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Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Departamento de Geociências/Geografia Disciplina: Geomorfologia Geral IA-292 – 2013/2 AULA 2 GEOMORFOLOGIA!!!! Conceitos principais ! Profa.: Ambrosina H.Ferreira Gontijo P. Formas de Relevo = ∑ processos geomorfológicos ao longo do tempo Conceitos Fundamentais • Nível de base (geral e local) • Bacias de drenagem • Depósitos ou sedimentos correlativos • Evolução de encostas • Incisão vertical (downwearing) • Incisão ou erosão lateral (backwearing) • Processos de denudação (erosão de longo tempo, gerando superfícies arrasadas ou aplainadas) • Superfícies de aplainamento Médio curso ou montante: alternância entre erosão e sedimentação Vales moderados Baixo curso ou Jusantante: Predomínio de sedimentação Vales amplos Perfil Longitudinal de um curso fluvial Perfil Longitudinal de um curso fluvial Tributaries Trunk Stream Drainage Divide Distributaries And Delta Divisor de drenagem Cabeceiras de drenagem Tributários ou afluentes Fóz ou delta Fóz ou delta Canais meândricos O gradiente diminui em direção à jusante ou baixo curso Factores que aumentam em direção à jusante ou baixo curso: Velocidade, descarga e tamanho do canal Uma queda d´água é o resultado de uma mudança de nível de base local Mudança no nível de base local pode afetar o perfil longitudinal de um rio Outros conceitos Geomorfológicos Importante: a montanha é uma característica do relevo, não a altitude (zona alta, mais elevada, com relevo relativamente plano constitui em um Planalto) A Declividade ou Slope controla a estabilidade local de encostas e transporte de sedimentos A Elevação do relevo controla a taxa de erosão regional e produção de sedimentos. A Altitude afeta diretamente a erosão e intemperismo através de temperatura, determinada pelas condições climáticas locais. Altitude: altura acima do nível do mar ��� Declive: gradientes espaciais em elevação ��� Elevação do relevo: o contraste entre a elevação mínima e máxima em uma região Qual é a elevação de uma montanha? Linhas de contornos ou curvas de níveis representando o relevo Fig. 16.1 BACIA DE DRENAGEM 11 Conceitos Geomorfológicos Uplift Denudation Δelevation = Uplift + Denudation ElevationElevação Denudação Elevação Soerguimento + Denudação Soerguimento Soeguimento/subsidencia Movimentos ver5ciais da crosta que elevam topograficamente o relevo. O principal mecanismo é a Tectônica de Placas (compressões e extensões) embora, possam ocorre possa ser associado balanço entre aos processos erosivos e sedimentares (Isotasia) Acumulação/denudação ou exumaçao Processo que erode a topografia e promove mudanças ver5cias na posição da superEcie Importante: a taxa de mudança na elevação da super=cie é proporcional à taxa de soerguimento X subsidencuia acumulação/denudação. 1. Soerguimento pela tectônica colisional • A paisagem mais natural seria erguido um longo orógeno, estreito que forma ao longo de um limite de placa convergente. • Quando duas placa tectônica (oceânica X oceânica; oceânica X continente; continete X continente) subductam um orógeno pode se formar soerguendo o relevo como uma cordilheira. 2. Soerguimento pela tectônica Extensional Soerguimentos extensionais ocorrem em regiões onde a subida do manto flutuante, quente na base da litosfera continental, induz amplo levantamento e alongamento da crosta. Dois importantes exemplos: Hot Spot de Yellow Stone e a grande pluma mantélica sobre o leste da África (Rift Valley Africano) 14 3. Soerguimentos por isostasia Variaçoes na topografia podem ser consistentes com o processo isostáAco ou Isostasia, que envolve dois mecanismos principais: a diferença entre a espessura e a densidade das camadas rochosas! – Compensação Isostá5ca através da diferença de densidade é chamada de Pra5 isostasia (na pura forma de cada camada com espessura uniforme ou constante) – Compensaçao Isostá5caatravés da diferença na espessura das camada (onde cada camada possui diferenças entre as densidades abaixo ou acima, mas a densidade horizontal é constante, chamada Airy Isostasia. Air ~0" Air ~0" Um corpo que estiver dentro de um fluido, receberá pressão (impulso) vinda de baixo para cima, exercida pelo líquido, na mesma proporção em que ele (o corpo) desloca o líquido. Esse é o famoso Princípio de Arquimedes e é o que acontece em icebergs, na litosfera terrestre (já que está imersa na astenosfera), e, mais simplesmente, num barquinho de madeira. Isostasia: a idéia principal!!!! Exemplificando: se pegarmos um barquinho de madeira e colocá-lo dentro da água, podemos ver marca da linha de água que ficará no casco. Vamos dizer que ela está a X cm de altura. Após isso, colocamos uns pesinhos dentro, retornamos a colocar o barco dentro da água e notamos que agora a linha de água ficou na altura de 2X. Isso foi devido ao aumento no peso do corpo (barco+pesinhos) que causou uma maior resposta do fluido. É assim que qualquer forma de relevo é compensada, proporcionalmente, por uma raiz litosférica que se afunda na astenosfera, semelhante ao barquinho. As porções de relevo mais altas, como as montanhas, se equilibram mantendo raízes mais profundas na astenosfera. A partir daí, de acordo com o soerguimento/erosão da montanha, por exemplo, será dada a resposta da isostasia, resultando em movimentos verticais e horizontais da litosfera. O degelo também pode ser um dos processos modificadores. Portanto, entende-se que a teoria da isostasia interpreta as compensações em profundidade que ocorrem devido a alteração de relevos superficiais em função do peso. As diferentes espessuras da crosta Isostasia, ou movimento isostático, é o termo utilizado em Geologia-Geomorfologia para se referir ao estado de equilíbrio gravitacional, e as suas alterações, entre a litosfera e a astenosfera da Terra esse processo resulta da flutuação das placas tectônicas sobre o material mais denso da astenosfera (*), cujo equilíbrio depende das suas densidades relativas e do peso da placa esse equilíbrio implica que um aumento do peso da placa (por espessamento ou por deposição de sedimentos, água ou gelo sobre a sua superfície) leva ao seu afundamento, ocorrendo, inversamente, uma subida (em geral chamada re-emergência ou rebound), quando o peso diminui. A astenosfera é a camada que se situa logo abaixo da litosfera. Como sua temperatura é mais elevada, possui menor rigidez sofrendo deformação quando sujeita a esforços. A rigidez da astenosfera é tal que ela pode ser considerada como um fluido viscoso para longos períodos (tempo geológico, milhões a bilhões deanos) e como um sólido elástico para curtos intervalos de tempo, como por exemplo, para a passagem das ondas sísmicas A astenosfera é a camada que possui comportamento viscoso de modo a permitir compensação isostática. Fonte: IAG-USP Litosfera 17 Conceitos Geomorfológicos • Na realidade, ambos mecanismos operam juntos: nem a espessura nem a densidade da crosta são constantes. • Entretanto, desde que o constraste entre a densidade , a crosta e manto seja maior do que as diferenças de densidade mais internas dentro ou crosta ou do manto, o mecanismo dominante de compensação isostá5ca é variações na espessura da crosta terrestre, ou seja, a Airy Isostasia. http://www.diarioandino.com.ar/diario/ A isostasia é o mecanismo de ajuste que permite explicar os movimentos verticias da crosta terrestre A isostasia e a inversão do relevo Nas cordilheiras a crosta é mais profunda A erosão retira materiais das zonas mais altas, ativando a compensação isostática que elevará a base da cordilheira A compensação isostática se distribuirá regionalmente entre as partes menos elevadas e de “raiz”menos profunda Cordilheira Crosta continental Crosta oeânica Subsidência Elevação Erosão Os efeitos isostáticos da deposição e da erosão • Quando grandes massas de sedimento são depositadas numa região, o seu imenso peso pode causar o afundamento isostático da crusta subjacente. • Processo inverso ocorre quando a erosão leva à remoção de grandes volumes de material, correspondendo a redução da carga sobre a crusta à sua subida, expondo as camadas ou rochas mais antigas na superfície (exumaçao de rochas ou de relevo) à medida que são erodidas o processo soerguimento e abatendo continua até que o equilíbrio isostático seja atingido. • Esse mecanismo permite trazer à superfície rochas que se formaram a grandes profundidades e inverter totalmente o relevo. • Para a compreensão deste processo resulta novamente expedita a analogia com o iceberg: à medida que a parte emersa vai sendo erodida pela fusão, a parte submersa vai emergindo de forma a manter constante a proporção entre a massa do gelo emerso e submerso. • A formação de glaciares e de mantos de gelo é um dos fatores mais comuns, dada a intercorrência dos períodos glaciares, de desencadeamento de movimentos isostáticos. • A acumulação de grandes camadas de gelo sobre a superfície leva ao afundamento regional da crusta, e a sua fusão, e à re-emergência (rebound) correspondente – a Galacioisostasia • Dada a diferença de densidade entre o e as rochas da litosfera, tem sido deduzida uma relação aproximada, e muito variável, entre o afundamento devido a espessamento rochoso (rocha com densidade próxima de 3) e o devido a igual volume de gelo ou água (densidade próxima de 1), sendo o devido à acumulação de gelo (ou água) apenas 30% do devido a rocha. • A importância dos movimentos glacioisostáticos associados com a última glaciação na modelação da linha costeira da Europa e da América do Norte é imensa, a exemplo: os fjords da Noruega, à existência do Mar Báltico e do Mar do Norte e à separação da Grã-Bretanha e da Irlanda do continente, tudo é resultado da glacioisostasia; a Escandinávia central continua a subir ao ritmo de 9 mm/ano. No lado americano, os Grandes Lagos, a Baía de Hudson e o extraordinário recorte da costa árctica do Canadá, são o resultado direto do afundamento e re-emergência da crusta naquela vasta região. Glacioisostasia: - os efeitos isostáticos da glaciação O Equilibrio isostático de um iceberg!!! A glacioisostasia o iceberg aproximadamente um décimo de seu volume total fica visível, deste modo, estas gélidas massas são um perigo para a navegação, visto que podem alcançar grandes dimensões. Exemplo disto é o que aconteceu ao famoso transatlân5co Titanic, que afundou em 14 /04/ 1912. • efeito dos movimentos isostáticos sobre o nível do mar, seja por subida das costas ou por afundamento, têm um profundo efeito sobre o nível médio do mar. • Existem praias levantadas, isto é restos de antigas praias que hoje estão situadas a centenas de metros acima do nível do mar, e as margens das plataformas continentais apresentam profundas gargantas, hoje submersas a centenas de metros de profundidade, que foram a foz de rios. • Assim, o afundamento isostático por acumulação de gelo corresponde a uma descida glacioeustática. Embora algumas vezes seja difícil definir qual deles é o mais importante no processo, a principal diferença está na velocidade dos processos: as subidas e descidas do nível do mar devidas à Eustasia são muito rápidas (há eventos registados de subida de alguns metros por década) enquanto os processos isostáticos conduzem a variações máximas de altitude da ordem do cm por ano. • Logo, as grandes variações registadas no nível médio dos oceanos (por exemplo a subida de mais de 130 m do nível do mar depois da última glaciação) têm em geral uma componente devida à eustasia que excede de longe a devida à isostasia, embora esta, no longo prazo, seja importante. Isostasia e Eustasia : qual a diferença principal? estudandogeologia.blogspot.com/2011/11/teoria-da-isostasia.html SOERGUIMENTO ISOSTÁTICO POR TECTÔNICA E GLACIAL!! Sintetizando: Conceitos em Geomorfologia • Sistemas – “um conjunto de partes que formam um todo” – Fluvial, glacial, cossteiro, – Bacias sedimentares, montanhas colisionais • Clima – Determina os agentes dominantes na esculturação da paisagem – Time – Remodelagem da paisagem: "Evolução" da paisagem • Sistemas podem dominar grandes áreas (evolução em grandes escalas de tempo e espaço) e pequenas áreas (evolução da paisagem em pequenas escalas temporais e espaciais)
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