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LIVRO TEXTO UNIDADE I TRIBUTOS EM ESPÉCIE

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Prévia do material em texto

APRESENTAÇÃO 
 
Caro aluno, 
 
Seja bem-vindo. 
 
Nesta nossa disciplina trataremos de assuntos como tributos federais: imposto de importação, 
imposto de exportação, imposto sobre a renda e os proventos de qualquer natureza, imposto 
sobre produtos industrializados, imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre 
operações relativas a títulos e valores mobiliários, imposto sobre a propriedade territorial rural, 
contribuições sociais, contribuições de intervenção no domínio econômico, contribuições de 
interesse das categorias profissionais ou econômicas. Tributos estaduais: imposto sobre 
operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transportes 
interestadual e intermunicipal e de comunicação, imposto de transmissão causa mortis e 
doação de quaisquer bens ou direitos, imposto sobre a propriedade de veículos automotores. 
Tributos municipais: imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, imposto sobre a 
transmissão inter vivos, imposto sobre serviços de qualquer natureza. 
Como objetivo principal de promover a compreensão e a importância do Direito Tributário, 
assim como apresentar e discutir o significado dos institutos fundamentais do Direito Tributário; 
de forma a estimular a capacidade de análise, domínio de conceitos e terminologia jurídica, 
argumentação, interpretação e valorização dos fenômenos jurídicos e sociais envolvidos e é 
nossa expectativa que você aprenda bastante. 
 
Considerando-se que será você quem administrará seu próprio tempo, nossa sugestão é que 
se dedique, ao menos, sete horas por semana para esta disciplina, estudando os textos 
sugeridos e realizando os exercícios de autoavaliação. Uma boa forma de fazer isso é já ir 
planejando o que estudar, semana a semana. 
 
Para facilitar seu trabalho, apresentamos na tabela a seguir os assuntos que deverão ser 
estudados e, para cada assunto, a leitura fundamental exigida e a leitura complementar 
sugerida. No mínimo, você deverá buscar entender bem o conteúdo da leitura fundamental, só 
que essa compreensão será maior se você acompanhar também a leitura complementar. Você 
mesmo perceberá isso ao longo dos estudos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A – Conteúdos (assuntos) e leituras sugeridas. Aluno, acesse nossos links: 
 
Assuntos/
módulos 
Leituras sugeridas 
Fundamental Complementar 
1 - 
 Tributos 
federais. 
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso 
de direito tributário. 20. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2008. 
AMARO, Luciano. Direito tributário 
brasileiro. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 
2008. 
 
1.1. 
Imposto 
de 
importaçã
o sujeito 
ativo e 
passivo. 
Fato 
gerador. 
Base de 
cálculo. 
Alíquotas. 
Legislação 
pertinente. 
1.2. 
Imposto 
de 
exportaçã
o: sujeito 
ativo e 
passivo. 
Fato 
gerador. 
Base de 
cálculo. 
Alíquotas. 
Legislação 
pertinente. 
 
http://online.minhabiblioteca.com.br/boo
ks/9788502162235 
COÊLHO, Sacha Calmon Navarro. 
Curso de Direito Tributário Brasileiro. 
12. ed. 2012. Minha Biblioteca. Web. 31 
July 2013 
 
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/bo
oks/978-85-309-4352-3>. 
COSTA, Regina Helena. Curso de 
Direito Tributário. 2. ed. 2010. Minha 
Biblioteca. Web. 01 August 2013
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/bo
oks/9788502113800>. 
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de 
direito tributário. 29. ed. São Paulo: 
Malheiros, 2008. 
http://online.minhabiblioteca.com.br/boo
ks/9788522470198 
 
Sugestão de leitura: 
http://online.minhabiblioteca.com.br/bo
oks/9788502142183/page/107 
ATALIBA, Geraldo. Hipótese de 
incidência tributária. 6. ed. São 
Paulo: Malheiros, 2006. 
Sugestão de leitura: 
MORETTI, Daniel. Pockets Jurídicos 
30 - Direito Tributário I, 1. ed. 2008. 
Minha Biblioteca. Web. 01 August 
2013 
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/b
ooks/9788502144712/page/89>. 
CARRAZZA, Roque Antonio. Curso 
de Direito Constitucional Tributário. 
24. ed. São Paulo: Malheiros, 2008. 
HARADA, Kyoshi. Direito financeiro e 
tributário. 20. ed. São Paulo: Atlas, 
2011. 
 
2 – 
 Imposto 
sobre a 
renda e os 
proventos 
de 
qualquer 
natureza: 
sujeito 
ativo e 
passivo. 
Fato 
gerador. 
Base de 
cálculo. 
Alíquotas. 
Legislação 
pertinente. 
2.1. 
Imposto 
sobre a 
propriedad
e territorial 
 
COSTA, Regina Helena. Curso de 
Direito Tributário. 2. ed. 2010. Minha 
Biblioteca. Web. 01 August 2013
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/bo
oks/9788502113800>. 
 
 
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito 
Tributário. 4. ed. 2011. Minha 
Biblioteca. Web. 31 July 2013
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/bo
oks/9788502161085/outline/Root>. 
AMARO, Luciano. Direito Tributário 
Brasileiro. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 
2008. 
CARRAZZA, Roque Antonio. Curso 
de Direito Constitucional Tributário. 
24. ed. São Paulo: Malheiros, 2008. 
HARADA, Kyoshi. Direito Financeiro 
e Tributário. 20. ed. São Paulo: Atlas, 
2011. 
 
 
rural: 
sujeito 
ativo e 
passivo. 
Fato 
gerador. 
Base de 
cálculo. 
Alíquotas. 
Legislação 
pertinente. 
 
 
 
 
 
 
 
3 – 
Imposto 
sobre 
produtos 
industrializ
ados: 
sujeito 
ativo e 
passivo. 
Fato 
gerador. 
Base de 
cálculo. 
Alíquotas. 
Legislação 
pertinente. 
3.1. 
Imposto 
sobre 
operações 
de crédito, 
câmbio e 
seguro, e 
sobre 
operações 
relativas a 
títulos e 
valores 
mobiliários
: sujeito 
ativo e 
passivo. 
Fato 
gerador. 
 
COSTA, Regina Helena. Curso de 
Direito Tributário. 2. ed. 2010. Minha 
Biblioteca. Web. 01 August 2013
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/bo
oks/9788502113800>. 
 
 
 
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de 
direito tributário. 29. ed. São Paulo: 
Malheiros, 2008. 
 
AMARO, Luciano. Direito tributário 
brasileiro. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 
2008. 
ATALIBA, Geraldo. Hipótese de 
incidência tributária. 6. ed. São 
Paulo: Malheiros, 2006. 
CARRAZZA, Roque Antonio. Curso 
de direito constitucional tributário. 
24. ed. São Paulo: Malheiros, 2008. 
COÊLHO, Sacha Calmon Navarro. 
Curso de Direito Tributário 
Brasileiro. 12. ed. 2012. Minha 
Biblioteca. Web. 01 August 2013
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/b
ooks/978-85-309-4352-3>. 
 
Base de 
cálculo. 
Alíquotas. 
Legislação 
pertinente. 
 
 
4 – 
Contribuiç
ões 
sociais: 
sujeito 
ativo e 
passivo. 
Fato 
gerador. 
Base de 
cálculo. 
Alíquotas. 
Legislação 
pertinente. 
4.1 
Contribuiç
ões de 
intervençã
o no 
domínio 
econômico
: sujeito 
ativo e 
passivo. 
Fato 
gerador. 
Base de 
cálculo. 
Alíquotas. 
Legislação 
pertinente. 
4.2 
Contribuiç
ões de 
interesse 
das 
categorias 
profissiona
is ou 
econômica
s: sujeito 
ativo e 
passivo. 
Fato 
gerador. 
 
 
COSTA, Regina Helena. Curso de 
Direito Tributário. 2. ed. 2010. Minha 
Biblioteca. Web. 01 August 2013
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/bo
oks/9788502113800>. 
 
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito 
Tributário. 4. ed. 2011. Minha 
Biblioteca. Web. 31 July 2013
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/bo
oks/9788502161085/outline/Root>. 
AMARO, Luciano. Direito tributário 
brasileiro. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 
2008. 
HARADA, Kyoshi. Direito financeiro e 
tributário. 20 ed. São Paulo: Atlas, 
2011. 
 COÊLHO, Sacha Calmon Navarro. 
Curso de Direito Tributário 
Brasileiro. 12. ed. 2012. Minha 
Biblioteca. Web. 01 August 2013
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/b
ooks/978-85-309-4352-3>. 
 
Base de 
cálculo. 
Alíquotas. 
Legislação 
pertinente. 
 
 
 
 
 
5 – 
 Tributos 
estaduais. 
5.1. 
Imposto 
sobre 
operações 
relativas à 
circulação 
de 
mercadori
as e sobre 
prestaçõe
s de 
serviços 
de 
transporte
s 
interestad
ual e 
intermunici
pal e de 
comunicaç
ão: sujeito 
ativo e 
passivo. 
Fato 
gerador. 
Base de 
cálculo. 
Alíquotas.Legislação 
pertinente. 
 
 
 
COSTA, Regina Helena. Curso de 
Direito Tributário. 2. ed. 2010. Minha 
Biblioteca. Web. 01 August 2013
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/bo
oks/9788502113800>. 
 
COELHO, Sacha Calmon 
Navarro. Curso de Direito Tributário 
Brasileiro. 9. ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 2007. 
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de 
Direito Tributário. 29. ed. São Paulo: 
Malheiros, 2008. 
 
AMARO, Luciano. Direito tributário 
brasileiro. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 
2008. 
 
HARADA, Kyoshi. Direito Financeiro 
E Tributário. 20. ed. São Paulo: Atlas, 
2011. 
 
 
6 - 
 Imposto 
de 
transmissã
o 
causa mor
tis e 
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso 
de Direito Tributário. 20. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2008. 
COELHO, Sacha Calmon 
Navarro. Curso de Direito Tributário 
Brasileiro. 9. ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 2007. 
AMARO, Luciano. Direito Tributário 
Brasileiro. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 
2008. 
ATALIBA, Geraldo. Hipótese de 
incidência tributária. 6. ed. São 
Paulo: Malheiros, 2006. 
CARRAZZA, Roque Antonio. Curso 
 
doação de 
quaisquer 
bens ou 
direitos: 
sujeito 
ativo e 
passivo. 
Fato 
gerador. 
Base de 
cálculo. 
Alíquotas. 
Legislação 
pertinente. 
6.1. 
Imposto 
sobre a 
propriedad
e de 
veículos 
automotor
es: sujeito 
ativo e 
passivo. 
Fato 
gerador. 
Base de 
cálculo. 
Alíquotas. 
Legislação 
pertinente. 
 
 
 
COSTA, Regina Helena. Curso de 
Direito Tributário. 2. ed. 2010. Minha 
Biblioteca. Web. 01 August 2013
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/bo
oks/9788502113800>. 
de Direito Constitucional Tributário. 
24. ed. São Paulo: Malheiros, 2008. 
HARADA, Kyoshi. Direito Financeiro 
e Tributário. 20. ed. São Paulo: Atlas, 
2011. 
 
7 . 
Tributos 
municipais
. 
7.1. 
Imposto 
sobre a 
propriedad
e predial e 
territorial 
urbana: 
sujeito 
ativo e 
passivo. 
Fato 
gerador. 
Base de 
cálculo. 
Alíquotas. 
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso 
de Direito Tributário. 20. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2008. 
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de 
Direito Tributário. 29. ed. São Paulo: 
Malheiros, 2008. 
 
COÊLHO, Sacha Calmon Navarro. 
Curso de Direito Tributário Brasileiro. 
12. ed. 2012. Minha Biblioteca. Web. 01 
August 2013
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/bo
oks/978-85-309-4352-3>. 
AMARO, Luciano. Direito Tributário 
Brasileiro. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 
2008. 
ATALIBA, Geraldo. Hipótese de 
incidência tributária. 6. ed. São 
Paulo: Malheiros, 2006. 
CARRAZZA, Roque Antonio. Curso 
de Direito Constitucional Tributário. 
24. ed. São Paulo: Malheiros, 2008. 
HARADA, Kyoshi. Direito Financeiro 
e Tributário. 20. ed. São Paulo: Atlas, 
2011. 
 
 
Legislação 
pertinente. 
 
 
8 - 
Imposto 
sobre a 
transmissã
o inter 
vivos: 
sujeito 
ativo e 
passivo. 
Fato 
gerador. 
Base de 
cálculo. 
Alíquotas. 
Legislação 
pertinente. 
8.1 - 
Imposto 
sobre 
serviços 
de 
qualquer 
natureza: 
sujeito 
ativo e 
passivo. 
Fato 
gerador. 
Base de 
cálculo. 
Alíquotas. 
Legislação 
pertinente. 
 
 COSTA, Regina Helena. Curso de 
Direito Tributário. 2. ed. 2010. Minha 
Biblioteca. Web. 01 August 2013
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/bo
oks/9788502113800>. 
 
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de 
Direito Tributário. 29. ed. São Paulo: 
Malheiros, 2008. 
 
AMARO, Luciano. Direito Tributário 
Brasileiro. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 
2008. 
BARRETO, Aires F. Curso de Direito 
Tributário Municipal. 1. ed. 2009. 
Minha Biblioteca. Web. 01 August 
2013 
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/b
ooks/9788502112926>. 
OLIVEIRA, José Jayme de Macêdo. 
Impostos Municipais - ISS - ITBI – 
IPTU. 2. ed. 2011. Minha Biblioteca. 
Web. 01 August 2013
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/b
ooks/9788502152748/page/245>. 
HARADA, Kyoshi. Direito Financeiro 
E Tributário. 20. ed. São Paulo: Atlas, 
2011. 
 
Nota: ver as referências bibliográficas para maior detalhamento das fontes de consulta 
indicadas. 
 
 
 
B – Avaliações 
 
Como é de seu conhecimento, você estará obrigado a realizar uma série de avaliações, 
cabendo a você tomar conhecimento do calendário dessas avaliações e da marcação das 
datas das suas provas, dentro dos períodos especificados. 
 
Por outro lado, é importante destacar que uma das formas de você se preparar para as 
avaliações é realizando os exercícios de autoavaliação, disponibilizados neste sistema de 
 
disciplinas online. O que precisa ficar claro, entretanto, é que os exercícios que são requeridos 
em cada avaliação não são repetições dos exercícios da autoavaliação. 
 
Para sua orientação, informamos na tabela a seguir os assuntos que serão requeridos em cada 
uma das avaliações as quais você estará sujeito: 
 
 
Conteúdos a serem exigidos nas avaliações 
Avaliações Assuntos Exercícios de autoavaliação 
relacionados 
NP1 Do assunto 1 até o assunto 4 Exercícios do 1 a 16 
NP2 Do assunto 5 até o assunto 8 Exercícios do 17 a 32 
Substitutiva Toda a matéria Todos os exercícios 
Exame Toda a matéria Todos os exercícios 
 
 
 
 
 
 
C – Bibliografia básica: 
 
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 24. ed. 2011. Minha Biblioteca. 
Web. 01 August 2013 
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/books/9788502162235>. 
 
COÊLHO, Sacha Calmon Navarro. Curso de Direito Tributário Brasileiro. 12. ed. 2012. 
Minha Biblioteca. Web. 01 August 2013 
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-309-4352-3>. 
 
COSTA, Regina Helena. Curso de Direito Tributário. 2. ed. 2010. Minha Biblioteca. Web. 01 
August 2013 
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/books/9788502113800>. 
 
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 29. ed. São Paulo: Malheiros, 2008. 
 
 
Bibliografia complementar: 
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 
 
ATALIBA, Geraldo. Hipótese de incidência tributária. 6. ed. São Paulo: Malheiros, 2006. 
 
BARRETO, Aires F. Curso de Direito Tributário Municipal. 1. ed. 2009. Minha Biblioteca. 
Web. 01 August 2013 
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/books/9788502112926>. 
 
CARRAZZA, Roque Antonio. Curso de Direito Constitucional Tributário. 24. ed. São Paulo: 
Malheiros, 2008. 
 
HARADA, Kyoshi. Direito Financeiro e Tributário. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
 
 
KFOURI JR., Anis. Curso de Direito Tributário. 1. ed. 2005. Minha Biblioteca. Web. 01 August 
2013 
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/books/9788502105133>. 
 
NOGUEIRA, Ruy Barbosa. Curso de Direito Tributário. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 1995. 
 
SABBAG. Eduardo. Manual de Direito Tributário. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
 
SANTI, Eurico Marcos Diniz de. Curso de Direito Tributário e finanças públicas. 1. ed. 2007. 
Minha Biblioteca. Web. 01 August 2013 
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/books/9788502144620>. 
 
 
 
Leitura sugerida: 
KFOURI JR., Anis. Curso de Direito Tributário. 1. ed. 2005. Minha Biblioteca. Web. 01 August 
2013 
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/books/9788502105133/page/123>. 
 
MORETTI, Daniel. Pockets Jurídicos 30 - Direito Tributário I. 1. ed. 2008. Minha Biblioteca. 
Web. 01 August 2013 
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/books/9788502144712/page/57>. 
 
OLIVEIRA, James Eduardo. Constituição Federal Anotada e Comentada. 2013. Minha 
Biblioteca. Web. 01 August 2013 
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-309-4667-8>. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRIBUTOS FEDERAIS 
 
INTRODUÇÃO 
É a Constituição Federal que determina a repartição da competência tributária nos artigos 145 
ao 156 e trata especificamente da matéria de impostos nos artigos 153 a 156. 
A Constituição atribui competência expressa e enumerada a cada um dos entes políticos,descrevendo as materialidades das situações fáticas correspondentes, vale dizer as regras-
matrizes de incidência. 
Os impostos têm previsão constitucional no artigo 145, I, da CF. 
Segundo o Código Tributário Nacional, artigo 16: 
 
“Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de 
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.” 
 
Portanto, imposto é a modalidade de tributo que tem como fato gerador uma situação 
independente de qualquer atividade estatal. 
 
Revisando: 
Segundo o artigo 3o do Código Tributário Nacional: 
 “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, que não constitua sanção de ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada.” 
 
Competência tributária é a aptidão para criar tributos, mediante a edição do necessário veículo 
legislativo (artigo 150, I), indicador de todos os aspectos de sua hipótese de incidência. 
A competência tributária é uma matéria de trato exclusivo constitucional. A aptidão de legislar, 
de criar tributos, é dada, apenas e somente, pela Constituição Federal, aos entes tributantes 
(União, Estados, DF e Municípios). 
O conceito de competência tributária não se confunde com o conceito de capacidade tributária 
ativa. Capacidade tributária ativa é aptidão para cobrar, arrecadar e fiscalizar o tributo. 
Assim, competência significa instituir e capacidade significa cobrar o tributo. 
Desse modo, nos termos do artigo 153, compete instituir impostos sobre: importação de 
produtos estrangeiros; exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
renda e proventos de qualquer natureza, produtos industrializados, operações de crédito, 
câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; propriedade territorial rural e 
grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
 
Em seguida, o artigo 154 acrescenta à União duas outras competências em matéria de 
impostos: 
1) A competência residual (154, I, da CF) a ser exercida mediante lei complementar, para a 
instituição de impostos não previstos no artigo 153, desde que sejam não cumulativos e não 
tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos já discriminados. 
2) A competência extraordinária (154, II, da CF) a ser exercida na iminência ou no caso de 
guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência 
tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas, as causas de sua criação. 
 
 
 
1.1 – IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO 
Artigo 153, da CF – Compete à União instituir impostos sobre: 
 
I – Importação de produtos estrangeiros 
 
O imposto de importação está previsto no artigo 153, I, da CF, sendo regulamentado pelos 
artigos 19 a 22, do CTN. 
O imposto de importação tem função extrafiscal. Isso significa dizer que sua função não 
exclusivamente arrecadatória visa também, de alguma forma, implementar outros objetivos do 
ente tributante. Podemos afirmar que é um instrumento de proteção da indústria nacional. 
Esse imposto, exatamente por significar formas de influenciar o mercado, deve ser de fácil e 
rápido manejo. Assim, o artigo 150, parágrafo primeiro, excepciona o imposto de importação da 
observância da anterioridade da lei tributária, tanto em relação à anterioridade genérica (artigo 
150, III, b), quanto em relação à anterioridade especial (artigo 150, III, c). Isso significa que o 
aumento do imposto pode ser exigido no mesmo exercício financeiro em que publica a lei que o 
estabeleceu e independentemente do aguardo do lapso temporal de noventa dias, o que o 
torna um instrumento ágil de regulação do comércio exterior. 
Em consonância com esse dispositivo, o artigo 153, parágrafo primeiro, por sua vez, autoriza o 
Poder Executivo a alterar as alíquotas atendidas as condições e os limites estabelecidos em 
lei. O princípio da legalidade tributária, em relação aos impostos mencionados nesse 
dispositivo, experimenta atenuação em seu rigor, ensejando que ato do Poder Executivo 
integre a vontade da lei, complementado-a nesse quesito. 
Assim é que, mediante decreto, o Poder Executivo, dentro dos parâmetros legalmente fixados, 
pode proceder às alterações que, à vista do interesse público, se fizerem necessárias. 
 
 
Fato gerador 
O fato gerador do tributo é definido pelo artigo 19 do Código Tributário Nacional nos seguintes 
termos: 
 
“Artigo 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros 
tem como fato gerador a entrada destes no território nacional.” 
 
Aspecto material do imposto: importar produtos estrangeiros. 
 
Importar, portanto, não é comprar mercadoria estrangeira. É fazê-la entrar no território 
nacional. 
 
 
 
Aspecto espacial, verifica-se, nesse imposto, a indicação de duas coordenadas para a sua 
aferição. A coordenada genérica de espaço, por primeiro, coincide com a própria eficácia da lei 
federal – o território nacional. Já a coordenada específica de espaço é a repartição aduaneira 
ou alfândega, onde ocorrerá o desembaraço dos produtos importados. 
A identificação do aspecto temporal do imposto de importação, por seu turno, gerou muita 
polêmica, prevaleceu o entendimento segundo o qual a obrigação de pagar o imposto de 
importação nasce no momento do registro da declaração de importação na repartição 
aduaneira. 
Aspecto pessoal, o sujeito ativo da obrigação é a União, e o contribuinte, nos termos do artigo 
22, CTN, é o importador ou quem a lei a ele equiparar, ou o arrematante, na hipótese de bens 
apreendidos ou abandonados. 
 
 
O aspecto quantitativo, revelado pela conjugação da base de cálculo e da alíquota, é regrado 
pelo artigo 20, CTN: 
“I – quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária; 
II – quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, 
alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para 
entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País; 
III – quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da 
arrematação.” 
 
Exemplo: se o produto importado é seda, a tributação pode se dar por metro do produto 
importado (base de cálculo) e a alíquota será um valor em reais. Já se a base de cálculo for o 
preço do produto, a alíquota será ad valorem, isto é, um percentual aplicado a essa base de 
cálculo, critério adotado atualmente pela lei. 
Ilustrando as hipóteses contempladas nesse dispositivo, temos que, se a base de cálculo for 
fixada em unidade de medida, a alíquota será específica. Exemplo: se o produto importado é 
seda, a tributação pode ser dar por metro do produto importado (base de cálculo), se a alíquota 
for um valor em reais. Já se a base de cálculo for o preço do produto, a alíquota ser ad 
valorem, isto é, um percentual aplicado a essa base de cálculo, critério adotado atualmente 
pela lei. 
 
O imposto de importação é, em regra, lançado por homologação, pois são de competência do 
importador o cálculo do montante do imposto devido e o seu recolhimento antecipado. Para o 
cálculo, o importador elabora a Declaração de Importação (DI) e a registra no SISCOMEX 
(Sistema Integrado de Comércio Exterior). No momento do registro, o próprio sistema 
informatizado se encarrega de retirar da conta corrente do importador o montante do imposto 
devido. 
Posteriormente, caberá a um auditor fiscal da Receita Federal do Brasil homologar o 
procedimento do contribuinte, praticando o ato denominado “desembaraço aduaneiro” da 
mercadoria importada. 
No caso de importação de bens que se enquadram no conceito de bagagem acompanhada, 
mas ultrapassem o limite de isenção, o lançamento do imposto será feito com base em 
declaração formulada pelo viajante (DBA – Declaração de Bagagem Acompanhada). Em tal 
hipótese, pode-se afirmar que oimposto é lançado por declaração. 
Na página da Receita Federal do Brasil encontramos a seguinte informação: 
“O imposto sobre a importação de produtos estrangeiros (II) incide sobre a importação de 
mercadorias estrangeiras e sobre a bagagem de viajante procedente do exterior. No caso de 
mercadorias estrangeiras, a base de cálculo é o valor aduaneiro e a alíquota está indicada na 
Tarifa Externa Comum (TEC). No caso da bagagem, a base de cálculo é o valor dos bens que 
ultrapassem a cota de isenção e a alíquota é de cinquenta por cento.” 
(http://www.receita.fazenda.gov.br/, sitio da Receita Federal do Brasil. Acesso em 29/07/2013, 
às 17h) 
 
 
Regimes aduaneiros especiais 
 
Trânsito aduaneiro: permite o transporte de mercadoria, sob controle aduaneiro, de um ponto a 
outro do território aduaneiro, com suspensão do pagamento de tributos. 
Drawback: incentivo à exportação – suspensão do pagamento dos tributos exigíveis na 
importação de mercadoria a ser exportada após beneficiamento. Isenção dos tributos exigíveis 
na importação de mercadorias, em quantidade e qualidade equivalentes à utilizada no 
beneficiamento, fabricação, complementação ou acondicionamento de produto exportado. 
Restituição. 
 
Zona Franca de Manaus: área de livre comércio de importação e exportação e de incentivos 
fiscais especiais. 
 
 
1.2 – IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO 
O artigo 153, II, da CF, estabelece ser de competência da União a instituição do Imposto de 
Importação: 
Artigo 153. Compete à União instituir imposto: [...] 
“II – exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados. 
 
§ 1o É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, 
alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II (imposto de exportação), IV e V.” 
 
O imposto de exportação é um imposto nitidamente extrafiscal, portanto, sua função não é 
exclusivamente arrecadatória, também visa, de alguma forma, implementar outros objetivos do 
ente tributante. 
Em razão de sua natureza extrafiscal, o imposto está igualmente excepcionado da observância 
do princípio da anterioridade da lei tributária – a genérica e a especial, outrossim, está 
autorizado o Poder Executivo a alterar-lhe as alíquotas, atendidas as condições e os limites 
estabelecidos em lei. 
 
 
 
 
 
 
Fato gerador 
Segundo o artigo 23, do Código Tributário Nacional: 
 
“O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de produtos 
nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território nacional.” 
 
Portanto, o fato gerador é a saída do território nacional para o exterior, de produtos nacionais 
ou nacionalizados. 
 
Aspecto material: é exportar para o exterior produtos nacionais ou nacionalizados. 
Produto nacional é o fabricado no país; produto nacionalizado é o que vem do exterior e sofre 
alguma alteração, é transformado ou beneficiado no país e é novamente exportado. 
Aspecto espacial: território nacional e a específica, ou seja, a repartição aduaneira. 
Aspecto temporal: consiste no momento da expedição da guia de exportação ou documento 
equivalente. 
Quanto aos sujeitos da obrigação tributária, temos, no polo ativo, a União e, no polo passivo, o 
contribuinte, o exportador ou a quem a ele a lei equiparar. 
Aspecto quantitativo vem definido nos artigos 24 e 25, CTN. 
À semelhança do Imposto de Importação, se a base de cálculo for unidade de medida (ex.: 
caixa de bebidas), a alíquota será específica (o valor de uma garrafa). Se a base de caçulo for 
o preço normal do produto, a alíquota será ad valorem, ou seja, um percentual a incidir sobre a 
base de caçulo. 
O lançamento por homologação. 
 
 
Bibliografia básica do módulo: 
ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário. 6. ed. São Paulo: Editora Método, 2012. 
 
 
COSTA, Regina Helena. Curso de Direito Tributário. 1. ed. 2 tiragem. São Paulo: Saraiva, 
2009. 
 
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 4. ed. 2 tiragem. São Paulo: Editora 
Saraiva. 2012. 
 
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 29. ed. São Paulo: Malheiros, 2008. 
 
Bibliografia complementar: 
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 
 
ATALIBA, Geraldo. Hipótese de incidência tributária. 6. ed. São Paulo: Malheiros, 2006. 
 
Legislação para consulta: 
Constituição Federal 
Código Tributário Nacional 
 
 
IMPOSTO SOBRE A RENDA 
 
Dispõe o artigo 153 da Constituição Federal que a instituição do Imposto de Renda é de 
competência da União. 
 
O Imposto de Renda é de competência da União, devendo ser utilizado como meio hábil a 
promover a adequada redistribuição de renda. A distribuição da renda é gerada em face do 
princípio da progressividade, pois aqueles que menos (ou nada) contribuem são, em regra, os 
que mais utilizam alguns serviços públicos (saúde e educação). 
 
É a principal fonte de receita tributária da União, quanto aos impostos, possuindo nítida função 
fiscal. 
 
“Artigo 153 da Constituição Federal: 
 
Compete à União instituir impostos sobre: 
 
III – renda e proventos de qualquer natureza.” 
 
Segundo o artigo 153, III, da CF, o Imposto de Renda não incide apenas sobre a renda, mas 
sobre os proventos de qualquer natureza. 
 
O conceito de renda compreende o produto do capital (aplicações financeiras), do trabalho 
(salário) ou da combinação de ambos (como o lucro). 
 
Já o conceito de proventos é definido por exclusão, compreende todos os acréscimos 
patrimoniais não enquadráveis no conceito legal de renda. 
 
O Imposto de Renda é aplicável tanto às pessoas físicas (IRPF), quanto às pessoas jurídicas 
(IRPJ). 
 
É importante observar que a existência de um conceito constitucional de renda e proventos de 
qualquer natureza limita sensivelmente a liberdade do legislador infraconstitucional para 
estabelecer as respectivas hipóteses de incidência. 
 
 
 
 
2.1.1 – Princípios constitucionais aplicáveis ao Imposto de Renda 
 
O inciso I, do § 2o, do artigo 153, da Constituição Federal impõe que o Imposto de Renda 
obedeça aos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma 
da lei. Esses critérios decorrem da aplicação do princípio da isonomia e da capacidade 
contributiva. 
 
A generalidade significa que todos que auferirem renda e proventos de qualquer natureza são 
contribuintes do imposto, sem discriminação injustificadas. 
 
A universalidade impõe que todas as modalidades de renda ou proventos, seja qual for sua 
origem – o capital, o trabalho ou combinação de ambos – submetam-se ao imposto. Em outras 
palavras, o IR não pode ser seletivo em função da natureza do rendimento auferido. Nesse 
sentido, o critério da universalidade contrapõe-se ao da seletividade. 
 
A progressividade implica que seja a tributação mais do que proporcional à riqueza de cada 
um. Um imposto é progressivo quando a alíquota se eleva à medida que aumenta a base de 
cálculo (vide artigo 145, parágrafo primeiro, da CF). 
 
Com o advento da Emenda Constitucional n. 42/2003, o Imposto de Renda passou a ser 
uma exceção ao período de anterioridade qualificada ou nonagesimal (artigo 150, § 1, 
parte final, da Constituição Federal). Portanto, o IR deve obedecer à anterioridade anual, 
sem respeitar o período de 90 dias. Assim, a majoração pode gerar efeitos a partir do 
primeiro dia do exercício subsequente, independente de qualquer prazo mínimo. 
 
 
 
2.1.2 – Fato gerador do Imposto de Renda 
 
A definição legal do fato gerador do Imposto de Renda consta no artigo 43 do Código Tributário 
Nacional: 
 
“Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza 
tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: 
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalhoou da combinação de ambos; 
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não 
compreendidos no inciso anterior. 
§ 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da 
localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de 
percepção. (Parágrafo incluído pela LCP nº 104, de 10.1.2001) 
§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as 
condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto 
referido neste artigo. (Parágrafo incluído pela LCP nº 104, de 10.1.2001)” 
 
 
O que é “disponibilidade”? 
Basicamente, a disponibilidade representa a possibilidade que o proprietário do patrimônio 
tem de ter as rendas ou os proventos para fazer com eles o que bem entender, dentro dos 
limites da lei reguladora do uso da propriedade de qualquer bem. Em outras palavras, é um dos 
atributos do direito de propriedade, tanto quanto os atributos de usar e gozar da coisa de que 
 
se é proprietário, além do direito de protegê-la contra esbulhos de terceiros (art. 5º, incisos XXII 
e XXIV, da CF/88). 
A “disponibilidade” a que alude o artigo 43, “caput” do CTN, corresponde aos atributos do 
direito de propriedade previstos no artigo 1228 do Código Civil: 
“Art. 1228 do Código Civil – O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o 
direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.” 
 
Disponibilidade econômica: é a percepção efetiva da renda ou do provento. A aquisição se 
dá pelo fato material, independentemente da legalidade, ou não, do modo de obtenção. 
Interpretação doutrinária e jurisprudencial: a disponibilidade e, por conseguinte, a tributação 
alcançam, inclusive, os ganhos decorrentes de produtos de crime ou de contravenção penal: 
atividades do tráfico de drogas, jogo do bicho, prostituição, corrupção. 
 
Disponibilidade jurídica: diz respeito à aquisição de um título jurídico que confere direito de 
percepção de um valor definido, ingresso de forma legal, no patrimônio. É a aquisição por meio 
de uma das formas legítimas e legais. Em outras palavras, ela é revelada pela posse do direito 
à renda, representada por um bem ou um crédito líquido e certo, que, embora temporariamente 
não represente a posse física da renda, já se agregou ao patrimônio da pessoa. 
 
 
2.1.3 – Base de cálculo do Imposto de Renda 
 
Segundo o artigo 44 do Código Tributário Nacional, a base de cálculo do imposto é o montante, 
real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis. 
“Art. 44, do CTN. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da 
renda ou dos proventos tributáveis.” 
Na sistemática do lucro real, o contribuinte efetivamente calcula seu lucro, abatendo do 
faturamento as despesas legalmente autorizadas. 
No lucro presumido (opção possível para alguns contribuintes), o sujeito passivo aplica um 
percentual legal sobre o valor de sua receita bruta, obtendo como resultado um montante que 
se presume ser seu lucro. 
Já o lucro arbitrado é aplicado quando não é possível o cálculo preciso do lucro real e o 
contribuinte não cumpre os requisitos para a tributação com base no lucro presumido. A 
situação se verifica quando o sujeito passivo não cumpre regularmente sua obrigação 
acessória de escriturar livros fiscais. Não se trata de uma punição, mas de uma maneira de se 
chegar a um valor razoável para servir de base de cálculo para o tributo (arbitramento). A base 
de cálculo do imposto, nesse caso, é determinada conforme diversos critérios previstos na 
legislação, sendo regra a aplicação de percentual sobre a receita bruta. 
 
 
2.1.4 - Contribuintes 
 
“Art. 45, do CTN. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 
43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens 
produtores de renda ou dos proventos tributáveis. 
Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a 
condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam.” 
 
2.1.4.1 – Sujeito ativo 
 
O Imposto de Renda é de competência da União, devendo ser utilizado como meio hábil a 
promover a adequada redistribuição de renda. Como já exposto, é a principal fonte de receita 
tributária da União, quanto aos impostos, possuindo nítida função fiscal. 
 
 
 
2.1.4.2 – Sujeito passivo 
 
O contribuinte do imposto sobre a renda é a pessoa física ou jurídica, titular de renda ou 
provento de qualquer natureza. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda a 
responsabilidade pela retenção e recolhimento do Imposto de Renda, figurando o empregado 
como contribuinte e o empregador, como responsável. 
 
 
2.1.5 – Alíquotas 
Segundo o artigo 153, § 2o, I, da Constituição Federal, o Imposto de Renda será informado 
pelos critérios da generalidade, universalidade e progressividade. 
 
Exemplo: tabela progressiva para o cálculo mensal do Imposto sobre a Renda da Pessoa 
Física para o exercício de 2014, ano-calendário de 2013. 
Base de cálculo mensal em R$ Alíquota % Parcela a deduzir do imposto em R$ 
Até 1.710,78 - - 
De 1.710,79 até 2.563,91 7,5 128,31 
De 2.563,92 até 3.418,59 15,0 320,60 
De 3.418,60 até 4.271,59 22,5 577,00 
Acima de 4.271,59 27,5 790,58 
 
Exemplo: tabela progressiva para o cálculo mensal do Imposto sobre a Renda da Pessoa 
Física a partir do exercício de 2015, ano-calendário de 2014. 
Base de cálculo mensal em R$ Alíquota % Parcela a deduzir do imposto em R$ 
Até 1.787,77 - - 
De 1.787,78 até 2.679,29 7,5 134,08 
De 2.679,30 até 3.572,43 15,0 335,03 
De 3.572,44 até 4.463,81 22,5 602,96 
Acima de 4.463,81 27,5 826,15 
(Fonte: Receita Federal do Brasil) 
 
 
2.2 - ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural 
 
O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural está previsto na Constituição Federal em seu 
artigo 153, VI. 
 
“Artigo 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
 
VI – propriedade territorial rural.” 
 
O ITR é imposto com finalidade marcadamente extrafiscal, pois, nos termos do artigo 153, §4o, 
I, da CF/88, suas alíquotas serão fixadas de forma a desestimular a manutenção de 
propriedades improdutivas. 
 
“Art. 153 da CF. Compete à União instituir impostos sobre: 
VI - propriedade territorial rural; 
 
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
42, de 19.12.2003): 
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de 
propriedades improdutivas (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003); 
II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário 
que não possua outro imóvel (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003); 
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que 
não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003).” 
 
“Art. 158 da CF. Pertencem aos Municípios: 
II - cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade 
territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da 
opção a que se refere o art. 153, § 4º, III (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 
19.12.2003).” 
 
2.2.1 - Histórico 
 
A Constituição de 1934 foi a primeira a prever um imposto incidente sobre a propriedade 
territorial rural, de competência dos Estados. As Constituições anteriores previam, 
genericamente, apenas um imposto sobre a propriedade. 
Em 1961, com a EC nº 5, a competência passou aos municípios. Em seguida, a EC nº 10/64 
transferiu a competência para a União, que deveria destinaro produto da arrecadação aos 
municípios onde estivessem localizados os imóveis. O objetivo dessa Emenda foi 
instrumentalizar a União com a política fiscal para fins de reforma agrária e combater os 
latifúndios improdutivos. 
A Constituição de 1969 manteve a arrecadação do imposto para os municípios na sua 
integralidade. A União reteve parcela para seus cofres. O STF declarou inconstitucionais 
quaisquer retenções e determinou a devolução desses valores aos municípios com juros e 
correção (RE 110.836 – MG 31.03.95). 
A Constituição de 1988 manteve a competência do ITR para a União, mas reduziu o percentual 
dos municípios no produto arrecadado para 50%. Hoje, com a EC 42/03, os municípios podem 
optar em arrecadar e fiscalizar o ITR e assim podem ficar com 100% de sua arrecadação, nos 
termos do artigo 158, II, da CF. 
 
2.2.2 Imóvel urbano ou rural para fins do imposto 
 
Rural é próprio do campo em oposição ao que é próprio da cidade. É preciso delimitar o que é 
rural e o que é urbano, pois os municípios têm competência para instituir o IPTU. 
A Lei Ordinária 5868/72, em seu art. 6º, definiu imóvel rural como aquela que se destina à 
exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal ou agroindustrial e que tiver área superior a um 
hectare. 
O CTN define imóvel rural (art. 29, CTN) como aquele situado fora da zona urbana do 
município. 
A zona urbana é aquela delimitada por lei municipal, observados os requisitos delineadores 
previstos no CTN, com a presença de melhoramentos indicados em, pelo menos, dois dos 
incisos previstos no artigo 32. 
 
“ Art. 32 do CTN [...] 
§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; 
observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 
(dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público: 
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; 
 
II - abastecimento de água; 
III - sistema de esgotos sanitários; 
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; 
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do 
imóvel considerado. 
§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, 
constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à 
indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do 
parágrafo anterior.” 
 
A indicação de zona rural, portanto, para a cobrança de ITR há de ser fixada por exclusão: em 
primeiro lugar, averigua-se a natureza de zona urbana; parte-se, após, por exclusão, ao 
conceito de zona rural. 
 
2.3.1 Sujeito ativo 
 
O sujeito ativo é a União Federal. Quem arrecada e fiscaliza é a Receita Federal do Brasil – 
órgão da administração direta da União (art. 15, da Lei 9393/96). 
 
Convém esclarecer que de acordo com o artigo 153, § 4º, III (EC 42/03), da CF, o ITR poderá 
ser fiscalizado e cobrado pelos municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não 
implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal (detentor da 
capacidade tributária ativa). 
 
2.3.2 - Sujeito passivo 
O contribuinte do imposto é o proprietário (pleno, de domínio exclusivo ou na condição de 
coproprietário) do imóvel, o titular do domínio útil (enfiteuta e usufrutuário e superficiário), ou o 
seu possuidor (ad usucapionem, isto é, aquele com a possibilidade de aquisição do domínio ou 
propriedade pelo usucapião) de qualquer título. Art. 31 do CTN, art. 4º da Lei 9393/96 e art. 5º 
do Decreto 4382/02. 
O responsável tributário é o sucessor a qualquer título, nos termos dos arts. 128 a 133 do CTN, 
art. 5º da Lei 9393/96 e art. 6º do Decreto 4382/02. 
 
2.4 – Fato gerador 
O fato gerador do ITR é a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, 
localizado fora da zona urbana do município, em 1o de janeiro de cada ano. 
 
2.4.1 - Critério espacial do fato gerador 
O critério espacial é a zona rural do município (coordenada específica) e corresponde ao 
território nacional (coordenada genérica). 
Imóveis cujas áreas alcançam mais de um município: art. 1º, § 3º, da Lei 9393/96 e art. 7º, 
§ 1º, do Decreto 4382/02. 
“Art. 1º, § 3º O imóvel que pertencer a mais de um município deverá ser enquadrado no 
município onde fique a sede do imóvel e, se esta não existir, será enquadrado no município 
onde se localize a maior parte do imóvel.” 
 
Limite com outro país: à falta de convenção fiscal com esses países, o critério mais razoável 
é o da tributação proporcional à área localizada no Brasil, seja ou não sede da Fazenda. O 
mesmo critério se aplica entre os Estados. 
Domicílio fiscal: o domicílio tributário é o do município do imóvel, sendo vedada a eleição de 
qualquer outro. 
 
2.4.2 - Critério temporal do fato gerador 
 
O critério temporal é 1º de janeiro de cada ano, como é da tradição brasileira no tocante a 
impostos que gravam a propriedade. Art. 1º da Lei 9393/96 e art. 2º do Decreto 4382/02. 
 
 2.5 - Base de cálculo 
A base de cálculo do imposto é o valor fundiário do imóvel, de acordo com o art. 30 do CTN. A 
Lei 9393/96 no seu art. 11 e o Decreto 4382/02 em seu art. 32 dispõem que a base de cálculo 
do ITR é o Valor da Terra Nua tributável (VTNt), conceito equivalente ao do valor fundiário, o 
que significa que na fixação da base de cálculo não se considera o valor dos bens imóveis por 
acessão ou benfeitorias (excluem-se, portanto, os valores relativos a construções, instalações 
e benfeitorias, culturas, pastagens e florestas plantadas). Tais conceitos estão detalhados no 
art. 10 da Lei 9393/96. 
Terra nua = preço de mercado, excluído o valor das construções, instalações, benfeitorias, 
culturas permanentes, pastagens e florestas plantadas. Todavia, compreende as árvores e os 
frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo. 
 
 
2.6 - Alíquotas 
Art. 11 da Lei 9393/96 e art. 34 do Decreto 4382/02 
Conforme determina a CF, art. 153, § 4º, I o imposto será progressivo e as alíquotas fixadas de 
forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas, expressando, portanto, sua 
feição extrafiscal, mediante a aplicação do princípio da função social da propriedade à 
propriedade rural. 
Atendendo ao dispositivo constitucional, a Lei 9393/96 estabelece as alíquotas do ITR em 
função da área total e do grau de utilização do imóvel, que variam de 0,03 a 20%; alíquota esta 
de caráter evidentemente confiscatório e, portanto, incompatível com o princípio da vedação da 
utilização de tributo com efeito de confisco (art. 150, V, CF). 
 
2.7 - Regras gerais 
Imunidade em Reforma Agrária: o ITR incide ainda sobre o imóvel declarado de interesse 
social para fins de reforma agrária, enquanto não transferida a propriedade, exceto se houver 
imissão prévia na posse (art. 2º, §, 1º, I e II do Decreto 4382/02). 
Imunidade e a função social da propriedade: o proprietário que não possua outro imóvel 
poderá gozar da imunidade das pequenas glebas rurais. Essa imunidade prevê uma 
relativização do instituto da propriedade na busca da justiça social, procurando diferençar o 
ausentismo na propriedade rural do seu adequado aproveitamento. 
 Lançamento: por homologação (art. 10, da Lei 9393/96). 
 
 
Bibliografia básica do módulo: 
ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário. 6. ed. São Paulo: Editora Método. 2012. 
 
COSTA, Regina Helena. Curso de Direito Tributário. 1. ed. 2 tiragem. São Paulo: Saraiva, 
2009. 
 
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 4. ed. 2 tiragem. São Paulo: Editora 
Saraiva. 2012. 
 
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 29. ed. São Paulo: Malheiros, 2008. 
 
Bibliografia complementar: 
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 
 
ATALIBA, Geraldo. Hipótese de incidência tributária. 6. ed. SãoPaulo: Malheiros, 2006. 
 
 
Legislação para consulta: 
Constituição Federal 
Código Tributário Nacional 
3.1 – Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI 
 
O artigo 153, IV, da CF, estabelece ser de competência da União a instituição do imposto sobre 
produtos industrializados. 
A União, na forma do artigo 153, IV, da CF, poderá instituir: 
IV – imposto sobre produtos industrializados. 
O §3°, do artigo 153, em seus incisos I a IV, contempla norma de grande relevância na moldura 
do imposto: 
a) Seletividade do imposto. Significa que a lei procederá a discriminação de tratamento 
estabelecida em função da essencialidade do produto, critério apontado constitucionalmente. 
Em outras palavras, a exigência do IPI há de ser modulado consoante o grau de 
essencialidade dos produtos industrializados para o consumidor: quanto mais essenciais, 
menor deve ser a tributação; quanto menos essenciais, o imposto deve atingi-los com maior 
intensidade. 
b) Não cumulatividade: compensando-se o que for devido em cada operação com o montante 
cobrado nas anteriores. Consagrado no artigo 49 do CTN. 
c) Não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior. Cuida-se de autêntica 
imunidade específica ao IPI, expressão constitucional da aludida máxima do comércio 
internacional, segundo a qual não se deve exportar impostos. 
d) A redução de seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do 
imposto, na forma da lei, comando introduzido pela EC no 42, de 2003. 
 
3.1.1 - Sujeito ativo 
O sujeito ativo é a União Federal. 
 
 
 3.1.2 - Sujeito passivo 
Conforme o art. 51 do Código Tributário Nacional: 
a) o importador ou quem a ele a lei equiparar; 
b) o industrial ou quem a ele a lei equiparar; 
c) o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça a industriais ou a estes 
equiparados; 
d) O arrematante de produtos apreendidos ou abandonados levados a leilão; 
 
3.1.3 – Fato gerador 
O fato gerador poderá, assim, ocorrer nas seguintes situações delineadas no artigo 46 do 
Código Tributário Nacional: 
“Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como fato 
gerador: 
I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira; 
II - a sua saída do produto do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial; 
III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão. 
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que 
tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o 
aperfeiçoe para o consumo.” 
 
 São duas as principais hipóteses de ocorrência do fato gerador do IPI: 
 Na importação: o desembaraço aduaneiro de produtos de procedência estrangeira. 
 
 Na operação interna: a saída de produto de estabelecimento industrial, ou equiparado a 
industrial. 
 
 
 
3.1.4 - Base de cálculo 
Segundo o artigo 47 do Código Tributário Nacional, a base de cálculo do imposto é: 
a) No caso do produto procedente do exterior: o preço normal, acrescido do próprio imposto 
de importação, das taxas aduaneiras e dos encargos cambiais, no caso de desembaraço 
aduaneiro. 
b) No caso de saída de mercadoria do estabelecimento de importador, industrial, 
comerciante ou arrematante: o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria; ou 
na falta deste valor, o preço corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da 
praça do remetente; 
c) o preço da arrematação de produto aprendido ou abandonado e levado a leilão, o preço 
da arrematação. 
Na operação interna: O valor total da operação de que decorrer a saída do estabelecimento 
industrial ou equiparado a industrial. 
Na importação: O valor que servir ou que serviria de base para o cálculo dos tributos 
aduaneiros, por ocasião do despacho de importação, acrescido do montante desses tributos e 
dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou deste exigíveis. 
 
3.1.5 - Alíquotas 
As alíquotas constam da TIPI – Tabela de Incidência do IPI. Variam de 0% a 365,63% 
(cigarros). 
 
3.1.6 - O IPI é fiscal ou extrafiscal? 
O IPI é gravame federal de forte interesse fiscal, uma vez que representa importante 
incremento no orçamento do Fisco. Paralelamente, perfaz a função extrafiscal, regulatória de 
mercado, uma vez que vem onerar mais gravosamente artigos supérfluos e nocivos à saúde. 
O Poder Executivo poderá alterar as alíquotas do IPI, atendidas as condições e os limites 
estabelecidos em lei, sem necessidade de obediência ao princípio da anterioridade para a 
cobrança, em havendo majoração. 
Ao editar a Emenda Constitucional 42/2003, o legislador constituinte atendeu aos pleitos dos 
contribuintes, estendendo a noventena aos tributos em geral e não excetuando o IPI. 
Assim, o IPI não se sujeita ao Princípio da Anterioridade (150, III, b, da CF) e está sujeito ao 
Princípio da Noventena (150, III, c, da CF). 
 
3.1.7 - Lançamento 
O IPI está sujeito ao lançamento por homologação. 
 
3.2 – Imposto sobre Operações Financeiras – IOF 
Introdução 
“Artigo 153 [...] da CF 
V- operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários.” 
 
O IOF tem função predominantemente extrafiscal (controle da política monetária), embora seja 
bastante significativa a sua função fiscal, ensejando o recolhimento de somas consideráveis. 
Sua arrecadação ocorre nas operações realizadas por instituições financeiras, como os 
bancos, Caixas Econômicas, corretoras, lojas de câmbio, empresas de seguros privados e 
outros. 
 
3.2.1 - Sujeito passivo 
 
a) pessoas jurídicas tomadoras de crédito; 
b) as compradoras ou vendedoras de moeda estrangeira; 
c) as pessoas físicas ou jurídicas seguradas; 
d) adquirentes de títulos ou valores mobiliários e instituições financeiras; 
e) as instituições autorizadas pelo Banco Central do Brasil a efetuarem a primeira 
aquisição do ouro, ativo financeiro, ou instrumento cambial. 
 
 
3.2.2 – Fato gerador 
São cinco hipóteses de incidência distintas, todos referentes ao conceito de operação 
financeira, que essencialmente é o negócio jurídico celebrado com o objetivo de lucro. 
1) Operação de crédito: alguém disponibiliza um valor, um crédito, a outrem. É o caso de 
empréstimo bancário. 
2) Operação de câmbio: na troca de moeda nacional pela estrangeira, ou vice-versa, como 
ocorre quando se compra dólares por motivo de viagem ao exterior. 
3) Operação de seguro: proteção de um bem em relação a determinado risco, como o 
seguro de vida ou de veículo. 
4) Operações relativas a títulos e valores mobiliários abrangem os negócios jurídicos, 
envolvendo tais títulos, como letras de câmbio e ações. 
5) Operações com ouro-financeiro. 
 
Observações 
O artigo 153, §1o, da CF declara que é facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e 
os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas do IOF. Portanto, o imposto, no que diz 
respeito à alteração das alíquotas está excepcionando o princípio Constitucional da Legalidade. 
Ademais, o § 1o, do artigo 150 do texto constitucional determina que a alteração das alíquotas 
do IOF não se sujeita ao Princípio Constitucional da Anterioridade anual e a nonagesimal. 
 
 
Bibliografia básica do módulo: 
ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário. 6. ed. São Paulo: Editora Método. 2012 
 
COSTA, Regina Helena. Curso de Direito Tributário. 1. ed. 2 tiragem. São Paulo: Saraiva, 
2009. 
 
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 4. ed. 2 tiragem. São Paulo: Editora 
Saraiva. 2012. 
 
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 29. ed. São Paulo: Malheiros, 2008. 
 
Bibliografia complementar: 
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.4 - Contribuições em espécie 
Entende-se que subsistem no sistema tributário nacional cinco espécies tributárias. Esse é o 
entendimento que tem prevalecido na doutrina e no Supremo Tribunal Federal: 
1) impostos; 
2) taxas; 
3) contribuições de melhorias; 
4) empréstimos compulsórios; 
5) contribuições especiais. 
 
4.1 - Conceito de contribuições 
As contribuições são tributos destinados ao financiamento de gastos específicos, estão 
atreladas no contexto de intervenção do Estado no campo social e econômico, sempre no 
cumprimento dos ditames da política de governo. São denominadas pela doutrina e pela 
jurisprudência de parafiscais ou especiais. No entanto, vamos adotar a 
denominação Contribuições Especiais. 
 
Revisando: 
Os tributos, como regra, são instituídos, arrecadados e fiscalizados pela mesma 
entidade impositora. No entanto, na parafiscalidade, a instituição é realizada por uma 
pessoa política (GERALMENTE A UNIÃO) e as atividades de arrecadação e fiscalização, 
pelo ente parafiscal (autarquias, entidades paraestatais). 
A contribuição parafiscal é tributo devido a entidades paraestatais, em razão de atividades 
especiais por elas desempenhadas. 
 
 
4.2 - O artigo 149 da Constituição declara: 
“Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no 
domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como 
instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 
150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que 
alude o dispositivo.” 
“Da análise do artigo 149 da Constituição Federal podemos interpretar as características das 
Contribuições: 
a) Sua instituição está autorizada para que funcione como instrumento de atuação da União; 
b) As contribuições estão atreladas ao atendimento de suas finalidade constitucionais; 
c) São tributos qualificados por suas finalidades.” (Roque Carrazza) 
 
 
4.3 - Contribuições ESPECIAIS prevista pelo texto constitucional: 
(adotamos esta classificação) 
1) Contribuições sociais: seguridade social, outras contribuições sociais, contribuições sociais 
gerais. 
2) Contribuições de interesse de categorias profissionais e econômicas ou corporativas. 
3) Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE). 
4) Contribuição para custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP). 
4.4.1 – Contribuições sociais 
As contribuições sociais constituem instrumento de atuação da União na área social, 
título da ordem social no texto fundamental (artigos 193 a 232). Portanto, as 
contribuições sociais podem ser instituídas para alcançar finalidades relativas à 
seguridade social, à educação, à cultura e ao desporto, à ciência e à tecnologia, à 
comunicação social, ao meio ambiente, à família, à criança, ao adolescente, ao idoso e 
aos índios. 
 
As contribuições sociais podem ser classificadas como: 
• contribuições de seguridade social; 
• outras contribuições; 
• contribuições sociais gerais. 
 
 
4.4.2 Contribuições de seguridade social 
Conforme estabelece o artigo 195 da Constituição Federal: 
“Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, 
nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes 
sobre: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer 
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição 
sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata 
o art. 201; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. 
 
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
§ 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da 
seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. 
§ 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou 
estendido sem a correspondente fonte de custeio total. 
§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após 
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou 
modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b. 
§ 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de 
assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.” 
 
 
 
 
Comentários ao artigo: 
O orçamento da seguridade social é composto de receitas oriundas de recursos dos 
entes públicos (financiamento indireto) – por meio dos impostos e de receitas 
provenientes das contribuições (financiamento direto). As contribuições são instituídas 
por lei, com base na Constituição, para o custeio da seguridade social (artigo 195 da CF 
c/c artigo 11, da Lei n. 8.212/91). 
Em relação ao princípio da anterioridade, as contribuições sociais serão cobradas 90 
dias após a publicação da lei instituidora ou modificadora e o pagamento do tributo. É 
conhecida como anterioridade especial (nonagesimal ou mitigada), ou período de 
noventena. 
As contribuições para a seguridade social obedecerão a um período de anterioridade 
especial de 90 dias, independente do ano civil. 
Outro comentário, em relação às imunidades; duas importantes normas de não 
incidência de contribuição social: 
I) Imunidade de contribuição social para as entidades beneficentes de assistência social 
(artigo 195, § 7o, CF). 
II) Imunidade de todas as contribuições sociais para as receitas decorrentes de 
exportação (artigo 149, §2 o,I). 
O artigo 195, § 4o, da CF/88, atribui à União uma espécie de competência residual para instituir 
novas contribuições destinadas à sua manutenção e expansão, as quais são chamadas de 
outras contribuições sociais. 
 
Contribuições sociais dos trabalhadores e dos demais segurados 
Art. 195, inciso II, da CF/88, o trabalhador e os demais e segurados da Previdência Social 
podem ser obrigados ao recolhimento das contribuições sociais, destinadas à Previdência 
Social. 
 
Fato gerador: remuneração paga ou creditada pelos serviços prestados pelo segurado, 
independentemente da denominação utilizada. 
Alíquota: são variáveis entre 8% a 11%. 
Base de cálculo: salário-contribuição, observadas as parcelas que o integram, conforme 
definido por lei. 
Sujeito passivo: trabalhador, entendido este como o segurado empregado, incluídos o 
doméstico e o trabalhador avulso. 
 
 
Contribuição social patronal sobre a folha de pagamentos 
 
 
Fato gerador: folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, a 
pessoa física. 
Alíquota: 20% 
Base de cálculo: total das remunerações pagas, devidas ou creditadas ao segurado 
empregado, ao trabalhador avulso e ao segurado contribuinte individual. 
 
 
 
Contribuição social para financiamento da seguridade social (Cofins) 
 
Previsão: artigo 195, I. 
Fato gerador: auferimento de faturamento mensal. 
Alíquota: a alíquota da Cofins dependerá da fórmula de apuração da contribuição. Se não 
cumulativa, a alíquota será de 7,6% e na forma cumulativa, a alíquota da contribuição será de 
3%. 
Base de cálculo: faturamento oureceita bruta mensal das pessoas jurídicas, a qual consiste 
na integralidade das receitas auferidas, observadas as exclusões admitidas em lei. 
Sujeito passivo: pessoas jurídicas de direito privado e equiparadas. 
 
 
Contribuições Sociais sobre o Lucro Líquido (CSLL) 
 
Previsão: art. 195, inciso I, alínea "c" da CF/88, é representada pela sigla CSLL, com 
fundamento na Lei 7.689/88. 
Fato gerador: auferimento do lucro líquido (art. 28, da Lei 9.430/96). 
Alíquota: de 9%. 
Base de cálculo: lucro líquido das pessoas jurídicas, ajustado por adições e exclusões 
próprias da legislação aplicável. 
Sujeito passivo: pessoas jurídicas de direito privado ou equiparadas. 
 
 
Contribuições de interesse de categorias profissionais econômicas 
No seu artigo 5o, XIII, a CF declara livre o exercício de qualquer trabalho ofício ou profissão, 
mas prevê a possibilidade de a lei estabelecer as qualificações profissionais necessárias para o 
exercício de tal direito. 
Com fundamento na autorização constitucional, foram criadas instituições descentralizadas que 
fiscalizam o exercício de determinadas profissões. Assim, o Estado poderá instituir tributos e 
reservar o produto da arrecadação a essas entidades para que possam realizar a fiscalização 
apontada na Constituição. 
 
São tributos parafiscais, na medida em que são arrecadadas, por delegação da União, por 
outras entidades para custeio de seu funcionamento autônomo, na realização de funções 
estatais e de interesse do poder público. 
São exemplos de entidades representativas de categorias profissionais e econômicas: CRC, 
CREA, CRM, entre outros. 
 
 
Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico - CIDEs 
As contribuições são tributos de competência exclusiva da União para promover um controle 
fiscalizatório de atividades econômicas, regulado seu fluxo produtivo o estímulo a determinado 
setor da economia. A atuação estatal no caso das contribuições de intervenção no domínio 
econômico deve ser voltada ao grupo que irá suportar os ônus decorrentes da exação, 
revertendo a atuação do Poder Público ao próprio grupo. 
 
Cumpre mencionar, seguindo o entendimento doutrinário, os pressupostos para instituição 
válida das contribuições de intervenção no domínio econômico, a saber. 
a) Efetiva intervenção da União nos sentidos constitucionalmente estabelecidos e legitimados, 
no segmento econômico específico objeto de intervenção. 
b) Referibilidade da contribuição à contribuinte participante de determinado domínio 
econômico. 
c) Vinculação específica objetiva da contribuição. 
d) Transitoriedade caracterizada pela instituição da contribuição visando a alcançar 
determinada finalidade que, se alcançada, implica na extinção da própria exação. 
 
Com advento da EC no 42/03, foi dada nova redação o inciso II, do § 2o, do art. 149 da CF, 
passando a existir a possibilidade das CIDEs incidirem, assim como as contribuições sociais, 
sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços. 
 
Segundo o art. 149, § 2o, inciso I, II e § 4 o, da CF/88, aplicam-se às CIDEs as seguintes regras: 
“I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; 
II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços 
III - poderão ter alíquotas: a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o 
valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; b) específica, tendo por base a 
unidade de medida adotada. 
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez.” 
 
Há dois bons exemplos de CIDE: 
 
CIDE combustíveis - art. 177, § 4o, da CF/88. 
Lei: 10.336/01 
Fato gerador: importação e comercialização no mercado interno de petróleo, gás natural e 
outros combustíveis. 
Contribuinte: produtor, formulador, importador. 
Base de cálculo: unidade de medida (metro cúbico, tonelada). 
Alíquota: específica (“tantos R$ por metro cúbico ou tonelada”), podendo ser alterada por ato 
do Executivo (art. 177, § 4, da CF). 
Destinação: financiamento de projetos ambientais, programa de infraestrutura de transportes e 
pagamento de subsídios a preços e transportes de combustíveis. 
 
CIDE - royalties 
Lei: 10.168/00 
Fato gerador: pagamento/remessa a residentes no exterior de royalties, a qualquer título, 
remuneração decorrente de contratos que impliquem transferência de tecnologia e serviços 
técnicos, de assistência administrativa e semelhantes. 
Contribuinte: detentoras de licença de uso ou exploração e signatários de contratos com 
transferência de tecnologia etc. 
Base de cálculo: valor pago/remetido ao exterior. 
Alíquota: 10% 
Destinação: financiamento de programas de ciência e tecnologia, fomento a pesquisa, 
inovação tecnológica etc. 
 
 
Contribuições para Custeio do Serviço de Iluminação Pública – COSIP 
Nos termos do art. 149-A, da CF, os municípios e o Distrito Federal poderão instituir 
contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, observados os princípios da 
legalidade, irretroatividade e princípios da anterioridade comum nanagesimal. 
 
 
 
Bibliografia básica do módulo: 
ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário. 6. ed. São Paulo: Editora Método. 2012. 
 
COSTA, Regina Helena. Curso de Direito Tributário. 1. ed. 2 tiragem. São Paulo: Saraiva, 
2009. 
 
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 4. ed. 2 tiragem. São Paulo: Editora 
Saraiva. 2012. 
 
Bibliografia complementar: 
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 
 
ATALIBA, Geraldo. Hipótese de incidência tributária. 6. ed. São Paulo: Malheiros, 2006. 
 
MORETTI, Daniel. Direito Tributário II. São Paulo: Saraiva 2010. 
 
 
Sugestão de leitura: 
MORETTI, Daniel. Pockets Jurídicos 31 - Direito TributárioII. 1. ed. 2009. Minha Biblioteca. 
Web. 31 July 2013 
 <http://online.minhabiblioteca.com.br/books/9788502142145>. 
 
Legislação para consulta: 
Constituição Federal 
Código Tributário Nacional

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