Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GASTROENTERITE / Bacillus cereus 1 INTRODUÇÃO Segundo DROMIGNY e cols. (1994), o Bacillus cereus é considerado para muitos um microrganismo de menor importância como agente de toxinfecções alimentares. No entanto, esses autores consideram que, dado à sua participação em surtos coletivos no passado e seu isolamento em toxinfecção alimentar, na atualidade, em diferentes partes do mundo, o Bacillus cereus não pode ser considerado como um agente sem importância. Os primeiros casos de toxinfecção causados pelo Bacillus cereus enterotoxigênico foram descritos por HAUGE (1955) e ocorreram entre os anos de 1947 e 1949, em três hospitais e uma casa para idosos. Em todos eles, aproximadamente 600 pessoas foram afetadas. O que ocorreu num hospital em Oslo, em 1948, teve como origem um creme de vanila contaminado com o agente. Para provar a capacidade do Bacillus cereus em produzir toxinas, HAUGE (1955) inoculou esta bactéria em creme de vanila estéril, deixou por 24 horas em temperatura ambiente e após o período consumiu 200 ml do creme. Os sintomas característicos iniciaram-se após 13 horas do consumo do creme contaminado. O primeiro caso relatado de toxinfecção por uma cepa emética de Bacillus cereus ocorreu na Inglaterra, em 1971 (PUBLIC, 1972). Logo em seguida, outros dois surtos ocorreram. Nas três situações, os indivíduos acometidos tinham se alimentado em restaurantes. Durante a investigação epidemiológica do terceiro surto, foi verificado que o arroz utilizado nas refeições tinha um grande número de esporos de bacilos Gram positivos, posteriormente confirmados como Bacillus cereus. 2 AGENTE ETIOLÓGICO O agente, Bacillus cereus, pertence à família Bacillaceae e se caracteriza pelo formato de bacilos esporulados, G+ (com certa variabilidade dependendo da idade do cultivo) e catalase +. O esporo desempenha um papel de suma importância em sua ecologia, tendo em vista sua característica de resistência ao calor. O gênero Bacillus engloba mais de 30 espécies, muitas das quais são importantes agentes de deterioração em alimentos tratados pelo calor. Este gênero é subdividido em grupos, sendo que o B. cereus, juntamente com o B. anthracis, B. mycoides e B. thuringiensis compõem um grupo chamado de grupo do B. cereus. Com exceção do Bacillus anthracis que primariamente é um patógeno de bovinos e ovinos, mas que pode afetar o homem, o gênero geralmente não é considerado patogênico ao homem. Entretanto, 5 espécies são reconhecidas como agentes de intoxicação via alimentar para o homem: � Bacillus cereus; B. brevis; B. subtilis; B. licheniformis e B. sphaericus. Desses, o Bacillus cereus é o mais importante, sendo que a algum tempo atrás as perturbações digestivas eram atribuídas à ingestão de um grande número de células ou à fosfolipase produzida pelo microrganismo. Atualmente é conhecido que a síndrome de toxinfecção provocada pelo microrganismo se deve a dois tipos distintos de toxinas, o que pode determinar o aparecimento da sintomatologia de duas formas diferentes: - forma diarréica - forma emética A sorotipagem do B. cereus é baseada no antígeno flagelar H, sendo os sorotipos associados com intoxicação alimentar os que se seguem: SOROTIPO DIARRÉICA 1, 2, 6, 8, 9, 10, 12, 19 não tipável EMÉTICA 1, 3, 4, 8, 12, 19 não tipável 2 FATORES DE VIRULÊNCIA Além das diferentes toxinas (diarréica e emética) produz outros fatores como hemolisinas, fosfolipase C, entre outros. As toxinas diarreica e emética são verdadeiras exotoxinas, ou seja, são totalmente excretadas ao meio externo através da membrana. O mecanismo de ação dessas toxinas ainda não é bem esclarecido: - Forma diarréica: é semelhante àquela determinada pelo Clostridium perfringens. A toxina tem PM de 50.000 Daltons, é termolábil, sendo inativada a 56oC em 5 minutos. Esta toxina é também sensível à tripsina. É instável a 4oC. Ela atua estimulando o sistema AMP cíclico o que provoca acúmulo e perda de eletrólitos e fluidos pelas células da mucosa intestinal. Diagnóstico em alça intestinal ligada de coelho. Nesta forma a toxina é sintetizada durante a fase de crescimento exponencial, que pode inclusive ocorrer a nível intestinal. - Forma emética: semelhante àquela determinada pelo Staphylococcus aureus. A toxina tem PM menor que 5.000 Daltons, é termoestável, resistindo a 126oC por 90 minutos. Esta toxina não é sensível à tripsina e pepsina. É estável em estocagem a 4oC. O diagnóstico feito em cultivo celular, células HEP2 - provoca a formação de vacúolos. A toxina é sintetizada durante a esporulação. Recentemente outra espécie de bacilos, o Bacillus subtilis tem sido implicado como agente da síndrome emética, porém com um período de incubação mais curto. A intoxicação alimentar por este microrganismo tem sido associada principalmente a pratos de carne e pastelaria, como pastéis de carne e empanados. 3 FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO � Temperatura: - máxima para multiplicação 43oC - ótima para multiplicação 35 a 37oC - mínima 15oC - para alguns autores 7 a 8oC - resistência 50 a 55oC - máxima para germinação de esporos 50oC - resistência do esporo: alguns trabalhos evidenciam 95oC - 1,2 a 256 minutos (varia c/ sorotipo) � pH: mínimo 5,0 � aw: 0,95 (mínimo) esporos ? � Eh: o agente é um anaeróbio facultativo. Consegue crescer em Eh -200mV, "mas necessita aeração para produzir a toxina". � Conservantes: Alguns aditivos podem ser utilizados em combinação, em concentrações aceitáveis em alimentos, no sentido de inibir o desenvolvimento do bacilos. Como exemplo pode ser citado: 1,7% de NaCl, 120 mg/litro de NaNO2, 0,05% de erisorbato de sódio e 0,05% de ácido cítrico em massa para a elaboração de salsicha (ASPLUND e cols., 1988; retirado de VARNAN & EVANS, 1991). 4 ALIMENTOS ASSOCIADOS A SURTOS O Bacillus cereus é um microrganismo amplamente difundido na natureza, como solo, água, poeira, ar e, desta forma, pode ser encontrado em muitos tipos de alimentos, tanto de origem animal como vegetal, incluindo leite e derivados, carne e derivados, diferentes produtos em pó, arroz, óleos, condimentos, macarrão, farináceos e alimentos infantis (diversos autores citados por REZENDE, 1998). Por ser ubíquo na natureza, tendo o solo como habitat natural, a presença do Bacillus cereus em alimentos como grãos, legumes, temperos e aqueles ricos em amido, é praticamente inevitável, podendo favorecer o aparecimento de toxinfecções alimentares se esses produtos forem usados como ingredientes de outros alimentos. O problema pode ser agravado quando o alimento for submetido a um tratamento térmico brando ou recontaminado após o processamento. A estocagem em temperatura insatisfatória é outro fator preocupante, já que permite a germinação dos esporos e a multiplicação do Bacillus cereus (RUSUL & YAACOB, 1995; Van NETTEN & KRAMER, 1992). A grande distribuição do Bacillus cereus, a capacidade de resistência térmica dos seus esporos e a habilidade de sobreviver por longos períodos em alimentos desidratados, ajudam a explicar a grande variedade de alimentos contaminados com este microrganismo e passíveis de determinar surtos de toxinfecções (SALLAM e cols., 1991). Os endosporos são extremamente persistentes e a sua presença em números elevados em alimentos submetidos a aquecimento reflete a falta de controle de temperatura pós-aquecimento. � carne e sub-produtos: nesses produtos crus reflete o grau de contaminação na preparação. � é importante também em alimentos desidratados como sopas, em que são misturados produtos de origem vegetal e animal. � leite e derivados: em sua presença reflete a condição de obtenção. É comum contaminante de leite em pó, sempre presente empequeno número. A reconstituição e a manutenção em temperatura favorável são fatores de risco. O Bacillus cereus já foi isolado de diferentes tipos de alimentos, tanto de origem animal quanto vegetal. REZENDE (1998) relata diversos estudos, que mostram o isolamento do microrganismo a partir de alimentos, podendo ser destacado: � Isolamento a partir de carne, leite e derivados, com aproximadamente 90% das amostras contaminadas e em 40% delas populações superiores a 1,0x103 UFC/g ou ml (CHOPRA e cols., 1980). � Leite e derivados, produzidos na Índia, 94% das amostras contaminadas, com populações em torno de 2,0 x 105 UFC/ml ou g (KAMAT e cols., 1989). � MCKNIGHT e cols. (1990), analisando amostras de macarrões de diferentes marcas comercializados em São Paulo, encontraram índices médios de 70,9% de amostras contaminadas, oscilando entre 58,3 e 87,5% em amostras com e sem ovos, respectivamente. As populações encontradas variaram de 101 a 103, UFC/grama. � Leite longa vida (UHT), 25% das amostras contaminadas com Bacillus sp (SCHOCKEN-ITURRINO e cols., 1996). � Leite longa vida (UHT), 34,17% das amostras contaminadas com microrganismos do grupo do Bacillus cereus (REZENDE, 1998). � Outros alimentos freqüentemente contaminados são cereais como o arroz, comida chinesa e formulações infantis. Vários autores indicam que a presença de Bacillus cereus no leite é freqüentemente conseqüência de contaminação pós-pasteurização. AHMED e cols. (1983) analisaram amostras de leite cru e pasteurizado e verificaram que a taxa de contaminação foi, respectivamente, de 9 e 35%. Com aumento da taxa de contaminação de 9 para 35% de leite cru para o pasteurizado, acredita-se que a contaminação ocorreu após a pasteurização. Por outro lado, CRIELLY e cols. (1994) analisaram inúmeras amostras de leite (durante os vários estágios do processamento), do ambiente, de utensílios e de animais. Os autores verificaram que o leite cru apresentava altas contagens de Bacillus cereus e atribuíram a presença deste microrganismo no leite pasteurizado como conseqüência de sua sobrevivência durante o processamento térmico. Com a pasteurização, a ocorrência de bactérias psicrotróficas Gram-negativas no leite diminui. Sob essas circunstancias, a presença de bactérias termorresistentes capazes de crescer sob refrigeração assume grande importância. As células vegetativas do Bacillus cereus são destruídas pelo calor; assim, o número de esporos presentes no leite cru imediatamente antes da pasteurização é importante, principalmente o número de esporos psicrotróficos termorresistentes. Estes esporos são capazes de resistir à pasteurização, germinar em temperatura de 7oC, multiplicar e conseqüentemente degradar o alimento mais rápido do que as cepas mesófilas (Te-GIFFEL e cols., 1995). GRIFFITHS (1993) estima que mais de 25% dos problemas de vida útil do leite estejam associados com a proliferação do Bacillus sp. 5 SINTOMAS E DIAGNÓSTICO Dentre os fatores de risco podem ser citados: � idade: jovens e idosos; � alimentos preparados em larga escala; � forma emética: comidas a base de arroz - chinesa � Forma diarréica: Apresenta período de incubação de 08 a 16 horas e os sintomas verificados são - dor abdominal, diarréia profusa com fezes diluídas. Vomito e febre podem ocasionalmente ocorrer. A recuperação ocorre em aproximadamente 24 horas. � Forma emética: Período de incubação de 01 a 6 horas, náuseas, vômitos e mal estar. Diarréia e febre são raros. Está mais associada ao consumo de arroz. A recuperação também se dá em 24 horas. Nos dois casos há a necessidade da ingestão de um grande número de células. A tabela a seguir mostra, de forma sumarizada, as principais características das duas síndromes provocadas pelo Bacillus cereus. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS DUAS SÍNDROMES DETERMINADAS PELO Bacillus cereus CARACTERÍSTICA DIARREICA EMÉTICA Dose infectante (no células) 105 – 107 (total) 105 – 108 (/g) Produção da toxina Intestino delgado Pré-formada no alimento Período de incubação (horas) 8 - 16 1 – 6 (0,5 –5) Duração dos sintomas (horas) 12 - 24 6 – 24 Diarréia Muito comum Pouco freqüente Vômito Ocasional Muito comum Alimentos mais freqüentemente associados Carnes, leite, sopas, vegetais, pudins, molhos Arroz, massas, comida chinesa (CHRISTIANSSON, 1992; GRANUM, 1997) O diagnóstico diferencial com outras toxinfecções é difícil, na ausência de exame microbiológico das fezes do pacientes, dado ao fato de que os sintomas da síndrome diarréia se assemelham ao quadro determinado pelo C. perfringens e a emética ao da intoxicação estafilocócica. A situação se complica dado ao fato de que epidemiologicamente o B. cereus é similar aos dois microrganismos citados e está presente em conjunção com esses na maioria dos alimentos. 6 MEDIDAS PREVENTIVAS � higiene na preparação e distribuição de alimentos; � alimentos quentes devem ser mantidos em temperaturas superiores a 60oC ou 65oC; � reaquecer alimentos no mínimo a 70oC, antes de servi-los novamente. 7 ALGUNS SURTOS DESCRITOS NA LITERATURA Um levantamento de DELAZARI e cols. (1978) mostra vários surtos em diferentes países entre 1960 e 1980. Na Hungria, entre 1960 e 1968, do total de surtos envolvendo Bacillus cereus, 53,8% tiveram produtos cárneos como veículo, 10,6% vegetais, 9,6% leite e cacau e 17,7% outros alimentos (GOEPFERT e cols., 1972). Dados cumulativos levantados por TODD (1978) revelaram que, em 1973, Bacillus sp. foi responsável por 4,0%, 2,7% e 1,6% dos surtos de toxinfecção de origem alimentar ocorridos no Canadá, Inglaterra/País de Gales e EUA, respectivamente. GIANNELLA & BRASILE (1979) descrevem um surto ocorrido em um hospital em Lexington, Kentucky, que envolveu 28 pacientes. A investigação epidemiológica concluiu que houve uma intoxicação alimentar causada por um tipo de alimento a base de carne de peru, característico da região, contaminado com Bacillus cereus. HOLMES e cols. (1981) relataram casos de toxinfecções de origem alimentar causados por leite em pó contaminado com Bacillus cereus. O leite foi utilizado na fabricação de queijo e macarrão. Das 13 pessoas que se alimentaram com esses produtos, 8 apresentaram sintomas. SALZBERG e cols. (1982) estudaram o possível agente causador de um surto envolvendo 2 restaurantes de uma mesma instituição, em Campinas, SP, e verificaram que a carne cozida condimentada ou a maionese de batata foram os alimentos envolvidos com a toxinfecção alimentar. Não foi possível usar os alimentos para identificar o agente, mas eles concluíram, através do inquérito epidemiológico, que o causador era ou o Clostridium perfringens, ou o Bacillus cereus. Segundo os autores, se a maionese foi a causa da toxinfecção, o provável agente seria o Bacillus cereus, pois este alimento não reúne boas condições de anaerobiose para o crescimento do Clostridium perfringens, nem a batata é um bom meio para a multiplicação deste microrganismo. Por outro lado, se o alimento causador foi a carne, o provável agente seria o Clostridium perfringens, dada as boas condições que existem neste produto para o desenvolvimento de microrganismos anaeróbios. CHRISTIANSSON (1992) relata um surto ocorrido em 1972, na Romênia, envolvendo 221 crianças. A origem da doença foi leite contaminado com Bacillus cereus. BECKER e cols. (1994) descrevem que, na Irlanda do Norte, cerca de 18% de todas as toxinfecções alimentares causadas por microrganismos devidamente identificados, no período de 1985 a 1989, foram causadas por Bacillus cereus. Os autores constataram que, ao contrário do que ocorre na maioria dos surtos, esses casos, em particular, foram proporcionados por alimentos contendobaixas concentrações de Bacillus cereus. Um surto nos EUA envolvendo carne de peru contaminada deixou 28 pessoas intoxicadas com uma concentração de apenas 1,2 x 103 microrganismos/grama. BIDÓIA e cols. (1995) descrevem um surto ocorrido em Maringá/PR envolvendo 11 pessoas que apresentaram cólicas abdominais e diarréia 10 a 12 horas após o consumo de doce de arroz, servido como sobremesa. Os autores acrescentam que o doce foi preparado aproximadamente 07 horas antes de ser servido e mantido em porções individuais à temperatura ambiente, o que permitiu o desenvolvimento do Bacillus cereus. 10 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA AHMED, A.H., MOUTAFA, M.K., MARTH, E.M. Incidence of Bacillus cereus in milk and some milk products. Journal of Food Protection, v.46, n.2, p.126-128, 1983 ASPLUND, K., NURMI, E., HILLI, P., HION, J. The inibition od growth of Bacillus cereus in liver sausage. International Journal of Food Microbiology, v.7, p.349-352, 1988. BECKER, H., SCHALLER, G., WIESE, W. VON, TERPLAN, G. Bacillus cereus in infant foods and dried milk products. Int. J. Food Microbiol., Amsterdam, v.23, n.1, p.1-15, 1994. BIDÓIA, A.D., GHILHERMETTI, E., BONMANN, C.C., JORDÃO, A.V., OLIVEIRA, T.C.R.M. Primeiro surto de intoxicação alimentar por Bacillus cereus confirmado laboratorialmente na cidade de Maringá/PR. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA VETERINÁRIA, XVIII, 1995, Santos. Resumos. São Paulo: SBM, 1995. p. 37. CHOPRA, P., SINGH, A., KALRA, M.S. Occurrence of Bacillus cereus in milk and milk products. Indian J. Dairy Sci., New Delhi, v.33, n.2, p.248-52, 1980. CHRISTIANSSON, A. The toxicology of Bacillus cereus. Bull. Int. Dairy Fed., Brussels, n.275, p.30-5, 1992. CRIELLY, E.M., LOGAN, N.A., ANDERTON, A. Studies on the Bacillus flora of milk and milk products. J. Appl. Bacteriol., Oxford, v.77, n.3, p.256–63, 1994. DELAZARI, I., LEITÃO, M.F.F., GERALDINI, A.M. EIROA, M.N.U. Bacillus cereus in alimentos desidratados. Bol. Inst. Tecnol. Aliment., Campinas, n. 60, p.31-40, 1978. DROMIGNY, E., VINCENT, P., JOUVE, J.L. Bacillus cereus. In: BOURGEOIS, C.M., MESCLE, J.F., ZUCCA, J. (Editores). Microbiologia alimentaria. V.1. Zaragoza: Acríbia, 1994, p.107-112. GIANNELA, R.A., BRASILE, L.A. A hospital food-borne outbreak of diarrhea caused by Bacillus cereus: clinical, epidemiologic and microbiolgic studies. Journal of Infect Deseases, v.139, n.3, p.366-370, 1979. GRANUM, E. Bacillus cereus. In: DOYLE, M.P., BEUCHAT, L.R., MONTVILLE, T.J. (Editores). Food microbiology. Fundamentals and frontiers. Washington: ASM Press, 1997. p.327-336. GRIFFITHS, M.W. Bacillus cereus in liquid milk. Bull. Int. Dairy Fed., Brussels, n.287, p.18, 1993. HAUGE, S. Food poisoning causade by aerobic spore-forming Bacilli. J. Appl. Bacteriol., Oxford, v.18, p.591-595, 1955 HOLMES, J.R. et al. Emetic food poisoning caused by Bacillus cereus. Arch. Intern. Med., Chicago, v.141, n.6, p.766-7, 1981. KAMAT, A.S., NERKAR, D.P., NAIR, P.M. Bacillus cereus in some indian foods, incidence and antibiotic, heat and radiation resistance. J. Food Saf., Trumbull, v.10, p.31-41, 1989. MCKNIGHT, I.C.S., LEITÃO, M.F.F., LEITÃO, R.F.F. Bacillus cereus em macarrões industrializados. II- Ocorrência em produtos comerciais e sua multiplicação no alimento preparado para consumo. Revista de Microbiologia, v.21, n.3, p.268-275, 1990. MOSTERT, J.F., LUCK, H., HUSMANN, R.A. Isolation, identification and practical properties of Bacillus species from UHT and esterilized milk. South African Journal of Dairy Technology, v.11, p.125-132, 1979. PUBLIC HEALTH LABORATORY SERVICE. Food poisoning associated with Bacillus cereus. Br. Med. J., London, v.1, p.189, 1972. REZENDE, N.C.M. Ocorrência de bactérias do grupo do Bacillus cereus e de microrganismos indicadores em leite UHT integral. Jaboticabal, 1998, 82p. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária Preventiva) – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista. RUSUL, G. YAACOB, N.H. Prevalence of Bacillus cereus in selected foods and detection of enterotoxin using TECRA-VIA and BCET-RPLA. Int. J. Food Microbiol., Amsterdam, v.25, n.2, p.131-9, 1995. SALLAM, S.S., HAFEZ, N.M., EL-KHOLY, A.M., AMER, I.H. Incidence of Bacillus cereus in milk and some dairy products in Egypt. J. Egyp. Vet. Med. Ass., Dar El Hekma, v.51, n.1-2, p.153-9, 1991. SALZBERG, S.P., MASSAGUER, P.R., SERRANO, A.M. Estudo epidemiológico de um surto de intoxicação alimentar. Rev. Microbiol., São Paulo, v.13, n.1, p.26-30, 1982. SCHOCKEN-ITURRINO, R.P., NADER FILHO, A., DIMENSTEIN, A.R. Ocorrência de bactérias esporuladas dos gêneros Bacilllus e Clostridium em amostras de leite longa vida. Higiene Alimentar, v.10, n.42, p.25-7, 1996. Te-GIFFEL, M.C., BEUMER, R.R., SLAGHUIS, B.A., ROMBOUTS, F.M. Occurrence and characterization of (psychrotrophic) Bacillus cereus on farms in the Netherlands. Neth. Milk Dairy J., Wageningen, v.49, n.213, p.125-38, 1995. VARNAN, A.H. & EVANS, M.G. Foodborne pathogens. London: Mosby Year Book, 1991. 557p.
Compartilhar