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Alegações Finais em Processo Criminal

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ... 
	
Processo criminal nº: ......
TÍCIO, já qualificado nos autos do processo em epígrafe por seu advogado regularmente constituído, conforme procuração em anexo, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, no prazo legal apresentar: 
 ALEGAÇÕES FINAIS
Com fulcro no artigo 411 parágrafos 9 c/c 403 parágrafos 3 do Código de Processo Penal, e artigo 5, LV da Constituição Federal, pelas razões e fatos de direito que passa a expor:
I- FATO:
TÍCIO, solidário a gravidez de sua amiga Maria, ofereceu carona a mesma, após mais um dia de trabalho na mesma empresa, na qual trabalhavam juntos.
Ocorre que TÍCIO, de forma imprudente no caminho de volta para casa, coloca velocidade excessiva, sem analisar seu dever de cuidado, pois queria chegar mais cedo em casa para assistir um jogo de futebol pela televisão do seu time do coração que seria transmitido naquela noite. 
Assim TÍCIO, ao fazer uma curva fechada, perdeu o controle do veículo automotor que veio ocasionar um capotamento.
Os bombeiros que prestaram socorro ao acidente, encaminharam Maria para o hospital mais perto, onde ficou constatado que a mesma não havia sofrido nenhuma lesão.
Contudo, na mesma ocasião foi constatado que a gravidez de Maria tinha sido interrompida, em razão da violência na qual se deu o acidente automobilístico, conforme comprovou o laudo do Instituto Médico Legal, de folhas 14 dos autos.
II- DO DIREITO:
O Ministério Público Estadual denunciou TÍCIO ao dar carona a suposta vítima, sob forma imprudente, ao retornar para casa dirigindo seu veículo automotor, impondo velocidade excessiva sob a via, pois queria retorna mais cedo em sua casa, em decorrência de um jogo de futebol que iria ser transmitido pela televisão, quando sem ter a intenção entrou em uma curva fechada, perdendo o controle da direção vindo ocasionar o em capotamento. 
Foi constatado pelo corpo de bombeiros que os socorreram que a vítima não tinha sofrido qualquer lesão grave, porém o laudo médico realizado no Instituto Médico Legal, viera sofrer aborto em decorrência do acidente.	Comment by Paola: 
Conforme o artigo 125 do Código penal, versa que será penalizado aquele que provocar, sem o consentimento da vítima.
O aborto tem tipo subjetivo de crime, sendo somente aceito em forma dolosa e nunca em sua forma culposa. 
TÌCIO não teve a intenção de prejudicar ou interromper a gravidez de Maria, sua intenção foi somente, a de como amigo dar uma carona e proporcionar maior conforto no retorno para casa.
Portanto, não havendo dolo direto ou eventual de provocar o acidente e gerar o resultado do aborto, torna-se a denúncia do Ministério Público ATIPICA, na forma da lei do artigo 415, III, do Código de Processo Penal.
III- DO PEDIDO:
Ante do exposto, requer:
A absolvição sumaria do Réu, com base no artigo 415, III, do Código de Processo Penal.
Nestes termos,
Pede deferimento
Local, Data
Advogado
OAB/UF

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