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MERCADO FINANCEIRO

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MERCADO FINANCEIRO
Avaliação
Primeira Prova:
Prova vale 8,0 pontos, assim distribuídos:
Primeira questão é dissertativa / específica (2,0 pontos).
Segunda questão consiste na marcação de afirmações verdadeiras (V) ou falsas (F), sendo que quatro afirmações devem ser classificadas, e cada afirmação acertada confere 0,5 ponto ao aluno (total de 2,0 pontos).
Terceira questão consiste no preenchimento de lacunas com a palavra correta. Serão quatro frases em que, em cada uma delas, uma palavra será substituída por uma lacuna, cabendo ao aluno preencher a lacuna com a palavra correta. Cada acerto confere 0,5 ponto ao aluno (total de 2,0 pontos).
Quarta questão consiste em marcar a opção correta. Serão elaboradas quatro sub questões em que, em cada uma delas, o aluno deverá marcar a alternativa correta entre quatro opções fornecidas. Cada acerto confere 0,5 ponto ao aluno (total de 2,0 pontos).
Trabalho vale 2,0 pontos: Relatório, individual e manuscrito, do livro “Pai Rico, Pai Pobre”, de Robert Kiyosaki, individual e manuscrito, aproximadamente três páginas de caderno grande.
Segunda Prova:
Prova vale 10,0 pontos, extraídos do banco de questões.
Prova Final:
Prova vale 10,0 pontos, extraídos do banco de questões.
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Capítulo I – Investindo sem Susto
Quem investe está abrindo mão de um consumo hoje para consumir amanhã.
Poupar quer dizer simplesmente deixar de gastar. Investir é um pouco mais: é deixar de gastar e destinar o dinheiro a uma aplicação financeira ou à compra de uma mercadoria para revender mais tarde, esperando que a renúncia a uma parte do consumo hoje represente um valor maior mais a frente.
Um exemplo conservador:
	Guardando R$ 300,00 por mês, você será, se for conservador:
	
	No colchão
	A 0,9 % ao mês
	Ganho líquido real*
	Em um ano
	R$ 3.600,00
	R$ 3.783,66
	R$ 183,66
	Em dez anos
	R$ 36.000,00
	R$ 64.349,60
	R$ 28.349,60
	Em vinte anos
	R$ 72.000,00
	R$ 252.925,33
	R$ 180.925,33
	Em trinta anos
	R$ 108.000,00
	R$ 805.544,25
	R$ 697.544,25
	*Supondo-se impostos e tarifas pagas e inflação zero.
Um exemplo mais agressivo:
	Guardando R$ 300,00 por mês, você será, se for mais agressivo:
	
	No colchão
	A 1,5 % ao mês
	Ganho líquido real*
	Em um ano
	R$ 3.600,00
	R$ 3.912,36
	R$ 312,36
	Em dez anos
	R$ 36.000,00
	R$ 99.386,46
	R$ 63.386,46
	Em vinte anos
	R$ 72.000,00
	R$ 692.656,31
	R$ 620.656,31
	Em trinta anos
	R$ 108.000,00
	R$ 4.234.075,62
	R$ 4.126.075,62
	*Supondo-se impostos e tarifas pagas e inflação zero.
A melhor aplicação financeira é aquela com excelente rendimento, elevada liquidez e baixo risco.
Risco, liquidez e rendimento são características mutuamente excludentes a partir de certo ponto. Ou seja, se você privilegiar uma delas, terá de abrir mão das outras duas.
Em alguns casos é possível ter duas dessas características ao mesmo tempo, mas as três juntas é impossível.
A maneira mais simples de entender rendimento é dizer que rendimento são quantos centavos o investidor ganha para cada real investido. Como um real tem cem centavos, os investimentos são calculados em percentual.
Assim, quem investiu R$ 1.500,00 na caderneta de poupança no dia 31 de agosto de determinado ano, obteve um rendimento bruto nominal de R$ 14,25 no dia 30 de setembro do mesmo ano, se nesse a poupança tiver rendido 0,95 %.
Às vezes, o rendimento é chamado de rentabilidade.
É necessário calcular o percentual para saber se foi uma boa idéia ou não investir em um fundo de ações.
Por exemplo: o investidor A fez duas aplicações em fundos de ações. Uma rendeu R$ 100,00 e a outra rendeu R$ 200,00. Qual a melhor (para facilitar, vamos considerar que os dois investimentos foram de exatamente um mês, aplicados e resgatados no mesmo dia)?
Só com esses números não dá para saber. Parece que a segunda aplicação é melhor do que a primeira. 
Mas se a primeira aplicação foi um investimento de R$ 2.000,00 em um fundo de ações que rendeu os R$ 100,00, o rendimento bruto (sem contar os impostos) nominal (sem contar a inflação) dessa aplicação no período foi de 5 %. Se a segunda aplicação foi um investimento de R$ 10.000,00 em um outro fundo de ações e o resultado foi de R$ 200,00, seu rendimento bruto nominal foi de 2 %. Pior, portanto.
Risco é a possibilidade de você investir R$ 1,00 e receber menos de R$ 1,00 no vencimento da aplicação. Quanto maior a chance de você receber menos de R$ 1,00 no vencimento, maior seu risco.
Não se deve confundir o risco do investimento com o risco do administrador financeiro.
O certificado de depósito bancário (CDB) é um investimento de baixo risco, mas esse pode ser aumentado se for feito em uma instituição financeira instável.
Um fundo de ações é um investimento de alto risco, mas que pode ser minimizado se esse fundo for adquirido em um banco comercial com credibilidade.
Existem dois tipos de risco de investimento: o risco do principal e o risco dos juros.
Você comprou uma casa no dia primeiro de janeiro e financiou (isto é, tomou emprestados) R$ 10.000,00 no banco. O contrato com o banco diz que você tem de pagar, de uma só vez, os R$ 10.000,00 no dia 31 de dezembro mais 10 % de juros. Ou seja, você vai ter uma dívida de R$ 11.000,00 no final do ano.
Mesmo tendo esses R$ 10.000,00 para pagar sua dívida afora, você tem aplicado o seu dinheiro nos últimos dois anos em um fundo de renda fixa que rende, em média, 12 % ao ano. Assim se você deixar R$ 10.000,00 aplicados por um ano, espera receber R$ 11.200,00 em dezembro. Você pode pagar sua dívida e ainda ficar com R$ 200,00.
Se no final do ano a rentabilidade ficar abaixo do esperado e esse fundo render apenas 9 %, você vai receber R$ 10.900,00 e terá de gastar mais R$ 100,00 para quitar sua dívida. Você não perdeu um centavo dos seus R$ 10.000,00 iniciais, mas deixou de ganhar R$ 100,00 de juros.
Esses 10 % ao ano são a sua taxa de juros referencial pessoal. O custo da dívida é de 10 % ao ano. Qualquer investimento que renda menos que isso representa um risco de juros para você.
Teoricamente, mas nem sempre, os fundos de renda fixa são destinados ao investidor que não quer arriscar o seu principal: ele quer um rendimento menor, porém mais garantido.
O risco do principal é a probabilidade de você receber menos do que aplicou. Além de não ganhar nada de juros, você ainda perde o seu dinheiro. Normalmente, os fundos de renda variável (ações).
Liquidez é a possibilidade de mudar o seu dinheiro de lugar sem perder o rendimento.
Nas principais aplicações, como certificados de depósitos bancários, fundos e poupança, é possível sacar seu dinheiro em qualquer dia. Porém, todo o rendimento do período é perdido e fica para o banco ou para os outros cotistas do fundo.
Além de traçar o seu perfil como investidor, você tem de saber por que está investindo. Dependendo de quais são as suas metas, sua estratégia como investidor terá de mudar radicalmente sem sair do seu perfil.
Algumas dicas:
Faça uma lista de tudo o que você precisa em termos materiais. Seus objetivos podem ser os mais variados.
Depois de listar o que você precisa, tente listar quando você precisa.
Uma boa regra é guardar 10 % de tudo o que você ganha.
Os perfis de investimentos pessoais devem variar de acordo com a idade e o perfil profissional do investidor.
É necessário fazer uma revisão estratégica toda vez que as premissas mudarem.
No Brasil, os juros em geral são altos por causa da elevada dívida pública, e o retorno dos papeis de renda fixa é melhor do que o das ações.
Investidores em renda variável têm de estabelecer firmemente suas metas e segui-las, sem se importar muito com o dia a dia. Se isso tira o seu sono e o deixa nervoso, você4 muito provavelmente vai se assustar e sacar na baixa, ou vai se entusiasmar e investir na alta, exatamente o contrário do que deviaestar fazendo.
Um investimento que promete mundos e fundos na grande maioria das vezes ou está escondendo riscos ou tem alguma irregularidade no meio.
Compre uma agenda do ano e anote o saldo dos investimentos semana a semana, de preferência sempre na mesma ordem e no mesmo dia da semana.
Pergunte tudo várias vezes, até ter certeza de que entendeu como a coisa funciona: prazo de investimento, quando entra no fundo, quando cai na conta depois de sair do fundo, quanto é o imposto, como é a taxa de administração, como esta taxa é cobrada.
As cadernetas de poupança têm duas vantagens para o pequeno e médio poupador: são isentas de impostos e têm uma liquidez maior do que os fundos mais comuns.
A desvantagem das cadernetas de poupança é a falta de autonomia da aplicação.
A remuneração das cadernetas de poupança é definida pelo governo, e por isso ela pode ficar abaixo dos juros de mercado se o governo quiser.
A poupança não é uma aplicação perfeita, mas é o melhor para quem tem pouco dinheiro, não se sente confortável com produtos bancários e não tem tempo nem paciência para ficar pensando. A caderneta de poupança também tem uma característica que normalmente faz a diferença entre lucro e prejuízo: simplicidade.
Nos certificados de depósitos bancários, o banco certifica que alguém aplicou uma determinada quantia em dinheiro nele, pelo qual esse alguém pagará uma remuneração (taxa de juros) em uma determinada data a quem lhe apresentar o papel, seja uma pessoa física ou jurídica.
Normalmente, os certificados de depósitos bancários são de 30 dias de prazos, mas há alguns papeis com prazos de mais de cinco anos.
Os certificados de depósitos bancários podem ser de dois tipos: pré fixados e pós fixados.
Os certificados de depósito bancários pré fixados têm sua remuneração definida no momento da aplicação.
Os certificados de depósitos bancários pós fixados têm a forma de cálculo de remuneração definida no momento de aplicação.
Os certificados do depósito bancário pagam Imposto de Renda sobre o rendimento líquido.
Nos certificados de depósitos bancários, quanto maior o volume investido, maior o rendimento.
Sobre as aplicações em fundos, a principal razão é que o mercado financeiro está ficando cada vez mais complicado, e, assim, é preciso entregar a gestão dos recursos para os profissionais.
Assim, pode ser interessante investir em fundos de investimentos, também conhecidos como fundos mútuos ou Fundos de Investimentos Financeiros (FIF).
Quanto mais dinheiro você oferece ao banco, melhor a remuneração que você obtém. O que um fundo de investimentos faz é simplesmente agregar recursos de diversos investidores e oferecer um bloco de uma vez ao banco.
Os maiores fundos têm suas cotas publicadas diariamente nos principais jornais diários.
Assim, anote o valor da cota no dia em que você investiu. Periodicamente – uma vez por semana no caso dos fundos de renda fixa, todos os dias no caso dos fundos de ações – anote em uma agenda o valor da cota no dia.
A taxa de administração é um percentual fixo cobrado de todo mundo, normalmente na entrada. Ou seja: você aplica R$ 100,00 e parte com R$ 97,00. Os 3 % são o salário do administrador para fazer o que melhor puder com o seu dinheiro.
A taxa de performance é um prêmio que o administrador ganha por fazer um bom trabalho. Normalmente é uma parcela de todo o que superar o ativo no qual o fundo investe.
Os fundos de renda fixa investem em títulos públicos, certificados de depósitos bancários e papeis de empresas. Têm pouca volatilidade e risco baixo.
Os fundos cambiais investem em ativos denominados em dólar. São indicados para quem tem dívidas em dólar ou espera desvalorização do real.
Os fundos de ações investem em ações. Têm volatilidade e alto risco.
Em termos de aposentadoria, deve ser objeto de planejamento.
Na hora de escolher o seu investimento, não se deve deixar de considerar o Imposto de Renda.
Deve-se evitar, a todo custo, fazer dívidas.
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Capítulo II – Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros
As instituições do Mercado Financeiro são responsáveis pela realização dos fluxos de recursos financeiros entre os poupadores e os tomadores de recursos (Livro, página 07).
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) pode ser definido como um conjunto de instituições financeiras, que têm na transferência de recursos dos agentes poupadores para os agentes tomadores de recursos, sua principal função, por meio da qual financia o crescimento da Economia. Logo, torna-se evidente a função, tanto econômica, quanto social, desse sistema (Livro, páginas 07 e 08).
O Sistema Financeiro Nacional é constituído por um subsistema normativo e por um subsistema de intermediação (Livro, página 12).
O subsistema normativo regula e controla o subsistema de intermediação (Livro, página 13).
No subsistema normativo, regulação e controle são exercidos por meio de normas legais, expedidas pela autoridade monetária, ou pela oferta seletiva de crédito levada a efeito pelos agentes financeiros do governo (Livro, página 13).
Já o subsistema de intermediação é constituído pelas instituições financeiras públicas ou privadas, que atuam no mercado financeiro (Livro, página 13).
O subsistema normativo é responsável pelo funcionamento do Mercado Financeiro e de suas instituições, fiscalizando e regulamentando suas atividades. Estas atividades são executadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo Banco Central do Brasil (BACEN). A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é um órgão normativo de apoio, atuando mais especificamente no controle e fiscalização do mercado de valores mobiliários (ações e debêntures). (Livro, página 13).
Compõem ainda este sistema três outras instituições financeiras que apresentam um caráter especial de atuação, assumindo certas responsabilidades próprias no mercado financeiro: o Banco do Brasil (BB), o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e a Caixa Econômica Federal (CEF) (Livro, página 13).
O subsistema de intermediação é composto de várias instituições classificadas em bancárias e não bancárias, de acordo com a capacidade que apresentam de emitir moeda, instituições auxiliares de mercado, e instituições definidas como não financeiras, porém integrantes do mercado financeiro (Livro, página 13).
Faz parte também dessa classificação o Sistema de Poupança e Empréstimos (SBPE), cujos recursos captados são investidos no âmbito do sistema de habitação (Livro, página 13).
É interessante caracterizar as instituições pertencentes à estrutura do Sistema Financeiro Nacional: intermediários financeiros e as instituições auxiliares. As primeiras captam poupança diretamente do público por meio de iniciativa e responsabilidades próprias na aplicação desses recursos junto aos agentes deficitários. São exemplos dessa categoria os bancos. Já as instituições auxiliares colocam em contato os poupadores com os investidores facilitando o acesso destes àqueles, como as bolsas de valores (Livro, página 15).
Um dos mais importantes objetivos do Conselho Monetário Nacional é estabelecer as metas de inflação e, sob a Lei 12.543 / 2011, fundar, para fins de política monetária e cambial, as condições específicas para a negociação de contratos de derivativos, estabelecendo limites, compulsórios e definindo as próprias características dos contratos existentes e criando novos (Livro, página 17).
Além disso, o conselho ficou responsável por todo um conjunto de atribuições específicas, destacando-se (Livro, página 17):
Autorização da emissão de papel-moeda.
Aprovação dos orçamentos monetários preparados pelo Banco Central.
Fixação de diretrizes e normas de política cambial.
Disciplinar o crédito em suas modalidades e as formas de operações creditícias.
Criação de limites para remuneração das operações e serviços bancários os financeiros.
Determinação da taxa de recolhimento compulsóriodas instituições financeiras.
Regulação sobre as operações de redesconto e liquidez.
Estabelecer ao Banco Central o monopólio de operações cambiais quando o Balanço de Pagamentos exigir.
O Banco Central é o órgão executivo central do sistema financeiro, sendo responsável pelo cumprimento das disposições legais sobre o funcionamento do sistema definidas no Conselho Monetário Nacional. O BACEN tem, portanto, uma função de fiscalizador do Sistema Financeiro Nacional (Livro, página 17).
 São atribuições do Banco Central (Livro, página 18):
Controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantindo que tenha um correto funcionamento para o mercado cambial.
Determinar periodicamente, via COPOM (Comitê de Política Monetária), a taxa de juros de referência para operações de um dia com títulos públicos (Taxa Selic).
Formalizar e institucionalizar de forma complementar ao COPOM, via Comitê de Estabilidade Financeira (COMEF), os processos para a discussão interna via divulgação do Relatório de Estabilidade Financeira e apresentando sua visão sistema financeiro e suas condições de risco.
A Comissão de Valores Mobiliários é um órgão normativo do Sistema Financeiro Nacional voltado para o desenvolvimento, a disciplina e a fiscalização do mercado de valores mobiliários não emitidos pelo sistema financeiro e pelo Tesouro Nacional. Está vinculada ao Ministério da Fazenda e tem autonomia financeira. Sua principal função é proteger os investidores, manter a eficiência e a ordem dos mercados e aumentar a facilidade de formação de capital por parte das empresas (Livro, páginas 17 e 18).
De acordo com a Lei 4.595 / 1964, as instituições financeiras são pessoas jurídicas públicas ou privadas que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação de recursos próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros (Livro, página 19).
As funções das instituições bancárias são oferecer crédito às empresas; criar moeda (sem que seja por meio de impressão de moeda, atividade própria do Banco Central); prestar serviços às pessoas físicas e jurídicas como o recebimento de cheques, prestação de serviços de cobrança, contas a pagar, arrecadação de tributos, custódia de títulos, serviços relacionados ao câmbio etc (Livro, página 20).
As instituições não bancárias são aquelas que não recebem depósitos à vista e trabalham com ativos não monetários como ações, letras de câmbio, certificados de depósitos bancários, debêntures etc. Essas instituições são conhecidas da população e geralmente são formadas por corretoras, bancos de investimento, financeiras, sociedades de arrendamento mercantil etc (Livro, página 20).
A globalização e as transações comerciais entre países possibilitaram o surgimento de instituições financeiras internacionais para assegurar as relações de troca entre as moedas e os empréstimos dos países (Livro, página 23).
O Banco Mundial, mais conhecido com BIRD – Banco Internacional para Reconstituição e Desenvolvimento, foi fundado na década de 1940 e possui cem países membros. De início, teve a função de complementar recursos do Plano Marshall (Livro, página 23).
É um banco responsável por empréstimos com baixas taxas de juros, crédito com taxa de juros zero e financiamento para países em desenvolvimento. Eles investem em diversas áreas como educação, saúde, administração pública, infra estrutura, desenvolvimento do setor financeiro privado, da agricultura e da gestão do meio ambiente e dos recursos naturais (Livro, página 24).
O Bank for International Settlements (BIS) é uma organização internacional que fomenta a cooperação entre Bancos Centrais e outras agências de modo a trazer estabilidade monetária e financeira (Livro, página 24).
Suas funções são (Livro, página 07):
Promover a discussão e facilitar a colaboração entre Bancos Centrais.
Oferecer suporte no diálogo entre as autoridades responsáveis pela estabilidade financeira.
Conduzir pesquisas sobre problemas de política monetária dos Bancos Centrais.
Agir como a principal contrapartida para os Bancos Centrais nas suas operações financeiras.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento foi criado em 1959 por iniciativa da Organização dos Estados Americanos (OEA) para financiar projetos viáveis de desenvolvimento econômico, social e institucional e promover a integração comercial regional na área da América Latina e o Caribe (Livro, página 25).
Não financia apenas projetos, mas também ajustamentos estruturais como reformas econômicas setoriais buscando o aumento da eficiência (Livro, página 25).
Uma de suas principais bandeiras é auxiliar os clientes a eliminar a pobreza e a desigualdade, promovendo o crescimento econômico sustentável (Livro, página 25).
O Fundo Monetário Internacional (FMI) é formado por um Conselho de Dirigentes formado pelo Ministro da Fazenda ou o Presidente do Banco Central de cada país-membro. As decisões são tomadas pelo voto ponderado de cada país, de acordo com a quota de contribuição ao fundo que ele desempenha. É importante frisar que os Estados Unidos têm 18 % dos votos o que dá direito de veto nas decisões mais importantes (Livro, páginas 25 e 26).
O Fundo Monetário Internacional é o supervisor do sistema monetário internacional focando nas políticas monetária e cambial dos países membros, servindo de consultor em momentos de crise e concedendo crédito quando ocorrem desequilíbrios temporários do Balanço de Pagamentos dos países membros (Livro, página 26).
O Mercado Financeiro se subdivide em Mercado Monetário, Mercado de Crédito, Mercado de Capitais e Mercado Cambial (Livro, página 26).
O mercado monetário encontra-se estruturado visando o controle da liquidez monetária da economia (Livro, página 26).
O mercado de crédito tem por objetivo fundamental suprir as necessidades de caixa de curto e médio prazos de vários agentes econômicos, podendo ser por meio de concessão de empréstimos às pessoas física ou por empréstimos e financiamentos às empresas (Livro, páginas 26 e 27).
Define-se como spread bancário a diferença entre os juros que o banco cobra ao emprestar moeda a um agente deficitário e a taxa que ele mesmo paga ao captar dinheiro com um agente superavitário (Livro, página 27).
A moeda de uma economia é como se fosse um produto negociável no mercado, que pode ser comprado ou vendido a determinado preço em relação à outra moeda. A taxa de câmbio representa o valor com que a autoridade monetária de um país aceita negociar sua moeda por compra ou venda de moeda estrangeira (Livro, página 30).
A especulação, os governos e as taxas de juros são fatores que afetam o mercado cambial (Livro, página 31).
Quando a moeda nacional fica muito valorizada, prejudica a exportação (Livro, página 31).
O mercado de capitais está estruturado de forma a suprir as necessidades de investimentos dos agentes econômicos, através de diversas modalidades de financiamentos a médio e longo prazo para capital de giro e capital fixo. É constituído pelas instituições financeiras não bancárias, instituições componentes do sistema de poupança e empréstimo e diversas instituições auxiliares (Livro, página 35).
Os empréstimos para capital de giro são oferecidos pelos bancos por meio de uma formalização contratual que estabelece as condições básicas de operação, como: garantias, prazo de resgate e encargos financeiros. As garantias podem ser oferecidas por meio de duplicatas, avais e notas promissórias (Livro, página 36).
As operações de repasses constituem-se em empréstimos contratados por instituições financeiras do mercado de capitais e repassados a empresas carentes de recursos para investimentos de longo prazo. Os repasses podem ser internos e externos (Livro, páginas 36 e 37).
A operação de arrendamento mercantil (leasing) pode ser compreendida como uma forma especial de financiamento. Basicamente, esta modalidade é praticadamediante a celebração de um contrato de arrendamento (aluguel) efetuado entre um cliente (arrendatário) e uma sociedade de arrendamento mercantil (arrendadora), visando à utilização, por parte do primeiro, de certo bem durante um prazo determinado, cujo pagamento é efetuado em forma de aluguel (arrendamento) (Livro, página 37). 
A abertura de capital de uma empresa se concretiza quando ela lança uma IPO (Initial Public Offering) de suas ações. A oferta pública inicial é um evento importante na economia de um país: na verdade, toda empresa que possui ações listadas em mercados organizados e negociados publicamente já teve uma oferta pública inicial (Livro, página 38). 
O objetivo da securitização de recebíveis é permitir à empresa a obtenção de recursos a taxas menores que as praticadas no mercado, sem comprometer o seu limite de crédito com os credores e sem alterar os índices de endividamento do seu Balanço. A empresa deve ter carteira de recebíveis de curto prazo pulverizados (Livro, página 39).
O mercado internacional de dívidas permite também o levantamento de recursos por meio da emissão de títulos pelos próprios tomadores. Nesse contexto, destacam-se duas importantes formas de captações das empresas processadas pela emissão de bônus e commercial papers (Livro, página 39). 
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Capítulo III – Medidas de Risco e os Produtos Financeiros Disponíveis às Empresas
O risco financeiro é aquele associado à capacidade que a empresa tem de liquidar seus compromissos financeiros assumidos, ou seja, às decisões de financiamento, assim empresas com mais altos níveis de endividamento apresentam risco financeiro mais elevado que aquelas com baixo risco de endividamento (Livro, página 47).
Imagine que a empresa Zepellin possui duas máquinas sendo (Livro, página 50):
Alfa: adquirida por R$ 10.500,00 e com valor de mercado de R$ 9.000,00, e que gerou R$ 5.000,00 de caixa após impostos no último ano.
Beta: adquirida por R$ 18.000,00, valor de mercado de R$ 15.500,00 e geração de R$ 3.500,00 de caixa após impostos no último anos.
Qual o retorno das máquinas? E qual ela deveria escolher para ser sua máquina principal apenas considerando o conceito de retorno? 
Solução (Livro, página 50):
ALFA = (RS 5.000,00 + R$ 9.000,00 – R$ 10.500,00) / R$ 10.500,00 = R$ 3.500,00 / R$ 10.500,00 = 33,33 %
BETA = (R$ 3.500,00 + R$ 15.500,00 – R$ 18.000,00) / R$ 18.000,00 = R$ 1.000,00 / R$ 18.000,00 = 5,55 % 
Assim, considerando apenas o retorno de cada uma das máquinas, temos que a máquina Alfa é a que oferece maior retorno para a empresa com 33,33 %, enquanto a máquina Beta traz apenas 5,6 % de retorno (Livro, página 50).
É interessante ressaltar que as inclusões de diversos títulos na carteira de investimento podem reduzir o risco até um limite, já que a inclusão de infinitos ativos na carteira de investimento não fará o risco reduzir-se a zero (Livro, página 51).
Entende-se por títulos de renda fixa aqueles que têm regras bem definidas sobre a remuneração do capital investido. Nesse tipo de aplicação, os investidores conhecem previamente a remuneração que terão ou conhecem o indexador (taxa de câmbio ou taxa de juros corrigida pela inflação) que será o índice remunerador da aplicação (Livro, página 53). 
Quando se trata de títulos de renda fixa, os principais impostos cobrados são o Imposto de Renda para pessoa física sobre os rendimentos dos títulos e, quando o investimento é menor do que 30 dias, há a cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (Livro, página 55).
As cobranças de Imposto de Renda seguem a seguinte dinâmica (Livro, página 55).
22,5 % para aplicações com prazo de até 180 dias.
20,0 % para aplicações com 181 dias até 360 dias.
17,5 % para aplicações com 361 dias até 720 dias.
15,0 % para aplicações com mais de 720 dias.
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) e o Recibo de Depósito Bancário (RDB) são os mais antigos e utilizados títulos de captação de recursos pelos bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento e bancos múltiplos (Livro, página 56).
O CDB é um título de crédito, físico ou escritural, enquanto o RDB é um recibo, e sua emissão gera a obrigação das instituições emissoras pagar ao aplicador a remuneração prevista, ao final do prazo contratado (Livro, página 56).
Exemplo: Um investidor aplicou R$ 15.000,00 em um CDB prefixado de 30 dias em uma instituição financeira. A taxa bruta da operação foi de 18 % ao ano. Pede-se:
O montante (M) bruto de resgate:
M = 15.000,00 x (1,18) 30/360 = 15.208,33
O IR, sabendo-se que é igual a 22,5 % do juro auferido:
IR = 0,225 x (15.208,33 – 15.000,00) = 46,87
O montante líquido (montante após o pagamento do imposto):
M LIQ. = 15.208,33 – 46,87 = 15.161,46
A taxa líquida da operação no período considerado:
I LIQ. = 15.161,46 / 15.000,00 – 1 = 0,0108 ou 1,08 % ao período 
O objetivo do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) é a captação de recursos no mercado interfinanceiro. Muito aplicado para aplicação da posição líquida positiva de caixa e captação de recursos para fechamento de posição de caixa das instituições financeiras (Livro, página 57).
 
 
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