais elitizados, eis que se levava em conta fatores como religião, nacionalidade e condição social - como por exemplo, nos crimes de Lesa Majestade, onde os nobres tinham suas penas enfraquecidas e às vezes o dinheiro as fazia desaparecer, enquanto os plebeus tinham os horrores, as torturas, o escárnio e o desprezo público devidamente garantidos. Os judeus e os mouros também recebiam tratamento degradante por causa de sua religião contrária ao clero.
Percebeu-se, primeiramente, o quanto o direito é revelador dos aspectos de uma determinada realidade histórica. A legislação revelou elementos objetivos e subjetivos quanto aos valores culturais da sociedade estudada. Ficou evidenciado que naquela sociedade havia toda uma preocupação com a representação social do rei, uma vez que a legislação, justificada por fundamentos teológicos, previa penas severas a fim de preservar a monarquia.
Por tanto até o fim do Império, a pena de morte derramou muito sangue no Brasil, índios, rebeldes e escravos, entre outros, morreram pelas mãos do Estado. Foram mais de três séculos de enforcamentos, fuzilamentos e degolas, que começaram quando o Brasil ainda era uma colônia de Portugal.
O direito penal e processual penal na Inquisição 
A origem mais consolidada da inquisição tem suas raízes no Império romano e, posteriormente, ainda no Direito romano antigo, com a expressão “inquisitio” que representava a formulação de uma acusação pela autoridade judicial, quando ausentes denúncias ou acusações sustentadas por testemunhas. Complementarmente às cruzadas que, a partir de 1095, com o Papa Urbano II inauguraram uma nova rota para o domínio de Deus, no final do século XII, deflagrou-se a Inquisição Medieval, movimento político-religioso, em que a Igreja Cristã arquitetou uma reação contra a difusão no ocidente de movimentos heréticos como o maniqueísmo. A Igreja nutriu especial preocupação com os cátaros de Albi, pois apesar de originalmente se concentrarem no sul da França, as suas idéias se irradiaram a outras regiões próximas e demonstraram uma impressionante capacidade.
A Inquisição ou santa Inquisição foi um tribunal organizado e articulado pela Igreja católica na idade media para punir os hereges e aqueles que eram contra os dogmas da “Santa” Igreja Católica, o papa que mandou milhares para fogueira foi o sumo pontífice Papa Gregório IX, sendo as acusações por heresia, das praticas da aqueles que não acreditavam e faziam praticas contrarias da igreja um exemplo seria os curandeiros, cartomantes entre outros que  nos dias de hoje não significa grande perigo para a vida humana, mas para fé cristã era algo extremamente perigoso.
A Inquisição assumiu sua primeira forma concreta a partir de sua codificação no decreto papal Ad abolendam6 emanado pelo Papa Lúcio III no ano 1184, no qual se estabeleceu o primeiro delineamento do procedimento inquisitorial. Posteriormente, as bulas papais Licet ad capiendos e Ad Exstirpanda, ambas de autoria do Papa Gregório IX e a bula Clementina Saepe,de autoria do Papa Clemente V, incrementaram a peseguição aos hereges e, mais tarde, a partir do ano 1438, com a descoberta de reuniões sabáticas na região alpina principiou-se, também, a caça a feiticeiras. Sob o pálio de combater o diabo e as suas diversas manifestações, a Igreja operou um combate, não só aos maniqueístas, valdistas e cátaros, mas uma batalha irrestrita e intolerante à diversidade de opiniões e de crenças, enfim, às diferenças.
O sistema processual inquisitorial, a partir da Idade Média, passa a receber os influxos do Direito Canônico e o órgão julgador, além de decidir o litígio, era incumbido de elaborar a acusação penal, ex officio e perscrutar as provas, incluída aí a investigação sobre o acusado que, despido de garantias processuais, era considerado um mero objeto de investigação. O juiz-acusador valia-se de um procedimento investigató- rio secreto para carrear elementos que ratificassem a acusação por ele próprio elaboradae que resultava de dados colhidos a priori. “A prova não era fator de convencimento do juiz, mas instrumento para este convencer os outros do acerto da acusação que apresentara liminarmente.
O método inquisitorial, a partir de sua dupla origem: religiosa e secular, representa uma nova forma de exercício de poder, uma vez que as guerras e os duelos foram substituídos pelas perguntas.23 No período medieval e nas décadas que precederam a Idade Moderna sucederam-se, em tribunais improvisados, vários processos sumários no campo e em lugares mais isolados a partir dos quais submeteram à tortura e à morte os acusados de heresia. No entanto, a partir dos séculos XIV e XV, eclodiu uma nova metodologia para o desenvolvimento das atividades judiciais: “Os tribunais seculares e eclesiásticos adotaram o sistema inquisitório dito de ‘processo penal’, que facilitou e promoveu o desenvolvimento dos processos por feitiçaria”.
A busca da verdade real como finalidade da praxis judicial fincou-se como um dos principais pilares dogmáticos que sustentavam o processo inquisitório. A própria semântica do nomen jures ‘inquisição’: averiguação minuciosa e indagação, já remete à essência da concepção inquisitiva sustentada pelos doutrinadores e ratificada pela prática judicial do período.
A estruturação do processo inquisitório contou com alguns princípios herdados do Direito Canônico e que, sob um manto de racionalidade, visavam tolher a liberdade e a autonomia dos juízes, especialmente no tocante à apreciação dos elementos instrutórios. Em primeiro lugar, houve a proibição da purgatio vulgaris (ordália) e, em um segundo momento, mitigou-se o conceito de certeza moral e impôs-se o dever do juiz sentenciar conforme a fórmula secumdum acta et probata. Ademais, proporcionalmente ao enfraquecimento da íntima convicção, houve o incremento do formalismo probatório que culminou com a adoção do sistema das provas legais, em que o juiz, limitado em sua tarefa de julgar, fica adstrito aos valores abstratos e predeterminados pelo legislador para cada um dos meios de prova. Diante da necessidade.
A Inquisição, tanto no período medieval quanto na idade moderna, consistiu em movimento político-religioso que, sob o argumento de luta contra o diabo, promoveu uma perseguição indiscriminada e intolerante à diversidade de opiniões e de crenças, como o objetivo de estruturar uma sociedade cristã sólida e ordenada que se submetesse aos excessos e desmandos de uma minoria eclesiástica. O processo, sob a égide do sistema inquisitorial, prestou-se, por meio de perseguições, opressões, tormentos e suplícios, a perpetuar uma estrutura de poder e inibir quaisquer ideias e manifestações que pudessem representar uma ameaça ao status quo. 
A santa inquisição está entre os episódios da história que devemos lembrar, para que não ocorra novamente, ela está entre os episódios de grande vergonha da história humana como foi à bomba atômica lançada pelos americanos e os campos de concentração da segunda guerra, e milhares de mortes de civis por comunistas em revoluções e atualmente na morte de inocentes na guerra do Iraque e da palestina.
 A Inquisição enterrou a Europa sob um milênio de trevas deixando um saldo de incontáveis vítimas de torturas e perseguições que eram condenadas pelos chamados “autos de fé” ocasião em que é lida a sentença em praça pública. 
Conclusão
Por tanto o processo, do sistema processual no sistema das ordenações Filipinas e no inquisitorial, prestou-se, por meio de perseguições, opressões, tormentos e suplícios, a perpetuar uma estrutura de poder e inibir quaisquer ideias e manifestações .
Podemos citar que dentro do sistema de punição muitas vezes, o condenado se arrependesse e voltasse para o seio da Igreja seria uma forma de perdão para seus crimes. Com o exposto, concluímos, por tanto que o sistema processual era totalmente ligado a religião, e suas praticas tinha por finalidade inibir quis quer outra pratica religiosa. 
Bibliografia
Artigos e monografias da internet; 
 O Livro V das Ordenações Filipinas previa quatro espécies básicas de pena de morte: a) “morte cruel”, em que a vida era tirada lentamente, entremeada de suplicios; b) “morte atroz”, nesta acrescentavam-se algumas circunstâncias agravantes à pena capital, como a queima do cadáver, etc.; c) “morte simples”, perda da vida mediante degolação, enforcamento; d) “morte civil”, em que se eliminava a vida civil e os direitos da cidadania. (in  ”Códigos Penais do Brasil”, de José Henrique Pierangeli, Ed. RT, 2ª edição, São Paulo, 2004, pág. 57)

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