Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MERLEAU-PONTY, MAURICE (04/03/1908-03/05/61) A Fenomenologia da Existência Corpórea O autor se inspira nos escritos do último Husserl Distinção de körper – objeto para a ciência e Leib – corpo vivido – corpo próprio Corpo e existência – corpo encarnado Merleau-Ponty e o primado da percepção Nada do que somos e fazemos pode prescindir dos atos perceptivos. Organismo reage mais a “constelações” de estímulos do que a elementos isolados. Corpo Lugar onde a subjetividade pode ser revestida de uma situação física e histórica (MERLEAU-PONTY, 2000). O corpo é mais do que um instrumento de ação no mundo, “ele é nossa expressão no mundo, a figura visível de nossas intenções”. Perceber, “é tornar algo presente a si com a ajuda do corpo, tendo a coisa sempre seu lugar num horizonte de mundo e consistindo a decifração em colocar cada detalhe nos horizontes perceptivos que lhe convenha”. A constituição fisiológica: intenção prescrita pela estrutura orgânica; A esfera psíquica: pertence à ordem da história, enquanto abertura para novos acontecimentos. Se o homem está comprometido com o mundo, não é mais pela consciência constituinte, mas pela percepção, a qual impede-nos de considerar o ser humano como totalmente livre Não há determinismo do corpo, da cultura, mas tampouco escolha absoluta. Corpo e mundo se comunicam porque são carne, isto é, possuem o mesmo estilo de ser, radicado na corporeidade. Desvincular corpo e mundo é um equívoco que oculta a dimensão originária da experiência física, social e cultural. O inconsciente É o sentir mesmo, a faculdade de perceber, substituta da consciência. O saber e a experiência do fenômeno O saber do corpo: o metabolismo corpo-consciência O saber do mundo vivido (Lebenswelt): as sedimentações do sentido O saber do campo fenomenológico: essências e categorias O saber do mundo factual: as ciências empíricas Corpo próprio É o que se sente sentir, se experimenta experimentar, se vê agir agindo em um comportamento significativo O corpo próprio se compreende como ser de situação, ser-ao-mundo ou como um existir Relação Eu-Corpo-Outro-Mundo: o ser humano vive a sua corporeidade de modo significativo para si próprio e deseja ser reconhecido, nesse valor significativo pelos outros Corporeidade como “fenômeno vivido” é diferente do pensamento causal Na Psicologia – esquema corporal dinâmico: o corpo próprio é, pois, ponto ancoradouro e origem de todos os pontos de vista, projeto de um mundo objetivo e intersubjetivo Corpo é – “sentir-sensível”, “vidente-visível” Ser corpo é estar atado a um certo mundo, e nosso corpo não está primeiramente no espaço: ele é no espaço Corpo – desdobramento da síntese Corpo expressão – corpo linguagem Corpo próprio como existência (primeira obra de arte) nós o constituímos.
Compartilhar