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APOSTILA DO CURSO
CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA
Na modalidade presencial
Eixo Tecnológico: TURISMO, HOSPITALIDADE E LAZER
Fortaleza – CE
2016
AUTORES:
Antônio Diogo Lustosa Neto
Ricardo Nogueira Campos Ferreira
João Henrique Cavalcante Bezerra
Cássia Rosane Silveira Pinto
Marcus Borges Leite
Carlos Henrique Profírio Marques
Gabriel de Mesquita Facundo
Jamile Mota da Costa
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Reitor 
José Jackson Coelho Sampaio
Vice Reitor
Hidelbrando dos Santos Sores
Pró-Reitora de Extensão
Claudina Nogueira de Alencar
Pró-Reitor de Administração
Carlos Heitor Sales Lima 
Diretor da UNEP
José Nelson Arruda Filho
Coordenador Geral Pronatec
Plácido Aderaldo Castelo Neto
Coordenador Pronatec Pesca
Fábio Perdigão Vasconcelos
Coordenador Pronatec Campo
Antônio Amaury Oriá Fernandes
Coordenadora Pedagógica
Maria das Dores Alves Souza
Coordenadores Adjuntos
Antônio Cruz Vasques
Luiz Carlos Mendes Dodt
Antônio Diogo Lustosa Neto
Ricardo Nogueira Campos Ferreira
Articuladora Institucional
Rejane Gomes Léa Ramos
Secretária Geral
Marilde Silva Jorge
Assessor Jurídico
Thiago Barbosa Brito 
FUNECE-CE
REALIZAÇÃO:
PRONATEC / UECE
APOIO:
EXECUÇÃO:
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A UECE E O PRONATEC
José Jackson Coelho Sampaio
Reitor da UECE
A lógica de uma grande política pública de educação profi ssional foi testada no 
Ceará, por Ariosto Holanda, na raiz do sistema CVT/CENTEC. Essa lógica ganhou outros 
estados e o Brasil, pela construção do PRONATEC, pelo Ministério da Educação-MEC, em 
seus três eixos: disciplinas técnicas e tecnológicas a serem incorporadas como optativas 
no histórico escolar de alunos do Ensino Médio; cursos técnicos e tecnológicos, para for-
mação inicial e continuada, em modalidade extensionista; e cursos profi ssionais comple-
tos de Ensino Médio.
A UECE, desde sua criação em 1975, incorpora em sua grade a oferta de cursos 
técnicos de nível médio, na área da saúde, como Técnico de Enfermagem, seguido pos-
teriormente do Técnico em Segurança do Trabalho. Há 10 anos criamos a Unidade de 
Educação Profi ssional-UNEP, assumindo a complexidade que essa modalidade de ensino 
oferece, além de sua extraordinária capacidade de inclusão social. A existência da UNEP 
nos habilitou a obter o direito de sermos ofertantes do PRONATEC, quando a oportuni-
dade surgiu.
Somos a segunda universidade pública estadual do Brasil, a primeira foi a Univer-
sidade Estadual de Montes Claros-UNIMONTES, a poder oferecer a modalidade da forma-
ção inicial e continuada, e isto nos orgulha. Sobretudo, por termos obtido o direito em 
meio à crise político-econômica que vem afetando a capacidade de investir do poder 
público, em seus níveis federal, estadual e municipal.
A UECE oferta 1.600 do PRONATEC em 41 municípios, sendo 1.460 vagas do PRO-
NATEC Pesca e 140 vagas do PRONATEC Campo para somar-se ao Sistema “S”, à Secretaria 
Estadual de Educação-SEDUC, ao Instituto Federal do Ceará-IFCE e ao Instituto CENTEC, 
no esforço de qualifi car o poder de trabalho, a criatividade e o empreendedorismo dos 
cearenses, a fi m de que uma sociedade talentosa e melhor informada supere as crises 
político-econômicas e nossa árdua natureza semiárida.
Há também um grande esforço institucional, devido às condições de oferta, em 
tão pouco tempo, na transição 2015/16, que, esperamos, geste resposta solidária, positi-
va, efetivamente parceira, dos municípios, dos professores e dos alunos. Sigamos, pois o 
caminho é belo e uma boa luz nos orienta: Lumen ad Viam!
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1. INTRODUÇÃO A PESCA ESPORTIVA .................................................................................................13
2. O CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA / GUIA DE PESCA ........................................................15
3. MODALIDADES DE PESCA ESPORTIVA ...........................................................................................16
4. CIÊNCIAS NATURAIS ..............................................................................................................................22
5. PRIMEIROS SOCORROS ENVOLTOS A PESCA ESPORTIVA ........................................................24
6. EQUIPAMENTOS, PREPARAÇÃO E MANUTENÇÃO ......................................................................25
7. EXPRESSÕES INGLESAS UTILIZADAS NA PESCA ESPORTIVA ..................................................26
8. ORDENAMENTO E LEGISLAÇÃO PESQUEIRA ...............................................................................30
9. EDUCAÇÃO AMBIENTAL E EDU-ENTRETENIMENTO ..................................................................33
10. BOAS PRÁTICAS PARA PESQUE E SOLTE ......................................................................................34
11. RELACIONAMENTO HUMANO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇO ...................................................35
12. PRINCIPAIS ESPÉCIES DE PEIXES ESPORTIVOS ..........................................................................36
13. TÉCNICAS DE NAVEGAÇÃO E MARINHARIA ...............................................................................37
14. EMBARCAÇÕES, MÁQUINAS E MOTORES MARÍTIMOS...........................................................37
15. CONTROLE, MONITORAMENTO E PRODUÇÃO CIENTÍFICA ..................................................38
16. REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................40
SUMÁRIO
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CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA
Eixo Tecnológico: TURISMO, HOSPITALIDADE E LAZER
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APRESENTAÇÃO DO CURSO
Este documento apresenta o Projeto Político Pedagógico do Curso voltado 
para formar o Condutor de Turismo de Pesca, visa trabalhar as competências bá-
sicas, específi cas e de gestão necessárias à realização das atividades inerentes ao 
exercício da pesca esportiva praticada com responsabilidade, proatividade, auto-
nomia, segurança e qualidade. O curso também tem o intuito de difundir práticas 
simples a serem adotadas na rotina dos guias de pesca esportiva (condutores de 
turismo de pesca) e contribuir para que a atividade possa ser realizada, cada vez 
mais de forma profi ssional, agregando valor ao serviço, e consequente gerando 
mais renda às comunidades locais. 
A categoria de pesca esportiva vem crescendo e se consolidando cada vez 
mais no Brasil. A atividade está sendo considerada uma cadeia econômica emer-
gente, no País, e a capacitação dos envolvidos no segmento é de fundamental 
importância para que as necessidades dos pescadores/turistas, cada vez mais exi-
gentes, possam ser atendidas de forma satisfatória.
As informações do curso serão repassadas aos alunos de maneira organiza-
da, buscando sempre referências literárias e experiências práticas para fundamen-
tara defesa de interesses desses profi ssionais e dos locais onde atuam.
Competências que deverão ser evidenciadas ao fi nal da capacitação em or-
dem de prioridade: 
ü Cuidados de Segurança 
ü Competências técnicas de um Guia de Pesca
ü Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável
ü Ordenamento e Legislação Pesqueira
ü Controle e Monitoramento 
ü Comunicação e Prestação de Serviços de Guia de Pesca
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JUSTIFICATIVA 
Existe uma grande necessidade de qualifi cação e treinamento de uma 
mão-de-obra dos envolvidos do setor de pesca esportiva. Com a transmissão de 
conhecimento técnico de base sólida, naturalmente serão atendidas as necessida-
des dos pescadores esportivos, pesquisadores, donos de hotéis e pousadas, fi scais 
e órgãos responsáveis pelo gerenciamento e proteção dos recursos naturais e do 
meio ambiente. E neste processo de desenvolvimento, nada melhor do que dar a 
atenção especial aos que estão diretamente ligados a atividade, os guias de pesca, 
e com isso tornar a categoria mais ordenada, profi ssional e competitiva.
Os guias de pesca, piloteiros, barqueiros e pirangueiros como são chama-
dos, possuem conhecimento empírico, através da vivência, sobre a fauna e fl ora 
local, e toda sua interação com o meio ambiente. Muitas pescarias não poderiam 
ser realizadas sem o auxílio dos mesmos. Por isso os guias de pesca não devem 
somente os condutores dos barcos, ou o que levam os pescadores aos locais de 
pescaria, mas devem ser também os responsáveis por passar todas as informa-
ções relevantes relacionadas à pesca. Com a valorização de seu trabalho, através 
da qualifi cação, sua condição social melhorará, assim como de sua família.
A situação atual, da pesca artesanal no Brasil, está cada vez mais crítica de-
vido motivos como a falta de organização do setor, aumento do esforço de pesca, 
pesca predatória, o que vem trazendo graves conseqüências sociais, econômicas 
e ambientais. O hobby de pesca esportiva, sendo praticado de forma bem estrutu-
rada, organizada e administrada, poderá minimizar esse impacto antrópico. E o in-
cremento do turismo local, com essa atividade, pode colaborar para a preservação 
ambiental, o desenvolvimento social e econômico local, além da possibilidade de 
contribuir para as pesquisas científi cas.
E apesar da pesca esportiva está inserida no eixo tecnológico de turismo, 
hospitalidade e lazer, o que pode aquecer o trade turístico e ser um produto a ser 
oferecido como forma de lazer e entretenimento, a atividade está diretamente liga-
da ao meio ambiente aquático, e conseqüentemente está relacionada a gestão pes-
queira, pelo poder público, que deve disciplinar a atividade através de normas le-
gais, e principalmente na proteção e conservação dos recursos pesqueiros naturais.
Diante do exposto, o curso de Condutor de Turismo de Pesca de educa-
ção profi ssional de Formação Inicial e Continuada – FIC se justifi ca pela importân-
cia do tema na economia brasileira e como uma oportunidade de atualização e 
formação de profi ssionais qualifi cados, favorecendo, dentre outros, os estudantes 
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do ensino médio da rede pública, os trabalhadores e benefi ciários dos programas 
federais de transferência de renda. 
Nessa perspectiva, a UECE propõe-se a oferecer o curso Condutor de Tu-
rismo de Pesca por entender que contribuirá para a busca/aquisição do primeiro 
emprego, a elevação da escolaridade e o empreendimento próprio dessas pesso-
as, bem como para a formação humana integral e com o desenvolvimento socio-
econômico da região articulado à missão e objetivos da UECE.
OBJETIVO GERAL:
O Curso de Formação Inicial e Continuada - FIC em Condutor de Turismo 
em Pesca, na modalidade presencial, tem como objetivo geral de capacitar agen-
tes locais para atuarem como condutores de Turismo de Pesca / Guia de Pesca.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO CURSO:
1. Fazer uma introdução sobre o setor da pesca esportiva 
2. Defi nir a atuação do condutor de turismo de pesca/guia de pesca
3. Identifi car as modalidades da pesca esportiva
4. Descrever informações sobre as ciências naturais 
5. Descrever informações sobre primeiros socorros envoltos a pesca. 
6. Detalhar sobre os equipamentos de pesca esportiva e sua preparação e 
manutenção
7. Abordar expressões utilizadas na pesca em língua inglesa 
8. Discutir sobre ordenamento e a legislação pesqueira do segmento
9. Discutir sobre educação ambiental e edu-entretenimento
10. Descrever as boas práticas para o pesque e solte
11. Apresentar informações sobre relacionamento humano e prestação de 
serviço de guia de pesca
12. Discutir sobre as principais espécies de peixes esportivos do local
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13. Descrever sobre técnicas de navegação, marinharia e embarcações re-
lacionadas a pesca 
14. Descrever informações básicas sobre máquinas e motores marítimos
15. Destacar a importância do controle e monitoramento durante a prática 
de pesca esportiva a produção cientifi ca
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR:
A organização curricular do Curso de Formação Inicial e Continuada – FIC 
em Condutor de Turismo de Pesca, na modalidade presencial – no PRONATEC 
tem como eixo norteador o Projeto Pedagógico Nacional, tendo sua elaboração 
conforme a realidade socioeconômica do Estado do Ceará e por sua vez, trabalhar 
aspectos relacionados à realidade de cada Município e localidade onde o mesmo 
está sendo aplicado. Sua constituição defi niu-se através do Plano Instrucional, em 
anexo a este projeto pedagógico.
Conteúdo Carga Horária Prática
Carga Horária 
Teórica
ENSINO POPULAR E EMPREENDEDORISMO 50
INTRODUÇÃO Á PESCA ESPORTIVA 4
CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA/GUIA DE PESCA 2 2
MODALIDADES DA PESCA ESPORTIVA 1 2
CIÊNCIAS NATURAIS 4 8
PRIMEIROS SOCORROS ENVOLTOS A PESCA ESPORTIVA 4 4
EQUIPAMENTOS DE PESCA ESPORTIVA, PREPARAÇÃO E MANUTENÇÃO 4 6
EXPRESSÕES DA LÍNGUA INGLESA UTILIZADAS NA PESCA ESPORTIVA 1 3
ORDENAMENTO E LEGISLAÇÃO PESQUEIRA 4
EDUCAÇÃO AMBIENTAL 4 4
PESQUE E SOLTE 4 4
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE GUIA DE PESCA 17 4
PRINCIPAIS ESPÉCIES DE PEIXES ESPORTIVOS 1 3
TÉCNICAS DE NAVEGAÇÃO, MARINHARIA E EMBARCAÇÕES 4 4
MÁQUINAS E MOTORES MARÍTIMOS 4
CONTROLE E MONITORAMENTO 4 4
Total: 160 Horas 52 108
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APOSTILA DO CURSO
CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA
1. INTRODUÇÃO A PESCA ESPORTIVA
A defi nição de pesca é o ato de extração de organismos aquáticos, tanto 
em águas continentais, quanto em águas marinhas. No Brasil, a pesca esportiva 
atualmente está inserida na categoria de Turismo Ecológico, um dos setores eco-
nômicos que mais cresce no mundo, essa modalidade de pesca é praticada como 
hobby ou esporte, com o objetivo de lazer. Porém o termo pesca esportiva, para 
alguns, pode ser defi nido como sinônimo de atividade esportiva, onde são incluí-
das as competições de pesca. Essa atividade pesqueira se desenvolveu e se espe-
cializou bastante, com o passar do tempo, permitindo a organização do segmen-
to, de acordo com suas peculiaridades. Nesse sentido, cabe, aos fornecedores dos 
serviços turísticos, de pesca ou de esporte prestarem as informações necessárias 
aos seus clientes, visando garantir o respeito à legislação.
O segmento de turismo de pesca está inserido na categoria de pesca ama-
dora, e desde o fi nal da década de 80, início dosanos 90, e vem se tornando um 
setor produtivo grande e diversifi cado que envolve comércio e prestação de ser-
viços, gerando empregos diretos e indiretos, e isso está fazendo com que alguns 
pescadores profi ssionais e artesanais encontrem no segmento de Turismo de Pes-
ca uma remuneração melhor. Novas oportunidades de trabalhos estão surgindo 
para pescadores, ribeirinhos, povos do mar ou trabalhadores das águas, pois o 
mercado da pesca esportiva vem crescendo a cada ano no Brasil e no mundo. 
O turismo de Pesca movimentou em 2008 US$45 bilhões somente nos Estados 
Unidos, dentro de um universo de 40 milhões de norte-americanos, de 16 anos 
ou mais, aproveitaram as variedades da pesca sem fi nalidade comercial no ano de 
2008, totalizando 45 bilhões de dólares, no Brasil estima-se existam em torno de 
25 milhões de pessoas envolvidas com a pesca esportiva. 
Em várias regiões do País, grandes campeonatos de pesca, a existência de 
algumas espécies alvo da pesca esportiva mundial e a homologação de recordes 
mundiais de maiores peixes capturados favorecem o surgimento de algumas pro-
fi ssões como a de isqueiro, piloteiro de barco, guia de pesca, dentre outras, e essas 
novas oportunidades de trabalho, estão contribuído com a geração de emprego e 
renda para muitas famílias que viviam marginalizadas por falta de oportunidade. 
Embora o produto obtido por meio da pesca amadora não possa ser comerciali-
zado, em alguns locais, somente a venda de iscas vivas para a captura de peixes 
nobres, tem sido uma das mais lucrativas fontes de renda. Também permitido que 
o produto da pesca esportiva possa ser utilizado para o consumo próprio, orna-
mentação ou pesque e solte. 
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APOSTILA DO CURSO
CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA
14
A economia local também é benefi ciada de forma indireta, pois alguns tu-
ristas/pescadores costumam comprar rancho, alugar barcos, se hospedar em ho-
téis ou casas de moradores, o que torna necessário a existência de pessoas que 
qualifi cadas trabalhem também com limpeza e preparação de comida. 
O turismo de pesca esportiva, estar ligado ao uso de recursos naturais, e 
por isso, também deve ser gerido pelo poder público, o qual deve proporcionar 
condições de desenvolvimento controlando a pressão do homem sobre o meio 
ambiente. E caso seja realizado de forma planejada, com a participação dos en-
volvidos do setor, acarretará em desenvolvimento social e econômico, diminuição 
dos impactos ambientais e redução de confl itos entre os pescadores artesanais 
esportivos, os de subsistência e os profi ssionais. 
Essa atividade de lazer está se transformando em uma indústria cada vez 
mais consolidada, movimentando anualmente milhões de dólares, em diversos 
segmentos. Também estão sendo realizadas pesquisas e capacitações para os que 
estão envolvidos, ou para os que possuem interesse de atuar no setor da pesca 
esportiva. E atendendo a solicitações de clubes de pesca, colônias de pescado-
res, associações de pescadores esportivos e superintendências federais da Pesca 
e Aquicultura nos estados e do Núcleo de Planejamento e Ordenamento da Pesca 
Amadora (NUPA), o curso técnico de Condutor de Turismo de Pesca foi inserido na 
grade de ensino do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego 
(Pronatec) do Governo Federal, e aos poucos o curso está sendo levando a educa-
ção profi ssional e tecnológica por todo o País.
O Brasil apresenta excelentes características para a realização da pesca es-
portiva, pois possui uma das mais amplas, diversifi cadas e extensas redes fl uviais 
de todo o mundo, cerca de 13% de toda água doce do planeta encontra-se em seu 
território, possui em torno de 6 milhões de hectares de águas represadas nos açu-
des e grandes reservatórios e ainda em torno de 7.367 km de costa. Pescadores 
do mundo todo são atraídos pela diversidade de peixes (ictiofauna), e diferentes 
biomas podem ser encontrados em regiões de lagos, lagoas, manguezais, rios e 
mares, proporcionando diversas opções para a prática da pesca. Porém, por ser 
uma atividade recente, ainda não é pouco reconhecida, e seu ordenamento ainda 
está no inicio, sendo necessária a criação de políticas públicas destinadas para a 
atuação da categoria de forma mais profi ssional.
Segundo o Núcleo de Planejamento e Ordenamento da Pesca Amadora 
(NUPA) do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), no Brasil, aproximadamente 
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APOSTILA DO CURSO
CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA
50 mil pessoas trabalhem como Guia de Pesca, muitos na informalidade, ou seja, 
não tem os direitos previstos pelas leis trabalhistas, como a aposentadoria, em-
bora sejam agentes importantes para o resultado da pescaria e para a orientação, 
o conforto e a segurança dos turistas pescadores, os quais estão cada vez mais 
exigentes. 
O município de Camocim, no Litoral Oeste do Estado, sediou 1° Torneio de 
Pesca Esportiva do Rio Coreaú no ano de 2015, evento foi realizado pela Associa-
ção de Pesca Esportiva do Estado do Ceará (Apeece) e da Aquafort Tour & Pesca 
Hotel, em parceria com o Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da 
Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa) e Prefeitura Municipal de Camocim. 
Especifi camente o Ceará tem grande potencial para um desenvolvimento 
mais arrojado desta prática, considerando sua extensa Costa e importantes Es-
tuários com preservados Manguezais, uma importante bacia hidrográfi ca com a 
presença de grandes açudes e a grande diversidade de espécies propícias para a 
pesca amadora também são atrativos indiscutíveis para a prática da modalidade 
no nosso Estado. 
2. O CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA / GUIA DE PESCA
Os envolvidos com a atividade de pesca esportiva, também são conheci-
dos como piloteiros, pirangueiros, barqueiros, a denominação de ´´guia de pesca`` 
sobrepõe-se com o ´´Guia de Turismo`` porém existe uma tendência para a utiliza-
ção do nome de condutor de Turismo de Pesca, ou apenas Guia de Pesca. 
O Guia de Pesca exerce uma atividade multidisciplinar que envolve ações 
da pesca, turismo e do meio ambiente, com profi ssionalismo e dedicação aos ser-
viços prestados aos turistas pescadores conduzindo-os com segurança para locais 
onde se possa realizar as atividades de pesca esportiva, orientando, interpretando 
e descrevendo aspectos físicos, químicos, ambientais e históricos do local onde 
atuam. Também pode auxiliar sobre as técnicas de navegação voltadas para a 
pesca e no traslado aquático, escolha e manuseio das iscas, nós e na soltura dos 
peixes capturados, elabora e identifi ca roteiros de pesca e informa sobre as prin-
cipais espécies de peixes do local, temporada de pesca, tábua de marés (mapa da 
pesca local). Organiza, seleciona e prepara materiais e equipamentos necessários 
à realização das pescarias, orienta os clientes nos procedimentos das atividades 
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APOSTILA DO CURSO
CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA
16
de pesca esportiva que irão realizar, nas questões de segurança e cuidados com 
meio ambiente, dão suporte, quando necessário, para o satisfatório atendimento 
as necessidades do pescador/cliente, mantém os equipamentos em condições de 
uso lavando, limpando, guardando e realizando pequenos reparos. 
Por conta de todas essas responsabilidades, é de fundamental importância 
a qualifi cação e treinamento desses profi ssionais, fazendo com que possam atuar 
no mercado com todo seu potencial e assim suprir as necessidades dos turistas 
pescadores que estão a procura de lazer, descanso epaz. 
Existem alguns guias de pesca que trabalham em hotéis, outros que traba-
lham por conta própria, o pescador artesanal, conhece profundamente as técni-
cas de manejo relacionadas a atividade, pois vive uma relação íntima com a natu-
reza, conhecem os territórios os melhores locais de pesca nos rios e lagos e praias, 
conhecem os perigos da localidade e quais as melhores maneiras de pescar deter-
minados peixes. Constantemente se discuti sobre o futuro do meio ambiente e da 
pesca esportiva no Brasil e assuntos relacionados ao gerenciamento e proteção 
dos recursos naturais e do meio ambiente, sobre as modifi cações necessárias a 
atual estrutura da pesca esportiva, tais assuntos também devem ser discutidos 
com os guias de pesca. 
3. MODALIDADES DE PESCA ESPORTIVA
3.1 Pesca de praia
É uma modalidade de pesca que não necessita de embarcação, e é realiza-
da a beira mar, normalmente com a utilização de varas longas com molinetes ou 
carretilhas, e pode ser feito o uso de iscas artifi ciais ou naturais. A pesca de praia é 
uma das modalidades de pesca bastante praticada no Brasil, devido ao fácil aces-
so, pois no litoral é onde vivem a maioria da população do País, também por conta 
da simplicidade, baixo custo e a possibilidade de levar a família, tornando um pro-
grama de lazer completo e saudável para todos, muitos iniciantes nas pescarias 
tem o seu primeiro contato com o esporte e o mundo da pesca esportiva através 
da pesca de praia.
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17
APOSTILA DO CURSO
CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA
Fonte: http://ndonline.com.br/joinville/noticias/43109-gincana-de-pesca-de-arremesso-que-sera-rea-
lizada-em-barra-velha-esta-com-inscricoes-abertas.html
Foto: Luciano Morais/Arquivo
Os arremessos, durante a pesca de praia, podem ser realizados de forma 
manual ou com o auxilio de aparelhos. Cada pescador irá chegar ao seu modelo 
de arremesso ideal, mas o que temos que compreender de uma forma geral é que 
a fi nalidade do arremesso não é arremessar o chumbo o mais longe possível e sim 
levar a isca para onde os peixes se encontram.
Alguns fatores que podem infl uenciar nesse tipo de pesca, são as marés, as 
correntes, as condições metereológicas, a características da plataforma continen-
tal, a temperatura da água e a quantidade de peixes local. Podemos dividir a pesca 
de praia em dois tipos, levando-se em consideração a plataforma continental; 
1) Pesca em praias fundas (de tombo): praias cuja a declividade é acentua-
da e a profundidade aumenta rapidamente, o que favorece o pescador, 
pela baixa frequência de onda e em muitos casos não é necessário en-
trar na água durante o arremesso. 
2) Pesca em praias rasas: praias cuja declividade é baixa e a profundida-
de aumenta aos poucos, isso gera uma série maior de ondas e ocorre a 
formação de canais, valas ou valões, onde os peixes costumam nadar. 
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A identifi cação dos canais é necessária e simples, e normalmente estão 
onde as ondas perdem a espuma. Também é importante o lançamento 
das iscas na direção oposta a da corrente e a verifi cação da maré, pois 
em marés mais baixas o arremesso terá que ser mais longo. 
3.2 Pesca de barranco
Essa modalidade também não necessita de embarcação, trata-se da moda-
lidade mais popular e antiga do mundo, onde o pescador se posiciona a beira do 
corpo d’água como rios, lagos, lagoas ou represas, é muito praticada por aqueles 
que admiram vegetações e curtem a tranquilidade da natureza. Essa modalidade 
é divida em especifi cações, cada uma com o seu grau de difi culdade, pode ser rea-
lizada com a utilização de iscas naturais ou artifi ciais e o com auxílio de diferentes 
utensílios de pesca, como linha de mão, bambu, varas, molinetes e etc. 
Porém são necessário cuidados para evitar além de surpresas como inso-
lação, desidratação, e principalmente acidentes de trajeto, por isso deve se fi car 
atento as condições do local, pois alguns solos podem estar úmidos e ocorrer des-
lizamentos. Também deve se ter cuidado com a linha ou chumbo não enroscar nas 
margens. O sucesso na pescaria também depende de silêncio e paciência, algumas 
vezes os pescadores montam pequenas estruturas de madeira e fi cam sobre ela.
v
Fonte: hƩ p://praƟ quepesca.blogspot.com.br/2013/09/pescaria-na-ceva-rio-pardo.html
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3.3 Pesca de arremesso
Pode ser realizada em ambiente continental ou marinho, e existe a possibi-
lidade do arremesso ser embarcado. Os arremessos acontecem com maior preci-
são e frequência, na tentativa de capturar os peixes. Essa modalidade é conhecida 
no mundo como ´´bait casting``, e exige um pouco mais de conhecimento sobre 
o tipo de peixe que se quer capturar. Pode ser realizada com diferentes tipos de 
iscas, e se utiliza varas com molinete ou carretilhas que são utilizados para dar a 
impressão de que as iscas estão vivas. 
Fonte: http://viaggiturismo.com.br/on/?portfolio=pescaria-amazonia
3.4 Fly ou pesca com mosca
Conhecida por Fly casting, também pode ser realizada embarcada, onde 
são utilizadas varas fl exíveis, carretilhas, linhas mais grossas e iscas artifi ciais, fabri-
cadas artesanalmente com pelos, penas, fi os de plástico e linhas de costura, com 
o intuito de imitar insetos e pequenos animais, com movimentos de vai e vem. 
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Inicialmente se destinava a pesca de Trutas e Salmões e é uma modalidade que 
exige maior estudo, treino e persistência, para dominar a técnica do lançamento, 
por isso existem cursos específi cos para a aprendizagem dos diferentes tipos de 
arremessos. 
Com a evolução dos treinos se pode controlar com facilidade o curso da 
linha, linha de fl y, em situações de vento, locais com estruturas que difi cultam os 
arremessos e em diferentes distâncias.
Fonte: http://www.pescacommosca.com.br/caiaque01.htm
Foto: Fotos: Wilson Feitosa e 100
3.5 Pesca de corrico
A grande vantagem é que nessa modalidade se pode pescar enquanto se 
passeia de barco, pois nesse tipo de pesca utiliza-se um barco em movimento para 
arrastar as iscas com uma aceleração que pode ir de 3 a 15 nós, dependendo do 
tipo de peixe que se quer capturar. As iscas normalmente utilizadas são as artifi -
ciais, varas curtas e fortes e carretilhas e linhas mais fortes próximas a isca são os 
equipamentos geralmente empregados. Pode ser realizada em diferentes locais, 
apesar da pesca no oceano ser a mais praticada. 
De uma maneira geral, existem três categorias de pesca de corrico: a costei-
ra, a intermediária e a pesada, quanto maior a categoria, maior o peixe e maior a 
capacidade do barco de ir mais longe e se engana quem pensa que a pesca de cor-
rico é uma técnica de simplesmente rebocar linhas, pois essa modalidade de pesca 
exige técnicas e cuidados específi cos durante o manejo dentro das embarcações.
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Fonte: http://www.nautica.com.br/corrico/
3.6 Pesca de rodada
É um modalidade praticada em águas rápidas e corredeiras e são realizadas 
embarcadas, deixando as os barcos desligados descerem os rios, sendo levadospela correnteza, as iscas são arrastadas junto com a embarcação, em alguns ca-
sos pode-se ancorar barco e deixar apenas que o chumbo acompanha a corrente. 
Atualmente, têm-se optado por varas longas com molinete e carretilha. E as em-
barcações podem ser adaptadas com quebra ondas para que se locomovam em 
marcha ré e os pilotos dos barcos podem fazer o uso de remos. 
Fonte: http://www.pescanordeste.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=63&Itemid=2
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3.7 Pesca Subaquática 
Também conhecida como pesca sub, essa atividade se assemelha a uma 
caçada e pode ser realizada com ou sem o auxílio de embarcações, essa modali-
dade pode ser praticada como esporte, com utiliza técnicas de mergulho livre ou 
apneia, sendo proibido o uso de aparelhos de respiração artifi cial. É indicado ter 
conhecimento de apnéia e os equipamento básicos para a prática inclui máscara, 
snorkel, facas, bóias, nadadeiras, cinto de lastro e arpão, também é aconselhado 
que a pesca seja realizada no mínimo em duplas de pescadores e se utilize roupas 
isotérmicas. Já foi considerara como esporte de aventura, e pelos perigos, atual-
mente é classifi cada como esporte radical. 
Fonte: http://www.livresportes.com.br/reportagem/na-caca-submarina-pescador-vai-ao-encontro-do-peixe
4. CIÊNCIAS NATURAIS
É importante que o Guia de Pesca saiba relacionar os principais aspectos 
naturais do meio ambiente marinho, estuarino, de água doce, recursos pesqueiros 
e a dinâmica das pescarias. Para isso é necessário que ele tenha conhecimentos 
gerais sobre geografi a, hidrologia, limnologia, biologia, ecologia e oceanografi a 
visando identifi car as melhores condições de pesca.
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Por se tratar de um assunto abrangente, o aprofundamento nas ciências 
naturais se dará conforme as características específi cas de cada localidade, porém 
de uma maneira geral, o interesse é fazer com que os guias de pesca adquiram in-
formações básicas para que se possa entender os fenômenos físico quimicos que 
acontecem na superfície terrestre e sua infl uência na fauna e fl ora. 
Sobre a origem da Terra e dos oceanos e o aparecimento da vida, serão 
abordados os principais eventos em uma sequência lógica, dando uma maior im-
portância as informações relacionadas a água e sua interação com o meio, através 
do estudo das aguas continentais, do ambiente litorâneo e da dinâmica das praias. 
Esclarecendo sobre as propriedades físico-químicas da água, ciclo hidrológico e as 
interações entre a atmosfera e o oceano, as marés e os principais compostos dis-
solvidos na água. 
Os assuntos sobre o comportamento, distribuição e abundância de animais 
aquáticos, tem como interesse principal entender a importância de cada indivi-
duo na constituição da teia alimentar, serão discutidos aspectos gerais sobre o 
progresso da ciência pesqueira no Mundo e no Brasil e dos recursos aquáticos, 
para uma melhor compreensão do setor e dos mecanismos de adaptação dos ani-
mais ao meio aquático, e as variáveis que afetam a distribuição e a abundância de 
peixes.
Os grandes reservatórios da região hidrográfi ca do Atlântico Nordeste 
Oriental, a região litorânea e a Zona Econômica Exclusiva (ZEE) receberão um des-
taque maior por conta da região onde será ministrado o curso, assim como a parte 
de biologia, fi siologia e anatomia de peixes. Os peixes esportivos são o alvo princi-
pal para o turista pescador, e por isso é importante entender sua origem, evolução 
e as interações que eles fazem com os outros animais e o meio em que vivem, sua 
biologia, seus hábitos reprodutivos, alimentares e comportamentais.
Mas existem diversas classifi cações, adaptações, características, e apesar 
de algumas serem semelhantes entre espécies diferentes, existem algumas pe-
culiaridades que são importantes que o Guia de Pesca tenha o conhecimento. A 
Ictiologia é o ramo da zoologia que estuda os peixes como um todo, mas existem 
algumas associações com a biologia, limnologia e oceanografi a, e algumas delas 
serão trabalhadas no curso como a anatomia e ecologia. 
Para que se compreenda as interações que esses animais fazem com outros 
animais e com o meio ambiente em que vivem, principalmente com o Ecossistema 
de Manguezal, zona que fi ca na transição entre os rios e os mares, e que ocupam 
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mais de 1/3 da costa brasileira e em torno de 10.000 km do território nacional. O 
conhecimento de aspectos geográfi cos sobre o mundo, o Brasil e, principalmente, 
da região onde atua o Guia de Pesca como mapas, principais rios e bacias hidro-
gráfi cas, clima e vegetação
5. PRIMEIROS SOCORROS ENVOLTOS A PESCA ESPORTIVA
Existem cuidados básicos que devem internalizados pelos envolvidos com 
a pesca esportiva, porém muitas vezes o pescador fi ca mais preocupado com seu 
lazer do que com sua segurança, por isso o Condutor de Turismo de Pesca deve 
estar atento, e assim evitar que aconteça ou até mesmo saber lidar caso aconteça 
algum agravo à saúde dos praticantes de pesca. Existem riscos atrelados as dife-
rentes modalidade de pesca e os cuidados com a segurança deve sempre estar em 
primeiro plano, por isso deve-se ter o conhecimento sobre acessórios que devem 
ser usados, os riscos de cada local. A procura pela pesca amadora cresce a cada 
ano, mas a segurança é indispensável, a experiência do pescador não é garantia 
de imunidade contra os acidentes, certamente, o kit de primeiros socorros ideal 
proporcionará uma pescaria mais tranquila e sem riscos para sua saúde.
Os acidentes na água, podem acontecer quando menos se espera, e é ne-
cessário estar preparado, saber o que fazer e o que não fazer no momento em 
que acontecem imprevistos. Os primeiros socorros em campo serão trabalhados, 
e abordarão temas como o suporte básico a vida, com aulas teóricas e práticas de 
reanimação cardiorrespiratória, desobstrução das vias aéreas (manobras de en-
gasgo), cuidados com machucaduras e queimaduras, contenção de sangramento, 
imobilização de membros em fraturas, crise convulsiva, choque elétrico, intoxica-
ções e envenenamentos, salvamento aquático, desmaios e enjôos.
Os kits de segurança devem ser adquiridos logo na primeira pescaria, deve-
-se compreender que nada adianta ter um bom kit de segurança se o usuário não 
souber como utilizá-lo. O kit de primeiros socorros é um item que não pode faltar 
no seu equipamento na hora de sair para pescar. O kit farmácia é algo extrema-
mente pessoal, e será dada a importância sobre entrar em contato com seu mé-
dico ou conversar com o cliente na sua montagem. Ambos os kits podem variar 
de acordo com a quantidade de dias de pescaria e das peculiaridades dos locais 
de pesca. Cada maleta, bolsa ou kit, deve obedecer uma especifi cação, conforme: 
fi nalidade, grau de risco e treinamento de quem vai utilizá-lo.
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APOSTILA DO CURSO
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Existe também os utensílios básicos que nenhum pescador deve esquecer, 
como fi ltro com proteção UV para os lábios, fi ltro solar em spray ou creme, óculos 
de sol com proteção UV, boné impermeável e botas.
Alguns locais de pesca exigem até comprovantes de vacinação, o recomen-
dado é levar junto a si as carteirinhas de vacinação paraque, caso ocorra algum 
acidente, o hospital saberá como está o estado de saúde e qual vacina deverá ser 
aplicada no pescador. Quanto mais precaução, melhor, pois é sempre melhor pre-
venir do que remediar.
6. EQUIPAMENTOS, PREPARAÇÃO E MANUTENÇÃO
Entre os equipamentos, o intuito não será a divulgação de determinadas 
marcas ou empresas, mas sim apenas de informar, quais são os recomendados 
para cada modalidade de pesca, sua utilização na melhoria da pescaria e da se-
gurança dos usuários. São vários os instrumentos utilizados para pesca, alguns 
mais simples e outros mais sofi sticados, se engana quem pensa que existe so-
mente anzóis, chumbo, varas, linhas e iscas. A categoria de pesca amadora não 
signifi ca dizer que seja algo realizado por iniciantes, na verdade a arte da pes-
ca esportiva compreende um conjunto amplo e diversifi cado de conhecimento, 
técnicas e habilidades necessárias para explorar recursos pesqueiros. As diversas 
modalidades de captura além de necessário o conhecimento da natureza (ven-
tos, correntezas, peixes etc.) inclui também a preparação, montagem, manuten-
ção e a confecção de parte dos instrumentos de trabalho. O Guia de Pesca possui 
um longo conhecimento sobre os equipamentos, pois alguns atuam no setor 
de a infância, o que torna o altamente qualifi cado, mas o conhecimento sempre 
precisa ser aprimorado.
Alguns equipamentos são um pouco diferentes de uma modalidade para 
outra, alguns acessórios são muito importantes, e sem eles, fi ca um pouco com-
plicado o manuseio, podendo chegar até danifi car se não estiver sendo utilizado 
da forma correta. Para facilitar a escolha, os equipamentos mais utilizados serão 
abordados de acordo com o tipo de pesca e assim auxiliar na escolha de um ma-
terial ideal, e o foco maior será dado as carretilhas ou molinetes, iscas artifi ciais, 
anzóis, varas e nós para pesca esportiva. 
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7. EXPRESSÕES INGLESAS UTILIZADAS NA PESCA ESPORTIVA
O Brasil tem atraído os pescadores turistas estrangeiros tanto pelas belezas 
naturais e os peixes do país. O intuito é estimular que o Guia de Pesca desperte 
para a importância da aprendizagem de outro idioma, trazendo a tona algumas 
palavras básicas do dia à dia e termos técnicos náuticos e equipamentos de pesca. 
E assim permitir uma melhor comunicação entre as partes, passar segurança ao 
turista e fazer com que o guia consiga exercer seu atendimento com efi ciência.
EXPRESSÕES EXPRESSIONS
alligator jacaré
Backing Linha de algodão trançada, sem elasticidade
Baitcasting pesca de arremesso com carretilhas
be careful tome cuidado
beautiful bonito
beverage bebida
big grande
bird pássaro
black preto
Blacklash cabeleira
Blade lâminas usadas no spinner ou spinnerbait
Blank corpo da vara.
blue azul
Bobber Boia
Brown marrom
Bug Inseto
can I help you posso ajudar 
Casting Arremesso
Castnet fi shing Tarrafa
cold Frio
come back Volte
come on Vamos
Damsel moscas que imitam libélulas
dinner Jantar
Earthworm / Worm Minhoca
empty Vazio
Excuse com licença
fast Rápido
fi re Fogo
fi sh Peixe
Fish Peixe / Pesca
Fishing Pescaria / Pesca
Fishing boat Barco de pesca
Fishing club Clube de pesca
Fishing equipment / Fishing Gear Equipamento de pesca
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APOSTILA DO CURSO
CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA
Fishing hook Anzol de pesca
Fishing license Licença de pesca
Fishing line Linha de pesca
fi shing lure Isca / Isca artifi cial
Fishing net Rede de pesca
Fishing pliers Alicate de pesca
Fishing prohibited / Fishing banned Pesca proibida
Fishing reel Molinete de pesca
Fishing rod / Fishing pole Vara de pescar
Fishing shop Loja de equipamentos de pesca
fi shing spot local de pesca
Fishing stool Banco de pesca
Fishing tackle Traia de pesca / Artigos de pesca
Floating fl utuar. 
FlyFishing pesca com moscas Pesca Fly
food comida
fresh water água doce
Frog rãs, sapos e pererecas
full Cheio
Gaff Bicheiro, em inglês.
Glow fosforescente.
good afternoon boa tarde
good evening boa noite
good Morning bom dia 
GPS “Global Positioning System”, ou “Sistema de Posicionamento Global”. 
green Verde
Grey Cinza
Grub Verme
Hackle Pena 
Hair wing Moscas cujas asas são feitas de pelo.
Half Hitch Nome de um nó
heat Calor
heaven Céu
Hook Anzol, em inglês.
Hook Keeper Acessório usado para prender o anzol na vara.
ice Gelo
IGFA 
Abreviação de “International Game Fish Association”, ou “Associação 
Internacional de Pesca Esportiva” . 
in front em frente
in here Aqui
Interline Vara cuja linha passa por dentro do corpo da vara 
Jig 
Isca artifi cial de fundo montada com anzóis simples com cabeça de 
chumbo 
Jumping Jig Isca artifi cial de fundo em formato de pequenos peixes
King Salmon Espécie de Salmão.
Knot Nó
Leader ou Líder Serve para proteger a linha principal durante a briga com o peixe.
Leeches Sanguessugas
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APOSTILA DO CURSO
CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA
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left esquerda
Line Linha
little pequeno
Live bait Isca viva / Isca de peixe
lunch almoço
Lure Isca
Minnows Peixinhos / Alevinos
moon lua
more or less mais ou menos
morning dia 
Needle knot Nó usado para prender o leader
Net keeper Peça usada para prender o puça no colete.
night Noite
no Não
please por favor
Plug 
Isca artifi cial fabricada em materiais rígidos como madeira, acrílico, 
fi bra e plásticos duros.
Quadrate Vara de fl y feita com bambú de 4 lados.
Quill Haste da pena de galo 
rain Chuva
red Vermelho
Reel Molinete
Rig montagem de chicotes.
right direita 
River rio 
River bank margem do rio
salt sal
salty water água salgada
sea mar
see you tomorrow até amanhã
Shad 
Iscas artifi ciais em formato de peixes fabricadas em materiais fl exí-
veis
shallow Raso
Sink tip Linha de fl y em que apenas a ponta afunda e o restante fl utua
Sinker Fishing Chumbada de pesca
Sinking afundar.
slowly Devagar
Snaps presilhas , prendedores, engates 
soda refrigerante
Spincast É um híbrido entre carretilha e molinete.
Spinner Iscas artifi ciais dotadas de lâminas que giram quando tracionadas
Spinning Molinete
Sport fi shing / Fly-fi shing Pesca esportiva
Streamer Iscas de fl y que imitam peixinhos
Streamer-bucktail iscas feitas com penas ou plumas e os bucktails com pêlos.
Strike fi sgada 
sugar Açúcar
Sun Sol
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APOSTILA DO CURSO
CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA
Suport Hook ou Assist Hook Anzol extra ou auxiliar
Teasing Iscas artifi ciais sem garatéias
thank you Obrigado
tide Maré
today Hoje
Trailer Chamariz adicionado ao anzol em iscas
Trailer hook Anzol extra adicionado ao anzol spinnerbait.
Treble hook Garatéia, em inglês.
tree Árvore
Trick Peixe pequeno.
Tune up Balancear a isca
ugly Feio
Uni Knot nó único.
Upstream Pescaria realizada subindo o rio
water Água
wave Onda
Waypoints São pontos de referência marcados no aparelho de GPS.
Wet fl y mosca molhada.
White branco
wind Vento
Yard Jarda. Medida de comprimento. Uma jarda equivale a 0,9144 metro.
Yeah / Yes Sim
yellow Amarelo
yesterday Ontem
you are welcome de nada
NUMEROS NUMBERS
0 – Zero 17 – Seventeen
1 – One 18 – Eighteen
2 – Two 19 – Nineteen
3 – Three 20 – Twenty
4 – Four 30 – Thirty
5 – Five 40 – Forty
6 – Six 50 – Fifty
7 – Sevem 60 – Sixty
8 – Eight 70 – Seventy
9 – Nine 80 – Eighty
10 – Tem 90 – Ninety
11 – Eleven 100 – One hundred
12 – Twelve 200– Two hundred
13 – Thirteen 3,000 – Three thousand
14 – Fourteen 5,000,000 – Five millions
15 – Fifteen 10,000,000,000 – Ten billions
16 – Sixteen
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APOSTILA DO CURSO
CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA
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8. ORDENAMENTO E LEGISLAÇÃO PESQUEIRA
A intenção é o ordenamento a pesca, preservar a biodiversidade costeira, 
promover a capacitação comunitária, gestão compartilhada de ações, discussão 
de Códigos de Conduta para Pesca Responsável, fi scalização da pesca ilegal, entre 
outros. 
Todo pescador deve respeitar o limite de captura e transporte estabelecido 
pela legislação em vigor, defeso e o respeito aos tamanhos mínimos de captura 
e às espécies proibidas devem ser respeitadas. O guia de pesca deve ter conheci-
mento das regras que regem a pesca esportiva em nível federal e estadual para 
evitar problemas com a fi scalização e contribuir para a conservação dos recursos 
pesqueiros. A atenção da gestão pública brasileira para a pesca amadora eviden-
ciou-se em 1998, a partir de uma parceria entre o Instituto Brasileiro de Turismo 
(EMBRATUR) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis (IBAMA), com a cooperação técnica do Programa das Nações Unidas 
para o Desenvolvimento (PNUD), para a criação do Programa Nacional de Desen-
volvimento da Pesca Amadora (PNDPA). 
Em 2003, o Governo Federal editou a Medida Provisória nº 103 (hoje Lei nº 
10.683), e criava a Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (Seap/PR). O órgão 
federal, ligado à Presidência da República, que fi cou responsável por fomentar 
e desenvolver políticas voltadas ao setor pesqueiro. No ano de 2009, em 29 de 
junho, Dia do Pescador, foi sancionada a Lei nº 11.958, e era, então, criado o Minis-
tério da Pesca e Aquicultura do Brasil, atendendo ao anseio histórico dos pesca-
dores e aquicultores do País. 
O Ministério da Pesca e Aquicultura foi extinto pela reforma ministerial no 
ano de 2015, A pesca fi cou a partir de agora com Ministério da Agricultura, Pecu-
ária e Abastecimento (MAPA), através da Secretaria de Monitoramento e Contro-
le da Pesca e Aquicultura. Em termos de políticas públicas, extinto Ministério da 
Pesca e Aquicultura (MPA), era o órgão responsável pelo setor pesqueiro no País. 
De acordo com a Lei 11.958/2009, competia ao MPA executar a política nacional 
pesqueira e aquícola. No que se refere à pesca amadora, destaca-se a competên-
cia pela concessão de licenças, permissões e autorizações para o exercício da ativi-
dade em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente, fi xou as normas, critérios, 
padrões e medidas de ordenamento do uso sustentável dos recursos pesqueiros 
no Brasil. 
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APOSTILA DO CURSO
CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA
Ao Ministério do Turismo compete o ordenamento, a estruturação, a qualifi -
cação e a promoção do turismo que se desenvolve em função da prática da pesca 
amadora. A delimitação conceitual, as características e a abrangência do segmen-
to de Turismo de Pesca. Existem vários instrumentos legais que dizem respeito 
à prática da pesca amadora no Brasil e da atividade de turismo dela decorrente. 
Nesse sentido, buscou-se reunir alguns dos principais procedimentos a serem ob-
servados e respeitados para uma prática adequada do Turismo de Pesca no Brasil. 
Nessa parte de curso de Condutor de Turismo de Pesca serão apresentados 
os principais pontos dos instrumentos legais que tratam da pesca amadora. Para 
a prática da pesca amadora em qualquer modalidade é necessário uma licença 
expedida pelo Ibama de pesca embarcada e desembarcada. O não pagamento 
implica apreensão do material e do produto da pesca, além de outras sanções pre-
vistas no Artigo 56 do Decreto-Lei n° 221, de 28.02.67 e legislação complementar. 
Por isso deve respeitar e fi car atento a época de defeso e piracemas das espécies 
e devolver para água espécies abaixo da medida mínima exigida por lei, tudo isso 
visando a manutenção e preservação e o futuro das espécies. 
Atividade pesqueira praticada por brasileiros ou estrangeiros com fi nalida-
de de lazer, turismo e desporto, sem fi nalidade comercial, quando refere-se ao 
produto de sua captura; A fi scalização deveria ser feita pela Capitania dos Portos 
de forma constante e não eventualmente e nas altas estações, pois existe um alto 
numero de embarcações navegando no canal com documentação irregular, sem 
habilitação náutica e transitando em alta velocidade o que prejudica as pequenas 
embarcações. O IBAMA é o órgão que se responsabiliza pela proteção dos peixes 
de água salgada. 
A Licença para a Pesca Amadora é obrigatória para todo pescador amador 
no território brasileiro, obviamente, nos locais onde a pesca é permitida. Existem 
três categorias de licença de pesca amadora: Desembarcada (Categoria A), Embar-
cada (Categoria B) e Subaquática (Categoria C). E é obrigatório para o condutor de 
embarcação de esporte e recreio possuir a carteira de arrais amador para águas 
interiores ou mestre amador nas costeiras até 200 milhas da costa, para isto bas-
ta fazer um curso completo e prestar exame na marinha de sua região junto as 
Capitanias dos Portos ou Despachantes Marítimos e depois de ter sido aprova-
do, receber a habilitação, o mesmo se aplica a todos documentos da embarcação 
no segmento de pesca esportiva embarcada, documento da embarcação, seguro 
obrigatório e termo de compromisso são itens obrigatórios para embarcações de 
esporte e recreio.
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 Para os uma melhor entendimento, iremos abordar as principais leis, porta-
rias e instruções normativas que regulamentam a atividade. E não somente falar, 
e sim procurar entender o motivo da criação das mesmas. Algumas delas serão a 
lei da Pesca (Lei nº 11.959 de 2009), as instruções normativas nº 5 e nº 9 de 2012, 
os períodos de defeso para as principais espécies, tamanho mínimo de captura, e 
dos atos normativos da Bacia Hidrográfi ca da Região Nordeste (nº 3 de 2005) e as 
portarias do Ibama que regulamentam o uso dos recursos marinhos com o intuito 
de evitar a pesca predatória e conter excessos. 
A profi ssão de guia de turismo foi regulamentada Lei nº 8.623, de janeiro de 
1993 e disciplinada por meio da Portaria do MTur nº 27, de 2014, que estabelece 
requisitos e critérios para o exercício da atividade de Guia de Turismo. Por isso, a 
defi nição para esta recente ocupação dos trabalhadores da pesca amadora é Con-
dutor de Turismo de Pesca. 
A profi ssão de guia de pesca, exercida informalmente por cerca de 50 mil 
pessoas no Brasil, caminha para a regulamentação. O primeiro passo será a inclu-
são na Classifi cação Brasileira de Ocupações (CBO) do Ministério do Trabalho e 
Emprego. O órgão confi rmou que negocia a respeito com os ministérios da Pesca 
e Aquicultura, do Turismo e da Educação. Núcleo de Planejamento e Ordenamen-
to da Pesca Amadora do Ministério da Pesca e Aquicultura, tinha o objetivo é con-
cluir a etapa de homologação da atividade no Ministério do Trabalho até 2015. 
Desde 2013, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego 
(Pronatec), do Ministério da Educação, oferece o curso de condutor de turismo de 
pesca, com o objetivo de que haja maior padronização e profi ssionalismo na ativi-
dade, o curso está inserido no eixo tecnológico de Turismo, Hotelaria e Lazer e no 
eixo tecnológico de Recursos Naturais é o eixo que onde se encontram os cursos 
de tecnologias relacionadas à produção aquícola e pesqueira. 
.Caso sejaconcluída a etapa de homologação da atividade no Ministério do 
Trabalho, o profi ssional poderá começar a acessar os benefícios sociais, pois gran-
de parte dos guias de pesca que atuam hoje são empreendedores individuais, 
categoria jurídica que permite o pagamento de um valor simbólico em tributos 
e acesso a benefícios como auxílio-maternidade e auxílio-doença. Com a regula-
mentação da atividade, no entanto, o leque de garantias se ampliaria e eles esta-
riam cobertos por todos os benefícios trabalhistas: décimo-terceiro salário, férias 
e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. 
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9. EDUCAÇÃO AMBIENTAL E EDU-ENTRETENIMENTO
A todo pescador esportivo, por força do esporte, acaba se transformando 
em amante da natureza e conhecedor profundo de suas riquezas, se tornando 
uma das esperanças para a conservação e preservação do meio ambiente. Consi-
derando que a pesca amadora é praticada em ambientes naturais, cuidados com 
o meio ambiente são requisitos básicos para a manutenção da atividade. Dessa 
forma, serão apresentadas medidas de preservação e conservação do meio, in-
formando os impactos que podem ser provocados pela prática descuidada da 
atividade, os cuidados necessários com o lixo, fogo, acampamento, mata ciliar e 
espécies nativas. 
Os ambientes marinhos, costeiros e áreas de manguezal são considerados 
grandes berçários naturais, tanto de espécies endêmicas desses ambientes como 
de outras que migram para estas áreas durante alguma fase do seu ciclo de vida. 
Nestas áreas existe uma constante interação entre fatores sócio-econômicos e 
ambientais, sendo necessário promover valores e comportamentos sociais, onde 
cada indivíduo ou grupo se tornem ativos no processo de proteção ao meio am-
biente. 
Atualmente a temática ambiental constitui uma das grandes provocadoras 
de refl exão e requer a participação de todos, principalmente dos Condutores de 
Turismo de Pesca, nas discussões e tomadas de decisão sobre o que deve ser feito 
nesse momento crítico da história da Terra, pois estamos vivenciando uma crise 
ambiental sem precedentes, que ameaça todas as formas de vida do planeta. 
A consciência ecológica e o desejo de sustentabilidade ambiental nos con-
vocam constantemente a dialogar sobre o processo de formação da cidadania na 
mudança de hábitos, valores e atitudes. É nesse momento que surge a necessida-
de de oferecer condições para que a preocupação com o meio ambiente atinja 
o máximo de pessoas possível, atribuindo-lhe um signifi cado prático em suas vi-
das. Os conceitos de desenvolvimento sustentável e sustentabilidade ambien-
tal envolvem o crescimento econômico contínuo em harmonia com o meio am-
biente, contemplando as dimensões culturais e sociais. 
Assim, a sustentabilidade pode ser defi nida como a utilização racional dos 
recursos naturais, garantindo que suas características principais sejam preserva-
das. Desta forma, o desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessi-
dades do presente sem comprometer a possibilidade das próximas gerações aten-
derem às suas necessidades futuras. Tendo em vista que objetivo fundamental da 
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Educação Ambiental consiste em sensibilizar, estimular e envolver cada indivíduo 
na expressão e envolvimento com as problemáticas sócio-ambientais fi ca, cada 
vez mais evidente a necessidade de expandir o conhecimento para o setor da pes-
ca esportiva. 
A Educação Ambiental é, portanto, um instrumento fundamental no pro-
cesso de formação da cidadania, na mudança de valores, hábitos, atitudes, per-
cepções e comportamentos. Por isso, é imprescindível não só conhecer temas re-
ferentes às questões ambientais, mas atuar sobre eles, fazendo com que os Guias 
de Pesca incorporem uma visão de mundo formada nos princípios da sustentabi-
lidade, enfocando os ecossistemas marinhos, costeiros e áreas de manguezais, os 
quais estão bem próximos da realidade em que vivem. 
10. BOAS PRÁTICAS PARA PESQUE E SOLTE
Pesque e Solte é o ato de pescar o peixe, admirá-lo e devolvê-lo à água 
em perfeitas condições de sobrevivência, principalmente os peixes jovens e os 
muito grandes. A pesca esportiva com a prática do pesque e solte é uma fi losofi a 
propagada internacionalmente que contribui para o crescimento das atividades 
turísticas, desenvolvimento sustentável da pesca esportiva e da manutenção dos 
estoques pesqueiros. Embora pescar e soltar ainda não seja uma imposição legal 
obrigatória em todo o país, tem-se observado um aumento de sua normatização, 
concomitante ao aumento do rigor da legislação que trata da pesca, de forma ge-
ral. A atitude de devolver o peixe com vida a água, independentemente de estar 
dentro ou não das medidas estabelecidas pela legislação, deve ser praticada por 
todas as pessoas que dependem da pesca esportiva, como garantia de lazer ou 
emprego. 
Mas, para que o sistema de pescar e soltar funcione e traga benefícios é 
importante saber fazer essa devolução de modo correto, de tal forma que o peixe 
possa sobreviver e continuar a se desenvolver. Existem regras importantes para 
garantir a soltura e iremos abordar com mais detalhes assuntos sobre como fazer 
a soltura, em que local você deve soltá-lo, a posição mais recomendada para sol-
tura, equipamentos adequados, tempo fora da água, o tempo de briga, proteção 
das guelras e o manuseio do peixe. 
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Fonte: http://coisadezootecnista.blogspot.com.br/2011/02/manejo-correto-no-pesque-solte.html
11. RELACIONAMENTO HUMANO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
A relação entre o turista de pesca e o Guia de Pesca é determinante para 
que o pescador volte ou não a pescar naquela localidade. Não basta ter informa-
ção e pescar bem, porque a atividade não é solitária. O turista também valoriza o 
bem-estar, simpatia, aparência, boa vontade, prazer pelo trabalho, higiene pes-
soal, etc. Esses aspectos também fortalecem o mercado, o relacionamento com 
o turista deve ser de forma profi ssional e deve-se buscar um comprometimento 
com o que o turista almeja no seu esporte e lazer já que lidamos com pessoas, e 
essas por sua vez possuem comportamentos variados e diferentes. 
O Guia de Pesca precisa entender que sua função no barco não é diverti-
mento e sim trabalho, que deve ser executado da melhor forma possível. O turista 
contrata um guia para orientá-lo e ajudá-lo a fazer uma boa pescaria. Para dividir 
sua experiência profi ssional adquirida no seu trabalho na região. Vale lembrar que 
o turista passa a maior parte do tempo de sua pescaria em contato com o guia e 
nele se espelha para realizar uma pescaria proveitosa, por isso o comportamento 
e a apresentação do Contudor de Turismo de Pesca é importante para a relação 
positiva numa pescaria. 
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O comportamento do consumidor de turismo vem mudando e, com isso, 
surgem novas motivações de viagens e expectativas que precisam ser atendidas. 
Em um mundo globalizado, onde se diferenciar adquire importância a cada dia, os 
turistas exigem, cada vez mais, roteiros turísticos que se adaptem às suas necessi-
dades, sua situação pessoal, seus desejos e preferências. 
12. PRINCIPAIS ESPÉCIES DE PEIXES ESPORTIVOS
O Brasilé o país do mundo com o maior número de espécies de seres vivos, 
o guia de pesca precisa saber os peixes que freqüentam a região em que desen-
volve sua atividade e conhecer alguns peixes esportivos que habitam outras regi-
ões para poder argumentar com seus clientes pescadores quando for comentado 
algo a respeito. Por isso serão apresentados os principais peixes para a pesca es-
portiva, sendo eles de agua doce ou salgada.
Segundo informações do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), o Nor-
deste Brasileiro desponta como grande área para o desenvolvimento do turismo 
de pesca. Peixes alvo como o robalo, tarpon e peixes oceânicos como os peixes de 
bico são abundantes no mangues e costa do Nordeste. 
Eles podem habitar as águas doces e águas salgadas. Podem passar a vida 
toda vagando pelos mares ou podem nascer e morrer em uma mesma lagoa. 
Podem ser grandes e pesados, compridos ou curtos. Depois de fi sgados podem 
saltar fora da água, tentar soltar- se do anzol, procurar os troncos submersos na 
tentativa de proteção; podem atacar as iscas com voracidade e agressividade. Ou 
seja, para serem considerados esportivos os peixes devem despertar o interesse 
do pescador ao tentar capturá- los, seja pela força bruta que tenha que empregar, 
ou mesmo pela astúcia ou técnica exigidas na sua captura. A designação de “peixe 
esportivo” para uma determinada espécie depende ainda da região ou do País 
onde se encontra. O mesmo peixe pode ser considerado “esportivo” em alguns pa-
íses e em outros não apresentar muito interesse aos pescadores. Existem espécies 
que correm o risco de extinção como é o caso do peixe Mero, outro grande peixe 
esportivo que merece atenção contra a pesca predatória é o Robalo. 
No entanto, existem casos unânimes como o tarpon ou camarapim (Me-
galops atlanticus), os peixes- de- bico oceânicos, como o marlim-azul (Makaira 
nigricans), o agulhão-de-vela (Istiophorus albicans), os atuns (Thunnus sp.),os sal-
monídeos, envolvendo as trutas e salmões (Oncorhynchus sp.), os tucunarés (Ci-
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chla sp.), os robalos (Centropomus sp.), o dourado (Salminus maxillosus), a pirarara 
(Phractocephalus hemioliopterus), o Pirarucu (Arapaima gigas), o dourado do mar 
(Coryphaena hippurus), e o black- bass (Micropterus salmoides). Eles são com certe-
za os peixes mais procurados pelos que praticam a Pesca Esportiva, pois além de 
serem extremante técnicos, são esportivos e lutadores.
13. TÉCNICAS DE NAVEGAÇÃO E MARINHARIA
Enquanto náutica refere-se a Nau (barco, navio) e navegação refere-se ao 
deslocamento de embarcações, pode-se considerar que marinharia se refere aos 
procedimentos e tarefas diárias de um marinheiro.
 Assim, sobre a navegação iremos abordar de maneira resumida tópicos 
sobre os tipos de navegação, projeções cartográfi cas, cartas náuticas, conversões 
de rumos e marcações e manejo dos instrumentos de auxílio à navegação, racio-
nalização de trabalhos de bordo, visando ao melhoramento do processo de pesca 
e noções básicas de Sistemas de Navegação por Satélite (GNSS). E assim obter 
o conhecimento da arte e ciência de navegar, seus problemas, tipos, métodos e 
importância. 
Sobre as técnicas de Marinharia descreve a maneira correta de executar de-
terminadas tarefas a bordo. O manuseio de cabos náuticos (chamados pelo leigo 
de «cordas»), execução de nós (sendo que cada nó tem vantagens, desvantagens 
e aplicações específi cas), manutenção de madeiras, limpeza, mareação de velas, 
noções de ventos, marés, todos conhecimentos importantes para a vida profi ssio-
nal de um marinheiro. 
Informar da importância entender sobre aspectos teóricos e práticos sobre 
o barco: proa, popa, bordo, calado, boca e pontal; segurança, sinalização, baliza-
mento e marés, material obrigatório para navegação como.
14. EMBARCAÇÕES, MÁQUINAS E MOTORES MARÍTIMOS
Como algumas pescarias podem acontecer embarcadas, é importante o 
conhecimento da estrutura da embarcação, principais defi nições, dos movimen-
tos da embarcação e sua estabilidade. Trazendo exemplos das diferentes embar-
cações pesqueiras empregadas na pesca esportiva na região nordeste e demais 
regiões do Brasil, enfatizando as características e diferenças existentes. Caracte-
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rizar cada tipo de embarcação com relação aos apetrechos de pesca que devem 
ser acomodados e transportados a bordo para viabilizar o uso nas atividades de 
pesca e os componentes básicos e que merecem atenção nas revisões periódicas.
Estudo de mecanismo, funcionamento e instalação de motores diesel e combus-
tão interna. Noções sobre maquinaria de bordo de embarcações pesqueiras e os concei-
tos básicos sobre o funcionamento das máquinas e motores marítimos, classifi cação das 
motores empregados na propulsão de embarcações e os principais equipamentos de 
propulsão.
Noções básicas de mecânica é um aspecto de segurança que pode evitar situa-
ções desagradáveis para o guia e o pescador; O objetivo deste tema não é transformar o 
guia de pesca em mecânico especializado em motores de popa, mais sim dar uma idéia 
e noção para se evitar frustrações e aborrecimentos devido a falta de manutenção dos 
equipamentos. 
15. CONTROLE, MONITORAMENTO E PRODUÇÃO CIENTÍFICA
Os Guias de Pesca poderão ser formados para contribuir com pesquisas e 
a conservação de peixes esportivos no Estado. Pois após a realização do curso de 
Condutor de Turismo de Pesca haverá um aprofundamento das questões ambien-
tais e a experiência adquirida nas aulas teóricas e práticas, além da experiência do 
dia a dia de trabalho de Condutor de Turismo de Pesca, fará com que exista um 
maior conhecimento sobre os peixes esportivos que ocorrem no Ceará, e caso es-
sas informações sejam registradas de forma correta, poderá gerar pesquisas apli-
cadas que resolvam aspectos práticos para a conservação desses animais. 
Durante o trabalho é possível que ocorra, em paralelo, um levantamento de 
dados dos locais de pesca e das espécies que ocorrem, conduzindo a processos de 
criação de Unidades de Conservação e conduzindo campanhas de conscientização.
O litoral leste do Ceará, onde se iniciaram os cursos de Condutor de Turismo 
de Pesca, é caracterizado pela rica biodiversidade, e reconhecido pelo Ministério 
do Meio Ambiente (MMA) como de extrema importância biológica. O motivo é 
que ao longo de toda essa parte do litoral cearense, existem ambientes de alimen-
tação, reprodução e berçário de espécies em perigo crítico de extinção. Mas além 
da biodiversidade, a região também sofre ameaças, incluindo os ambientes cos-
teiros como estuários com manguezais, recifes costeiros, bancos de algas e ban-
cos de fanerógamas, que se constituem em grandes berçários da vida marinha. 
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Devido à importância socioeconômica e ambiental da região, poderá ha-
ver parcerias com Universidades, órgãos ambientais federais, sindicatos, colônias, 
associações e ONG’S, com objetivos em comum, para que se encontrem procedi-
mentos que visem melhorar e normatizar a atividade. 
com o objetivo de criar uma Unidade de Conservação, e assim proteger 
determinados peixes ou áreas de reprodução, contribuindo para integridade da 
biodiversidade do Estado e consequentemente incrementar a produtividade pes-
queira nas águas, além de contribuir para o ordenamento da pesca artesanal e do 
Turismo de Pesca na região.Praticamente não existem pesquisas atreladas a pesca esportiva, e as possi-
bilidades são enormes, com por exemplo a instalação, em alguns peixes, de mar-
cadores com o objetivo de acompanhar o deslocamento e avaliar a taxa de sobre-
vivência desses animais com a prática do pesque e solte. 
A pesca artesanal nos municípios do litoral leste do Ceará faz parte da cul-
tura e da subsistência alimentar das comunidades. Representa 82,8% da frota pes-
queira, principalmente em Icapuí, Aracati, Fortim e Beberibe. No entanto, ainda 
encontramos práticas ilegais de pesca, ou a chamada pesca predatória. 
O Turismo de Pesca requer efetivas medidas de proteção ambiental, com 
o apoio de pesquisas com relação ao estoque dos peixes mais visados, essa reali-
dade pode mudar, e isso só tende a ampliar e melhorar a qualidade da prática da 
pesca amadora no território nacional. 
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APOSTILA DO CURSO
CONDUTOR DE TURISMO DE PESCA
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