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Direito Falimentar

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- Procedimento falimentar (impontualidade; execução frustrada e atos de falência);
Fase pré falimentar: se inicia por meio da petição inicial até a sentença que decretar a falência. Dependendo do fundamento que for o pedido de falência terá ela um caminhar diferente. Se o pedido de falência for fundado em impontualidade ou execução frustrada, nós chamamos o procedimento falimentar, nestes casos, de procedimento de cognição estrita, significa dizer que a fase probatória será menos intenção, uma vez que a caracterização se dá de forma objetiva, pois já se está meio provado, bastando juntar apenas a certidão de objeto e pé ou protesto.
Pressupostos processuais e condições da ação: sendo o réu citado terá o prazo de 10 dias para adotar cinco condutas (sempre no prazo de 10 dias):
1º depósito elisivo: é o depósito que será efetuado que será efetuado pelo réu, compreendendo o valor do principal, mais correção monetária, mais juros, mais custas processuais (não está expresso no artigo 98), mais honorários advocatícios;
Efetuado o depósito elisivo, será elidida (impedir que ocorra) a falência, irá se obstar que a falência seja decretada. Não havendo falência o recurso cabível é a apelação.
-Nem sempre o autor é o detentor do crédito pontual.
- A única questão que será discutida nesta hipótese é a legitimidade para levantamento do depósito elisivo.
2º Apresentar defesa ou contestação: poderá arguir na defesa, questões de natureza preliminar ou de questões de mérito, por exemplo: questões de pressupostos e condições da ação; se o pedido for por impontualidade, com base no inciso 1º, ele só poderá alegar as matérias do artigo 94, mas se for por base no inciso 2º, poderá alegar as matérias em direito admitidas.
-A defesa poderá ser acolhida: Não haverá falência.
- Se defesa não for acolhida: Caberá agravo e será declarada a falência.
- Defesa e depósito;
- Recuperação judicial;
- Inerte: se não adotar nenhuma conduta, decretará a falência, caberá agravo de instrumenta;
A petição inicial deverá observar os requisitos do artigo 282 do código de processo civil, além dos requisitos específicos previstos na própria lei falimentar. Foro competente, regra da lei especial; sujeito ativo e passivo, regra da lei especial. Terei que transcrever o endereçamento, qualificação ou identificação das partes, os fatos – dependerá do tipo de pedido, fundamentação, justificativa embasada. Após vai se para o pedido, sendo ele de decretação da falência; valor da causa a ser atribuído. 
Documentação que será juntado: procuração; qualidade de credor (herdeiro, acionista, cônjuge); se o credor for empresário, terá que juntar o registro na junta comercial; se for por impontualidade, terá que juntar o título protestado; se for por execução frustrada, certidão de objeto e pé; se for por atos de falência, será por todos os meios de direitos admitidos.
Atos de falência Procedimento é considerado procedimento de cognição ampla. Enquanto o da aula passada é de cognição restrita. Protesto, qualidade de credor juntado o título. Prova por meio do protesto por falta de pagamento. Atos de falência tenho que provar aquela intenção fraudulenta. Prova pericial, testemunhal. Cognição ampla, porque permite produção de prova mais vasta, mais variada. Tem que provar até o elemento subjetivo, que é a intenção de fraudar. Começa com uma petição inicial. Que deve observar também o art. 282 CPC e os requisitos específicos na lei de recuperação de empresa. Quais documentos que precisa juntar? Todos. Todos os documentos disponíveis para a comprovação de atos de falência. Ex. Certidão do cartório de imóveis, e-mails, testemunhas. Todos os meios lícitos em direito admitido. Distribuída a inicial, juiz vai verificar a existência dos pressupostos e condições da ação. Presentes, irá determinar a citação do réu, para que no prazo de 10 dias apresente as seguintes condutas (duas condutas possíveis). Defesa - ficar inerte Porque não tem depósito elisivo? Não está caracterizado como impontualidade. O fundamento é ou não ocorrência de atos de falência, que não se coadunam com a perspectiva do deposito elisivo. Também aqui não tem a possibilidade de pedir a recuperação judicial. O fundamento é ato fraudulento. Recuperação não é compatível com o fundamento do pedido de falência por atos de falência. Então, no caso, só poderá ser adotada ou a defesa ou o devedor ficar inerte. Na defesa, devedor pode alegar as matérias preliminares. Ex. pressupostos e condições da ação. E além das matérias preliminares, no mérito, ele poderá alegar toda e qualquer matéria em direito admitido. Ao passo que na impontualidade, ele poderá alegar matérias do art. 96 da própria lei de falências. Pode alegar toda e qualquer matéria. Apresentada a defesa, dois caminhos restaram: ou é acolhida, ou não é acolhida. Se for acolhida, haverá ou não decretação da falência? Não haverá. Qual recurso cabe? Apelação. Quando a defesa não é acolhida, terá decretação da falência. E recurso cabível é agravo de instrumento 
- Sentença falimentar 
Sentença Falimentar: Estudaremos a sentença que decreta a falência, não a que denega. É esta sentença que abre o processo falimentar. Diferentemente do CPC que diz que a sentença põe fim ao processo com ou sem análise do mérito, no processo falimentar, a sentença que decreta a falência abre o processo falimentar. Esta sentença deve observar os requisitos gerais do art. 458. Sentença terá que ter relatório, fundamentação e a parte dispositiva. Requisitos especiais ou específicos: art. 99 da lei de recuperação de empresas.
Art. 99 é composto de 13 incisos. Síntese do podido, identificação do falido (réu) e falar o nome dos administradores. Fixará o juiz o termo legal da falência. Não poderá retroagir mais de 90 dias. Como fixa esses 90 dias? 3 formas. 90 dias para trás: do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial, do primeiro protesto por falta de pagamento. Neste intervalo, os atos praticados pelo dever nesse chamado termo legal (intervalo) ficam sob suspeita e poderão sofrer a ineficácia dos atos praticados nesse período. Podem ser declarados até ineficazes, desde que praticados dentro desse período de intervalo. Se o pagamento for dentro desse intervalo específico será ineficaz. Alguns atos nas circunstâncias que ocorrerem, se for dentro desse período chamado termo legal poderão ser considerados suspeitos e declarados ineficazes. Juiz vai saber quem são os credores? O devedor tem que apresentar a relação de credores (autofalência). Apresenta sob pena de incorrer no crime de desobediência. Quem é credor, qual natureza do crédito, valor do crédito. Habilitação de crédito Ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções. Registro na junta comercial será feita a anotação que está em falência. Coloca no nome da empresa “falido”. Vai nomear o administrador judicial (antes chamado de síndico). 
Art. 99. A sentença que decretar a falência do devedor, dentre outras determinações:
I – conterá a síntese do pedido, a identificação do falido e os nomes dos que forem a esse tempo seus administradores;
II – fixará o termo legal da falência, sem poder retrotraí-lo por mais de 90 (noventa) dias contados do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do 1o (primeiro) protesto por falta de pagamento, excluindo-se, para esta finalidade, os protestos que tenham sido cancelados;
III – ordenará ao falido que apresente, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos, se esta já não se encontrar nos autos, sob pena de desobediência;
IV – explicitará o prazo para as habilitações de crédito, observado o disposto no § 1o do art. 7o desta Lei;
V – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o falido, ressalvadas as hipóteses previstas nos §§ 1o e 2o do art. 6o desta Lei;
VI – proibirá a prática de qualquer ato de disposição ou oneração de bens do falido, submetendo-os preliminarmente à autorizaçãojudicial e do Comitê, se houver, ressalvados os bens cuja venda faça parte das atividades normais do devedor se autorizada a continuação provisória nos termos do inciso XI do caput deste artigo;
VII – determinará as diligências necessárias para salvaguardar os interesses das partes envolvidas, podendo ordenar a prisão preventiva do falido ou de seus administradores quando requerida com fundamento em provas da prática de crime definido nesta Lei;
VIII – ordenará ao Registro Público de Empresas que proceda à anotação da falência no registro do devedor, para que conste a expressão "Falido", a data da decretação da falência e a inabilitação de que trata o art. 102 desta Lei;
IX – nomeará o administrador judicial, que desempenhará suas funções na forma do inciso III do caput do art. 22 desta Lei sem prejuízo do disposto na alínea a do inciso II do caput do art. 35 desta Lei;
X – determinará a expedição de ofícios aos órgãos e repartições públicas e outras entidades para que informem a existência de bens e direitos do falido;
XI – pronunciar-se-á a respeito da continuação provisória das atividades do falido com o administrador judicial ou da lacração dos estabelecimentos, observado o disposto no art. 109 desta Lei;
XII – determinará, quando entender conveniente, a convocação da assembléia-geral de credores para a constituição de Comitê de Credores, podendo ainda autorizar a manutenção do Comitê eventualmente em funcionamento na recuperação judicial quando da decretação da falência;
XIII – ordenará a intimação do Ministério Público e a comunicação por carta às Fazendas Públicas Federal e de todos os Estados e Municípios em que o devedor tiver estabelecimento, para que tomem conhecimento da falência. Parágrafo único. O juiz ordenará a publicação de edital contendo a íntegra da decisão que decreta a falência e a relação de credores. Decretada a falência, esta sentença vai gerar uma série de efeitos, que podem ser divididos em quatro grupos: credores, pessoa, bens, contratos.
Quando se instaura o juízo universal, esses efeitos da sentença se irradiam para diversos aspectos. Principais efeitos em relação aos credores do falido: Atração dos credores para o juízo universal. Atração em regra. Haverá com a decretação da falência a convergência de todos os credores para um único processo onde neste único processo haverá a satisfação de todos estes credores, observada a hierarquia de créditos prevista na própria lei. Tratamento igualitário. Nenhum credor da mesma classe vai ter mais vantagens. Atração de todos os credores para aquele processo. Outro efeito é o vencimento antecipado de todas as dívidas não vencidas. Convergiram para o juízo universal, as dívidas vencidas, ajuizadas e as vincendas, que se vencem antecipadamente. Convergem para o juízo universal. Outro efeito é a suspensão da fluência dos juros. Então, diz o art. 124 da lei de falência, tanto juros moratórios quanto juros remuneratórios. Suspensa na seguinte condição: se consegui pagar todos os credores integralmente, se ainda sim sobrarem recursos para pagar juros, volto pagando na mesma ordem. Quando poderei computar os juros. Se o ativo não derem para pagar todos, depois da falência não pode ser exigível os juros. Se der para pagar todos, até os subordinados, volta e vai pagando os juros. Debêntures são créditos convertidos em ações emitidas pelas S/As. Nesses tipos de crédito, não aplico o caput do art. Assim como os créditos com garantia real. Outro efeito: correção monetária > devida antes ou depois da decretação da falência. Outro efeito: prescrição > decretada a falência, há a suspensão do prazo prescricional. Nota promissória, com 3 anos. Se já passou um ano, suspende e depois que acabou a falência, volta a contar os outros dois anos. 
- Classificação dos créditos
Extraconcursais – são aqueles elencados no artigo 84 da Lei de Falência
São aqueles créditos gerados, após a decretação da falência.
Art. 84. Serão considerados créditos extraconcursais e serão pagos com precedência sobre os mencionados no art. 83 desta Lei, na ordem a seguir, os relativos a:
I – remunerações devidas ao administrador judicial e seus auxiliares, e créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços prestados após a decretação da falência;
II – quantias fornecidas à massa pelos credores;
III – despesas com arrecadação, administração, realização do ativo e distribuição do seu produto, bem como custas do processo de falência;
IV – custas judiciais relativas às ações e execuções em que a massa falida tenha sido vencida;
 V – obrigações resultantes de atos jurídicos válidos praticados durante a recuperação judicial, nos termos do art. 67 desta Lei, ou após a decretação da falência, e tributos relativos a fatos geradores ocorridos após a decretação da falência, respeitada a ordem estabelecida no art. 83 desta Lei.
Há uma ordem hierárquica dentro dos incisos, então eu não posso pagar os credores do inciso II, antes de serem pagos os do inciso I.
Concursais – são aqueles elencados no artigo 83 da Lei de Falência
São os créditos gerados antes da decretação da falência.
Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:
        I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho;
Quando decorrentes de acidentes de trabalho, serão independentes de valor.
        II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado;
Será até o valor do bem gravado, por exemplo: tenho uma dívida de R$100.000,00 e dou um imóvel de R$80.000,00.
        III – créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias;
A crítica que se faz é de que, qual o motivo do legislador colocar um crédito de natureza real acima de um crédito tributário. Então por que um crédito de banco privado fica acima de um crédito tributário? Por que o banco “manda em tudo”! 
        IV – créditos com privilégio especial, a saber:
        a) os previstos no art. 964 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
        b) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei;
        c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a coisa dada em garantia;
        V – créditos com privilégio geral, a saber:
        a) os previstos no art. 965 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
        b) os previstos no parágrafo único do art. 67 desta Lei;
        c) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei;
        VI – créditos quirografários, a saber:
        a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo;
        b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao seu pagamento;
        c) os saldos dos créditos derivados da legislação do trabalho que excederem o limite estabelecido no inciso I do caput deste artigo;
        VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, inclusive as multas tributárias;
As multas decorrentes dos contratos de trabalho ou da legislação trabalhista serão inseridas no inciso VII então poderei colocar meus créditos trabalhistas em cinco incisos diferentes.
        VIII – créditos subordinados, a saber:
        a) os assim previstos em lei ou em contrato;
        b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício.
        § 1o Para os fins do inciso II do caput deste artigo, será considerado como valor do bem objeto de garantia real a importância efetivamente arrecadada com sua venda, ou, no caso de alienação em bloco, o valor de avaliação do bem individualmente considerado.
        § 2o Não são oponíveis à massa os valores decorrentes de direito de sócio ao recebimento de sua parcela do capital social na liquidação da sociedade.
        § 3o As cláusulas penaisdos contratos unilaterais não serão atendidas se as obrigações neles estipuladas se vencerem em virtude da falência.
        § 4o Os créditos trabalhistas cedidos a terceiros serão considerados quirografários.
Há dois outros artigos que tem o que se chama de superprivilégio. Quem vai receber tão logo haja recurso da massa falida, estando no artigo 151 e 86 da Lei de Falência.
Art. 151. Os créditos trabalhistas de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (três) meses anteriores à decretação da falência, até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, serão pagos tão logo haja disponibilidade em caixa.
Art. 86. Proceder-se-á à restituição em dinheiro:
        I – se a coisa não mais existir ao tempo do pedido de restituição, hipótese em que o requerente receberá o valor da avaliação do bem, ou, no caso de ter ocorrido sua venda, o respectivo preço, em ambos os casos no valor atualizado;
        II – da importância entregue ao devedor, em moeda corrente nacional, decorrente de adiantamento a contrato de câmbio para exportação, na forma do art. 75, §§ 3o e 4o, da Lei no 4.728, de 14 de julho de 1965, desde que o prazo total da operação, inclusive eventuais prorrogações, não exceda o previsto nas normas específicas da autoridade competente;
        III – dos valores entregues ao devedor pelo contratante de boa-fé na hipótese de revogação ou ineficácia do contrato, conforme disposto no art. 136 desta Lei.
        Parágrafo único. As restituições de que trata este artigo somente serão efetuadas após o pagamento previsto no art. 151 desta Lei.
- - Pedido de restituição
- Ação revocatória
- Realização do ativo e pagamento dos credores
- Extinção das obrigações do falido- Pedido de restituição
- Ação revocatória
- Realização do ativo e pagamento dos credores
- Extinção das obrigações do falido- Pedido de restituição
- Ação revocatória
- Realização do ativo e pagamento dos credores
- Extinção das obrigações do falidoPedido de restituição
Presume-se que todos os bens que estão na posse do sujeito são dele, mas alguns pertencem a terceiros. Então será só por meio do pedido de restituição que o proprietário dos bens poderá pedir a sua devolução, será por meio judicial. As hipóteses estarão no artigo 85 caput e seu parágrafo único e no 86.
Art. 85. O proprietário de bem arrecadado no processo de falência ou que se encontre em poder do devedor na data da decretação da falência poderá pedir sua restituição.
        Parágrafo único. Também pode ser pedida a restituição de coisa vendida a crédito e entregue ao devedor nos 15 (quinze) dias anteriores ao requerimento de sua falência, se ainda não alienada.
Imagine um sujeito que fez vendas de mercadorias a credito a um devedor que venha ser declarado falido. Se essas mercadorias forem entregues 15 dias que antecederem ao requerimento de falência, esse credor ao invés de querer receber o preço, poderá pedir a restituição das mercadorias. Mas se as mercadorias não mais existir, essa restituição que deveria ser feita em bem, será feita em dinheiro, ai a restituição entrará na ordem do artigo 86.
Art. 86. Proceder-se-á à restituição em dinheiro:
        I – se a coisa não mais existir ao tempo do pedido de restituição, hipótese em que o requerente receberá o valor da avaliação do bem, ou, no caso de ter ocorrido sua venda, o respectivo preço, em ambos os casos no valor atualizado;
        II – da importância entregue ao devedor, em moeda corrente nacional, decorrente de adiantamento a contrato de câmbio para exportação, na forma do art. 75, §§ 3o e 4o, da Lei no 4.728, de 14 de julho de 1965, desde que o prazo total da operação, inclusive eventuais prorrogações, não exceda o previsto nas normas específicas da autoridade competente;
        III – dos valores entregues ao devedor pelo contratante de boa-fé na hipótese de revogação ou ineficácia do contrato, conforme disposto no art. 136 desta Lei.
        Parágrafo único. As restituições de que trata este artigo somente serão efetuadas após o pagamento previsto no art. 151 desta Lei.
A petição inicial deverá observar os requisitos do artigo 282 do CPC + art. 87 da Lei de Falências. Será pedido a restituição ou o valor devolvido em dinheiro na hipótese do artigo 86. Deverá ser fundamentada a coisa reclamada, o que estou pedindo que será restituído. O pedido será autuado em separado ao processo falimentar, e o juiz ao receber a inicial mandará intimar o falido, o Comitê de credores se houver e o administrador judicial, para que estes no prazo de 5 dias sucessivos apresentem uma manifestação que se contrária ao pedido de restituição será tida como contestação. Ai após, se necessário o juiz irá realizar uma instrução processual e depois deferirá uma sentença, tendo como recurso cabível a apelação sem efeito suspensivo. A apelação nesse caso só será recebida no efeito resolutivo e não no efeito suspensivo. Na sentença que acolher o pedido de restituição determinará a restituição da coisa no prazo de 48 horas, ou se julgado improcedente o pedido e for o caso, nesta própria sentença o juiz mandará incluir o crédito do sujeito no quadro geral de credores segundo a sua classificação legal.
Observação: Art. 91: O pedido de restituição suspende a disponibilidade da coisa até a sentença transitar em julgado.
 Art. 91. O pedido de restituição suspende a disponibilidade da coisa até o trânsito em julgado.
        Parágrafo único. Quando diversos requerentes houverem de ser satisfeitos em dinheiro e não existir saldo suficiente para o pagamento integral, far-se-á rateio proporcional entre eles.
Observação: Art. 93: Somente caberão embargos de terceiros nos moldes da legislação processual civil caso não haja previsão para pedido de restituição, ou seja, os embargos cabem somente de forma residual, somente nos casos que não estão contemplados no artigos 85 e 86.
        Art. 93. Nos casos em que não couber pedido de restituição, fica resguardado o direito dos credores de propor embargos de terceiros, observada a legislação processual civil.
- Ação revocatória
Podemos dividir a ação revocatória em dois grandes grupos, um com base no artigo 129, sendo ela objetiva, e uma com base no artigo 130,sendo de cunho subjetivo.
  Art. 129. São ineficazes em relação à massa falida, tenha ou não o contratante conhecimento do estado de crise econômico-financeira do devedor, seja ou não intenção deste fraudar credores:
 Para que ocorra a ineficácia do ato tipificado nos incisos do artigo 129,bastam que ocorra de forma objetiva, tendo o conhecimento do estado de crise e condição financeira do devedor, seja ou não intenção dele em fraudar credores se o ato acontecer nos moldes do mencionado artigo, haverá assim, a possibilidade de declaração de sua ineficácia, seja de ofício; seja como matéria de defesa; seja de forma incidental no processo ou por ação própria poderá ai ocorrer a ineficácia do ato.
        I – o pagamento de dívidas não vencidas realizado pelo devedor dentro do termo legal, por qualquer meio extintivo do direito de crédito, ainda que pelo desconto do próprio título;
 Se eu efetuar o pagamento, terei após que pedir o valor de volta e colocar o meu débito no juízo universal. O ato não será nulo ou anulável, mas sim ineficaz.
        II – o pagamento de dívidas vencidas e exigíveis realizado dentro do termo legal, por qualquer forma que não seja a prevista pelo contrato;
 Exemplo: qualquer doação que o falido tenha feito dois anos antes da decretação da falência será ineficaz, mesmo que quem o recebeu não tinha ideia de fraudar os credores. Então se o ato for enquadrado, poderá ser declarado ineficaz, segundo inciso IV do artigo 129. As hipóteses são taxativas, não podendo ter uma interpretação extensiva, ou analogia para outros casos.
Ação revocatória pode ter cunho objetivo ou subjetivo.
Subjetivo: independe de analisar o aspecto subjetivo do agente. Não precisa observar se o agente teve vontade ou não de causar o dano, art. 129.
Para as revogações dos atospraticados pelo devedor, deverão ser observados alguns requisitos:
- intenção de prejudicar credores;
- conluio fraudulento entre o devedor e o terceiro que com ele contratou;
- provar o efetivo prejuízo sofrido pela massa.
Passa pelo clivo sujetivo de análise desta vontade de prejudicar credores desse conluio fraudulento entre o devedor e o terceiro com que ele contratou (art. 130). E não basta só isso. Essa conduta ilícita tem que resultar num efetivo prejuízo a massa falida. Tem que ter o elemento subjetivo: intenção.
Essa ação pode ser proposta por quem? 
Administrador judicial, qualquer credor ou o MP!
Qual o prazo para a propositura da ação? 
Prazo de 3 anos, contados da data da decretação da falência. Art. 132.
Qual o rito que será observado para propositura da ação? Art. 134.
Rito ordinário (previsto no CPC).
Quem tem legitimidade passiva para essa ação?
Sujeitos que figuram no art. 133.
Da sentença que julgar a sentença revocatória caberá que recurso?
Apelação!
  Art. 136. Reconhecida a ineficácia ou julgada procedente a ação revocatória, as partes retornarão ao estado anterior, e o contratante de boa-fé terá direito à restituição dos bens ou valores entregues ao devedor.
- As partes retroagirão ao status anterior.
- Realização de ativo e pagamento de credores
        Art. 139. Logo após a arrecadação dos bens, com a juntada do respectivo auto ao processo de falência, será iniciada a realização do ativo.
Realizar o ativo é a venda dele. Quando se decreta a falência, será feito a arrecadação de todos os bens que estão na posse do devedor, para fazer sua alienação para outro sujeito, para ele continuar a atividade exercida pelo falido.
Diz o artigo 140 que a realização do ativo se dá pela ordem estabelecida nos seus 4 incisos. Essa ordem deve ser respeitada hierarquicamente. 
   Art. 140. A alienação dos bens será realizada de uma das seguintes formas, observada a seguinte ordem de preferência:
        I – alienação da empresa, com a venda de seus estabelecimentos em bloco;
Quando se aliena um estabelecimento em funcionamento, como um todo, eu encontro um sobrevalor ao estabelecimento que é estabelecimento o que a doutrina se chama de aviamento, sendo a capacidade de geração de riqueza que o estabelecimento proporciona ao sujeito.
        II – alienação da empresa, com a venda de suas filiais ou unidades produtivas isoladamente;
 O sujeito possui várias filiais, mas é vendido por partes.
        III – alienação em bloco dos bens que integram cada um dos estabelecimentos do devedor;
 Pego os bens que estão no estabelecimento por partes, exemplo: vendo os carros, computadores, geladeiras, etc.
        IV – alienação dos bens individualmente considerados.
 Venda dos bens isoladamente. Geralmente nesse tipo de venda eu não consigo o valor nominal do bem, conseguirei um valor bem menor do bem, pois a venda nesse caso é prejudicial.
       Art. 142. O juiz, ouvido o administrador judicial e atendendo à orientação do Comitê, se houver, ordenará que se proceda à alienação do ativo em uma das seguintes modalidades:
        I – leilão, por lances orais;
Lance do tipo “maior valor leva”.
        II – propostas fechadas;
Se dão por envelopes lacrados que são abertos pelo juiz.
        III – pregão.
É um misto entre proposta e leilão.
O sujeito que adquirir o estabelecimento empresarial no processo falimentar, receberá o estabelecimento sem qualquer ônus nos moldes do artigo 141 inciso 2º.
   II – o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, as derivadas da legislação do trabalho e as decorrentes de acidentes de trabalho.
Será uma exceção, pois geralmente quando se compra um ativo se leva o passivo, mas nesse caso não levará.
Do pagamento aos credores
Depois de realizado todo o ativo, os recursos auferidos serão destinados ao pagamento dos credores. Conforme ordem dos artigos 151, 86, 84 e 83.
 Art. 150. As despesas cujo pagamento antecipado seja indispensável à administração da falência, inclusive na hipótese de continuação provisória das atividades previstas no inciso XI do caput do art. 99 desta Lei, serão pagas pelo administrador judicial com os recursos disponíveis em caixa.
No 150 estabelece as despesas que serão destinadas a preservação ou continuidade da atividade econômica que serão pagas tão logo haja disponibilidade de caixa.
Art. 152. Os credores restituirão em dobro as quantias recebidas, acrescidas dos juros legais, se ficar evidenciado dolo ou má-fé na constituição do crédito ou da garantia.
 Serve para preservar a massa falida, de débitos fictícios que tentar arrecadar valores da massa falida. São simulações com dolo e má fé na qual tenta obter ganhos sobre a massa.
        Art. 153. Pagos todos os credores, o saldo, se houver, será entregue ao falido.
Se após tudo pago, o valor será entregue ao devedor falido. A falência por si só, não encerra a atividade do devedor. Decretada a falência, não necessariamente a atividade será extinta, a pessoa jurídica será extinta. A atividade falimentar, não é um processo de encerramento da pessoa jurídica, uma vez que encerrada a fase falimentar e extintas as obrigações do falido, o mesmo poderá se reestabelecer e continuar sua atividade econômica, essa hipótese é legal, mas não é comum de acontecer.
- Extinção das obrigações do falido
 Art. 158. Extingue as obrigações do falido:
   I – o pagamento de todos os créditos;
        II – o pagamento, depois de realizado todo o ativo, de mais de 50% (cinqüenta por cento) dos créditos quirografários, sendo facultado ao falido o depósito da quantia necessária para atingir essa porcentagem se para tanto não bastou a integral liquidação do ativo;
        III – o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado do encerramento da falência, se o falido não tiver sido condenado por prática de crime previsto nesta Lei;
        IV – o decurso do prazo de 10 (dez) anos, contado do encerramento da falência, se o falido tiver sido condenado por prática de crime previsto nesta Lei.
A fase pós-falimentar poderá ou não existir, se com o encerramento da falência se der também a extinção das obrigações não haverá essa fase.
- Pedido de restituição
- Ação revocatória
- Realização do ativo e pagamento dos credores
- Extinção das obrigações do falido

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