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Teorias de Aquisição da Linguagem.aula2.1.2017.1

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Teorias de Aquisição da Linguagem
Aula 2
Gláucia Braga
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Teorias de Aquisição da Linguagem
A hipótese inatista da aquisição da linguagem é uma teoria proposta por Chomsky nos anos 50, segundo a qual o ser humano nasce com uma capacidade inata para adquirir linguagem, da mesma forma como adquire o andar. A tarefa da criança será a de desenvolver a sua faculdade em função do ambiente que a rodeia e não apenas a de imitar o que ouve.
Chomsky aponta alguns argumentos fortes em defesa da sua teoria, sendo eles, o fato de os bebes terem a capacidade de produzir palavras ou frases que nunca ouviram antes.
 Se a aquisição fosse um processo meramente imitativo a criança não produziria essas mesmas frases. 
Assim como o fat de as crianças serem sistemáticas nos seus erros, se a criança estivesse apenas a imitar ela não deveria ser sistemática, nem manter-se assim durante um certo período do desenvolvimento. 
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Perspectiva Inatista
No entanto, outro fato que vai favorecer a hipótese inatista é de que as crianças nos seus erros já revelam conhecimentos gramaticais, por exemplo, a criança tem tendência a analisar um verbo como fazer, tratando-o como se fosse um verbo regular, e isto nunca lhe foi ensinado. Este fato só demonstra que “…os bebes sabem mais gramática do que se poderia pensar, apesar de este conhecimento ser inconsciente.”
Chomsky defende ainda a universalidade e a sequencialidade a favor da sua hipótese inatista. Segundo Chomsky todas as crianças passam por fases semelhantes de aquisição da linguagem, independentemente da língua que estão a aprender, no entanto, isto não significa que todas as crianças passem exatamente pelas mesmas fases. 
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Perspectiva Inatista
Este processo de aquisição, uma vez que a criança já possui capacidades inatas para analisar a estrutura da língua, é um processo rápido e simples. Os recém-nascidos respondem à linguagem de formas sofisticadas, e distinguem nos primeiros meses sons muito parecidos, o que não seria possível sem uma capacidade inata.
Por último, podemos referir o fato de existir uma fase crítica para a aquisição da linguagem. Este argumento de que existe um período, que ocorre nos primeiros anos de vida, essencial para que a criança possa vir a falar, vem favorecer também a hipótese inatista.
 A linguagem assim como outros processos de desenvolvimento psicomotor têm de ser estimulados para amadurecerem na altura devida, caso contrário, correm o risco de atrofiar.
Concluindo pode-se dizer que para Chomsky os bebes já nascem predispostos para aprender a falar, e todos os argumentos referenciados anteriormente, só demonstram que o bebe não começa do nada (Costa e Santos, 2003).
 Cada criança possui ao nascer um conjunto de regras que uma língua pode ter, não necessita de as aprender. A sua tarefa acaba por ser a de observar a forma como é utilizada a língua que é falada no meio em que ela está inserida.
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Perspectiva Cognitivista
Esta perspectiva defende que a aquisição da língua se prende com a evolução psicológica das crianças.
 Para estes teóricos, aprender a falar está necessariamente relacionado, ou seja, depende da aprendizagem ou maturação de outros processos cognitivos.
 No entanto, tem-se vindo a provar que o desenvolvimento linguístico é independente do desenvolvimento de outras capacidades cognitivas.
 Provas disso são a existência de patologias que afetam apenas capacidades linguísticas sem afetar outras capacidades cognitivas.
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Jerome Bruner
“Aprendizagem Significativa”
Bruner (1983) explica a aquisição da linguagem a partir de dois mecanismos: um é equivalente ao Language Aquisition Device – LAD, correspondendo a uma força interna (push) que impulsiona a criança a aprender a linguagem. 
O outro é a força que absorve (pull) a linguagem do meio social, através do estímulo encorajador (scaffolding) da pessoa que mais interage com a criança, somada ao contexto constante e reconhecível no qual a linguagem é usada.
 Essa estrutura recebe o nome de Language Acquisition Support System (LASS), e é considerada essencial para que a criança aprenda a linguagem. (BORGES; SALOMÃO, 2003) 
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Perspectiva Comportamentalista
Os comportamentalistas defendem que a aquisição da linguagem se desenvolve através de interações sociais de tipo estímulo – resposta. 
Assim os bebês aprendem a falar através da imitação daquilo que ouvem à sua volta.
 Para os comportamentalistas o processo de aquisição da língua reduz-se a um mero desenvolvimento de hábitos verbais reproduzidos por imitação.
 Chomsky, como já foi referido anteriormente, vem contrapor esta perspectiva, afirmando que os bebês não se limitam a reproduzir aquilo que ouvem.
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Modelo Interacionista
Muitos interacionistas, baseando-se em algumas teorias como a do inatismo, defendem que, aliada a uma capacidade inata para adquirir linguagem, estão outros fatores de natureza social que podem condicionar o comportamento linguístico e que produzem diferenças de criança para criança.
Alguns dos fatores não linguísticos que podem interagir com o processo de aquisição são: os demográficos, sexo do bebe, ou se é primeiro ou segundo filho; características de personalidade, como timidez; fatores sociais, como tipo de interação com os adultos, necessidade de comunicação; ritmos individuais de desenvolvimento; entre muitos outros.
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Lev Vygotsky
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