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APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA Na modalidade presencial Eixo Tecnológico: TURISMO, HOSPITALIDADE E LAZER Fortaleza – CE 2016 AUTORES: Antônio Diogo Lustosa Neto Ricardo Nogueira Campos Ferreira João Henrique Cavalcante Bezerra Cássia Rosane Silveira Pinto Marcus Borges Leite Carlos Henrique Profírio Marques Gabriel de Mesquita Facundo Jamile Mota da Costa 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 11 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 1 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 Reitor José Jackson Coelho Sampaio Vice Reitor Hidelbrando dos Santos Sores Pró-Reitora de Extensão Claudina Nogueira de Alencar Pró-Reitor de Administração Carlos Heitor Sales Lima Diretor da UNEP José Nelson Arruda Filho Coordenador Geral Pronatec Plácido Aderaldo Castelo Neto Coordenador Pronatec Pesca Fábio Perdigão Vasconcelos Coordenador Pronatec Campo Antônio Amaury Oriá Fernandes Coordenadora Pedagógica Maria das Dores Alves Souza Coordenadores Adjuntos Antônio Cruz Vasques Luiz Carlos Mendes Dodt Antônio Diogo Lustosa Neto Ricardo Nogueira Campos Ferreira Articuladora Institucional Rejane Gomes Léa Ramos Secretária Geral Marilde Silva Jorge Assessor Jurídico Thiago Barbosa Brito FUNECE-CE REALIZAÇÃO: PRONATEC / UECE APOIO: EXECUÇÃO: 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 21 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 2 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 A UECE E O PRONATEC José Jackson Coelho Sampaio Reitor da UECE A lógica de uma grande política pública de educação profi ssional foi testada no Ceará, por Ariosto Holanda, na raiz do sistema CVT/CENTEC. Essa lógica ganhou outros estados e o Brasil, pela construção do PRONATEC, pelo Ministério da Educação-MEC, em seus três eixos: disciplinas técnicas e tecnológicas a serem incorporadas como optativas no histórico escolar de alunos do Ensino Médio; cursos técnicos e tecnológicos, para for- mação inicial e continuada, em modalidade extensionista; e cursos profi ssionais comple- tos de Ensino Médio. A UECE, desde sua criação em 1975, incorpora em sua grade a oferta de cursos técnicos de nível médio, na área da saúde, como Técnico de Enfermagem, seguido pos- teriormente do Técnico em Segurança do Trabalho. Há 10 anos criamos a Unidade de Educação Profi ssional-UNEP, assumindo a complexidade que essa modalidade de ensino oferece, além de sua extraordinária capacidade de inclusão social. A existência da UNEP nos habilitou a obter o direito de sermos ofertantes do PRONATEC, quando a oportuni- dade surgiu. Somos a segunda universidade pública estadual do Brasil, a primeira foi a Univer- sidade Estadual de Montes Claros-UNIMONTES, a poder oferecer a modalidade da forma- ção inicial e continuada, e isto nos orgulha. Sobretudo, por termos obtido o direito em meio à crise político-econômica que vem afetando a capacidade de investir do poder público, em seus níveis federal, estadual e municipal. A UECE oferta 1.600 do PRONATEC em 41 municípios, sendo 1.460 vagas do PRO- NATEC Pesca e 140 vagas do PRONATEC Campo para somar-se ao Sistema “S”, à Secretaria Estadual de Educação-SEDUC, ao Instituto Federal do Ceará-IFCE e ao Instituto CENTEC, no esforço de qualifi car o poder de trabalho, a criatividade e o empreendedorismo dos cearenses, a fi m de que uma sociedade talentosa e melhor informada supere as crises político-econômicas e nossa árdua natureza semiárida. Há também um grande esforço institucional, devido às condições de oferta, em tão pouco tempo, na transição 2015/16, que, esperamos, geste resposta solidária, positi- va, efetivamente parceira, dos municípios, dos professores e dos alunos. Sigamos, pois o caminho é belo e uma boa luz nos orienta: Lumen ad Viam! 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 31 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 3 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 41 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 4 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 1. INTRODUÇÃO A PESCA ESPORTIVA .................................................................................................13 2. O CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA / GUIA DE PESCA ........................................................15 3. MODALIDADES DE PESCA ESPORTIVA ...........................................................................................16 4. CIÊNCIAS NATURAIS ..............................................................................................................................22 5. PRIMEIROS SOCORROS ENVOLTOS A PESCA ESPORTIVA ........................................................24 6. EQUIPAMENTOS, PREPARAÇÃO E MANUTENÇÃO ......................................................................25 7. EXPRESSÕES INGLESAS UTILIZADAS NA PESCA ESPORTIVA ..................................................26 8. ORDENAMENTO E LEGISLAÇÃO PESQUEIRA ...............................................................................30 9. EDUCAÇÃO AMBIENTAL E EDU-ENTRETENIMENTO ..................................................................33 10. BOAS PRÁTICAS PARA PESQUE E SOLTE ......................................................................................34 11. RELACIONAMENTO HUMANO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇO ...................................................35 12. PRINCIPAIS ESPÉCIES DE PEIXES ESPORTIVOS ..........................................................................36 13. TÉCNICAS DE NAVEGAÇÃO E MARINHARIA ...............................................................................37 14. EMBARCAÇÕES, MÁQUINAS E MOTORES MARÍTIMOS...........................................................37 15. CONTROLE, MONITORAMENTO E PRODUÇÃO CIENTÍFICA ..................................................38 16. REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................40 SUMÁRIO 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 51 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 5 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 61 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 6 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA Eixo Tecnológico: TURISMO, HOSPITALIDADE E LAZER 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 71 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 7 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 81 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 8 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 APRESENTAÇÃO DO CURSO Este documento apresenta o Projeto Político Pedagógico do Curso voltado para formar o Condutor de Turismo de Pesca, visa trabalhar as competências bá- sicas, específi cas e de gestão necessárias à realização das atividades inerentes ao exercício da pesca esportiva praticada com responsabilidade, proatividade, auto- nomia, segurança e qualidade. O curso também tem o intuito de difundir práticas simples a serem adotadas na rotina dos guias de pesca esportiva (condutores de turismo de pesca) e contribuir para que a atividade possa ser realizada, cada vez mais de forma profi ssional, agregando valor ao serviço, e consequente gerando mais renda às comunidades locais. A categoria de pesca esportiva vem crescendo e se consolidando cada vez mais no Brasil. A atividade está sendo considerada uma cadeia econômica emer- gente, no País, e a capacitação dos envolvidos no segmento é de fundamental importância para que as necessidades dos pescadores/turistas, cada vez mais exi- gentes, possam ser atendidas de forma satisfatória. As informações do curso serão repassadas aos alunos de maneira organiza- da, buscando sempre referências literárias e experiências práticas para fundamen- tara defesa de interesses desses profi ssionais e dos locais onde atuam. Competências que deverão ser evidenciadas ao fi nal da capacitação em or- dem de prioridade: ü Cuidados de Segurança ü Competências técnicas de um Guia de Pesca ü Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável ü Ordenamento e Legislação Pesqueira ü Controle e Monitoramento ü Comunicação e Prestação de Serviços de Guia de Pesca 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 91 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 9 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 JUSTIFICATIVA Existe uma grande necessidade de qualifi cação e treinamento de uma mão-de-obra dos envolvidos do setor de pesca esportiva. Com a transmissão de conhecimento técnico de base sólida, naturalmente serão atendidas as necessida- des dos pescadores esportivos, pesquisadores, donos de hotéis e pousadas, fi scais e órgãos responsáveis pelo gerenciamento e proteção dos recursos naturais e do meio ambiente. E neste processo de desenvolvimento, nada melhor do que dar a atenção especial aos que estão diretamente ligados a atividade, os guias de pesca, e com isso tornar a categoria mais ordenada, profi ssional e competitiva. Os guias de pesca, piloteiros, barqueiros e pirangueiros como são chama- dos, possuem conhecimento empírico, através da vivência, sobre a fauna e fl ora local, e toda sua interação com o meio ambiente. Muitas pescarias não poderiam ser realizadas sem o auxílio dos mesmos. Por isso os guias de pesca não devem somente os condutores dos barcos, ou o que levam os pescadores aos locais de pescaria, mas devem ser também os responsáveis por passar todas as informa- ções relevantes relacionadas à pesca. Com a valorização de seu trabalho, através da qualifi cação, sua condição social melhorará, assim como de sua família. A situação atual, da pesca artesanal no Brasil, está cada vez mais crítica de- vido motivos como a falta de organização do setor, aumento do esforço de pesca, pesca predatória, o que vem trazendo graves conseqüências sociais, econômicas e ambientais. O hobby de pesca esportiva, sendo praticado de forma bem estrutu- rada, organizada e administrada, poderá minimizar esse impacto antrópico. E o in- cremento do turismo local, com essa atividade, pode colaborar para a preservação ambiental, o desenvolvimento social e econômico local, além da possibilidade de contribuir para as pesquisas científi cas. E apesar da pesca esportiva está inserida no eixo tecnológico de turismo, hospitalidade e lazer, o que pode aquecer o trade turístico e ser um produto a ser oferecido como forma de lazer e entretenimento, a atividade está diretamente liga- da ao meio ambiente aquático, e conseqüentemente está relacionada a gestão pes- queira, pelo poder público, que deve disciplinar a atividade através de normas le- gais, e principalmente na proteção e conservação dos recursos pesqueiros naturais. Diante do exposto, o curso de Condutor de Turismo de Pesca de educa- ção profi ssional de Formação Inicial e Continuada – FIC se justifi ca pela importân- cia do tema na economia brasileira e como uma oportunidade de atualização e formação de profi ssionais qualifi cados, favorecendo, dentre outros, os estudantes 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 101 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 10 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 do ensino médio da rede pública, os trabalhadores e benefi ciários dos programas federais de transferência de renda. Nessa perspectiva, a UECE propõe-se a oferecer o curso Condutor de Tu- rismo de Pesca por entender que contribuirá para a busca/aquisição do primeiro emprego, a elevação da escolaridade e o empreendimento próprio dessas pesso- as, bem como para a formação humana integral e com o desenvolvimento socio- econômico da região articulado à missão e objetivos da UECE. OBJETIVO GERAL: O Curso de Formação Inicial e Continuada - FIC em Condutor de Turismo em Pesca, na modalidade presencial, tem como objetivo geral de capacitar agen- tes locais para atuarem como condutores de Turismo de Pesca / Guia de Pesca. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO CURSO: 1. Fazer uma introdução sobre o setor da pesca esportiva 2. Defi nir a atuação do condutor de turismo de pesca/guia de pesca 3. Identifi car as modalidades da pesca esportiva 4. Descrever informações sobre as ciências naturais 5. Descrever informações sobre primeiros socorros envoltos a pesca. 6. Detalhar sobre os equipamentos de pesca esportiva e sua preparação e manutenção 7. Abordar expressões utilizadas na pesca em língua inglesa 8. Discutir sobre ordenamento e a legislação pesqueira do segmento 9. Discutir sobre educação ambiental e edu-entretenimento 10. Descrever as boas práticas para o pesque e solte 11. Apresentar informações sobre relacionamento humano e prestação de serviço de guia de pesca 12. Discutir sobre as principais espécies de peixes esportivos do local 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 111 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 11 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 13. Descrever sobre técnicas de navegação, marinharia e embarcações re- lacionadas a pesca 14. Descrever informações básicas sobre máquinas e motores marítimos 15. Destacar a importância do controle e monitoramento durante a prática de pesca esportiva a produção cientifi ca ORGANIZAÇÃO CURRICULAR: A organização curricular do Curso de Formação Inicial e Continuada – FIC em Condutor de Turismo de Pesca, na modalidade presencial – no PRONATEC tem como eixo norteador o Projeto Pedagógico Nacional, tendo sua elaboração conforme a realidade socioeconômica do Estado do Ceará e por sua vez, trabalhar aspectos relacionados à realidade de cada Município e localidade onde o mesmo está sendo aplicado. Sua constituição defi niu-se através do Plano Instrucional, em anexo a este projeto pedagógico. Conteúdo Carga Horária Prática Carga Horária Teórica ENSINO POPULAR E EMPREENDEDORISMO 50 INTRODUÇÃO Á PESCA ESPORTIVA 4 CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA/GUIA DE PESCA 2 2 MODALIDADES DA PESCA ESPORTIVA 1 2 CIÊNCIAS NATURAIS 4 8 PRIMEIROS SOCORROS ENVOLTOS A PESCA ESPORTIVA 4 4 EQUIPAMENTOS DE PESCA ESPORTIVA, PREPARAÇÃO E MANUTENÇÃO 4 6 EXPRESSÕES DA LÍNGUA INGLESA UTILIZADAS NA PESCA ESPORTIVA 1 3 ORDENAMENTO E LEGISLAÇÃO PESQUEIRA 4 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 4 4 PESQUE E SOLTE 4 4 RELAÇÕES INTERPESSOAIS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE GUIA DE PESCA 17 4 PRINCIPAIS ESPÉCIES DE PEIXES ESPORTIVOS 1 3 TÉCNICAS DE NAVEGAÇÃO, MARINHARIA E EMBARCAÇÕES 4 4 MÁQUINAS E MOTORES MARÍTIMOS 4 CONTROLE E MONITORAMENTO 4 4 Total: 160 Horas 52 108 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 121 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 12 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 13 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA 1. INTRODUÇÃO A PESCA ESPORTIVA A defi nição de pesca é o ato de extração de organismos aquáticos, tanto em águas continentais, quanto em águas marinhas. No Brasil, a pesca esportiva atualmente está inserida na categoria de Turismo Ecológico, um dos setores eco- nômicos que mais cresce no mundo, essa modalidade de pesca é praticada como hobby ou esporte, com o objetivo de lazer. Porém o termo pesca esportiva, para alguns, pode ser defi nido como sinônimo de atividade esportiva, onde são incluí- das as competições de pesca. Essa atividade pesqueira se desenvolveu e se espe- cializou bastante, com o passar do tempo, permitindo a organização do segmen- to, de acordo com suas peculiaridades. Nesse sentido, cabe, aos fornecedores dos serviços turísticos, de pesca ou de esporte prestarem as informações necessárias aos seus clientes, visando garantir o respeito à legislação. O segmento de turismo de pesca está inserido na categoria de pesca ama- dora, e desde o fi nal da década de 80, início dosanos 90, e vem se tornando um setor produtivo grande e diversifi cado que envolve comércio e prestação de ser- viços, gerando empregos diretos e indiretos, e isso está fazendo com que alguns pescadores profi ssionais e artesanais encontrem no segmento de Turismo de Pes- ca uma remuneração melhor. Novas oportunidades de trabalhos estão surgindo para pescadores, ribeirinhos, povos do mar ou trabalhadores das águas, pois o mercado da pesca esportiva vem crescendo a cada ano no Brasil e no mundo. O turismo de Pesca movimentou em 2008 US$45 bilhões somente nos Estados Unidos, dentro de um universo de 40 milhões de norte-americanos, de 16 anos ou mais, aproveitaram as variedades da pesca sem fi nalidade comercial no ano de 2008, totalizando 45 bilhões de dólares, no Brasil estima-se existam em torno de 25 milhões de pessoas envolvidas com a pesca esportiva. Em várias regiões do País, grandes campeonatos de pesca, a existência de algumas espécies alvo da pesca esportiva mundial e a homologação de recordes mundiais de maiores peixes capturados favorecem o surgimento de algumas pro- fi ssões como a de isqueiro, piloteiro de barco, guia de pesca, dentre outras, e essas novas oportunidades de trabalho, estão contribuído com a geração de emprego e renda para muitas famílias que viviam marginalizadas por falta de oportunidade. Embora o produto obtido por meio da pesca amadora não possa ser comerciali- zado, em alguns locais, somente a venda de iscas vivas para a captura de peixes nobres, tem sido uma das mais lucrativas fontes de renda. Também permitido que o produto da pesca esportiva possa ser utilizado para o consumo próprio, orna- mentação ou pesque e solte. 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 131 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 13 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA 14 A economia local também é benefi ciada de forma indireta, pois alguns tu- ristas/pescadores costumam comprar rancho, alugar barcos, se hospedar em ho- téis ou casas de moradores, o que torna necessário a existência de pessoas que qualifi cadas trabalhem também com limpeza e preparação de comida. O turismo de pesca esportiva, estar ligado ao uso de recursos naturais, e por isso, também deve ser gerido pelo poder público, o qual deve proporcionar condições de desenvolvimento controlando a pressão do homem sobre o meio ambiente. E caso seja realizado de forma planejada, com a participação dos en- volvidos do setor, acarretará em desenvolvimento social e econômico, diminuição dos impactos ambientais e redução de confl itos entre os pescadores artesanais esportivos, os de subsistência e os profi ssionais. Essa atividade de lazer está se transformando em uma indústria cada vez mais consolidada, movimentando anualmente milhões de dólares, em diversos segmentos. Também estão sendo realizadas pesquisas e capacitações para os que estão envolvidos, ou para os que possuem interesse de atuar no setor da pesca esportiva. E atendendo a solicitações de clubes de pesca, colônias de pescado- res, associações de pescadores esportivos e superintendências federais da Pesca e Aquicultura nos estados e do Núcleo de Planejamento e Ordenamento da Pesca Amadora (NUPA), o curso técnico de Condutor de Turismo de Pesca foi inserido na grade de ensino do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) do Governo Federal, e aos poucos o curso está sendo levando a educa- ção profi ssional e tecnológica por todo o País. O Brasil apresenta excelentes características para a realização da pesca es- portiva, pois possui uma das mais amplas, diversifi cadas e extensas redes fl uviais de todo o mundo, cerca de 13% de toda água doce do planeta encontra-se em seu território, possui em torno de 6 milhões de hectares de águas represadas nos açu- des e grandes reservatórios e ainda em torno de 7.367 km de costa. Pescadores do mundo todo são atraídos pela diversidade de peixes (ictiofauna), e diferentes biomas podem ser encontrados em regiões de lagos, lagoas, manguezais, rios e mares, proporcionando diversas opções para a prática da pesca. Porém, por ser uma atividade recente, ainda não é pouco reconhecida, e seu ordenamento ainda está no inicio, sendo necessária a criação de políticas públicas destinadas para a atuação da categoria de forma mais profi ssional. Segundo o Núcleo de Planejamento e Ordenamento da Pesca Amadora (NUPA) do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), no Brasil, aproximadamente 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 141 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 14 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 15 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA 50 mil pessoas trabalhem como Guia de Pesca, muitos na informalidade, ou seja, não tem os direitos previstos pelas leis trabalhistas, como a aposentadoria, em- bora sejam agentes importantes para o resultado da pescaria e para a orientação, o conforto e a segurança dos turistas pescadores, os quais estão cada vez mais exigentes. O município de Camocim, no Litoral Oeste do Estado, sediou 1° Torneio de Pesca Esportiva do Rio Coreaú no ano de 2015, evento foi realizado pela Associa- ção de Pesca Esportiva do Estado do Ceará (Apeece) e da Aquafort Tour & Pesca Hotel, em parceria com o Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa) e Prefeitura Municipal de Camocim. Especifi camente o Ceará tem grande potencial para um desenvolvimento mais arrojado desta prática, considerando sua extensa Costa e importantes Es- tuários com preservados Manguezais, uma importante bacia hidrográfi ca com a presença de grandes açudes e a grande diversidade de espécies propícias para a pesca amadora também são atrativos indiscutíveis para a prática da modalidade no nosso Estado. 2. O CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA / GUIA DE PESCA Os envolvidos com a atividade de pesca esportiva, também são conheci- dos como piloteiros, pirangueiros, barqueiros, a denominação de ´´guia de pesca`` sobrepõe-se com o ´´Guia de Turismo`` porém existe uma tendência para a utiliza- ção do nome de condutor de Turismo de Pesca, ou apenas Guia de Pesca. O Guia de Pesca exerce uma atividade multidisciplinar que envolve ações da pesca, turismo e do meio ambiente, com profi ssionalismo e dedicação aos ser- viços prestados aos turistas pescadores conduzindo-os com segurança para locais onde se possa realizar as atividades de pesca esportiva, orientando, interpretando e descrevendo aspectos físicos, químicos, ambientais e históricos do local onde atuam. Também pode auxiliar sobre as técnicas de navegação voltadas para a pesca e no traslado aquático, escolha e manuseio das iscas, nós e na soltura dos peixes capturados, elabora e identifi ca roteiros de pesca e informa sobre as prin- cipais espécies de peixes do local, temporada de pesca, tábua de marés (mapa da pesca local). Organiza, seleciona e prepara materiais e equipamentos necessários à realização das pescarias, orienta os clientes nos procedimentos das atividades 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 151 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 15 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA 16 de pesca esportiva que irão realizar, nas questões de segurança e cuidados com meio ambiente, dão suporte, quando necessário, para o satisfatório atendimento as necessidades do pescador/cliente, mantém os equipamentos em condições de uso lavando, limpando, guardando e realizando pequenos reparos. Por conta de todas essas responsabilidades, é de fundamental importância a qualifi cação e treinamento desses profi ssionais, fazendo com que possam atuar no mercado com todo seu potencial e assim suprir as necessidades dos turistas pescadores que estão a procura de lazer, descanso epaz. Existem alguns guias de pesca que trabalham em hotéis, outros que traba- lham por conta própria, o pescador artesanal, conhece profundamente as técni- cas de manejo relacionadas a atividade, pois vive uma relação íntima com a natu- reza, conhecem os territórios os melhores locais de pesca nos rios e lagos e praias, conhecem os perigos da localidade e quais as melhores maneiras de pescar deter- minados peixes. Constantemente se discuti sobre o futuro do meio ambiente e da pesca esportiva no Brasil e assuntos relacionados ao gerenciamento e proteção dos recursos naturais e do meio ambiente, sobre as modifi cações necessárias a atual estrutura da pesca esportiva, tais assuntos também devem ser discutidos com os guias de pesca. 3. MODALIDADES DE PESCA ESPORTIVA 3.1 Pesca de praia É uma modalidade de pesca que não necessita de embarcação, e é realiza- da a beira mar, normalmente com a utilização de varas longas com molinetes ou carretilhas, e pode ser feito o uso de iscas artifi ciais ou naturais. A pesca de praia é uma das modalidades de pesca bastante praticada no Brasil, devido ao fácil aces- so, pois no litoral é onde vivem a maioria da população do País, também por conta da simplicidade, baixo custo e a possibilidade de levar a família, tornando um pro- grama de lazer completo e saudável para todos, muitos iniciantes nas pescarias tem o seu primeiro contato com o esporte e o mundo da pesca esportiva através da pesca de praia. 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 161 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 16 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 17 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA Fonte: http://ndonline.com.br/joinville/noticias/43109-gincana-de-pesca-de-arremesso-que-sera-rea- lizada-em-barra-velha-esta-com-inscricoes-abertas.html Foto: Luciano Morais/Arquivo Os arremessos, durante a pesca de praia, podem ser realizados de forma manual ou com o auxilio de aparelhos. Cada pescador irá chegar ao seu modelo de arremesso ideal, mas o que temos que compreender de uma forma geral é que a fi nalidade do arremesso não é arremessar o chumbo o mais longe possível e sim levar a isca para onde os peixes se encontram. Alguns fatores que podem infl uenciar nesse tipo de pesca, são as marés, as correntes, as condições metereológicas, a características da plataforma continen- tal, a temperatura da água e a quantidade de peixes local. Podemos dividir a pesca de praia em dois tipos, levando-se em consideração a plataforma continental; 1) Pesca em praias fundas (de tombo): praias cuja a declividade é acentua- da e a profundidade aumenta rapidamente, o que favorece o pescador, pela baixa frequência de onda e em muitos casos não é necessário en- trar na água durante o arremesso. 2) Pesca em praias rasas: praias cuja declividade é baixa e a profundida- de aumenta aos poucos, isso gera uma série maior de ondas e ocorre a formação de canais, valas ou valões, onde os peixes costumam nadar. 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 171 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 17 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA 18 A identifi cação dos canais é necessária e simples, e normalmente estão onde as ondas perdem a espuma. Também é importante o lançamento das iscas na direção oposta a da corrente e a verifi cação da maré, pois em marés mais baixas o arremesso terá que ser mais longo. 3.2 Pesca de barranco Essa modalidade também não necessita de embarcação, trata-se da moda- lidade mais popular e antiga do mundo, onde o pescador se posiciona a beira do corpo d’água como rios, lagos, lagoas ou represas, é muito praticada por aqueles que admiram vegetações e curtem a tranquilidade da natureza. Essa modalidade é divida em especifi cações, cada uma com o seu grau de difi culdade, pode ser rea- lizada com a utilização de iscas naturais ou artifi ciais e o com auxílio de diferentes utensílios de pesca, como linha de mão, bambu, varas, molinetes e etc. Porém são necessário cuidados para evitar além de surpresas como inso- lação, desidratação, e principalmente acidentes de trajeto, por isso deve se fi car atento as condições do local, pois alguns solos podem estar úmidos e ocorrer des- lizamentos. Também deve se ter cuidado com a linha ou chumbo não enroscar nas margens. O sucesso na pescaria também depende de silêncio e paciência, algumas vezes os pescadores montam pequenas estruturas de madeira e fi cam sobre ela. v Fonte: hƩ p://praƟ quepesca.blogspot.com.br/2013/09/pescaria-na-ceva-rio-pardo.html 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 181 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 18 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 19 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA 3.3 Pesca de arremesso Pode ser realizada em ambiente continental ou marinho, e existe a possibi- lidade do arremesso ser embarcado. Os arremessos acontecem com maior preci- são e frequência, na tentativa de capturar os peixes. Essa modalidade é conhecida no mundo como ´´bait casting``, e exige um pouco mais de conhecimento sobre o tipo de peixe que se quer capturar. Pode ser realizada com diferentes tipos de iscas, e se utiliza varas com molinete ou carretilhas que são utilizados para dar a impressão de que as iscas estão vivas. Fonte: http://viaggiturismo.com.br/on/?portfolio=pescaria-amazonia 3.4 Fly ou pesca com mosca Conhecida por Fly casting, também pode ser realizada embarcada, onde são utilizadas varas fl exíveis, carretilhas, linhas mais grossas e iscas artifi ciais, fabri- cadas artesanalmente com pelos, penas, fi os de plástico e linhas de costura, com o intuito de imitar insetos e pequenos animais, com movimentos de vai e vem. 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 191 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 19 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA 20 Inicialmente se destinava a pesca de Trutas e Salmões e é uma modalidade que exige maior estudo, treino e persistência, para dominar a técnica do lançamento, por isso existem cursos específi cos para a aprendizagem dos diferentes tipos de arremessos. Com a evolução dos treinos se pode controlar com facilidade o curso da linha, linha de fl y, em situações de vento, locais com estruturas que difi cultam os arremessos e em diferentes distâncias. Fonte: http://www.pescacommosca.com.br/caiaque01.htm Foto: Fotos: Wilson Feitosa e 100 3.5 Pesca de corrico A grande vantagem é que nessa modalidade se pode pescar enquanto se passeia de barco, pois nesse tipo de pesca utiliza-se um barco em movimento para arrastar as iscas com uma aceleração que pode ir de 3 a 15 nós, dependendo do tipo de peixe que se quer capturar. As iscas normalmente utilizadas são as artifi - ciais, varas curtas e fortes e carretilhas e linhas mais fortes próximas a isca são os equipamentos geralmente empregados. Pode ser realizada em diferentes locais, apesar da pesca no oceano ser a mais praticada. De uma maneira geral, existem três categorias de pesca de corrico: a costei- ra, a intermediária e a pesada, quanto maior a categoria, maior o peixe e maior a capacidade do barco de ir mais longe e se engana quem pensa que a pesca de cor- rico é uma técnica de simplesmente rebocar linhas, pois essa modalidade de pesca exige técnicas e cuidados específi cos durante o manejo dentro das embarcações. 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 201 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 20 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 21 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA Fonte: http://www.nautica.com.br/corrico/ 3.6 Pesca de rodada É um modalidade praticada em águas rápidas e corredeiras e são realizadas embarcadas, deixando as os barcos desligados descerem os rios, sendo levadospela correnteza, as iscas são arrastadas junto com a embarcação, em alguns ca- sos pode-se ancorar barco e deixar apenas que o chumbo acompanha a corrente. Atualmente, têm-se optado por varas longas com molinete e carretilha. E as em- barcações podem ser adaptadas com quebra ondas para que se locomovam em marcha ré e os pilotos dos barcos podem fazer o uso de remos. Fonte: http://www.pescanordeste.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=63&Itemid=2 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 211 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 21 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA 22 3.7 Pesca Subaquática Também conhecida como pesca sub, essa atividade se assemelha a uma caçada e pode ser realizada com ou sem o auxílio de embarcações, essa modali- dade pode ser praticada como esporte, com utiliza técnicas de mergulho livre ou apneia, sendo proibido o uso de aparelhos de respiração artifi cial. É indicado ter conhecimento de apnéia e os equipamento básicos para a prática inclui máscara, snorkel, facas, bóias, nadadeiras, cinto de lastro e arpão, também é aconselhado que a pesca seja realizada no mínimo em duplas de pescadores e se utilize roupas isotérmicas. Já foi considerara como esporte de aventura, e pelos perigos, atual- mente é classifi cada como esporte radical. Fonte: http://www.livresportes.com.br/reportagem/na-caca-submarina-pescador-vai-ao-encontro-do-peixe 4. CIÊNCIAS NATURAIS É importante que o Guia de Pesca saiba relacionar os principais aspectos naturais do meio ambiente marinho, estuarino, de água doce, recursos pesqueiros e a dinâmica das pescarias. Para isso é necessário que ele tenha conhecimentos gerais sobre geografi a, hidrologia, limnologia, biologia, ecologia e oceanografi a visando identifi car as melhores condições de pesca. 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 221 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 22 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 23 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA Por se tratar de um assunto abrangente, o aprofundamento nas ciências naturais se dará conforme as características específi cas de cada localidade, porém de uma maneira geral, o interesse é fazer com que os guias de pesca adquiram in- formações básicas para que se possa entender os fenômenos físico quimicos que acontecem na superfície terrestre e sua infl uência na fauna e fl ora. Sobre a origem da Terra e dos oceanos e o aparecimento da vida, serão abordados os principais eventos em uma sequência lógica, dando uma maior im- portância as informações relacionadas a água e sua interação com o meio, através do estudo das aguas continentais, do ambiente litorâneo e da dinâmica das praias. Esclarecendo sobre as propriedades físico-químicas da água, ciclo hidrológico e as interações entre a atmosfera e o oceano, as marés e os principais compostos dis- solvidos na água. Os assuntos sobre o comportamento, distribuição e abundância de animais aquáticos, tem como interesse principal entender a importância de cada indivi- duo na constituição da teia alimentar, serão discutidos aspectos gerais sobre o progresso da ciência pesqueira no Mundo e no Brasil e dos recursos aquáticos, para uma melhor compreensão do setor e dos mecanismos de adaptação dos ani- mais ao meio aquático, e as variáveis que afetam a distribuição e a abundância de peixes. Os grandes reservatórios da região hidrográfi ca do Atlântico Nordeste Oriental, a região litorânea e a Zona Econômica Exclusiva (ZEE) receberão um des- taque maior por conta da região onde será ministrado o curso, assim como a parte de biologia, fi siologia e anatomia de peixes. Os peixes esportivos são o alvo princi- pal para o turista pescador, e por isso é importante entender sua origem, evolução e as interações que eles fazem com os outros animais e o meio em que vivem, sua biologia, seus hábitos reprodutivos, alimentares e comportamentais. Mas existem diversas classifi cações, adaptações, características, e apesar de algumas serem semelhantes entre espécies diferentes, existem algumas pe- culiaridades que são importantes que o Guia de Pesca tenha o conhecimento. A Ictiologia é o ramo da zoologia que estuda os peixes como um todo, mas existem algumas associações com a biologia, limnologia e oceanografi a, e algumas delas serão trabalhadas no curso como a anatomia e ecologia. Para que se compreenda as interações que esses animais fazem com outros animais e com o meio ambiente em que vivem, principalmente com o Ecossistema de Manguezal, zona que fi ca na transição entre os rios e os mares, e que ocupam 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 231 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 23 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA 24 mais de 1/3 da costa brasileira e em torno de 10.000 km do território nacional. O conhecimento de aspectos geográfi cos sobre o mundo, o Brasil e, principalmente, da região onde atua o Guia de Pesca como mapas, principais rios e bacias hidro- gráfi cas, clima e vegetação 5. PRIMEIROS SOCORROS ENVOLTOS A PESCA ESPORTIVA Existem cuidados básicos que devem internalizados pelos envolvidos com a pesca esportiva, porém muitas vezes o pescador fi ca mais preocupado com seu lazer do que com sua segurança, por isso o Condutor de Turismo de Pesca deve estar atento, e assim evitar que aconteça ou até mesmo saber lidar caso aconteça algum agravo à saúde dos praticantes de pesca. Existem riscos atrelados as dife- rentes modalidade de pesca e os cuidados com a segurança deve sempre estar em primeiro plano, por isso deve-se ter o conhecimento sobre acessórios que devem ser usados, os riscos de cada local. A procura pela pesca amadora cresce a cada ano, mas a segurança é indispensável, a experiência do pescador não é garantia de imunidade contra os acidentes, certamente, o kit de primeiros socorros ideal proporcionará uma pescaria mais tranquila e sem riscos para sua saúde. Os acidentes na água, podem acontecer quando menos se espera, e é ne- cessário estar preparado, saber o que fazer e o que não fazer no momento em que acontecem imprevistos. Os primeiros socorros em campo serão trabalhados, e abordarão temas como o suporte básico a vida, com aulas teóricas e práticas de reanimação cardiorrespiratória, desobstrução das vias aéreas (manobras de en- gasgo), cuidados com machucaduras e queimaduras, contenção de sangramento, imobilização de membros em fraturas, crise convulsiva, choque elétrico, intoxica- ções e envenenamentos, salvamento aquático, desmaios e enjôos. Os kits de segurança devem ser adquiridos logo na primeira pescaria, deve- -se compreender que nada adianta ter um bom kit de segurança se o usuário não souber como utilizá-lo. O kit de primeiros socorros é um item que não pode faltar no seu equipamento na hora de sair para pescar. O kit farmácia é algo extrema- mente pessoal, e será dada a importância sobre entrar em contato com seu mé- dico ou conversar com o cliente na sua montagem. Ambos os kits podem variar de acordo com a quantidade de dias de pescaria e das peculiaridades dos locais de pesca. Cada maleta, bolsa ou kit, deve obedecer uma especifi cação, conforme: fi nalidade, grau de risco e treinamento de quem vai utilizá-lo. 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 241 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 24 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 25 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA Existe também os utensílios básicos que nenhum pescador deve esquecer, como fi ltro com proteção UV para os lábios, fi ltro solar em spray ou creme, óculos de sol com proteção UV, boné impermeável e botas. Alguns locais de pesca exigem até comprovantes de vacinação, o recomen- dado é levar junto a si as carteirinhas de vacinação paraque, caso ocorra algum acidente, o hospital saberá como está o estado de saúde e qual vacina deverá ser aplicada no pescador. Quanto mais precaução, melhor, pois é sempre melhor pre- venir do que remediar. 6. EQUIPAMENTOS, PREPARAÇÃO E MANUTENÇÃO Entre os equipamentos, o intuito não será a divulgação de determinadas marcas ou empresas, mas sim apenas de informar, quais são os recomendados para cada modalidade de pesca, sua utilização na melhoria da pescaria e da se- gurança dos usuários. São vários os instrumentos utilizados para pesca, alguns mais simples e outros mais sofi sticados, se engana quem pensa que existe so- mente anzóis, chumbo, varas, linhas e iscas. A categoria de pesca amadora não signifi ca dizer que seja algo realizado por iniciantes, na verdade a arte da pes- ca esportiva compreende um conjunto amplo e diversifi cado de conhecimento, técnicas e habilidades necessárias para explorar recursos pesqueiros. As diversas modalidades de captura além de necessário o conhecimento da natureza (ven- tos, correntezas, peixes etc.) inclui também a preparação, montagem, manuten- ção e a confecção de parte dos instrumentos de trabalho. O Guia de Pesca possui um longo conhecimento sobre os equipamentos, pois alguns atuam no setor de a infância, o que torna o altamente qualifi cado, mas o conhecimento sempre precisa ser aprimorado. Alguns equipamentos são um pouco diferentes de uma modalidade para outra, alguns acessórios são muito importantes, e sem eles, fi ca um pouco com- plicado o manuseio, podendo chegar até danifi car se não estiver sendo utilizado da forma correta. Para facilitar a escolha, os equipamentos mais utilizados serão abordados de acordo com o tipo de pesca e assim auxiliar na escolha de um ma- terial ideal, e o foco maior será dado as carretilhas ou molinetes, iscas artifi ciais, anzóis, varas e nós para pesca esportiva. 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 251 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 25 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA 26 7. EXPRESSÕES INGLESAS UTILIZADAS NA PESCA ESPORTIVA O Brasil tem atraído os pescadores turistas estrangeiros tanto pelas belezas naturais e os peixes do país. O intuito é estimular que o Guia de Pesca desperte para a importância da aprendizagem de outro idioma, trazendo a tona algumas palavras básicas do dia à dia e termos técnicos náuticos e equipamentos de pesca. E assim permitir uma melhor comunicação entre as partes, passar segurança ao turista e fazer com que o guia consiga exercer seu atendimento com efi ciência. EXPRESSÕES EXPRESSIONS alligator jacaré Backing Linha de algodão trançada, sem elasticidade Baitcasting pesca de arremesso com carretilhas be careful tome cuidado beautiful bonito beverage bebida big grande bird pássaro black preto Blacklash cabeleira Blade lâminas usadas no spinner ou spinnerbait Blank corpo da vara. blue azul Bobber Boia Brown marrom Bug Inseto can I help you posso ajudar Casting Arremesso Castnet fi shing Tarrafa cold Frio come back Volte come on Vamos Damsel moscas que imitam libélulas dinner Jantar Earthworm / Worm Minhoca empty Vazio Excuse com licença fast Rápido fi re Fogo fi sh Peixe Fish Peixe / Pesca Fishing Pescaria / Pesca Fishing boat Barco de pesca Fishing club Clube de pesca Fishing equipment / Fishing Gear Equipamento de pesca 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 261 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 26 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 27 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA Fishing hook Anzol de pesca Fishing license Licença de pesca Fishing line Linha de pesca fi shing lure Isca / Isca artifi cial Fishing net Rede de pesca Fishing pliers Alicate de pesca Fishing prohibited / Fishing banned Pesca proibida Fishing reel Molinete de pesca Fishing rod / Fishing pole Vara de pescar Fishing shop Loja de equipamentos de pesca fi shing spot local de pesca Fishing stool Banco de pesca Fishing tackle Traia de pesca / Artigos de pesca Floating fl utuar. FlyFishing pesca com moscas Pesca Fly food comida fresh water água doce Frog rãs, sapos e pererecas full Cheio Gaff Bicheiro, em inglês. Glow fosforescente. good afternoon boa tarde good evening boa noite good Morning bom dia GPS “Global Positioning System”, ou “Sistema de Posicionamento Global”. green Verde Grey Cinza Grub Verme Hackle Pena Hair wing Moscas cujas asas são feitas de pelo. Half Hitch Nome de um nó heat Calor heaven Céu Hook Anzol, em inglês. Hook Keeper Acessório usado para prender o anzol na vara. ice Gelo IGFA Abreviação de “International Game Fish Association”, ou “Associação Internacional de Pesca Esportiva” . in front em frente in here Aqui Interline Vara cuja linha passa por dentro do corpo da vara Jig Isca artifi cial de fundo montada com anzóis simples com cabeça de chumbo Jumping Jig Isca artifi cial de fundo em formato de pequenos peixes King Salmon Espécie de Salmão. Knot Nó Leader ou Líder Serve para proteger a linha principal durante a briga com o peixe. Leeches Sanguessugas 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 271 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 27 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA 28 left esquerda Line Linha little pequeno Live bait Isca viva / Isca de peixe lunch almoço Lure Isca Minnows Peixinhos / Alevinos moon lua more or less mais ou menos morning dia Needle knot Nó usado para prender o leader Net keeper Peça usada para prender o puça no colete. night Noite no Não please por favor Plug Isca artifi cial fabricada em materiais rígidos como madeira, acrílico, fi bra e plásticos duros. Quadrate Vara de fl y feita com bambú de 4 lados. Quill Haste da pena de galo rain Chuva red Vermelho Reel Molinete Rig montagem de chicotes. right direita River rio River bank margem do rio salt sal salty water água salgada sea mar see you tomorrow até amanhã Shad Iscas artifi ciais em formato de peixes fabricadas em materiais fl exí- veis shallow Raso Sink tip Linha de fl y em que apenas a ponta afunda e o restante fl utua Sinker Fishing Chumbada de pesca Sinking afundar. slowly Devagar Snaps presilhas , prendedores, engates soda refrigerante Spincast É um híbrido entre carretilha e molinete. Spinner Iscas artifi ciais dotadas de lâminas que giram quando tracionadas Spinning Molinete Sport fi shing / Fly-fi shing Pesca esportiva Streamer Iscas de fl y que imitam peixinhos Streamer-bucktail iscas feitas com penas ou plumas e os bucktails com pêlos. Strike fi sgada sugar Açúcar Sun Sol 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 281 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 28 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 29 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA Suport Hook ou Assist Hook Anzol extra ou auxiliar Teasing Iscas artifi ciais sem garatéias thank you Obrigado tide Maré today Hoje Trailer Chamariz adicionado ao anzol em iscas Trailer hook Anzol extra adicionado ao anzol spinnerbait. Treble hook Garatéia, em inglês. tree Árvore Trick Peixe pequeno. Tune up Balancear a isca ugly Feio Uni Knot nó único. Upstream Pescaria realizada subindo o rio water Água wave Onda Waypoints São pontos de referência marcados no aparelho de GPS. Wet fl y mosca molhada. White branco wind Vento Yard Jarda. Medida de comprimento. Uma jarda equivale a 0,9144 metro. Yeah / Yes Sim yellow Amarelo yesterday Ontem you are welcome de nada NUMEROS NUMBERS 0 – Zero 17 – Seventeen 1 – One 18 – Eighteen 2 – Two 19 – Nineteen 3 – Three 20 – Twenty 4 – Four 30 – Thirty 5 – Five 40 – Forty 6 – Six 50 – Fifty 7 – Sevem 60 – Sixty 8 – Eight 70 – Seventy 9 – Nine 80 – Eighty 10 – Tem 90 – Ninety 11 – Eleven 100 – One hundred 12 – Twelve 200– Two hundred 13 – Thirteen 3,000 – Three thousand 14 – Fourteen 5,000,000 – Five millions 15 – Fifteen 10,000,000,000 – Ten billions 16 – Sixteen 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 291 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 29 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA 30 8. ORDENAMENTO E LEGISLAÇÃO PESQUEIRA A intenção é o ordenamento a pesca, preservar a biodiversidade costeira, promover a capacitação comunitária, gestão compartilhada de ações, discussão de Códigos de Conduta para Pesca Responsável, fi scalização da pesca ilegal, entre outros. Todo pescador deve respeitar o limite de captura e transporte estabelecido pela legislação em vigor, defeso e o respeito aos tamanhos mínimos de captura e às espécies proibidas devem ser respeitadas. O guia de pesca deve ter conheci- mento das regras que regem a pesca esportiva em nível federal e estadual para evitar problemas com a fi scalização e contribuir para a conservação dos recursos pesqueiros. A atenção da gestão pública brasileira para a pesca amadora eviden- ciou-se em 1998, a partir de uma parceria entre o Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), com a cooperação técnica do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), para a criação do Programa Nacional de Desen- volvimento da Pesca Amadora (PNDPA). Em 2003, o Governo Federal editou a Medida Provisória nº 103 (hoje Lei nº 10.683), e criava a Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (Seap/PR). O órgão federal, ligado à Presidência da República, que fi cou responsável por fomentar e desenvolver políticas voltadas ao setor pesqueiro. No ano de 2009, em 29 de junho, Dia do Pescador, foi sancionada a Lei nº 11.958, e era, então, criado o Minis- tério da Pesca e Aquicultura do Brasil, atendendo ao anseio histórico dos pesca- dores e aquicultores do País. O Ministério da Pesca e Aquicultura foi extinto pela reforma ministerial no ano de 2015, A pesca fi cou a partir de agora com Ministério da Agricultura, Pecu- ária e Abastecimento (MAPA), através da Secretaria de Monitoramento e Contro- le da Pesca e Aquicultura. Em termos de políticas públicas, extinto Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), era o órgão responsável pelo setor pesqueiro no País. De acordo com a Lei 11.958/2009, competia ao MPA executar a política nacional pesqueira e aquícola. No que se refere à pesca amadora, destaca-se a competên- cia pela concessão de licenças, permissões e autorizações para o exercício da ativi- dade em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente, fi xou as normas, critérios, padrões e medidas de ordenamento do uso sustentável dos recursos pesqueiros no Brasil. 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 301 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 30 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 31 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA Ao Ministério do Turismo compete o ordenamento, a estruturação, a qualifi - cação e a promoção do turismo que se desenvolve em função da prática da pesca amadora. A delimitação conceitual, as características e a abrangência do segmen- to de Turismo de Pesca. Existem vários instrumentos legais que dizem respeito à prática da pesca amadora no Brasil e da atividade de turismo dela decorrente. Nesse sentido, buscou-se reunir alguns dos principais procedimentos a serem ob- servados e respeitados para uma prática adequada do Turismo de Pesca no Brasil. Nessa parte de curso de Condutor de Turismo de Pesca serão apresentados os principais pontos dos instrumentos legais que tratam da pesca amadora. Para a prática da pesca amadora em qualquer modalidade é necessário uma licença expedida pelo Ibama de pesca embarcada e desembarcada. O não pagamento implica apreensão do material e do produto da pesca, além de outras sanções pre- vistas no Artigo 56 do Decreto-Lei n° 221, de 28.02.67 e legislação complementar. Por isso deve respeitar e fi car atento a época de defeso e piracemas das espécies e devolver para água espécies abaixo da medida mínima exigida por lei, tudo isso visando a manutenção e preservação e o futuro das espécies. Atividade pesqueira praticada por brasileiros ou estrangeiros com fi nalida- de de lazer, turismo e desporto, sem fi nalidade comercial, quando refere-se ao produto de sua captura; A fi scalização deveria ser feita pela Capitania dos Portos de forma constante e não eventualmente e nas altas estações, pois existe um alto numero de embarcações navegando no canal com documentação irregular, sem habilitação náutica e transitando em alta velocidade o que prejudica as pequenas embarcações. O IBAMA é o órgão que se responsabiliza pela proteção dos peixes de água salgada. A Licença para a Pesca Amadora é obrigatória para todo pescador amador no território brasileiro, obviamente, nos locais onde a pesca é permitida. Existem três categorias de licença de pesca amadora: Desembarcada (Categoria A), Embar- cada (Categoria B) e Subaquática (Categoria C). E é obrigatório para o condutor de embarcação de esporte e recreio possuir a carteira de arrais amador para águas interiores ou mestre amador nas costeiras até 200 milhas da costa, para isto bas- ta fazer um curso completo e prestar exame na marinha de sua região junto as Capitanias dos Portos ou Despachantes Marítimos e depois de ter sido aprova- do, receber a habilitação, o mesmo se aplica a todos documentos da embarcação no segmento de pesca esportiva embarcada, documento da embarcação, seguro obrigatório e termo de compromisso são itens obrigatórios para embarcações de esporte e recreio. 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 311 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 31 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA 32 Para os uma melhor entendimento, iremos abordar as principais leis, porta- rias e instruções normativas que regulamentam a atividade. E não somente falar, e sim procurar entender o motivo da criação das mesmas. Algumas delas serão a lei da Pesca (Lei nº 11.959 de 2009), as instruções normativas nº 5 e nº 9 de 2012, os períodos de defeso para as principais espécies, tamanho mínimo de captura, e dos atos normativos da Bacia Hidrográfi ca da Região Nordeste (nº 3 de 2005) e as portarias do Ibama que regulamentam o uso dos recursos marinhos com o intuito de evitar a pesca predatória e conter excessos. A profi ssão de guia de turismo foi regulamentada Lei nº 8.623, de janeiro de 1993 e disciplinada por meio da Portaria do MTur nº 27, de 2014, que estabelece requisitos e critérios para o exercício da atividade de Guia de Turismo. Por isso, a defi nição para esta recente ocupação dos trabalhadores da pesca amadora é Con- dutor de Turismo de Pesca. A profi ssão de guia de pesca, exercida informalmente por cerca de 50 mil pessoas no Brasil, caminha para a regulamentação. O primeiro passo será a inclu- são na Classifi cação Brasileira de Ocupações (CBO) do Ministério do Trabalho e Emprego. O órgão confi rmou que negocia a respeito com os ministérios da Pesca e Aquicultura, do Turismo e da Educação. Núcleo de Planejamento e Ordenamen- to da Pesca Amadora do Ministério da Pesca e Aquicultura, tinha o objetivo é con- cluir a etapa de homologação da atividade no Ministério do Trabalho até 2015. Desde 2013, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do Ministério da Educação, oferece o curso de condutor de turismo de pesca, com o objetivo de que haja maior padronização e profi ssionalismo na ativi- dade, o curso está inserido no eixo tecnológico de Turismo, Hotelaria e Lazer e no eixo tecnológico de Recursos Naturais é o eixo que onde se encontram os cursos de tecnologias relacionadas à produção aquícola e pesqueira. .Caso sejaconcluída a etapa de homologação da atividade no Ministério do Trabalho, o profi ssional poderá começar a acessar os benefícios sociais, pois gran- de parte dos guias de pesca que atuam hoje são empreendedores individuais, categoria jurídica que permite o pagamento de um valor simbólico em tributos e acesso a benefícios como auxílio-maternidade e auxílio-doença. Com a regula- mentação da atividade, no entanto, o leque de garantias se ampliaria e eles esta- riam cobertos por todos os benefícios trabalhistas: décimo-terceiro salário, férias e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 321 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 32 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 33 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA 9. EDUCAÇÃO AMBIENTAL E EDU-ENTRETENIMENTO A todo pescador esportivo, por força do esporte, acaba se transformando em amante da natureza e conhecedor profundo de suas riquezas, se tornando uma das esperanças para a conservação e preservação do meio ambiente. Consi- derando que a pesca amadora é praticada em ambientes naturais, cuidados com o meio ambiente são requisitos básicos para a manutenção da atividade. Dessa forma, serão apresentadas medidas de preservação e conservação do meio, in- formando os impactos que podem ser provocados pela prática descuidada da atividade, os cuidados necessários com o lixo, fogo, acampamento, mata ciliar e espécies nativas. Os ambientes marinhos, costeiros e áreas de manguezal são considerados grandes berçários naturais, tanto de espécies endêmicas desses ambientes como de outras que migram para estas áreas durante alguma fase do seu ciclo de vida. Nestas áreas existe uma constante interação entre fatores sócio-econômicos e ambientais, sendo necessário promover valores e comportamentos sociais, onde cada indivíduo ou grupo se tornem ativos no processo de proteção ao meio am- biente. Atualmente a temática ambiental constitui uma das grandes provocadoras de refl exão e requer a participação de todos, principalmente dos Condutores de Turismo de Pesca, nas discussões e tomadas de decisão sobre o que deve ser feito nesse momento crítico da história da Terra, pois estamos vivenciando uma crise ambiental sem precedentes, que ameaça todas as formas de vida do planeta. A consciência ecológica e o desejo de sustentabilidade ambiental nos con- vocam constantemente a dialogar sobre o processo de formação da cidadania na mudança de hábitos, valores e atitudes. É nesse momento que surge a necessida- de de oferecer condições para que a preocupação com o meio ambiente atinja o máximo de pessoas possível, atribuindo-lhe um signifi cado prático em suas vi- das. Os conceitos de desenvolvimento sustentável e sustentabilidade ambien- tal envolvem o crescimento econômico contínuo em harmonia com o meio am- biente, contemplando as dimensões culturais e sociais. Assim, a sustentabilidade pode ser defi nida como a utilização racional dos recursos naturais, garantindo que suas características principais sejam preserva- das. Desta forma, o desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessi- dades do presente sem comprometer a possibilidade das próximas gerações aten- derem às suas necessidades futuras. Tendo em vista que objetivo fundamental da 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 331 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 33 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA 34 Educação Ambiental consiste em sensibilizar, estimular e envolver cada indivíduo na expressão e envolvimento com as problemáticas sócio-ambientais fi ca, cada vez mais evidente a necessidade de expandir o conhecimento para o setor da pes- ca esportiva. A Educação Ambiental é, portanto, um instrumento fundamental no pro- cesso de formação da cidadania, na mudança de valores, hábitos, atitudes, per- cepções e comportamentos. Por isso, é imprescindível não só conhecer temas re- ferentes às questões ambientais, mas atuar sobre eles, fazendo com que os Guias de Pesca incorporem uma visão de mundo formada nos princípios da sustentabi- lidade, enfocando os ecossistemas marinhos, costeiros e áreas de manguezais, os quais estão bem próximos da realidade em que vivem. 10. BOAS PRÁTICAS PARA PESQUE E SOLTE Pesque e Solte é o ato de pescar o peixe, admirá-lo e devolvê-lo à água em perfeitas condições de sobrevivência, principalmente os peixes jovens e os muito grandes. A pesca esportiva com a prática do pesque e solte é uma fi losofi a propagada internacionalmente que contribui para o crescimento das atividades turísticas, desenvolvimento sustentável da pesca esportiva e da manutenção dos estoques pesqueiros. Embora pescar e soltar ainda não seja uma imposição legal obrigatória em todo o país, tem-se observado um aumento de sua normatização, concomitante ao aumento do rigor da legislação que trata da pesca, de forma ge- ral. A atitude de devolver o peixe com vida a água, independentemente de estar dentro ou não das medidas estabelecidas pela legislação, deve ser praticada por todas as pessoas que dependem da pesca esportiva, como garantia de lazer ou emprego. Mas, para que o sistema de pescar e soltar funcione e traga benefícios é importante saber fazer essa devolução de modo correto, de tal forma que o peixe possa sobreviver e continuar a se desenvolver. Existem regras importantes para garantir a soltura e iremos abordar com mais detalhes assuntos sobre como fazer a soltura, em que local você deve soltá-lo, a posição mais recomendada para sol- tura, equipamentos adequados, tempo fora da água, o tempo de briga, proteção das guelras e o manuseio do peixe. 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 341 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 34 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 35 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA Fonte: http://coisadezootecnista.blogspot.com.br/2011/02/manejo-correto-no-pesque-solte.html 11. RELACIONAMENTO HUMANO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇO A relação entre o turista de pesca e o Guia de Pesca é determinante para que o pescador volte ou não a pescar naquela localidade. Não basta ter informa- ção e pescar bem, porque a atividade não é solitária. O turista também valoriza o bem-estar, simpatia, aparência, boa vontade, prazer pelo trabalho, higiene pes- soal, etc. Esses aspectos também fortalecem o mercado, o relacionamento com o turista deve ser de forma profi ssional e deve-se buscar um comprometimento com o que o turista almeja no seu esporte e lazer já que lidamos com pessoas, e essas por sua vez possuem comportamentos variados e diferentes. O Guia de Pesca precisa entender que sua função no barco não é diverti- mento e sim trabalho, que deve ser executado da melhor forma possível. O turista contrata um guia para orientá-lo e ajudá-lo a fazer uma boa pescaria. Para dividir sua experiência profi ssional adquirida no seu trabalho na região. Vale lembrar que o turista passa a maior parte do tempo de sua pescaria em contato com o guia e nele se espelha para realizar uma pescaria proveitosa, por isso o comportamento e a apresentação do Contudor de Turismo de Pesca é importante para a relação positiva numa pescaria. 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 351 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 35 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA 36 O comportamento do consumidor de turismo vem mudando e, com isso, surgem novas motivações de viagens e expectativas que precisam ser atendidas. Em um mundo globalizado, onde se diferenciar adquire importância a cada dia, os turistas exigem, cada vez mais, roteiros turísticos que se adaptem às suas necessi- dades, sua situação pessoal, seus desejos e preferências. 12. PRINCIPAIS ESPÉCIES DE PEIXES ESPORTIVOS O Brasilé o país do mundo com o maior número de espécies de seres vivos, o guia de pesca precisa saber os peixes que freqüentam a região em que desen- volve sua atividade e conhecer alguns peixes esportivos que habitam outras regi- ões para poder argumentar com seus clientes pescadores quando for comentado algo a respeito. Por isso serão apresentados os principais peixes para a pesca es- portiva, sendo eles de agua doce ou salgada. Segundo informações do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), o Nor- deste Brasileiro desponta como grande área para o desenvolvimento do turismo de pesca. Peixes alvo como o robalo, tarpon e peixes oceânicos como os peixes de bico são abundantes no mangues e costa do Nordeste. Eles podem habitar as águas doces e águas salgadas. Podem passar a vida toda vagando pelos mares ou podem nascer e morrer em uma mesma lagoa. Podem ser grandes e pesados, compridos ou curtos. Depois de fi sgados podem saltar fora da água, tentar soltar- se do anzol, procurar os troncos submersos na tentativa de proteção; podem atacar as iscas com voracidade e agressividade. Ou seja, para serem considerados esportivos os peixes devem despertar o interesse do pescador ao tentar capturá- los, seja pela força bruta que tenha que empregar, ou mesmo pela astúcia ou técnica exigidas na sua captura. A designação de “peixe esportivo” para uma determinada espécie depende ainda da região ou do País onde se encontra. O mesmo peixe pode ser considerado “esportivo” em alguns pa- íses e em outros não apresentar muito interesse aos pescadores. Existem espécies que correm o risco de extinção como é o caso do peixe Mero, outro grande peixe esportivo que merece atenção contra a pesca predatória é o Robalo. No entanto, existem casos unânimes como o tarpon ou camarapim (Me- galops atlanticus), os peixes- de- bico oceânicos, como o marlim-azul (Makaira nigricans), o agulhão-de-vela (Istiophorus albicans), os atuns (Thunnus sp.),os sal- monídeos, envolvendo as trutas e salmões (Oncorhynchus sp.), os tucunarés (Ci- 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 361 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 36 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 37 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA chla sp.), os robalos (Centropomus sp.), o dourado (Salminus maxillosus), a pirarara (Phractocephalus hemioliopterus), o Pirarucu (Arapaima gigas), o dourado do mar (Coryphaena hippurus), e o black- bass (Micropterus salmoides). Eles são com certe- za os peixes mais procurados pelos que praticam a Pesca Esportiva, pois além de serem extremante técnicos, são esportivos e lutadores. 13. TÉCNICAS DE NAVEGAÇÃO E MARINHARIA Enquanto náutica refere-se a Nau (barco, navio) e navegação refere-se ao deslocamento de embarcações, pode-se considerar que marinharia se refere aos procedimentos e tarefas diárias de um marinheiro. Assim, sobre a navegação iremos abordar de maneira resumida tópicos sobre os tipos de navegação, projeções cartográfi cas, cartas náuticas, conversões de rumos e marcações e manejo dos instrumentos de auxílio à navegação, racio- nalização de trabalhos de bordo, visando ao melhoramento do processo de pesca e noções básicas de Sistemas de Navegação por Satélite (GNSS). E assim obter o conhecimento da arte e ciência de navegar, seus problemas, tipos, métodos e importância. Sobre as técnicas de Marinharia descreve a maneira correta de executar de- terminadas tarefas a bordo. O manuseio de cabos náuticos (chamados pelo leigo de «cordas»), execução de nós (sendo que cada nó tem vantagens, desvantagens e aplicações específi cas), manutenção de madeiras, limpeza, mareação de velas, noções de ventos, marés, todos conhecimentos importantes para a vida profi ssio- nal de um marinheiro. Informar da importância entender sobre aspectos teóricos e práticos sobre o barco: proa, popa, bordo, calado, boca e pontal; segurança, sinalização, baliza- mento e marés, material obrigatório para navegação como. 14. EMBARCAÇÕES, MÁQUINAS E MOTORES MARÍTIMOS Como algumas pescarias podem acontecer embarcadas, é importante o conhecimento da estrutura da embarcação, principais defi nições, dos movimen- tos da embarcação e sua estabilidade. Trazendo exemplos das diferentes embar- cações pesqueiras empregadas na pesca esportiva na região nordeste e demais regiões do Brasil, enfatizando as características e diferenças existentes. Caracte- 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 371 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 37 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA 38 rizar cada tipo de embarcação com relação aos apetrechos de pesca que devem ser acomodados e transportados a bordo para viabilizar o uso nas atividades de pesca e os componentes básicos e que merecem atenção nas revisões periódicas. Estudo de mecanismo, funcionamento e instalação de motores diesel e combus- tão interna. Noções sobre maquinaria de bordo de embarcações pesqueiras e os concei- tos básicos sobre o funcionamento das máquinas e motores marítimos, classifi cação das motores empregados na propulsão de embarcações e os principais equipamentos de propulsão. Noções básicas de mecânica é um aspecto de segurança que pode evitar situa- ções desagradáveis para o guia e o pescador; O objetivo deste tema não é transformar o guia de pesca em mecânico especializado em motores de popa, mais sim dar uma idéia e noção para se evitar frustrações e aborrecimentos devido a falta de manutenção dos equipamentos. 15. CONTROLE, MONITORAMENTO E PRODUÇÃO CIENTÍFICA Os Guias de Pesca poderão ser formados para contribuir com pesquisas e a conservação de peixes esportivos no Estado. Pois após a realização do curso de Condutor de Turismo de Pesca haverá um aprofundamento das questões ambien- tais e a experiência adquirida nas aulas teóricas e práticas, além da experiência do dia a dia de trabalho de Condutor de Turismo de Pesca, fará com que exista um maior conhecimento sobre os peixes esportivos que ocorrem no Ceará, e caso es- sas informações sejam registradas de forma correta, poderá gerar pesquisas apli- cadas que resolvam aspectos práticos para a conservação desses animais. Durante o trabalho é possível que ocorra, em paralelo, um levantamento de dados dos locais de pesca e das espécies que ocorrem, conduzindo a processos de criação de Unidades de Conservação e conduzindo campanhas de conscientização. O litoral leste do Ceará, onde se iniciaram os cursos de Condutor de Turismo de Pesca, é caracterizado pela rica biodiversidade, e reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) como de extrema importância biológica. O motivo é que ao longo de toda essa parte do litoral cearense, existem ambientes de alimen- tação, reprodução e berçário de espécies em perigo crítico de extinção. Mas além da biodiversidade, a região também sofre ameaças, incluindo os ambientes cos- teiros como estuários com manguezais, recifes costeiros, bancos de algas e ban- cos de fanerógamas, que se constituem em grandes berçários da vida marinha. 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 381 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 38 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 39 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA Devido à importância socioeconômica e ambiental da região, poderá ha- ver parcerias com Universidades, órgãos ambientais federais, sindicatos, colônias, associações e ONG’S, com objetivos em comum, para que se encontrem procedi- mentos que visem melhorar e normatizar a atividade. com o objetivo de criar uma Unidade de Conservação, e assim proteger determinados peixes ou áreas de reprodução, contribuindo para integridade da biodiversidade do Estado e consequentemente incrementar a produtividade pes- queira nas águas, além de contribuir para o ordenamento da pesca artesanal e do Turismo de Pesca na região.Praticamente não existem pesquisas atreladas a pesca esportiva, e as possi- bilidades são enormes, com por exemplo a instalação, em alguns peixes, de mar- cadores com o objetivo de acompanhar o deslocamento e avaliar a taxa de sobre- vivência desses animais com a prática do pesque e solte. A pesca artesanal nos municípios do litoral leste do Ceará faz parte da cul- tura e da subsistência alimentar das comunidades. Representa 82,8% da frota pes- queira, principalmente em Icapuí, Aracati, Fortim e Beberibe. No entanto, ainda encontramos práticas ilegais de pesca, ou a chamada pesca predatória. O Turismo de Pesca requer efetivas medidas de proteção ambiental, com o apoio de pesquisas com relação ao estoque dos peixes mais visados, essa reali- dade pode mudar, e isso só tende a ampliar e melhorar a qualidade da prática da pesca amadora no território nacional. 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 391 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 39 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA 40 16. REFERÊNCIAS ANDRADE, F. A. M.; PAIXÃO, R. O. Diagnóstico do Turismo de Pesca de Corumbá – MS. In: IV Simpó- sio sobre Recursos Naturais e Sócio-Economicos do Pantanal. Corumbá/MS. 23-26 de novembro de 2004. ARAGÃO, A. 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Embrapa Pantanal, Corumbá - MS. 2007. 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 401 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 40 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 41 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA PNDPA. Guia Brasileiro de Pesca Amadora. Embratur. 1999. RODRIGUES, W. P. UMA ANÁLISE SOBRE O TURISMO DE PESCA NA COMUNIDADE DO PORTO DA MANGA-CORUMBÁ/MS. Monografi a apresentada ao Curso de Ciências Sociais, do Departamento de Ciências Humanas e Sociais, da Fundação Universidade Federal do Mato Grosso do Sul – Campus de Campo Grande. 2008. SCHORK Gianfrancisco, MOTTOLA Letícia M. & SILVA Maurício Hostim, Artigo: Diagnóstico da pesca amadora embarcada na região de São Francisco do Sul (SC). Revista CEPSUL - Biodiversidade e Conservação Marinha, 2010. VON SYDOW, Hermano Alfredo Hebert. Manual de máquinas de combustão interna. Rio de Janeiro: Escola Naval, 1961. http://www.ambientebrasil.com.br http://www.cbpds.com.br https://www.dpc.mar.mil.br http://www.fao.org http://www.fi shbase.org http://www.fi shtv.com http://www.mpa.gov.br http://www.pescaalternativa.com.br http://www.pescamadora.com.br http://www.robalofl echa.com.br 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 411 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 41 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA 42 A N EX O S A N EX O S - I PL A N O IN ST RU CI O N A L CO N D U TO R D E TU RI SM O D E PE SC A PL A N O IN ST RU CI O N A L PR O N AT EC Tí tu lo d a aç ão : C on du to r d e Tu ri sm o de P es ca Li nh a de a çã o: E ix o Te cn ol óg ic o: T U RI SM O , H O SP IT A LI D A D E E LA ZE R O cu pa çã o: G ui a de P es ca N at ur ez a da p ro gr am aç ão : C U RS O Ti po d a Pr og ra m aç ão : F O RM AÇ ÃO IN IC IA L E CO N TI N U A D A (F IC ) IN ST RU TO R N om e: C ar lo s H en ri qu e Pr of ír io M ar qu es Pr ofi s sã o: E ng en he ir o de P es ca En ti da de a q ue s e vi nc ul a ou o nd e tr ab al ha : PA RT IC IP A N TE N º d e pa rt ic ip an te s: 2 0 Pe rfi l de se ja do : P ro fi s si on ai s d o se to r p es qu ei ro , e st ud an te s d o en si no m éd io d a re de p úb lic a, tr ab al ha do re s e b en efi c iá rio s d os p ro gr am as fe de ra is d e tr an sf er ên ci a de re nd a. Pa rt ic ip an te s co m n ec es si da de s es pe ci ai s: (E sp ec ifi ca r a s ne ce ss id ad es ) D at a da e la bo ra çã o do P la no : D ez em br o de 2 01 5 Ca rg a ho rá ri a to ta l 16 0 H or as Pe rí od o de re al i- za çã o Lo ca l d e re al iz aç ão d a A çã o: Ja gu ar ib e e Fo rt im A ss in at ur a do In st ru to r: O BJ ET IV O G ER A L: C ap ac ita r a ge nt es lo ca is p ar a at ua re m c om o co nd ut or es d e Tu ris m o de P es ca / G ui a de P es ca O bj et iv os E sp ec ífi co s Co nt eú do Té cn ic as In st ru ci on ai s A va lia çã o Re cu rs os In st ru ci on ai s Ca rg a H or ár ia 1 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 421 - Apostila - CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA.indd 42 25/02/16 12:0225/02/16 12:02 43 APOSTILA DO CURSO CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA 1. F A Z ER U M A IN TR O D U Ç Ã O S O B R E O S ET O R D A P ES C A E SP O R TI VA *E ix o M ob ili za do r A pr es en ta çã o do in st ru to r e d os pa rt ic ip an te s: U EC E PR O N AT EC Co nt ra to d e Co nv iv ên ci a Av al ia çã o Ce rt ifi ca
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