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[Resumo crítico] Sustentabilidade - Cidades sustentáveis e as fronteiras do respeito - Pablo Pessoa

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Grupo: Carlos Rogner, Diego Araújo, Matheus Alves, Milton Calado, Regisson César e Richard Jeremias.
Curso: Engenharia da Computação 2017.2 Turma: BM
Profª: Mirna Cadeira: Sociologia e Meio Ambiente
Análise dissertativa sobre o texto
Cidades sustentáveis e as fronteiras do respeito
(PESSOA,Pablo)
O respeito é a atitude que favorece que as relações interpessoais, tornando-as adequadas e satisfatórias. Partindo desse pressuposto, o respeito relacionado à sustentabilidade social deve ser inserido progressivamente em escala mundial. O título conquistado pelas nações sul-americanas subdesenvolvidas de uma comunidade insatisfeita com a sua situação, reverbera nos mais variados modos, desprovendo o mesmo de um acordo comum de vontade. Os movimentos que buscam esta vontade dissertada, cai no ostracismo da própria população, inibindo-os de lutar contra o sistema dominante. Ainda, pode ser comparado aos movimentos ambientais e de respectivos insights relacionados às causas sociais, que caminham, ainda que lentamente, num sentido onde o reconhecimento socioambiental está intrínseco as atitudes sociais. Em todo caso, a situação atual do sistema ecológico comparado as mudanças que vêm ocorrendo ao decorrer dos anos, faz necessário uma abordagem mais crítica voltada ao progresso.
Historicamente, o homem aprendeu a conviver com a quantidade de desigualdade que existe no mundo, mostrando que é desnecessário, ainda que no século XXI, a forma como países, regiões e estados relacionam-se. “Quando se rompem os elos fundamentais que sustentam um sistema complexo, dá-se a quebra da resiliência”. Essa frase define a forma como a atitude da maioria implicaria sob determinadas ações do Estrado. A capacidade de adaptar a momentos não tão bons (ou seja, a definição de resiliência) é a principal fonte de fortificação do Governo, ainda que administrada indiretamente por nós. E, a partir do momento que esta estabilidade é quebrada, um novo rearranjo mudando visualmente o quadro daquilo que estava em equilíbrio se põe a acontecer.
Com a ascensão das metrópoles e da tecnologia, o homem segue cada vez mais “urbano”, ou seja, buscando se moldar àquilo que é posto constantemente a ele. A necessidade da ética e do respeito com questões socioambientais faz-se prioritariamente necessária quando relacionadas as condições históricas das vivências críticas globais. A sustentabilidade deve ser inclusa em políticas de gestão de um mundo mais humanitário, que se preocupa com questões externas a si.
Pelo que se evidencia na rotina urbana diariamente, o termo “sustentabilidade” como um meio de amadurecimento que se firma na sociedade, e sim como uma luta travada em campos de desrespeito e descaso. Antes chamado de “eco desenvolvimento”, esse termo serve para analisar as diferentes formas de desenvolvimento urbano, tal como a ocupação do solo citadino e sua distância do limite de uma morfodinâmica sustentável da sociedade no espaço urbano. São muitas as tentativas de reconhecimento e representação das características que definem os diferentes conceitos de sustentabilidade. Hopwood, junto com colaboradores, mapeou tendências seguindo um espectro de combinações possíveis entre níveis de sensibilidade socioeconômico-distributivos e visões sobre as questões do meio ambiente. Com os resultados, dividiram em três grupos: Os mantenedores, os reformistas e os transformadores. Esse modelo se baseia em O’Riordan(1989) entre os extremos tecno e ecocentrismo, que é claramente o que é vivenciado pela sociedade do século 21, a quebra da dignidade humana e sua sustentabilidade para a satisfação dos tecnocentristas. Tais termos engatam um movimento inicial para analisar sobre as insustentabilidades que existem no meio urbano contemporâneo. Os criadores do método já citado adicionaram uma nova variável para o mapeamento, as visões socioeconômicas, fazendo assim com que as diferentes interpretações e posturas do campo da sustentabilidade se posicionem ao longo do espectro. 
 	Luís Felipe Nascimento também usa um método simplificado para analisar a ligação sociedade-sustentabilidade, ele utiliza as diferenças na percepção comum de uma ameaça à humanidade. Nascimento crê na hipótese de estruturação de um novo campo social moldado em torno da sustentabilidade, contendo regras próprias, agentes reconhecíveis, capitais específicos e formas de desempenho no uso desses capitais. Nos subcampos descritos por Nascimento, existem quatro grupos. O primeiro estaria preocupado com a ameaça à terra devido a mudanças climáticas, o segundo grupo engloba a ameaça à vida na terra em função do aquecimento global e a grande destruição da biodiversidade terrestre, dos solos e dos recursos hídricos, no terceiro grupo estão os preocupados com a ameaça à vida humana na terra e o quarto, e último, grupo que apresenta a percepção de uma ameaça às condições de vida humana na terra. Os dois primeiros são considerados pelo autor como imaginários, tendo em vista as frágeis fundamentações lógicas alheias à história geológica e o enredo evolutivo desde o início da vida na terra, logo estão no campo do possível. E os dois últimos não se enquadram no campo de possível, e sim no de prováveis, logo as variáveis sociais e econômicas são consideradas. Dos dois modelos citados, usamos o primeiro como a base (Hopwood) e aplicamos o outro em sobreposição. Resumindo esse espectro, têm-se os extremos “sustentabilidade fraca” e “sustentabilidade forte”, e para entender o processo urbano, no qual esse espectro vigora, é preciso reconhecer que sua estruturação se baseia num sistema complexo de elementos do espaço urbano. Logo, qualquer mudança feita numa porção do espaço urbano surte efeito em outras camadas sociais, e de que a intervenção será mais ou menos consistente conforme os critérios estabelecidos no espectro.
O autor comenta, de modo não generalizado, que uma parcela dos discursos propostos a construção de centros urbanos sustentáveis demonstra-se com seus sentidos comprometidos: ora deficientes no quesito de realmente inserir a sustentabilidade no atual cenário, ora carregados com um teor exagerado e atuam de modo a romper a atuais estruturas sociais, culturais e políticas. Para o segundo, Pessoa destaca que há uma fuga do principal enfoque da sustentabilidade, sendo passível de ter características intermediárias e que destoam do tema central: a busca de um modelo de urbanização sustentável.
Baseando-se nas 3 correntes de pensamento a respeito da sustentabilidade, consideradas radicais por Haughton, o debate ficará entre essas lógicas. As visões destacadas no decorrer do texto pelo autor se inserem integralmente na tônica sustentável, não tendo, em primeira análise, correlações entre outros temas como a mobilidade urbana. Vale ressaltar que a sustentabilidade está presente em todos os temas e pode, sim, ser analisada de diferentes posicionamentos, chegando a uma solução para o problema enfrentado pela atual urbanização na questão abordada. No entanto, o autor declara que os temas estão íntegros à sustentabilidade e estão delimitados entre a reforma e transformação urbana.
Pessoa infere, em um breve diagnóstico, tendo como base o uso do documento “Urban Policy and Economic Developmente: an agenda for the 1990s”, que as cidades apresentam uma problemática no quesito mercado e na aplicação de subsídios inadequadamente, sugerindo uma correção (reforma) no setor essencialmente econômico das sociedades. O documento indica sugestões estritamente econômicas que vão desde modificações na lógica de mercado até mesmo a modificação de preços de recursos considerados escassos.
Considerando a ótica do respeito, o autor destaca muito bem o problema da possível solução sugerida para uma construção de cidades sustentáveis: a situação geográfica distinta e pluralidade de economias existentes. É inviável fazer correções monetárias e mudar parâmetros de mercado (padronizar segundo uma única lógica/país) em virtude de isso impactar diversas economias.Isso prejudicaria ainda mais a situação dos países em desenvolvimento, por exemplo; impactar econômicas significa impactar a vida de pessoas e suas instituições – apesar de tanger a sustentabilidade, realizar apenas correções na economia entra em conflito com as desigualdades já existentes e no modelo de urbanização construído nos últimos 50 anos¹.
1 - Tratando de forma mais especificada a questão das cidades e a razão do insucesso dessa tentativa de correção econômica com o modelo da década de 50: De maneira geral, as cidades e metrópoles foram construídas com um enfoque econômico que sobrescrevia as necessidades humanas. Desse modo, alterações econômicas não planejadas para cada cidade podem impactar toda a estrutura social. Desse modo, observa-se a interrelação entre vários fatores. A cidade ideal deverá moldar-se e reverter possíveis injustiças que poderiam acontecer. 
Como visto, a sociedade sustentável deve ter seu repensar urbano analisado em várias vertentes, voltando a ser discutida a forte ou fraca sustentabilidade. Recentemente os estudos sobre a substituição de recursos naturais pelos ditos virtuais tem tido amplo debate nas comunidades tecnológicas e econômicas. Pesquisas como as realizadas pela UNEP 2013 ou PNUMA comprovam que tal incremento pode não só tornar as cidades mais sustentáveis, bem como alavancar as sociedades economicamente falando (economia verde). Desse modo, como debatido na Rio +20, tal decolagem aparenta ser um excelente fator econômico e sustentável para as cidades em virtude de ter uma maior eficiência dos processos e um consumo mais consciente dos recursos.
A questão da substitubilidade torna-se relevante para a sustentabilidade em virtude de econômicos e ecológicos terem em mente que os excessivos usos de recursos destinados à economia podem se esgotar, acabando, também, a possibilidade de realizar operações econômicas vitais a manutenção da vida social. O uso da tecnologia pode fazer tal uso ser equilibrado e tem um retorno a longo prazo.
Tal ressalva é importante em virtude da atual situação das metrópoles (estruturalmente) – espraiamento, conurbações e a própria expansão urbana serem elementos preponderantes para essa preocupação em tornar o ambiente urbano sustentável. Isso se deve ao fato da evolução das cidades requisitar mais que o “limite” de recursos disponíveis em uma dada área. Só com isso já se tem grandes implicações que fazem da cidade um local não sustentável, onde recursos são consumidos em demasia por um grupo em detrimento de outro sofrer com a falta destes atrelado a outro agravante: seu total esgotamento.
Sem um planejamento prévio, percebe-se que não há uma rotatividade que garanta a subsistência de recursos, como o caso da urbanização empregada nos países subdesenvolvidos do Sul, onde o crescimento não acompanhou medidas que mantivessem a coexistência, quantitativamente falando, ou de forma a compensar essa perca, dos recursos naturais – embora o autor não tenha mencionado, os países desenvolvidos, em geral, também sofrem com tal impasse.
Desse modo, se uma cidade não conseguir fazer um equilíbrio entre o que requisita e o que dispõe, suas soluções irão se nortear em fatores econômicos usuais como o de venda, compra para atender suas demandas internas ou caso esteja em expansão. Portanto, conclui-se que uma cidade corrigida, teoricamente, não depende de fatores externos para sobre-existir no que tange a resolução de impasses no abastecimento, regulação e manutenção de seus recursos.
Os economistas em geral se reconhecem na cidade corrigida ou no mínimo sentem-se naturalmente instrumentalizados para discuti-la, os arquitetos urbanistas e planejadores urbanos costumam dar vazão aos seus anseios por mudança no campo da sustentabilidade a partir das propostas de redesenho urbano. A estratégia seria na redução do consumo energético e da geração de resíduos, esse pensamento decorre de práticas de gestão e funcionamento feitos pelas cidades do século 20 ao funcionalismo da arquitetura modernista.
As formas convencionais de planejamento de uso do espaço seriam desnecessárias, assim, sobrepor funções e reduzir distâncias valorizando o espaço público, seriam meios de evitar que a cidade se torne um problema cada vez maior aos ecossistemas externos. O redesenho de uma cidade é visto como solução primária para a redução das entradas e saídas do sistema. Tendo a análise de que as cidades tradicionais seriam cheias de recursos (água, terra, energia e áreas para relocação do lixo), seria reescrita com a incorporação de novas tecnologias poupadoras que abrangem desde o ambiente domiciliar, até as boas práticas de construções de edifícios e obras de infraestrutura urbana.
Em termos de planejamento, recorre-se a parâmetros locais de monitoramento dos níveis de consumo, da otimização de processos ineficientes e da economia alcançada com o reaproveitamento e reuso de recursos. Quando a cidade redesenhada se põe em ênfase a busca pela eficiência, incorre críticas das soluções mercadológicas da cidade corrigida, nesse quesito, pode-se dizer que aqui não se põe em xeque o desenvolvimento alavancado pelo crescimento econômico. 
Mas algo neste modelo, distância do ideário de cidade corrigida, a cidade redesenhada abre um histórico para um momento de afirmação hegemônica da ideologia da cidade para pessoas. Polany explica sobre a importância de um modelo de sociedade redesenhada voltado para as pessoas, para ele a proposta de um mercado autorregulável que passaria a controlar a sociedade e a orientar os seus propósitos de desenvolvimento. Porém, sociedades e mercados autorregulados são vistos nessa proposta como lutadores, em quem vencesse teria uma relação de subordinação. Dito isso, percebemos que os modelos citados são dois bons parâmetros para tomarmos a dimensão do quanto esses modelos de desenvolvimento econômico e urbano, se distanciam e relegaram a segundo plano a perseguição primordial de objetivos sociais e humanos.
O terceiro modelo traz à tona o fracasso obtido pelas cidades guiadas pela atual modernização, impulsionando-as ao rompimento de seus limites – sejam eles continentais, nacionais ou regionais. Tendo como base essa modernização, o conceito de cidade autônoma remonta ao sistema mundial lançado às cidades, com autorregulações e disposto a existência de uma heteronomia; tal submissão a uma vontade externa ocasionou o enorme fracasso no quesito “cidade sustentável”. Deve-se entender por “autonomia” a condição de autossuficiência e o nível de maturidade capaz de não ter sistemas influentes externos que prejudiquem o funcionamento das estruturas sociais em detrimentos desta vontade maior. Desse modo, a ideia de autonomia implica na administração interna da cidade, com a adaptação dos atuais serviços e seu redesenho de modo a formar um ciclo no quesito disponibilidade, não tendo apenas um exacerbado consumo sem a sua devida reposição.
Tal modo de pensar tem diversos adeptos como militantes ambientalistas, geógrafos, biólogos, ecólogos e dentre outros. No entanto, percebe-se que fere as grandes empresas e empresários em virtude de não haver um consenso entre como as cidades deveriam ser ordenadas. Para os adeptos é cabível o uso de um planejamento de seus recursos e serviços de modo a garantir o pleno funcionamento das mínimas funções mantenedoras da vida do ecossistema local onde se insere cada cidade.
Por outro lado, a regionalização quebra a fluidez da lógica instituída pela globalização, onde cada megalópole ou centro urbano (qualquer que seja) torna-se dependente do outro. No atual estágio do desenvolvimento urbano, o capitalismo já foi capaz de comprometer a capacidade de autossuficiência de recursos naturais de diversas metrópoles, senão todos os centros hoje se encontram nesse estado, até mesmo os mais desenvolvidos. Vão desde a deficiência na garantia de água potável até mesmo a má destinação final dos resíduos de processos industriais e residenciais; verifica-se o possível colapso dos sistemas biológicos e como a ordem capitalistacompetiu de frente a impor seus planos enquanto o lado sustentável e da vida se submeteram a vontade do capital e desenvolvimento projetado desde a Revolução Industrial¹.
1 – Foi criado um espirito consumista o qual renega a propriedade natural. Tornando, portanto, a gestão dos recursos naturais em uma escala de prioridade abaixo àquela determinada à propriedade privada.
Desse modo, para que a questão da autossuficiência dê inicios a seus trabalhos no corpo urbano, é preciso antes de tudo que haja um reconhecimento do atual sistema que não beneficia ambos os lados (capitalistas e ambientalistas); acima desses grupos, não beneficia os integrantes urbanos de um modo geral: os cidadãos. Deve-se entender que a cidade ideal precisa ser capaz de viver em conjunto com o ambiente em seu torno; não deveria, portanto, gerar danos irreversíveis, e sim atuar de modo a garantir o desenvolvimento e manutenção da vida em cada localidade – além dessa preocupação regional, também deveria haver tal consenso (em escala global) que a sustentabilidade se promove a fazer.
Acontece que tais mudanças demandariam uma enorme reformulação também dos poderes executivos, os quais ficariam encarregados de garantir o monitoramento de como o uso dos recursos estariam sendo feitos em escala regional de modo que não sofra influências de agentes externos que alterem a lógica proposta acima. Trata-se de um novo tratamento em todos os setores do centro urbano. 
Da consciência da população até o sistema utilizado, os atuais sistemas são incapazes (em tese) de gerar uma autonomia que seja capaz de trabalhar ambos os lados e garantir, mesmo assim, a conexão entre os centros urbanos – não deixando de lado o desenvolvimento econômico, desta vez mais eficiente e “limpo” ecologicamente.
Os modelos de desenvolvimento urbano sustentável apresentados anteriormente não excluem um aos outros, sendo que suas inconsistências foram apresentadas para que os cidadãos e os políticos possam estabelecer seus próprios critérios de desenvolvimento urbano dependendo de suas necessidades, apesar de haver pouca consideração e respeito com as pessoas e o meio ambiente quando o assunto é discutido.
A cidade é uma criação histórica, ela não esteve sempre presente, poderá deixar de existir da forma que conhecemos, mais sempre muda ao longo do tempo, e com o tempo diferentes tipos de centros urbanos surgiram, e com isso diferentes maneiras de classificá-los, como por exemplo cidade satélite, cidade turística e, é claro, cidade sustentável.
A sociedade urbana se tem origem tanto da sociedade industrial, quanto do êxodo rural para a cidade, e essa transformação do agrário para o urbano e a mudanças que as cidades sofreram ao longo do tempo até ser consideradas sociedades urbanas é chamado de implosão-explosão, sendo que esse processo de desenvolvimento das cidades pode ser dividido em quatro partes: Em primeiro surgiu a Cidade Política, que dominavam e absorvia as produções agrícolas, sendo um pouco mais que locais periféricos da vida rural. Depois elas se tornaram Cidades Comerciais, na qual a praça do mercado e a troca de produtos eram o centro de sua existência. Em terceiro surgiram as Cidades Industriais, caracterizadas por suas manufaturas, mão de obra barata e centralização de capitais humanos, financeiro, cultural e científico. E por último surgiu a Zona Crítica, na qual a cidade industrial se transforma e a vida urbana passa a exercer força dominante, regendo o rumo da cidade e sobrepondo os seus problemas e prioridades sobre vida industrial e rural, eventualmente se tornando uma sociedade puramente urbana.
Ainda que dissertado sobre a sustentabilidade urbana, a proposição fixa foi a limitação intrínseca de uma pretensão de caráter restrito a um local. A abordagem das fronteiras de suporte dos sistemas socioambientais, os limites evolutivos relacionados a instrumentos e os riscos propostos na busca pelo bem-estar são os pontos mais específicos a serem estudados quando o assunto se volta para este campo. A forma como os projetos futuros voltadas a esta área irão definir a visão social sob este assunto deve ser, antes de qualquer coisa, voltada ao respeito e a uma sociedade equânime.
A sustentabilidade ainda que busque ultrapassar barreiras interregionais, e mesmo após citar as limitações das ações locais, retorna a mesma. As fronteiras do planeta podem ser vistas concordando aos serviços que busquem respeito e suporte à vida nos mais variados âmbitos.
Finalmente, a conscientização é o primeiro passo para a exaltação da indignação perante aos acontecimentos voltados as atitudes humanas com a natureza. O socioambientalismo deve sim promover um sentimento de mudança que em conjunto, possa evoluir para ações benéficas. Que o cenário de forças e boas novas se anunciem o mais cedo possível no século XXI, objetivando ultrapassar a massa de consumidores e do estado humano de descontentamento com apenas o necessário para se viver. A harmonia com a natureza tem que existir.

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