Portifólio amigo do Aurélio

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA – 1° e 2º SEMESTRES FLEX
AURÉLIO
A EDUCAÇÃO TRANSFORMADORA NA PROMOÇÃO DE UM SUJEITO CRITICO E EMANCIPADO
Cruzeiro do Sul
2016
AURÉLIO
A EDUCAÇÃO TRANSFORMADORA NA PROMOÇÃO DE UM SUJEITO CRITICO E EMANCIPADO
	Trabalho do Portfólio Interdisciplinar Individual apresentado ao curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção da nota referente às disciplinas do primeiro e segundo semestres flex.
	Orientadores: Carlos Eduardo de Souza Gonçalvez; Elias Barreiros; Altair Ferraz Neto; Edwylson de Lima Marinheiro; Natália Gomes dos Santos; Mari Clair Moro Nascimento; Jackeline Rodrigues Gonçalves Guerreiro; Luciane Bianchini; Juliana Aparecida de Lima Arruda.
Cruzeiro do Sul
2016
INTRODUÇÃO
	A educação é o meio que permite ao homem formar-se e construir-se num ser digno e consciente de suas ações. É através da educação que ele constrói sua cidadania e interage com o meio, com o outro, e, poderá ou não, transformar sua vida e a sociedade. É o instrumento mediador entre o senso comum e o conhecimento científico, mais atuante também no sentido de despertar a sensibilidade e a criatividade a fim de construir um ser completo, crítico e pensante, possibilitando um crescimento individual e coletivo.
	De mãos dadas com a educação caminha a escola, esta que é o local de estímulo e construção do saber, seja ele o saber técnico, que capacita o individuo para o mercado de trabalho, seja o saber relacional, vivencial que prepara o indivíduo a interagir com o meio em que vive. A escola não se limita somente ao espaço físico, mas suas ações devem está voltadas para uma prática educativa capaz de agir e transformar em conjunto com a família e as instituições sociais que colaboram na construção do saber.
	Com base no exposto o presente trabalho tem como objetivo compreender a importância de se concretizar uma educação transformadora que promova a construção de um sujeito crítico e emancipado. Que ao final dessa abordagem os objetivos propostos sejam alcançados.
A EDUCAÇÃO TRANSFORMADORA NA PROMOÇÃO DE UM SUJEITO CRITICO E EMANCIPADO
	A escola não deve ser pensada apenas como um espaço de mera transmissão de conhecimentos, mas como uma instituição que está estritamente relacionada com a educação e a sociedade. Dessa forma, o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo homem. Em outras palavras, o processo educativo é um processo de formação humana, isto é, um processo em que todos os seres humanos, que nascem inacabados do ponto de vista de suas características humanas, são produzidos, construídos, como humanos.
	Cabe a escola construir sujeitos capazes de atuar na realidade em que vive, transformando essa realidade de maneira ética, consciente, comprometida com a diminuição das injustiças sociais, em outras palavras a escola deve buscar concretizar uma educação transformadora que promova a construção de um sujeito crítico e emancipado. Mas, o que significa isso?
Emancipar-se é conquistar liberdade, autonomia, independência, não apenas política, mas também econômica. Por “perspectiva emancipatória” da educação entende-se a visão de que os processos educativos precisam estar comprometidos com uma visão de mundo transformadora, inconformada com um mundo injusto e insustentável em que vivemos. Por isso, uma perspectiva emancipatória da educação e do trabalho deve desenvolver a capacidade de pensar criticamente a realidade e promover a justiça e a solidariedade, fundada na ética, e respeitando a dignidade e a autonomia do educando. Daí a importância estratégica do professor como intelectual transformador e a escola como um espaço de contestação e de construção de uma visão crítica da sociedade, formando para o exercício da cidadania desde a infância.
A educação pode ser entendida e praticada tanto como um processo de formação para manter a sociedade quanto para transformá-la. Numa perspectiva emancipatória a educação é entendida como problematização da realidade visando à sua transformação. A educação emancipadora é o oposto da educação bancária, uma educação voltada para a fabricação de mão-de-obra para satisfazer as necessidades do mercado.
	Na concepção emancipatória (problematizadora) todos produzem conhecimentos e todos aprendem juntos. Na concepção emancipatória respeita-se e valoriza-se a trajetória de vida dos educandos. Nessa concepção, a educação é voltada para as necessidades dos sujeitos da educação e não submetida aos ditames do mercado, às necessidades da produção voltada para o lucro.
Assim, para que a escola possa construir a sua identidade, deverá ter como referência o grupo e o meio no qual está inserida. Para a construção da autonomia, todos os envolvidos no processo educativo precisam assumir o compromisso com uma proposta de real aprendizagem dos alunos. E, para que essa aprendizagem aconteça é necessária a consciência de que na escola, não existe espaço apenas para a transmissão do conteúdo por si só, do conteúdo pelo conteúdo; é necessário trabalhar as dimensões pessoais, sociais e culturais do sujeito, procurando transformá-lo em um cidadão crítico e consciente de seu papel no meio em que está inserido.
Então, pode-se afirmar que o contexto de cidadania será concebido à luz das práticas sociais, políticas, culturais e de comunicação dos sujeitos, articuladas às dimensões cotidianas dos mesmos. Nesse sentido, a escola é vista como um espaço que gera transformação individual e social. Compreender as múltiplas causas e os fatores que intervêm na sociedade e na escola são tópicos norteadores de todas as disciplinas. Trabalhar as diferenças necessárias à construção do conhecimento é tarefa que cabe à escola. As concepções de homem e de mundo se fazem através da maneira como vivemos, como buscamos nossos ideais e como construímos nossas crenças e valores em sociedade. Esse é o papel social da escola.
Vemos então, que as organizações e o funcionamento da sociedade exercem, de uma forma ou de outra, influência sobre a educação, na medida em que representam as criações humanas que são transmitidas de geração a geração através das relações sociais. Nesta forma de educação, ocorrem as influências da família, dos grupos sociais, do trabalho, da religiosidade, das crenças, do trabalho e de todos os ambientes que fazem parte da vida do ser humano. Esses fatores influenciam diretamente a educação sistematizada, aquela que acontece dentro da escola, mas que é fortemente influenciada por todos os fatores sociais. Então, a função social da escola consiste em promover mudanças nos sujeitos e na realidade. A instituição escolar servirá tanto para manter relações sociais injustas quanto para a transformação destas relações.
	A escola não poderá promover uma educação emancipatória se não tiver um currículo favorável para isso, dessa forma, a instituição escolar deverá adotar a teoria curricular que melhor auxilie o sujeito na luta contra as desigualdades sociais presentes no meio em que vive. Fazendo um comparativo entre as teorias tradicionais e as criticas podemos afirmar que a teoria crítica e a pós-critica são as que mais favorecem uma aprendizagem comprometida com o enfrentamento das desigualdades sociais presentes no mundo atual.
É importante ressaltar que as teorias tradicionais pretendem ser apenas "teorias" neutras, científicas, desinteressadas, concentrando-se em questões técnicas e de organização, enquanto que “as teorias críticas e as teorias pós-críticas argumentam que nenhuma teoria é neutra, científica ou desinteressada, mas que está, inevitavelmente implicada em relações de poder. Não se limita a questionar “que conhecimentos”, mas por que esse conhecimento e não outro? Quais interesses fazem com que esse conhecimento e não outro esteja no currículo? Por que privilegiar um determinadotipo de identidade ou subjetividade e não outro?”
Desta forma, percebemos que as teorias críticas pretendem trazer as relações sociais e sua discussão para a sala de aula: questões de raça, de religião, dominação política e ideológica, diferenças culturais, etc. A intenção é legítima quanto à uma educação voltada para a redução e até mesmo, nivelação das desigualdades. Trazer essas intenções para a sala de aula, concretizar essa teorização crítica do currículo na prática pedagógica não é tarefa fácil. 
O professor que trabalha em consonância com as teorias criticas faz do processo ensino aprendizagem um meio para que ambos, professor e aluno, em uma relação dialógica, atinjam um nível de consciência da realidade a fim de nela atuarem, num sentido de transformação dessa realidade.
	Contudo, para que ocorra a concretização do currículo ele precisa relacionar-se com o pedagógico, as políticas de formação e inovação curricular devem preocupar-se, especialmente com a passagem desse currículo à escola, ao professor, ao currículo voltado para a ação, de forma que as orientações curriculares não estejam configuradas como meros discursos, distantes e desconexos, em que a inovação e a mudança tornem-se, tão-somente, em palavras de efeito, em discursos ecoando no imaginário pedagógico.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Finalizando esse gratificante trabalho tenho a certeza de que a educação é um dos meios mais viáveis através dos quais se pode chegar a uma visão de mundo transformadora, através de seu dinamismo em renovar, inovar e cultivar o saber, que deve ser transformador e emancipado. 
Portanto posso concluir dizendo que a realização deste trabalho foi imprescindível para meu crescimento intelectual e de fundamental importância para meu conhecimento sobre a área de trabalho na qual pretendemos atuar. Além disso, contribuiu significativamente para a ampliação do meu conhecimento sobre o funcionamento da sala de aula, a aplicação de conteúdos, planejamento, em fim, como funciona de fato a prática educativa. Foi uma experiência realmente gratificante. Dessa forma, acredito que os objetivos propostos foram alcançados. 
REFRÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TRABALHO E EDUCAÇÃO NUMA PERSPECTIVA EMANCIPATÓRIA: Moacir Gadotti Diretor do Instituto Paulo Freire Professor Titular da Universidade de São Paulo. (ACESSO EM 06/10/2016).
TEORIA CURRICULAR CRÍTICA E PRÁTICA PEDAGÓGICA: MUNDOS DESCONEXOS FRANCO, Maristela Canário Cella. (ACESSO EM 06/10/2016).
A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA PÚBLICA: A ESPECIFICIDADE DO TRABALHO NA SALA DE AULA. Vera Lucia Marschall Viera Janaina Aparecida Mattos de Almeida. (ACESSO EM 06/10/2016).