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Relatório PDF Anos Iniciais Luciana Crisanto

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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ 
 
 
 
 
 
 
 
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência nos Anos 
Iniciais do Ensino Fundamental 
 
 
 
 LUCIANA CANDIDO CRISANTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Gonçalo/2016 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência nos Anos Iniciais do Ensino 
Fundamental 
 
 
 
 
 
 
Relatório exigido como parte dos requisitos para 
conclusão da disciplina de Prática de Estágio 
Supervisionado em Docência nos Anos iniciais do 
Ensino Fundamental sob a orientação do Professora 
Angela Maria Paiva Gama 
 
 
 
 
 
 Curso: Pedagogia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 São Gonçalo/2016 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3 
2 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DA TURMA OBSERVADA ................................. 4 
2.1 Caracterização da escola................................................................................................... 4 
2.2 Caracterização da turma e aspectos observados ................................................................ 6 
3 DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E 
REALIZADAS ...................................................................................................................... 8 
3.1 Desenvolvimento e Análise das Atividades Observadas .................................................. 7 
3.2 Desenvolvimento, Análise das Atividades realizadas pelo Estagiário ............................. 11 
3.2.1. Práticas Pedagógicas Vivenciadas .............................................................................. 12 
3.2.2. Planejamento de Atividade Desenvolvida ................................................................... 12 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 15 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 16 
ANEXOS..................................................................................................................................17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Este relatório irá descrever a experiência de Estágio Supervisionado em Docência nos 
Anos Iniciais do Ensino Fundamental, realizado na Escola Municipal Professora Aída Vieira 
de Souza, localizada na cidade de São Gonçalo-RJ, no período de 05/10/16 a 27/10/16 para o 
cumprimento de 66 (sessenta e seis) horas no total. 
O objetivo dessa prática é relatar a experiência pessoal como estudante do Curso de 
Pedagogia da Instituição Universidade Estácio de Sá, através da observação da prática 
pedagógica do professor regente de uma turma que compõe as séries iniciais do Ensino 
Fundamental e consequentemente como o processo de ensino está acontecendo mediante as 
especificidades dos discentes e estrutura da unidade de ensino. A estrutura e organização 
desse relatório está sendo orientado pela professora-tutora Maria Angela Paiva Gama, que 
dispõe 2 eixos fundamentais: Caracterização da escola e caracterização pedagógica e 
Desenvolvimento e análise das atividades pedagógicas observadas e realizadas, que serão 
entregues por etapas até o final do curso dessa disciplina. No item 2: Caracterização da escola 
e caracterização pedagógica, estará descrito toda a estrutura da unidade ensino, desde a 
história de sua implementação/organização/localização/o contexto em que está inserida e 
sobre conhecimento de seu Projeto Político Pedagógico. Também será possível evidenciar o 
perfil do professor, o planejamento, formação, resultados dos trabalhos que são aplicados e 
característica da turma bem como o relacionamento entre professor-aluno, aluno-aluno. 
Para uma melhor compreensão da prática, faz-se necessário analisá-la fundamentando-
a em teorias elencadas ao longo de todo o estudo nesta disciplina ou em bibliografias que 
ajudem a enriquecer as observações feitas durante o estágio, que segue em relato no item 3: 
Desenvolvimento e análise das atividades observadas e realizadas. Nesta perspectiva, serão 
evidenciados assuntos referentes a prática docente, tanto do professor regente como do 
estagiário, que tem como proposta elaborar um projeto pedagógico com base em alguma 
temática inserida no processo de ensino-aprendizagem da turma conforme planejamento do 
professor supervisor. A expectativa para esse estágio e que haja o enriquecimento pessoal e 
profissional, para que ao concluir esse curso tenha compreensão de como desenvolverei uma 
prática adequada às especificidades do grupo que irei assumir na regência de turma nas Séries 
Iniciais, considerando toda a diversidade que envolve a relação entre o corpo pedagógico, 
técnico e comunidade em qualquer instituição de ensino. 
 
 
 
4 
 
CAPÍTULO II - DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES 
OBSERVADAS E REALIZADAS 
 
O Estágio Supervisionado em Docência nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, foi 
realizado na Escola Municipal Professora Aída Vieira de Souza, Município de São Gonçalo 
em acompanhamento a turma denominada 502. Tem como Regente a professora Dayane Hotz 
Serpa Targueta. 
2.1 – CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA 
 
A Escola Municipal Professora Aída Vieira de Souza foi fundada em 08 de abril de 
2006, tem como entidade mantenedora a Prefeitura Municipal de São Gonçalo. Recebeu o 
nome em homenagem a uma professora que dedicou inteiramente a sua vida à educação no 
Município de São Gonçalo. A homenagem foi prestada para retratar o reconhecimento da 
trajetória profissional e de vida de uma figura que representa reflexo e símbolo de ética, 
equilíbrio e competência. A escola funciona em um prédio adquirido pela prefeitura, onde 
funcionava uma escola privada e possui dois anexos, uma para Educação Infantil e outro para 
o Ensino Fundamental (1º ao 5ºano). Foi fundada devido a necessidade que o bairro possuía 
em atender um grande quantitativo de alunos, que estavam sendo alocados em anexos de 
outras escolas da rede, excedendo a demanda. A adesão desse prédio pela prefeitura foi muito 
válida, pois deu oportunidade de serem atendido em uma unidade com todas as condições 
para dar suporte a uma demanda subdividida em duas escolas, prevê a oferta da Educação 
Infantil e 1º Segmento do Ensino fundamental à comunidade, conforme legislação vigente. A 
instituição atua com Sistema de Ciclos, oferecido pela rede Municipal de Educação de são 
Gonçalo. 
A unidade está situada na Avenida Santa Catarina, nº 160, Jardim Catarina, São 
Gonçalo-RJ. O bairro Jardim Catarina é considerado o maior bairro da América Latina, possui 
serviços como; energia elétrica, porém o saneamento básico ainda não foi oferecido a toda 
população como deveria, inclusive no entorno onde a escola está situada. É comum ocorrerem 
alagamentos em períodos de chuva, e com isso, surgem os grandes problemas que atingem 
diretamente a escola, já que recebe um público diretamente afetado por inúmeros descasos e 
consequentemente interfere na prática pedagógica, vale ressaltar a marginalização que 
também é um dos fatores que implicam no oferecimento de um ensino de qualidade. 
5 
 
No momento a escola possui um total de quatrocentos e cinquenta alunos, formando 
vinte turmas, sendo duas delas da Educação Infantil e dezesseis do 1º Segmento do Ensino 
Fundamental. Atende em dois turnos, manhã e tarde. Os critérios para agrupamentos das 
turmas são de acordo com as necessidades dos alunos,seguido pelo critério de antiguidade do 
professor na escola, que escolhe a turma que quer atuar. Em sua gestão conta com uma 
Diretora Geral, uma coordenadora pedagógica que atua intercaladamente como dirigente e 
professora. Há também uma profissional para atender aos alunos com dificuldades no 
desenvolvimento da leitura (professora readaptada). O quadro de professores é composto de 
vinte professores, dezesseis desses efetivos (concursados). Para completar sua grade, conta os 
professores contratados ou dobras realizadas por alguns efetivos, compondo o total de vinte 
professores para vinte turmas. As instalações no momento passam por reformas, havendo um 
ambiente todo adaptado (o anexo da educação infantil), que atende todo o corpo 
discente/docente/administrativo. Contando também com dez funcionários na parte 
administrativa (efetivos e terceirizados), sendo: uma secretária (professora readaptada) e uma 
auxiliar, três merendeiras, uma chefe de merenda, dois inspetores, uma dirigente de turno 
(professora em cargo de confiança), um auxiliar de limpeza. 
Para atender toda a equipe administrativa e pedagógica a escola tem em sua estrutura, 
(anexo da Educação Infantil) dez salas de aulas (adaptadas, uma sala dividida em duas), uma 
sala de coordenação adaptada (que na verdade são os banheiros desativados do 1º segmento), 
secretaria (também adaptada para atendimento com direção geral), almoxarifado, despensa, 
cozinha, refeitório, três banheiros, sendo um de uso para professores e funcionários e os 
demais para os 450 alunos nos dois turnos. São dois pátios, porém só o do anexo da educação 
infantil que está sendo utilizado. O do 1º segmento está em reforma, conta também com uma 
quadra esportiva e uma piscina que estão em reforma como já afirmado. Segundo relatos, a 
questão da obra na unidade já caminha para os seis anos, existe um processo burocrático entre 
a Gestão anterior e a atual que não permite que o prosseguimento na obra continue. 
A unidade dispõe de agendas com uma diversidade de palestras, apresentações 
teatrais, visitas aos pontos turísticos da cidade, possibilidades ofertadas pela Secretaria de 
Educação. Essa comunicação é feita através de reuniões confirmadas por envio de 
informativos nas agendas dos alunos ou mesmo na própria portaria. 
Em seu Projeto Político Pedagógico, elaborado pela equipe pedagógica e 
administrativa da escola, assim como pela comunidade escolar e tendo o acesso disponível a 
qualquer pessoa, têm em sua proposta a construção de novos caminhos para uma escola 
diferente. Voltando-se para todas as questões que envolvem o fazer pedagógico e suas 
6 
 
relações com o currículo, conhecimento de mundo e função da escola, inerentes a uma prática 
reflexiva e contínua de todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem em busca ao 
desenvolvimento de projetos que enriqueçam o acervo cultural dos alunos estimulando uma 
relação de parceria entre escola e comunidade para apresentação e conhecimento do que está 
sendo proposto no processo de ensino em parceria com a Secretaria de Educação. Nem todas 
as propostas que foram elencadas no PPP chegam a se compatibilizar com que é vivido no 
cotidiano em detrimento de tantas peculiaridades por todos os envolvidos nesse processo de 
gestão/educação. 
A avaliação acontece priorizando os aspectos qualitativos durante o processo de 
aprendizagem, através de registros e relatórios considerando que o Sistema de Ciclos atribui 
um olhar para a continuidade do processo alfabetização nas primeiras séries do Ensino 
Fundamental, nessa perspectiva não existe uma avaliação para apontar o grau de aprendizado 
do aluno, a expectativa é que os professores alcancem até o terceiro ano na consolidação da 
leitura e escrita com autonomia, sendo assim o único meio de avaliação para retenção desse 
grupo é o número de faltas que não poderá atingir um percentual acima de 25% de acordo 
com legislação vigente. No que se refere aos alunos do quarto e quinto ano, a prática atende 
ao critério de retenção através de avaliações bimestrais para a retenção ao final do ano letivo. 
Contudo, consideram-se os aspectos qualitativos sobre os eventuais quantitativos conforme 
legislação atual. 
 
2.2 Caracterização da turma e aspectos observados 
 
A turma do 5º ano denominada 501 possui vinte e três matriculados, porém apenas 22 
frequentando, todos moradores da localidade. Tem como regente a professora concursada 
Dayane Hotz Serpa Targueta, que iniciou o caminho pela Educação quando cursou o chamado 
Curso Normal. No entanto, caminhos outros levaram-na a optar por outra graduação (Direito) 
na qual é graduada. Declara-se uma apaixonada pela Educação e vem dedicando-se à área 
educacional. Está cursando pós em Gestão, Orientação e Supervisão Escolar e ainda cursa a 
pós em Psicopedagogia Institucional. A professora não é neófita na área Educacional, possui 
sete anos de experiência no município de Maricá, no qual atuou como Coordenadora do 
Projeto: Mais Educação, Diretora Adjunta e Diretora Geral. E, atualmente, optou por retornar 
a sala de aula que é sua grande paixão. Tem em seus planos cursar Pedagogia no próximo ano 
letivo e ainda cogita a possibilidade de fazer mestrado/doutorado na área, declara-se uma 
apaixonada pela Educação e vem dedicando-se à área educacional. 
7 
 
Em relato, a educadora afirma atuar com uma turma extremamente agitada e com 
diversos alunos, cujas peculiaridades, não deveriam estar na mesma turma. A docente possui 
também um educando que, embora esteja no quinto ano, ainda não se apropriou do processo 
de escrita e leitura, neste sentido, o planejamento e as atividades para esse aluno ou é 
adaptado ou é diferenciado. Conta também com um aluno especial, com laudo, no entanto, até 
o momento não o educando não possui auxiliar ou apoio. Sobre o planejamento, planeja a sua 
aula quinzenalmente, fora do seu horário, pois o município não oferece aos professores da 
rede, o tempo previsto em lei para o planejamento, enfatiza que os professores, como um 
todo, acabam que tem trabalhar isoladamente na preparação de suas aulas, sem qualquer 
orientação ou subsídio da equipe pedagógica. Em tela esforça-se em planejar aulas dinâmicas, 
que possibilitem o diálogo, criação e protagonismo dos alunos. No entanto, para realizar 
determinadas ações, precisaria de maior suporte da escola: fornecimento de materiais, espaços 
diferentes etc. O que não ocorre. 
A professora relata sentir-se podada muitas vezes por esse cruel sistema educacional, 
que parece jogar os professores em uma sala de aula esperando que resolvam todos os 
problemas sem apoio, sem material, sem orientação, sem tempo para planejar. Ainda assim, a 
professora opta por uma dinâmica de aula interdisciplinar e com a riqueza dos temas 
transversais temperando os debates e as atividades. 
Sobre os encontros da equipe, afirma que ocorre toda sexta-feira, os docentes incorrem 
na mesma reclamação: são duas horas não aproveitadas; trata-se apenas de um encontro para 
passar informes de forma tirana (sem discutir, sem debater, sem perguntar). Questão que viola 
o princípio constitucional que busca a gestão democrática nas escolas. Logo, de forma 
verticalizada, todas às sextas-feiras, as crianças saem mais cedo (duas horas) para que a 
equipe possa se reunir para OUVIR e ACATAR os informes. Inicia suas aulas com uma roda 
de conversa, momentos em que os alunos podem falar sobre temas diversos. Uma vez por 
semana, a professora traz uma notícia para ser discutida em sala de aula. Músicas de Gabriel 
O pensador são grandes aliadas como incentivadoras e inauguração das aulas de história/ 
geografia. Os alunos são desafiados com trabalhos em grupo e individuais. 
O planejamentoé diversificado, no entanto, a professora diz sentir-se compelida 
muitas vezes a optar por um modo um tanto quanto tradicional para acompanhar a grade 
curricular do quinto ano que restou prejudicada diante de dois recessos concedidos neste ano, 
conta que quando precisa partir para o quadro, livro (modo tradicional) ela perde os alunos 
difíceis, conquistados pelo lúdico. É válido dizer que a professora iniciou suas atividades 
docentes com a turma em 22/08/16 após a realização de um concurso público no ano vigente 
8 
 
e, mesmo havendo sinalizado diversas questões preocupantes da turma, sobretudo, do aluno 
que ainda não lê: encontrou apenas descaso e a certeza de que a escola até o momento nada 
fez pelo aluno, encarando inclusive com naturalidade que antes da professora chegar à escola, 
Ele era o garoto do Pátio, pois não ficava dentro de sala alguma. A professora conquistou a 
turma e os alunos tidos como difíceis, no entanto, sente que poderia ter alcançado muito mais 
se houvesse tido um suporte maior da escola. Conta que embora a chamem de louca por 
deixar de lado uma carreira que lhe daria frutos e reconhecimento, ela ainda assim aposta na 
Educação, porque é o que gosta de fazer. Embora esteja desmotivada e decepcionada com a 
política e postura da Instituição na qual está inserida. 
 
3. DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E 
REALIZADAS 
 A partir das observações realizadas as aulas aplicadas pela professora regente foram 
analisadas com o objetivo de relacionar a teoria x pratica vivenciada por mim no curso de 
Pedagogia e no estagio supervisionado. 
 
3.1- Desenvolvimento e Análise das Atividades Observadas 
Situação 01 – Descrição: O relato não está embasado exatamente na prática de uma aula, mas 
em uma situação delicada em detrimento da observação comportamental de um aluno. Por 
alguns momentos nas aulas observei que aluno Yuri ficava muito disperso, geralmente era 
arredio a qualquer situação de aprendizado. Era como se a sala de aula não tivesse significado 
para ele, por mais que a professora tentasse despertar a motivação era visível o 
comprometimento dele em estar fora do contexto da aprendizagem. No entanto, a professora 
não desistia e, quando perguntei o motivo pelo o qual o aluno apresentava tanto desinteresse, 
ela responde que além da personalidade difícil e dos problemas pessoais o Yuri ficou durante 
quase todo o ano fora de sala de aula, era considerado o aluno do pátio.” Constantemente era 
esquecido por toda a equipe pedagógica, que afirmaram que o aluno já tinha mais como ficar 
na escola por ser repetente pela terceira vez na mesma série. Os docentes julgam que o aluno 
não tem mais salvação, a escola já não tem condições de permanecer com o mesmo por mais 
um ano inclusive. Em relato a professora conta que ainda que ele tenha todas essas 
especificidades a escola não pode esquecê-lo, mas sim, que promova intervenções, 
conduções, estimule a melhoria no aluno. E que não pretende aprova-lo pois sabe que ele não 
tem condições de ir para o sexto ano, pois não se apropriou do processo de leitura e escrita e 
acha que a escola deveria contribuir para que esse aluno receba um atendimento mais 
9 
 
específico, com um profissional constantemente ao seu lado para ajudá-lo a desenvolver a 
aprendizagem. Enfatiza que sozinha não solucionará o problema mesmo tentando de todas as 
formas criar possibilidades para que isso aconteça gradativamente. Mesmo com todas essa 
dificuldade, ela ainda busca resgatar no aluno alguma possibilidade dele sentir-se motivado a 
estar em sala e aprender. 
Análise Crítica: a situação do aluno e da professora é bem delicada, ele que de certa forma 
está sendo “excluído” do ambiente de aprendizado, não existe uma proposta que resgata esse 
aluno pela equipe pedagógica e direção. A professora com pouco tempo que atua na escola 
tenta diversas alternativas de ressocialização do educando ao processo de ensino-
aprendizagem e no convívio com os colegas, porém a lacuna foi colocada entre estar em sala 
de aula e estar vagando pelo pátio da escola foi enorme. Essa é a crítica principal que a 
docente enfatiza, e diz que existe uma distorção no princípio em dar direitos ao aluno em 
aprender, um verdadeiro abandono. De fato as evidências comprovam que há uma falha que 
envolve profissionais que deveriam inserir, resgatar, dar oportunidades ao educando de 
melhorar cotidianamente mudando comportamentos e valores distorcidos desse aluno, não 
levando-o a exclusão dentro do ambiente que serve para educar, promover o sucesso e não o 
fracasso. O aluno que chega vazio à escola e encontra nela a mesma condição não encontra 
motivo pra desenvolver-se e que pode muitas das vezes definir o caminho a ser seguido como 
a marginalização. Os professores deveriam reaver suas práticas, a escola (gestão) deveria 
reaver a maneira com que promove a educação dos seus alunos. 
Fundamentação Teórica: “O insucesso escolar deveria suscitar a análise de causas dos 
problemas que interferiram na aprendizagem, avaliando o peso das condições escolares, 
familiares e individuais do aluno. O que se constata é que, em vez disso, o comportamento 
mais comum diante do fracasso escolar é a atribuição de culpas, que geralmente provoca o 
afastamento mútuo.” (Castro e Regattieri 2009, p. 31). 
Situação 02 – Descrição: Dias antes do início do estágio, a professora tinha recebido 
orientação para trabalhar com poemas. Imaginou que o desenvolver, foi quando lembrou que 
mesmo ainda um pouco distante para ser comemorado, poderia abordar o assunto sobre 
Consciência Negra, comemorada em 20 de novembro. E propôs aos alunos que criassem 
poemas para demonstrarem suas reflexões sobre a temática ou polêmica. De imediato, todos 
ficaram bem nervosos e ansiosos com a proposta, pareciam não terem experimentado da 
prática do produzir pro si só algo e ainda mais sabendo que o trabalho fazia parte de um 
projeto para ser apresentado para os familiares na escola. Mediados pela professora, ouviram 
10 
 
a música do cantor e compositor Gabriel Pensador, intitulada como: “Racismo é burrice.” Ao 
ouvir a música, houve um despertar da imaginação e foi assim que fluiu e aflorou a motivação 
em colocar no papel os poemas de cada um. 
Análise Crítica: Foi bem interessante a proposta e a forma com que a professora rapidamente 
encontra meios de envolverem os alunos em uma prática leve, dinamizada, que instiga o 
querer participar. 
 
Fundamentação Teórica: Lovato, em Gêneros Textuais e ensino: uma leitura dos PCNS de 
Língua Portuguesa do Ensino Fundamental aponta que a linguagem é o pontapé inicial para a 
compreensão dos gêneros textuais, e futuramente para a produção e prática da leitura e escrita. 
Com a linguagem oral pode-se estimular interações orais que despertem eixos como: ponto de 
vista e argumentação, escuta atenta, planejamento da fala e variação linguística. Despertando 
esses eixos da oralidade pode-se correlacioná-los com a escrita e consequentemente com a 
diversidade dos gêneros textuais. 
Situação 03 – Descrição: Mais uma proposta da professora, lançada antes do início do estágio 
na escola, assim que a mesma ingressou após nomeação no concurso, foi o Projeto: Meu 
Mascote é o bicho. Que incentiva capacidade dos alunos conviverem e cuidarem do 
animalzinho relatando o que fizeram no dia a dia em casa com eles, pois a proposta era que 
semanalmente um aluno levasse o ramster para casa. Toda segunda-feira o aluno devolvia o 
ratinho e entregava seu relatório. A professora deu importância a essa prática para estimular o 
desenvolvimento da produção textual e preservação e amor aos seres vivos. 
Análise Crítica: Tendo em vista o perfil da turma, tantas peculiaridadesencontradas e 
enfrentadas pela professora para resgatar o ânimo de uma turma desmotivada, pois assim ela 
considerou ao iniciar com a mesma que seguiam um método tradicional bem rigoroso para 
aprender e por tanto tempo também ficaram sem aula. Considero mais uma vez que a proposta 
da docente foi e é muito produtiva, utiliza de uma metodologia interdisciplinar, mostra outra 
forma de se trabalhar com alunos com grandes dificuldades, mostra algo novo. Considerando 
a realidade que vivem os educandos, o momento de cuidar do bichinho, tê-lo em casa é uma 
novidade significativa para estimular os objetivos que a docente quer alcançar. Elevar a auto 
estima dos mesmos, fazendo com que percebam que existem outros meios sentirem que são 
11 
 
dotados de responsabilidades, capacidades e habilidades que ainda não desenvolveram, mas 
que não é tarde para que a escola aproveite o potencial de cada um. 
Fundamentação Teórica: Percebe-se que é de suma importância que o professor contextualize 
as aulas propostas. O processo de ensino e aprendizagem deve visar a interação dos alunos, 
tanto em relação aos conteúdos estudados quanto ao conhecimento de mundo. Pensando 
nisso, nota-se que o educador deve propiciar momentos que viabilizem o desenvolvimento do 
alunos como um todo, sendo o mesmo capaz de participar ativamente e criticamente das 
atividades propostas. Segundo Fogaça em seu artigo Contextualização na prática 
educacional: “A ideia da contextualização requer a intervenção do estudante em todo o 
processo de aprendizagem, fazendo as conexões entre os conhecimentos. O aluno será mais 
do que um espectador, como costumava ser no ensino tradicional, mas ele passará a ter um 
papel central, será o protagonista; como um agente que pode resolver problemas e mudar a si 
mesmo e o mundo ao seu redor. 
Para tal é necessário que o professor crie situações comuns ao dia a dia do aluno e o faça 
interagir ativamente de modo intelectual e afetivo, trazendo o cotidiano para a sala de aula e 
aproximando o dia a dia dos alunos do conhecimento científico. Isso é sempre possível, pois 
inúmeros e praticamente inesgotáveis são os campos e contextos de experiências vivenciadas 
pelos alunos e pela escola, que podem ser utilizados para dar vida e significado ao 
conhecimento.” (FOGAÇA, 2011) 
3.2 - Desenvolvimento, Análise das Atividades realizadas pelo Estagiário 
3.2.1. Práticas Pedagógicas Vivenciadas 
 Durante o estágio supervisionado desenvolvido pude observar a rotina diária da turma, 
assim como, auxiliar a professora. Percebi que os alunos interagem muito com as atividades 
propostas e devido a isso o meu estágio foi bem produtivo e eu participei ativamente do 
cotidiano escolar da turma. A professora regente me deu autonomia para que eu auxiliasse os 
alunos e para que participasse também de todas as propostas. Foi possível perceber a 
excelente recepção de todos o que permitiu que eu interagisse constantemente e fizesse parte 
também do processo de ensino e aprendizagem. 
 No início do estágio, uns dias após, a professora regente atribuiu algumas tarefas para 
que eu pudesse realizar, como: auxiliar na forma, fazer a chamada. Após, pude desenvolver 
outras atividades, como: auxiliar os alunos nas dificuldades, explicar atividades lúdicas que 
seriam realizadas, pois a professora atua muito com dinâmicas. O estágio supervisionado 
12 
 
permitiu que eu me integrasse na rotina de uma sala de aula e fizesse a relação entre teoria e 
prática. O auxílio que proporcionei à professora regente foi muito importante, pois percebi a 
maneira como as metodologias são aplicadas e a forma como os alunos conseguem abstrair 
melhor o que é proposto. 
3.2.2. Planejamento de Atividade Desenvolvida 
 Após ter observado e auxiliado a professora regente juntas pensamos num conteúdo 
que deveria ser desenvolvido na turma. Foi possível perceber que o tema Higiene deveria ser 
abordado com a turma e essa foi a escolha para a produção da aula: 
Projeto: Bullying não é legal! 
Justificativa: 
 É possível perceber que na atualidade o bullying é um tema que precisa ser 
desenvolvido e trabalhado nas unidades escolares. Todos os envolvidos no processo de ensino 
e aprendizagem devem perceber e estar atentos que os alunos precisam conhecer mais sobre o 
bullying e seus pontos negativos. 
O tema escolhido propicia um ambiente extremamente favorável para que as crianças 
se desenvolvam, participem e tornem-se protagonistas de um processo contínuo. 
Todos os sentidos e significados possíveis ligados ao bullying serão explorados pelas 
crianças em atividades de leitura, matemática, linguagem, desenvolvimento social, emocional, 
motor, enfim, em todas as áreas do trabalho pedagógico realizado na Escola Municipal 
Professora Aída Vieira de Souza. 
Objetivos: 
•Oportunizar momentos que permitam refletir e significar o mundo através de diversas 
atividades interdisciplinares; 
•Ampliar o repertório de literatura dos alunos, familiarizando com diferentes gêneros textuais 
e estimulando a leitura e escrita; 
•Despertar valores de respeito para uma boa convivência entre alunos, escola e comunidade; 
•Proporcionar situações de aproximação da família com a escola com intuito de conscientizá-
los da sua importância no processo ensino-aprendizagem. 
13 
 
Desenvolvimento: 
- Os alunos irão conhecer os personagens da Turma da Mônica e através da rodinha de 
conversa tentaremos apresentar situações certas e erradas que acontecem nas historinhas da 
Turma da Mônica, como: a Mônica ser chamada de dentuça; 
- Os alunos irão assistir um filme da Turma da Mônica e algumas situações do filme serão 
analisadas junto com os alunos; 
- Será criada uma árvore dos bons valores com palavras que devem ser usadas com os amigos; 
- A mala mágica da Mônica 
Essa atividade consiste em levar para sala de aula uma mala com vários livros (uma média de 
30 livros), onde o aluno escolherá um livro para fazer a leitura. Todos os livros terão o tema 
bullying. 
- Correio da Amizade 
Os alunos farão cartas (desenhos) endereçadas a outros colegas da escola e depositarão em 
uma urna que ficará no pátio interno da escola. Será feito uma análise pelo professor do 
conteúdo das cartas. Logo após, um carteiro mirim, nomeado pelo docente, entregará as 
correspondências. 
Recursos: 
RECURSOS HUMANOS: 
•Equipe Diretiva; 
•Professores da Educação Infantil e Ensino Fundamental; 
•Funcionários de apoio; 
•Alunos da Educação Infantil e alunos do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano); 
•Familiares dos alunos. 
RECURSO MATERIAL: 
•Livros de Literatura; 
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•Revistas e Jornais; 
•CDs e DVD; 
•Materiais de sucata; 
•Materiais de papelaria (papel A4, cartolina, tinta guache, lápis de cor, hidrocor, pincéis...). 
RECURSOS FINANCEIROS: 
Os recursos materiais e humanos utilizados na aplicação deste projeto serão os disponíveis 
nesta Unidade Escolar. 
Avaliação: 
 
 A avaliação se dará contínua mediante o envolvimento e a participação dos alunos nas 
atividades propostas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 O desenvolvimento deste trabalho, desde a escolha do tema, uma necessidade de 
comprovação para a empresa, bem como seu desenvolvimento teórico, a realização das 
pesquisas, foram fatores que requereram força de vontade e dedicação. Algumas variáveis, 
tais como tempo disponível para realização das pesquisas, a colaboração do entrevistado entre 
outros, foram fatores que realmente exigiram muita persistência. Porém, a lição deixada deste 
trabalho para o acadêmico foi compensativa. 
 Para a prática, concluo que atuar na área da educação requer que estejamos dispostos avencer cada dia um obstáculo, seja por qualquer situação e também nos encantar com todas as 
situações prazerosas que o ensinar nos propõe em virtude do aprendizado do aluno, do 
caminho que ele utilizou para finalizar as propostas ao final de uma aula. Do que ele 
assimilou, e oque isso pode significar na vida dele fora da escola. 
 Aprendemos com os alunos que o processo de ensino é inovar, conhecer o outro e dar 
oportunidades dele desenvolver habilidades que muitas das vezes não damos oportunidade 
dele demonstrar. Educar é muito mais que dá coisas prontas, é criar possibilidades de se 
reinventar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
CASTRO, J. M., REGATTIERI, M (ORG.). Interação entre escola-família: subsídios para 
práticas escolares. Brasília: UNESCO, MEC, 2009. 
FOGAÇA, Jennifer. Contextualização na prática educacional. Brasil Escola. Disponível em 
<http://m.educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/contextualizacao.htm>Acesso 
em 05 nov 2016. 
LOVATO, Cristina dos Santos. Gêneros textuais e ensino: uma leitura dos PCNs de língua 
portuguesa do ensino fundamental. [2008?]. 18 f. Monografia (Especialização) - Curso de 
Língua Portuguesa, Centro Universitário Franciscano, Santa Maria, [2008?]. Disponível em: 
<e-revista.unioeste.br/index.php/travessias/article/download/3172/2500>. Acesso em: 05 nov. 
2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXOS 
 
 
	UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ
	LUCIANA CANDIDO CRISANTO
	Relatório exigido como parte dos requisitos para conclusão da disciplina de Prática de Estágio Supervisionado em Docência nos Anos iniciais do Ensino Fundamental sob a orientação do Professora Angela Maria Paiva Gama

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