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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ... Processo criminal nº: ...... MATHEUS, já qualificado nos autos do processo em epígrafe por seu advogado regularmente constituído, conforme procuração em anexo, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, no prazo legal apresentar: RESPOSTA A ACUSAÇÃO I-DOS FATOS: O acusado foi denunciado pelo Ministério Público como incurso nas penas previstas no art.213, c/c art.224, alínea b, do Código Penal, por crime praticado contra Maísa, de 19 anos de idade. Na peça acusatória, a conduta delitiva atribuída ao acusado foi narrada nos seguintes termos: “ No mês de agosto de 2010, em dia não determinado, o réu dirigiu-se à residência de Maísa, ora vítima, para assistir, pela televisão, a um jogo de futebol. Naquela ocasião, aproveitando -se do fato de estar a sós com a vítima, o denunciado constrangeu-a a manter com ele conjunção carnal, fato que ocasionou a gravidez da vítima, em laudo de exame de corpo de delito. Certo é que, embora não se tenha valido de violência real ou de grave ameaça para constranger a vítima com ele a manter conjunção carnal, o denunciando aproveitou-se do fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência aos seus propósitos libidinosos assim como de dar validamente o seu consentimento, visto que é deficiente mental, incapaz de reger a si mesma. Ocorre que, o acusado não sabia que a vítima era deficiente mental, com quem já namorava havia algum tempo, que sua avó materna Olinda, e sua mãe Alda, que moram com ele, sabiam do namoro e que todas as relações que manteve com a vítima eram consentidas. Insta salientar que, nem a vítima nem a família dela quiseram dar ensejo à ação penal, tendo o promotor, segundo o réu, agido por conta própria. Por fim, o acusado informa que não havia qualquer prova da debilidade mental da vítima. II- DA PRELIMINAR: Trata-se a hipótese de a tipicidade em razão inequívoca de ausência de dolo do agente. O acusado atuou em erro de tipo por ter uma falsa percepção da realidade, uma vez que não tinha consciência e vontade de praticar todos os elementos do tipo penal. Não sabia e nem tinha como saber que tratava -se de pessoa portadora de doença mental e que tal doença lhe retirava tal capacidade de discernimento. Cuida-se, portanto, de evidente situação de absolvição sumária, uma vez que o fato narrado não constitui crime. III- DO PEDIDO: Por todo o exposto espera que respeitosamente de V. EXª a absolvição sumária, na forma do art. 397, III do CPP. Caso assim não entenda V. Ex.ª, o réu provará sua inocência no curso da instrução. Por oportuno, requer a oitiva das testemunhas abaixo arroladas para prestarem esclarecimento a respeito dos fatos narrados. Pede deferimento, Local e Data Advogado Inscrição OAB nº Rol de testemunhas Olinda Alda
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