Buscar

APOSTILA AGRAVO DE INSTRUMENTO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

1 
 
Belo Horizonte 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recursos de Agravo de 
Instrumento e Agravo Interno sob 
a ótica do novo C.P.C. 
Teoria e prática 
 
 
 
 
 
 
 Roteiro de Estudos 
 
 
 
 
PROF. ANDRÉ LUIZ LOPES 
ESCOLA SUPERIOR DOM HELDER CÂMARA 
2 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
 
CONCEITO – É o recurso oponível contra as decisões interlocutórias 
elencadas no art. 1.015, do C.P.C., sendo elas: 
 
I - tutelas provisórias; 
II - mérito do processo; 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de 
sua revogação; 
VI - exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII - exclusão de litisconsorte; 
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à 
execução; 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º; 
XII - (VETADO); 
XIII - outros casos expressamente referidos em lei. 
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões 
interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento 
de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. 
 
 
CONCEITO DE DECISÃO INTERLOCUTÓRIA: Todo pronunciamento judicial 
de natureza decisória que não se enquadre no conceito de sentença 
(pronunciamento por meio do qual o juiz, julgando o mérito ou não, põe fim à 
fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução). 
 
INTERPOSIÇÃO E REQUISITOS: O agravo de instrumento será dirigido 
diretamente ao tribunal competente, por meio de petição com os requisitos 
exigidos pelo art. 1.016, C.P.C: 
 
I - os nomes das partes; 
II - a exposição do fato e do direito; 
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio 
pedido; 
IV - o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo. 
 
DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS QUE INSTRUIRÃO A PETIÇÃO 
RECURSAL– ART. 1.017, C.P.C: 
 
I - obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da 
petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da 
certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a 
tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante 
e do agravado; 
3 
 
II - com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no 
inciso I, feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade 
pessoal; 
III - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis. 
§ 1º Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas 
custas e do porte de retorno, quando devidos, conforme tabela publicada pelos 
tribunais. 
 
OBS: § 5º - Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças 
referidas nos incisos I e II do caput, facultando-se ao agravante anexar outros 
documentos que entender úteis para a compreensão da controvérsia – art. 
1.017, § 5º, C.P.C. 
 
PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO: 15 dias 
contados da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a 
Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados 
da decisão – art. 1.003, C.P.C. 
§ 1º Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão intimados em audiência 
quando nesta for proferida a decisão. 
§ 2º Aplica-se o disposto no art. 231, incisos I a VI, ao prazo de interposição de 
recurso pelo réu contra decisão proferida anteriormente à citação. 
§ 3º No prazo para interposição de recurso, a petição será protocolada em 
cartório ou conforme as normas de organização judiciária, ressalvado o 
disposto em regra especial. 
§ 4º Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será 
considerada como data de interposição a data de postagem. 
 
PRAZO PARA CONTRARRAZÕES E PARECER DO MINISTÉRIO PÚBLICO: 
O relator ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso 
de recebimento, quando não tiver procurador constituído, ou pelo Diário da 
Justiça ou por carta com aviso de recebimento dirigida ao seu advogado, para 
que responda no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a 
documentação que entender necessária ao julgamento do recurso – art. 1.019, 
II C.P.C. 
 
O relator determinará, ainda, a intimação do Ministério Público, 
preferencialmente por meio eletrônico, quando for o caso de sua intervenção, 
para que se manifeste no prazo de 15 (quinze) dias – art. 1.019, III C.P.C. 
 
PREPARO – Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das 
respectivas custas e do porte de retorno, quando devidos, conforme tabela 
publicada pelos tribunais – art. 1.017, § 1º, C.P.C. 
 
Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, 
quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte 
de remessa e de retorno, sob pena de deserção. 
§ 1º São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os 
recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito Federal, 
pelos Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam 
de isenção legal. 
4 
 
§ 2º A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de 
retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu 
advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias. 
§ 3º É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no 
processo em autos eletrônicos. 
§ 4º O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o 
recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será 
intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, 
sob pena de deserção. 
§ 5º É vedada a complementação se houver insuficiência parcial do preparo, 
inclusive porte de remessa e de retorno, no recolhimento realizado na forma do 
§ 4º. 
§ 6º Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará a pena de 
deserção, por decisão irrecorrível, fixando-lhe prazo de cinco (cinco) dias para 
efetuar o preparo. 
§ 7º O equívoco no preenchimento da guia de custas não implicará a aplicação 
da pena de deserção, cabendo ao relator, na hipótese de dúvida quanto ao 
recolhimento, intimar o recorrente para sanar o vício no prazo de 5 (cinco) dias. 
 
 
EFEITOS DO AGRAVO: 
 Devolutivo. 
 Suspensivo - Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e 
distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, 
incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias: 
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em 
antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, 
comunicando ao juiz sua decisão; 
Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo 
disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso. 
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa 
por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver 
risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar 
demonstrada a probabilidade de provimento do recurso. 
 
 
JUÍZO DE RETRATAÇÃO NO AGRAVO – Art. 1.018. O agravante poderá 
requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de 
instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos 
que instruíram o recurso. 
§ 1º Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator 
considerará prejudicado o agravo de instrumento; 
 
COMUNICAÇÃO DA INTERPOSIÇÃO DO AGRAVO – Art. 1.018, §§ 2º e 3º - 
Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no 
caput do art. 1.018, no prazo de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo 
de instrumento. O descumprimento dessaexigência, desde que arguido e 
provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento. 
 
5 
 
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA CAUTELAR NO AGRAVO DE INSTRUMENTO - 
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído 
imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o 
relator, no prazo de 5 (cinco) dias: 
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de 
tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua 
decisão; 
 
Art. 932. Incumbe ao relator: 
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de 
competência originária do tribunal; 
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha 
impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida; 
IV - negar provimento a recurso que for contrário a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do 
próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal 
de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou 
de assunção de competência; 
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao 
recurso se a decisão recorrida for contrária a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do 
próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal 
de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou 
de assunção de competência; 
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator 
concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício 
ou complementada a documentação exigível. 
 
IMPUGNAÇÃO DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS PROFERIDAS EM 
AUDIÊNCIA – Segundo o art. 1.009, § § 1º e 2º, do C.P.C., as questões 
resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar 
agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser 
suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a 
decisão final, ou nas contrarrazões, motivo da necessidade do registro em ata. 
Se as questões referidas no § 1º forem suscitadas em contrarrazões, o 
recorrente será intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito 
delas. 
 
PROCESSAMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO – O agravo de 
instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, por meio de 
petição com os requisitos exigidos pelos arts. 1.016 e 1.017, do C.P.C. 
 
Se o processo não for eletrônico, o agravante deverá requerer a juntada, aos 
autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento, do 
comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que instruíram 
o recurso, no prazo de 03 (três) dias, contados da data de interposição do 
6 
 
recurso. Não cumprido esse comando legal e arguido e provado pelo agravado, 
importará na inadmissibilidade do agravo de instrumento. – art. 1.018, §§ 2º e 
3º, do C.P.C. 
 
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído 
imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o 
relator, no prazo de 5 (cinco) dias: 
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de 
tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua 
decisão; 
II - ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso de 
recebimento, quando não tiver procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça 
ou por carta com aviso de recebimento dirigida ao seu advogado, para que 
responda no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a documentação 
que entender necessária ao julgamento do recurso; 
III - determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio 
eletrônico, quando for o caso de sua intervenção, para que se manifeste no 
prazo de 15 (quinze) dias. 
Art. 1.020. O relator solicitará dia para julgamento em prazo não superior a 1 
(um) mês da intimação do agravado. 
 
INDEFERIMENTO DE PLANO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO PELO 
RELATOR: 
Art. 932. Incumbe ao relator: 
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha 
impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida; 
IV - negar provimento a recurso que for contrário a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do 
próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal 
de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou 
de assunção de competência; 
 
PROVIMENTO DE PLANO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO PELO 
RELATOR: 
 
Art. 932. Incumbe ao relator: 
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao 
recurso se a decisão recorrida for contrária a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do 
próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal 
de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou 
de assunção de competência; 
 
DO JULGAMENTO NÃO UNÂNIME – Art. 942, C.P.C 
Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá 
prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros 
7 
 
julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no 
regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de 
inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o 
direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores. 
§ 1º Sendo possível, o prosseguimento do julgamento dar-se-á na mesma 
sessão, colhendo-se os votos de outros julgadores que porventura componham 
o órgão colegiado. 
§ 2º Os julgadores que já tiverem votado poderão rever seus votos por ocasião 
do prosseguimento do julgamento. 
§ 3º A técnica de julgamento prevista neste artigo aplica-se, igualmente, 
ao julgamento não unânime proferido em: 
I – (...) 
II - agravo de instrumento, quando houver reforma da decisão que julgar 
parcialmente o mérito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
CAPÍTULO III 
- DO AGRAVO DE INSTRUMENTO 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que 
versarem sobre: 
I - tutelas provisórias; 
II - mérito do processo; 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de 
sua revogação; 
VI - exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII - exclusão de litisconsorte; 
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à 
execução; 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º; 
XII - (VETADO); 
XIII - outros casos expressamente referidos em lei. 
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões 
interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento 
de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. 
Art. 1.016. O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal 
competente, por meio de petição com os seguintes requisitos: 
I - os nomes das partes; 
II - a exposição do fato e do direito; 
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio 
pedido; 
IV - o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo. 
Art. 1.017.A petição de agravo de instrumento será instruída: 
I - obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição 
que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da 
respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a 
tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e 
do agravado; 
II - com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no 
inciso I, feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade 
pessoal; 
III - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis. 
§ 1º Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas 
custas e do porte de retorno, quando devidos, conforme tabela publicada pelos 
tribunais. 
§ 2º No prazo do recurso, o agravo será interposto por: 
I - protocolo realizado diretamente no tribunal competente para julgá-lo; 
II - protocolo realizado na própria comarca, seção ou subseção judiciárias; 
III - postagem, sob registro, com aviso de recebimento; 
IV - transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei; 
V - outra forma prevista em lei. 
9 
 
§ 3º Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que 
comprometa a admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar 
o disposto no art. 932, parágrafo único. 
§ 4º Se o recurso for interposto por sistema de transmissão de dados tipo fac-
símile ou similar, as peças devem ser juntadas no momento de protocolo da 
petição original. 
§ 5º Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças referidas 
nos incisos I e II do caput, facultando-se ao agravante anexar outros 
documentos que entender úteis para a compreensão da controvérsia. 
Art. 1.018. O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de 
cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua 
interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso. 
§ 1º Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator 
considerará prejudicado o agravo de instrumento. 
§ 2º Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista 
no caput, no prazo de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo de 
instrumento. 
§ 3º O descumprimento da exigência de que trata o § 2º, desde que arguido e 
provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento. 
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído 
imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o 
relator, no prazo de 5 (cinco) dias: 
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de 
tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua 
decisão; 
II - ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso de 
recebimento, quando não tiver procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça 
ou por carta com aviso de recebimento dirigida ao seu advogado, para que 
responda no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a documentação 
que entender necessária ao julgamento do recurso; 
III - determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio 
eletrônico, quando for o caso de sua intervenção, para que se manifeste no 
prazo de 15 (quinze) dias. 
Art. 1.020. O relator solicitará dia para julgamento em prazo não superior a 1 
(um) mês da intimação do agravado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
PRÁTICA FORENSE 
 
 
Exmo. Sr. Dr. Desembargador Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do 
Estado de Minas Gerais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROCESSO Nº: 0000771-49.2010.8.13.0079 
COMARCA: CONTAGEM 
VARA: 01ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL DE CONTAGEM/MG 
AGRAVANTE: FUNERÁRIA SÃO CRISTÓVÃO LTDA 
AGRAVADO: LOESTER – CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇOS FUNERÁRIOS 
LTDA 
 
 
 FUNERÁRIA SÃO CRISTOVÃO LTDA, CNPJ – 00.772.419/0001-61, 
localizado na Rua Cecildes Moreira Faria, 135 – Bairro Nova Gameleira/BH – 
MG, conforme procuração em anexo, vem respeitosamente perante V. Exa., 
por seu advogado abaixo assinado, nos autos do MANDADO DE 
SEGURANÇA, COM PEDIDO DE LIMINAR, impetrado por LOESTER – 
CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇOS FUNERÁRIOS LTDA, interpor AGRAVO 
DE INSTRUMENTO COM EFEITO SUSPENSIVO E PEDIDO DE 
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA RECURSAL, COM FULCRO NO ART. 1.019, I 
C/C ART. 995, § ÚNICO C.P.C., nos termos do art. 1.015 e seguintes do 
C.P.C., contra decisão interlocutória de fls. 162/166 do juiz da 01ª Vara da 
Fazenda Pública Municipal de Contagem, pelos fatos e fundamentos a seguir 
expostos: 
 
 
I - DA EXPOSIÇÃO DOS FATOS 
 
 A Agravante com intuito de participar da licitação, apresentou seus 
documentos de habilitação e sua proposta comercial na forma da Lei e dentro 
das regras exigidas pelo Edital nº 001/2008, processo nº 024/2008, licitação na 
modalidade de CONCORRÊNCIA, com critério de julgamento de “MAIOR 
OFERTA”, com fulcro no art. 15, II da Lei 8.987/95, objetivando a contratação 
de 02 (duas) empresas, para outorga de CONCESSÃO, para prestação de 
serviços funerários no Município de Contagem/MG., conforme especificações 
constantes neste Edital e seus anexos. 
 
 Em sessão de julgamento dos documentos de habilitação ocorrida no dia 
05/05/2008, a Comissão Especial de Licitação, designada pela Portaria nº 011 
11 
 
de 16/01/2008, com o objetivo de analisar e julgar os documentos 
apresentados pelas empresas participantes, decidiu inabilitar a empresa 
Agravante, sob o argumento de que apresentava composição acionária em 
comum com a empresa ASSISTENCIAL LUZIENSE LTDA, configurando 
conluio, causando prejuízo ao caráter competitivo no certame, nos termos do 
art. 90 da Lei 8.666/93, tendo a Agravante que impetrar o mandado de 
segurança nº 079.08.412.371-4, cuja liminar foi deferida apenas para 
determinar às autoridades impetradas que incluíssem a empresa Agravante no 
rol das empresas habilitadas no processo licitatório, abrindo sua proposta na 
sessão de abertura de propostas, designada para o dia 26/05/08, conforme foi 
feito pelas autoridades. 
 
 Importante registrar que a empresa ASSISTENCIAL LUZIENSE LTDA 
manifestou-se nos autos do processo licitatório informando que sua 
participação no certame foi um equívoco que se deveu pela administração 
independente e a localização de sua sede em município diverso da empresa 
Agravante, informando à comissão de licitação que concordava com sua 
inabilitação. 
 
 Assim, se havia alguma irregularidade esta foi sanada com a retirada do 
certame da empresa ASSISTENCIAL LUZIENSE LTDA. 
 
 Na abertura das propostas a comissão de licitação constatou que as 
melhores propostas foram na seguinte ordem: 
 
 
CLASSIFICAÇÃO EMPRESA VALOR 
01º FUNERÁRIA SÃO CRISTÓVÃO LTDA 480.000,00 
02º ORG. FUN SANTA TEREZINHA 
LTDA 
480.000,00 
03º FUN SÃO LUCAS DE SUZANO LTDA 336.000,00 
04º LOESTER – CONCESSIONÁRIA 312.000,00 
 
 
 Com base na melhor proposta e firme no interesse público, a comissão 
de licitação declarou vencedoras do certame as empresas FUNERÁRIA SÃO 
CRISTÓVÃO LTDA e ORGANIZAÇÃO FUNERÁRIA SANTA TEREZINHA 
LTDA, em 01º e 02º lugar respectivamente. 
 
 Esta decisão motivou a Agravada impetrar o mandado de segurança nº 
079.08.421.956-1, que teve liminar deferida para suspender a licitação, vindo a 
sentença excluir do certame a empresa ORGANIZAÇÃO FUNERÁRIA SANTA 
TEREZINHA LTDA, que apelou desta decisão. 
 
 Como a comissão de licitação reconsiderou sua decisão, redundando a 
declaração que declarou a Agravante vencedora do certame na convalidação 
do ato de inabilitação, decidindo pela regularidade documental da FUNERÁRIA 
SÃO CRISTÓVÃO LTDA, decisão tomada em virtude da retratação do ato 
administrativo, visto que a decisão administrativa não transita em julgado, 
perdera o mandado de segurança seu objeto, motivo pelo qual os licitantes 
12 
 
firmaramtermo de acordo de fls. 55 com o propósito único e exclusivo das 
partes litigantes anuírem a desistência do processo sem o julgamento do 
mérito. 
 
 Aqui, toda a discussão gira em torno da legalidade ou não do “Termo de 
Acordo” celebrado entre o Município e a Agravante, bem como, num segundo 
momento, promover a inabilitação desta declarando-se a classificação das 
licitantes FUNERÁRIA SÃO LUCAS DE SUZANO LTDA e a Agravada. 
 
 Diante da urgente necessidade da contratação das empresas 
concessionárias de serviços funerários a fim de se garantir a prestação do 
serviço que estava sendo licitado, idealizou-se a contratação de apenas uma 
empresa tendo em vista que segunda empresa a ser contratada seria a licitante 
ORGANIZAÇÃO FUNERÁRIA SANTA TEREZINHA LTDA que por força de 
decisão judicial havia sido declarada inabilitada. 
 
 Quanto à primeira colocada, Funerária São Cristóvão Ltda, o único óbice 
a ser superado para a assinatura do contrato era a existência de mandado de 
segurança que havia sido impetrado por esta para garantir a sua habilitação. 
Assim, tendo sido a Agravante declarada vencedora do certame, foi acordado a 
desistência do mandado de segurança em face da perda de seu objeto. 
 
 É necessário que fique bem claro que no “acordo” foi firmado apenas 
para que a Agravante desistisse do processo com a anuência das autoridades 
impetradas, condição imposta pela Comissão de Licitação para a assinatura do 
contrato com a Agravante, primeira colocada no certame. 
 
 Assim, o que garantiu a habilitação da licitante Funerária São Cristóvão 
Ltda não foi o “acordo, conluio, conchavo” e nenhum outro crime que as 
autoridades tidas por coatora possam ser acusadas pela Agravada ou a 
decisão liminar, mas a desistência expressa da licitante Assistencial Luziense 
Ltda, fato que pôs um “pá de cal” na discussão acerca da prejudicialidade do 
caráter competitivo do certame, o que motivou a administração pública declarar 
habilitada e vencedora do certame a Agravante. 
 
 O Procurador Geral Adjunto, Dr. Santos dos Reis Castro em fls. 131/135, 
aponta as justificativas que levaram a Comissão Especial de Licitação a 
adjudicar o objeto da Concorrência Pública nº 001/2008 – PA nº 024/2008, à 
empresa Funerária São Cristóvão Ltda, primeira colocada no certame, 
justificando que, dentre as condições previstas no edital para a participação no 
processo licitatório, não há qualquer restrição no sentido de que as empresas 
interessadas não possam ter sócios em comum. 
 
 Assinado o contrato, prestando a Agravante a caução prevista no edital 
no valor de R$21.000,00 (vinte e um mil reais), bem como efetivando o 
pagamento da 01ª parcela do contrato de concessão no valor de R$7.000,00 
(sete mil reais), conforme comprovantes em anexo, foi o contrato assinado no 
dia 22/01/2010, o que gerou o mandado de segurança nº 0000771-
49.2010.8.13.0079, obtendo liminar para suspender o procedimento 
administrativo nº 024/2008 da Concorrência pública nº 001/2008 para a 
13 
 
concessão dos serviços funerários até decisão meritória, ou, se já assinado o 
contrato, a suspensão de seus efeitos até decisão final. 
 
 Está é a decisão guerreada. 
 
 
II - DA DECISÃO AGRAVADA 
 
 Apesar da lisura do processo licitatório, fato não observado pelo juiz a 
quo, este deferiu liminar para suspendê-lo, e, se assinado o contrato, conforme 
é o caso, a suspensão de seus efeitos, vejamos: 
 
 
“Ante o exposto, DEFIRO A LIMINAR, para determinar a suspensão do 
procedimento administrativo nº 024/2008, da Concorrência pública nº 001/2008, 
para a concessão dos serviços funerários, até decisão de mérito, sendo que, 
caso o contrato de concessão, nesta data, já tenha sido assinado, determino a 
suspensão de seus efeitos até decisão final. 
 
Intimem-se, dessa decisão, com urgência, as autoridades coatoras. 
 
Cite-se, como litisconsórcio ativo necessário, a empresa São Cristóvão Ltda. 
 
Após, dê-se vista ao MP.” 
 
 
III - DO DIREITO E RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA/INVALIDAÇÃO DA 
DECISÃO 
 
a) DO INTERESSE PÚBLICO E DA PROPOSTA MAIS VANTAJOSA 
 
 A Concorrência nº 001/2008, com critério de julgamento de “MAIOR 
OFERTA”, conforme preâmbulo do edital presente em fls. 32, teve como 
vencedores do certame a empresa ORGANIZAÇÃO FUNERÁRIA SANTA 
TEREZINHA LTDA, classificada em 2º lugar, e Agravante FUNERÁRIA SÃO 
CRISTÓVÃO LTDA, classificada em 1º lugar, com as propostas no valor de 
R$480.000,00 (quatrocentos e oitenta mil reais), contra R$312.000,00 
(trezentos e doze mil reais) oferecidos pela Agravada LOESTER, restando 
evidente que foi a proposta mais vantajosa para o município, e, atendendo o 
interesse público, foi acertada a decisão da comissão de licitação que 
reconsiderou sua decisão, habilitando-a e declarando a mesma vencedora do 
certame, registrando que o mandado de segurança por ela aviado somente 
tinha como objeto a abertura de sua proposta, ficando a declaração de 
vencedora à classificação de maior oferta, que foi a da Agravante. 
 
 
b) DO ACORDO CELEBRADO E DA HABILITAÇÃO ADMINISTRATIVA DA 
AGRAVANTE POR PARTE DO MUNICÍPIO E COMISSÃO DE LICITAÇÃO 
 
14 
 
 Diante da gravidade dos fatos e da necessidade do Município de 
Contagem ter a urgente prestação dos serviços licitados, bem como a 
supremacia do interesse público, que norteiam a Administração Pública, visto 
que as empresas FUNERÁRIA SÃO CRISTÍVÃO LTDA E ORGANIZAÇÃO 
FUNERÁRIA SANTA TEREZINHA LTDA, vencedoras do certame, 
apresentaram propostas muito superiores aos valores apresentados pelas 
demais empresas participantes do certame, o município de Contagem, 
representado por seu Secretário de Administração Adjunto, Sr. CARLOS 
HAMILTON FERREIRA, registrou ter aceitado administrativamente a 
declaração de habilitação da FUNERÁRIA SÃO CRISTÓVÃO LTDA, 
acordaram na desistência do mandado de segurança nº 079.08.412.371-4 por 
sua perda de objeto. 
 
 
“acordaram com o Município, neste ato representado pelo Sr. CARLOS 
HAMILTON FERREIRA, Secretário Municipal de Administração Adjunto e 
demais participantes da reunião, que tendo sido declaradas habilitadas e 
vencedoras as empresas ORGANIZAÇÃO FUNERÁRIA SANTA TEREZINHA 
LTDA e FUNERÁRIA SÃO CRISTÓVÃO LTDA, no processo licitatório nº 024 – 
Concorrência Pública nº 001/2008 – e o referido órgão ter aceitado 
administrativamente a habilitação da funerária São Cristóvão Ltda, até 
mesmo por ser a proposta mais vantajosa para o município, ocorreu a 
perda de objeto do Mandado de segurança nº 079.08.412.371-4, motivo pelo 
qual as partes desistem de prosseguir com o mandado de segurança acima 
citado, com a anuência do Presidente da Comissão Especial de Licitação e da 
Secretaria Municipal de Administração...” (grifo nosso) 
 
 
 Assim, restou demonstrado que tanto o município quanto a comissão de 
licitação habilitaram administrativamente a Agravante, ressaltando, inclusive, o 
resguardo do interesse público por ser a proposta mais vantajosa. 
 
 Também restou demonstrado que o acordo foi firmado apenas para 
registrar que habilitadas e vencedoras do certame as empresas citadas acima, 
o mandado de segurança perdera seu objeto, prescindindo da anuência das 
partes o requerimento de extinção do feito, o que constou no referido acordo. 
 
 Desta forma, não houve a homologação de acordo na sentença que 
extinguiu o mandado segurança, mas a extinção do feito com a anuência das 
autoridades tidas como coatoras. 
 
 
c) DA CONVALIDAÇÃO, CONVENIÊNCIA, SUPREMACIA DO INTERESSE 
PÚBLICO E DISCRICIONARIEDADE 
 
 O mestre DIOGENES GASPARINI ensina que há conveniência sempre 
que o ato interessa, convém ou satisfaz ao interesse público. Assim o ato 
administrativo discricionário, além de conveniente, deve ser oportuno. 
 
15 
 
 Um dos princípios norteadores da Administração pública é o da 
supremacia do interesse público, assim, deve prevalecer oque melhor for para 
os munícipes da cidade de Contagem. 
 
 Lado outro, o instituto da convalidação não representa uma afronta ao 
princípio da legalidade, considerada em seu sentido lato, uma vez que a 
Administração Pública estará agindo em conformidade com o direito, 
preservando o interesse público pela restauração da legalidade do ato. 
 
 O artigo 55 da Lei nº 9.784/99 referenda bem a importância da 
convalidação no direito público, sendo que é condição sine qua non a 
AUSENCIA DE LESÃO AO INTERESSE PÚBLICO. Assim, o melhor preço 
apresentado pela Agravante demonstra a presença do interesse público na 
decisão da Administração que a declarou vencedora do certame, não havendo 
qualquer mácula neste ato. 
 
 
 
IV - DA NECESSIDADE DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA RECURSAL DO 
AGRAVO COM FULCRO NO ART. 1.019, I C/C ART. 995, § ÚNICO DO 
C.P.C. 
 
O parágrafo único do art. 995, do C.P.C., prescreve que a eficácia da decisão 
recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção 
de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, 
e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso, informando o 
art. 1.019, I do mesmo codex a possibilidade do relator atribuir efeito 
suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou 
parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão. 
 
Art. 995. (...) 
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida 
poderá ser suspensa por decisão do relator, se da 
imediata produção de seus efeitos houver risco de 
dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar 
demonstrada a probabilidade de provimento do 
recurso. 
 
Art. 1.019. (...) 
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou 
deferir, em antecipação de tutela, total ou 
parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao 
juiz sua decisão; 
 
 
 A Agravante está tendo enorme prejuízo financeiro, pois, quando da 
assinatura do contrato administrativo, prestou a caução prevista no edital no 
valor de R$21.000,00 (vinte e um mil reais), bem como efetivou o pagamento 
da 01ª parcela do contrato de concessão no valor de R$7.000,00 (sete mil 
16 
 
reais), conforme comprovantes em anexo, tendo feito outros grandes 
investimentos financeiros para iniciar suas atividades. 
 
 Lado outro, o Município de Contagem, na certeza da concessão do 
serviço funerário a empresas particulares, conforme licitação feita pelo Edital nº 
001/2008, processo nº 024/2008, licitação na modalidade de 
CONCORRÊNCIA, com critério de julgamento de “MAIOR OFERTA”, com 
fulcro no art. 15, II da Lei 8.987/95, objetivando a contratação de 02 (duas) 
empresas, para outorga de CONCESSÃO, para prestação de serviços 
funerários no Município de Contagem/MG., não foram feitos investimentos no 
setor, ficando o município sem uma estrutura física e humana descente para a 
prestação deste serviço. 
 
 Declara o Município, conforme documento em anexo, que a atual 
estrutura existente “encontra-se em estado precário, os veículos de cortejo não 
respondem a manutenções devido ao tempo de utilização, inexistência de mão-
de-obra capacitada para a preparação e ornamentação de corpos, inexistência 
de local adequado que atenda as normas sanitárias para a preparação e 
ornamentação de corpos, falta de materiais diversos para tal procedimento. 
 
E mais, “mediante a assinatura do Contrato Administrativo para a concessão 
em 22/01/2010 com a primeira colocada do certame, a precária estrutura 
existente foi desmontada, desarticulada, ficando o município totalmente 
impossibilitado de retorno da prestação deste serviço que requer bom 
atendimento aos munícipes que dele necessita fazer uso.” 
 
 Assim, restou demonstrado o caos que se instalou no município de 
Contagem, que está sem o serviço funerário, que compromete inclusive a 
ordem pública, a saúde pública e a segurança pública, sendo imperioso que se 
casse a liminar que suspendeu o contrato administrativo já em execução, 
demonstrado risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, bem 
como a probabilidade de provimento do recurso. 
 
 
V - DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, requer a este Egrégio Tribunal dê provimento ao 
presente AGRAVO DE INSTRUMENTO, DEFERINDO-LHE O EFEITO 
SUSPENSIVO E/OU, ANTECIPANDO-LHE A TUTELA RECURSAL a fim de 
reformar in limine a decisão combatida de fls. 162/166 para manter o contrato 
administrativo nº 168/2009/Licitação em execução, evidenciado o prejuízo do 
Agravante, do Município de Contagem e dos munícipes, conforme relatório do 
serviço funerário municipal de Contagem em anexo. 
 
 Enfim, seja feita a Justiça. 
 
Belo Horizonte, 26 de agosto de 2016. 
 
André Luiz Lopes 
OAB/MG - 70.397 
17 
 
RELAÇÃO DE DOCUMENTOS: 
 
- Cópia de todo o processo (petição inicial, contestação, petição que 
ensejou a decisão embargada); 
- Procuração da Agravante; 
- Procuração da Agravada; 
- Cópia da decisão agravada; 
- Cópia da certidão da intimação da decisão agravada; 
- Comprovante de pagamento das custas e porte de retorno; 
- Cópias de documentos diversos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 03ª Vara da Fazenda Pública Estadual da 
Comarca de Belo Horizonte/MG. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROCESSO Nº: 1163004-44.2010.8.13.0024 
 
EDMAR CAMILO BENTO, já devidamente qualificado nos autos deste 
processo, vem respeitosamente perante V. Exa., por seu advogado abaixo 
assinado, nos termos do art. 1.018, § 2º do C.P.C., requerer a juntada de cópia 
da petição do Agravo de Instrumento e comprovante de sua interposição, 
contra decisão de fls. deste juízo, informando que o mesmo foi instruído com a 
cópia da decisão agravada, cópia da certidão da respectiva intimação, cópia da 
procuração outorgada ao advogado do Agravante e demais peças do processo. 
 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Belo Horizonte, 26 de agosto de 2016. 
 
 
André Luiz Lopes 
OAB/MG – 70.397 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
DO AGRAVO INTERNO 
 
 
CONCEITO: É o recurso interposto contra decisão proferida pelo relator do 
processo, dirigida ao mesmo que, acaso não se retrate, após dar vista ao 
agravado por 15 dias para apresentar suas contrarrazões, observadas, quanto 
ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal, deverá submetê-
lo ao respectivo órgão colegiado para julgamento – art. 1.021, C.P.C. 
 
REQUISITOS: Na petição de agravo interno o recorrente impugnará 
especificadamente os fundamentos da decisão agravada, sendo vedado ao 
relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para 
julgar improcedente o agravo interno – art. 1.021, §§ 1º e 3º, C.P.C. 
 
PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO: 15 dias da publicação da decisão – arts. 
1.003, § 5º e 1.070, C.P.C. 
 
OBS: Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou 
improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão 
fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre 
1% e 5% do valor atualizado da causa, cuja interposição de qualquer outro 
recurso está condicionada ao depósito prévio do valor desta multa, à exceção 
da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o 
pagamento ao final – art. 1.021, §§ 4º e 5º, C.P.C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
CAPÍTULO IV 
- DO AGRAVO INTERNO 
Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o 
respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras 
do regimento interno do tribunal. 
§ 1º Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente 
os fundamentos da decisão agravada.§ 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-
se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo 
retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão 
em pauta. 
§ 3º É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão 
agravada para julgar improcedente o agravo interno. 
§ 4º Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou 
improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão 
fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre 
um e cinco por cento do valor atualizado da causa. 
§ 5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito 
prévio do valor da multa prevista no § 4º, à exceção da Fazenda Pública e do 
beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICA FORENSE 
21 
 
 
 
Exmo. Sr. Dr. Desembargador Relator da 08ª Câmara Cível do TJMG – Dr. 
Fernando Botelho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROCESSO Nº: 1.0024.10.035888-6/001 
 
 EDUARDO DIAS FONSECA, já devidamente qualificado nos autos 
deste processo, vem respeitosamente perante V. Exa., por seu advogado 
abaixo assinado, interpor AGRAVO INTERNO, nos termos do art. 1.021, do 
C.P.C., contra decisão que negou seguimento ao Agravo de Instrumento pela 
sua “manifesta improcedência”, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: 
 
 
I - DA EXPOSIÇÃO DO FATO E DO DIREITO E RAZÕES DO PEDIDO DE 
REFORMA DA DECISÃO 
 
 
 A decisão agravada é a constante em fls. 63/71, onde o Des. Relator 
negou seguimento ao Recurso de Agravo de Instrumento sob o fundamento de 
sua manifesta improcedência – art. 557 do C.P.C. 
 
 
DECISÃO AGRAVADA 
 
“Dessa forma, com respaldo no art. 557, caput, do 
Código de Processo Civil, NEGO SEGUIMENTO AO 
RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO, diante de 
sua manifesta improcedência.” 
 
 
 O Ilmo. Desembargador se prendeu à letra fria da Lei, bem como a 
limitação editalícia de idade ao cargo de AGENTE DE POLICIA, fixada em 32 
anos. 
 
 É cediço que a Constituição Federal prevê em seu art. 39, § 3º a 
possibilidade de Lei estabelecer requisitos diferenciados para o preenchimento 
de cargo público quando a natureza do cargo o exigir. Contudo, é flagrante a 
22 
 
exigência de razoabilidade para a fixação de requisitos diferenciados, 
evidenciado que cada caso deve ser tratado individualmente, sob pena de se 
instalar a inconstitucionalidade no certame. 
 
 Pode ser verificado no voto do relator que em momento algum foi citado 
que o Agravante tinha quando da inscrição do concurso 32 anos de idade e 
que por conta da ACADEPOL, que somente o convocou para se matricular no 
CURSO DE FORMAÇÃO POLICIAL neste ano de 2010. 
 
 Assim, é flagrante o prejuízo sofrido pelo Agravante, não podendo o 
mesmo agora ser apenado ou prejudicado pelo descaso e inconsequência do 
Poder Público, que deu causa ao fato, motivo pelo qual deve ser a decisão 
combatida reformada. 
 
 
II - DA APROVAÇÃO DO AGRAVANTE NOS EXAMES DE 
CONHECIMENTO, PSICOLÓGICO, BIOMÉDICO E BIOFÍSICO 
CHANCELADA PELA ACADEPOL 
 
 Conforme se verifica nos documentos presentes nos autos, a 
ACADEPOL – Academia de Polícia Civil do Estado de Minas Gerais submeteu 
o Agravante à verificação de sua capacidade intelectual, psicológica, biomédica 
e biofísica, aprovando-o em todas estas fases do concurso, considerando-o 
apto ao provimento do cargo de Agente de Polícia, apesar de estar fora do 
limite de idade de 32 anos, fixado no Edital nº 04/08. Desta forma, pouco 
importa sua idade para o exercício desta função, pois, a própria ACADEPOL 
constatou sua boa saúde mental e seu vigor físico, requisitos que julga 
necessário ao provimento do cargo de Agente de Polícia, não podendo agora, 
verificado que o Agravante preenche os requisitos que justificaram a limitação 
editalícia de idade, excluí-lo do certame. 
 
 Assim, Nobre Julgador, se a própria ACADEPOL, que realizou o 
concurso, aprovou o Agravante nos exames de capacidade intelectual, 
psicológica, biomédica e biofísica, considerando-o apto ao provimento do cargo 
de Agente de Polícia, não pode agora discriminá-lo em razão do limite de idade 
de 32 anos fixado no Edital nº 04/08 – item 11.1.b, que ela mesma deu causa, 
indeferindo sua matrícula no Curso de Formação Policial (Aspirantado), pois, o 
que está implícito nesta malfadada limitação de idade é a exigência do vigor 
físico e mental, que ela própria verificou ter o Agravante quando o aprovou nos 
citados exames realizados nas fases do concurso, não havendo razão para o 
indeferimento de sua matrícula no curso de Formação Policial (Aspirantado). 
 
 
III - DAS DECISÕES DO TJMG E S.T.F QUE ACATAM A TESE DEFENDIDA 
 
 
 Conforme se verifica na leitura dos Acórdãos abaixo transcritos, este 
Tribunal vem decidindo pela adoção da tese ora defendida, vejamos: 
 
23 
 
Número do processo: 1.0024.09.690964-3/001(1) 
Númeração Única: 6909643-28.2009.8.13.0024 
Relator: EDUARDO ANDRADE 
Data do Julgamento: 23/02/2010 
Data da Publicação: 14/04/2010 
Ementa: 
MANDADO DE SEGURANÇA - CONCURSO PÚBLICO 
PARA AGENTE DE POLÍCIA CIVIL - LIMITE DE IDADE - 
ELIMINAÇÃO - REQUERIMENTO DE LIMINAR - 
RELEVÂNCIA DOS FUNDAMENTOS DA IMPETRAÇÃO - 
RISCO DE INEFICÁCIA DO PROVIMENTO, CASO 
CONCEDIDO A FINAL - REQUISITOS LEGAIS 
CONFIGURADOS - MEDIDA CONCEDIDA - RECURSO 
PROVIDO. - Para deferimento de medida liminar em 
Mandado de Segurança, devem se afigurar relevantes os 
fundamentos da impetração, bem como deve haver a 
possibilidade de o ato impugnado causar a ineficácia da 
ordem judicial, se concedida a final. - Tratando-se de 
concurso para provimento do cargo de agente de polícia, 
que desempenha a função de polícia judiciária e, a teor da 
L.C. 84/05, possui atribuições de natureza eminentemente 
investigativa e intelectual, afigura-se relevante o 
argumento do impetrante de que a imposição editalícia de 
limite de idade máxima de 32 (trinta e dois) anos para 
inscrição configura, em princípio, discriminação 
inconstitucional, não passando pelo crivo da 
razoabilidade, sendo o caso, portanto, de concessão da 
liminar. - Recurso provido. Decisão reformada. V.V. 
MANDADO DE SEGURANÇA - LIMINAR - CONCURSO 
PÚBLICO - AGENTE POLICIAL - LIMITAÇÃO DE IDADE 
- REQUISITOS - AUSÊNCIA - LEGALIDADE - 
INDEFERIMENTO. - Não há irregularidade / ilegalidade 
na adoção do critério de idade quando a exigência foi 
previamente conhecida pelo candidato quando aceitou as 
regras igualitárias contidas no edital do concurso, não 
impugnado no momento oportuno e que contém critérios 
objetivos para a dita aferição. 
Súmula: DERAM PROVIMENTO, VENCIDO O PRIMEIRO 
VOGAL. 
 
 
 
Número do processo: 1.0024.07.383403-8/001(1) 
Númeração Única: 3834038-98.2007.8.13.0024 
Relator: HELOISA COMBAT 
Data do Julgamento: 27/11/2007 
Data da Publicação: 11/03/2008 
Ementa: 
''APELAÇÃO CÍVEL - CONCURSO PÚBLICO PARA O 
PREENCHIMENTO DE CARGO DE AGENTE DE 
24 
 
POLÍCIA CIVIL - LIMITAÇÃO MÁXIMA DE IDADE - 
ATRIBUIÇÕES DO CARGO - PECULIARIDADE DO 
CASO CONCRETO.- Em face do disposto nos artigos 7º, 
XXX, da CF/88, é vedada a imposição de limite de idade 
para o preenchimento de cargo público, salvo nos casos 
em que a limitação possa ser justificada pela natureza das 
atribuições do cargo a ser preenchido, o que não ocorre 
no concurso público para provimento do cargo de Agente 
de Polícia Civil, mormente se foi permitida a inscrição e 
aprovação do candidato em todas as fases do certame, 
com proibição apenas ao final, após ter freqüentado, com 
êxito, o curso de formação na Academia de Polícia.- 
Recurso provido.'' 
Súmula: REJEITARAM PRELIMINAR. DERAM 
PROVIMENTO, VENCIDO O VOGAL.O STF se pronunciou reiteradamente sobre a matéria: 
 
 
'CONCURSO PÚBLICO - POLICIAL MILITAR - LIMITE 
DE IDADE - PRECEDENTES - AUSÊNCIA DE 
RAZOABILIDADE NA EXIGÊNCIA. Os pronunciamentos 
do Supremo são reiterados no sentido de não se poder 
erigir como critério de admissão não haver o candidato 
ultrapassado determinada idade, correndo à conta de 
exceção situações concretas em que o cargo a ser 
exercido engloba atividade a exigir a observância de certo 
limite - precedentes: Recursos Ordinários nos Mandados 
de Segurança nºs 21.033-8/DF, Plenário, relator ministro 
Carlos Velloso, Diário da Justiça de 11 de outubro de 
1991, e 21.046-0/RJ, Plenário, relator ministro Sepúlveda 
Pertence, Diário da Justiça de 14 de novembro de 1991, e 
Recursos Extraordinários nºs 209.714-4/RS, Plenário, 
relator ministro Ilmar Galvão, Diário da Justiça de 20 de 
março de 1998, e 217.226-1/RS, Segunda Turma, por 
mim relatado, Diário da Justiça de 27 de novembro de 
1998. Mostra-se pouco razoável a fixação, contida em 
edital, de idade máxima - 28 anos -, a alcançar ambos os 
sexos, para ingresso como soldado policial militar.' (STF - 
RE-AgR 345598/DF - Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO - 
Julgamento: 29/06/2005). 
 
 
EMENTA: CONCURSO PÚBLICO PARA O CARGO DE 
DELEGADO DE POLICIA DO ESTADO DO RIO DE 
JANEIRO. ACÓRDÃO QUE CONCLUIU PELA 
ILEGITIMIDADE DA EXIGÊNCIA DA IDADE MAXIMA DE 
35 ANOS. ALEGADA VIOLAÇÃO AS NORMAS DOS 
ARTS. 7., INC. XXX, E 37, INC. I, DA CONSTITUIÇÃO 
25 
 
FEDERAL. A Constituição Federal, em face do princípio 
da igualdade, aplicável ao sistema de pessoal civil, veda 
diferença de critérios de admissão em razão de idade, 
ressalvadas as hipóteses expressamente previstas na Lei 
e aquelas em que a referida limitação constitua requisito 
necessário em face da natureza e das atribuições do 
cargo a preencher. Existência de disposição constitucional 
estadual que, a exemplo da federal, também veda o 
discrime. Recurso extraordinário não conhecido. 
(RE 140945, Relator(a): Min. ILMAR GALVÃO, 
PRIMEIRA TURMA, julgado em 04/08/1995, DJ 22-09-
1995 PP-30600 EMENT VOL-01801-05 PP-00832) 
 
 
 
IV - DA IDADE DO AGRAVANTE 
 
 O Agravante conta hoje com 34 anos de idade e está apto para o 
exercício do cargo de AGENTE DE POLÍCIA, conforme lhe credenciou a 
própria ACADEPOL, órgão que lhe aprovou nos exames intelectual, 
psicológico, biomédico e biofísico, não lhe tirando esta aptidão exigida pela 
limitação de idade fixada no edital, que tem como objetivo justamente 
selecionar indivíduos com seu perfil, os 02 anos que tem a mais, o que passa 
longe da razoabilidade exigida no art. 39, § 3 da Constituição Federal. 
 
 
V - DOS PEDIDOS 
 
1) Diante do exposto, requer ao Exmo. Des. Relator que reconsidere sua 
decisão, conforme admite o art. 1.021, § 2º, C.P.C., para conhecer do Agravo 
de Instrumento, concedendo a antecipação da tutela recursal para ordenar ao 
DIRETOR GERAL DA ACADEPOL que inscreva o Agravante no CURSO DE 
FORMAÇÃO POLICIAL, independentemente do limite editalício de idade, até o 
julgamento meritório da ação anulatória de ato administrativo; 
 
2) Caso não entenda V. Exa., pela retratação, seja o processo colocado em 
mesa para julgamento pelo colegiado; 
 
3) Seja julgado procedente o Agravo Interno para dar regular seguimento 
ao Agravo de Instrumento. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Belo Horizonte, 2 6 de agosto de 2016. 
 
André Luiz Lopes 
OAB/MG - 70.397

Outros materiais