Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PONTES Unidade 1- Conceitos Iniciais - Classificação das Pontes - Seções estruturais e seções transversais - Métodos construtivos - Dados necessários para projetos - Solicitações em pontes ÁREAS DO CONHECIMENTO O projeto de uma ponte é multidisciplinar e requer conhecimento e profissionais com especialização nas seguintes áreas: • Topografia • Estradas • Teoria das estruturas • Materiais de construção • Concreto armado e/ou protendido • Estrutura metálica e/ou madeira • Hidráulica e hidrologia • Geologia • Mecânica dos solos • Fundações Normas gerais aplicadas às pontes: NBR 7187/03 - Projeto de pontes de Concreto Armado e de Concreto Protendido – Procedimento; NBR 7188/13 - Carga móvel rodoviária e de pedestres em pontes, viadutos, passarelas e outras estruturas; NBR 10839/89 - Execução de obras de arte especiais em Concreto Armado e Concreto Protendido – Procedimento; NBR 9452:2016 – Inspeção de pontes, viadutos e passarelas de concreto – procedimento Outras normas aplicadas às pontes: NBR 6118/14 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento; NBR 7190/97 - Projeto de estruturas de madeira; NBR 8800/08 - Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios; NBR 9062/06 - Projeto e execução de estru- turas de concreto pré-moldado; Outras normas aplicadas às pontes: NBR 6122/10 - Projeto e execução de funda- ções; NBR 6123/88 - Forças devidas ao vento em edificações; NBR 8681/03 - Ações e segurança nas estrutu- ras – Procedimento. Manual de projeto de obras de arte especiais MT/DNER MANUAIS TÉCNICOS Alguns órgãos públicos editam suas próprias recomendações para o projeto de pontes. No estado de SP temos os manuais do DER: • Projeto de passarela para pedestres • Projeto de estrutura de obra de arte especial • Inspeção de obra de arte especial Para estradas federais temos os manuais do DNIT • Manual de projetos de obra de arte especiais • Manual de inspeção de pontes rodoviárias Outras normas aplicadas às pontes: “Nos casos de inexistência de Normas Brasileiras ou quando estas forem omissas, será permitida a utilização de normas estrangeiras, mediante autorização, por escrito, do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Em particular, para obras de concreto armado, convencional ou protendido, recomenda-se o CEB-FIP Model Code 1990 e, para pontes metálicas, Normas Americanas ou a DIN-1045, alemã.” (DNER, IPR 698) • O QUE DIFERE AS PONTES DAS OUTRAS ESTRUTURAS NO CAMPO DA ENGENHARIA ESTRUTURAL? • Obra-de-arte: é como se denomina qualquer obra de uma estrada, tais como pontes, viadutos, galerias, etc. Antigamente, por serem construídas empiricamente por artistas dotados de muito bom senso e intuição de estática, essas obras eram consideradas trabalhos de arte. PORQUE AS PONTES SÃO CONSIDERADAS OBRA-DE-ARTE ESPECIAL ? • Controla a capacidade do sistema: ✓ Largura insuficiente – constrição ao fluxo do tráfego ✓ Resistência deficiente – não suporta caminhões pesados (limitação) • Se a ponte falhar, o sistema falha: ✓ Se a ponte falhar, o tráfego tem que ser desviado ✓ Acréscimo do volume de tráfego em outras vias ✓ Aumento do tempo de viagem, até o reparo da ponte • Custo relativo mais alto do sistema: ✓ Pontes são caras ✓ Custo por metro superior ao da via ✓ Investimento que deve ser estudado PONTE COMO ELEMENTO CHAVE NO TRANSPORTE DEFINIÇÕES Denomina-se: Ponte - quando o obstáculo é um rio; Viaduto - quando a transposição não é sobre água; é sobre um vale, uma via, etc.; Pontilhão - pontes de pequenos vãos. DEFINIÇÕES (EL DEBS E TAKEYA) Viaduto de acesso: parte de acesso à ponte. Aterro é uma opção. DEFINIÇÕES (EL DEBS E TAKEYA) DEFINIÇÕES • Viaduto de meia encosta: empregado com o objetivo de minimizar a movimentação de solo em encostas íngremes, ou como alternativa ao emprego de muro de arrimo ou similar DEFINIÇÕES • Galeria (bueiros): são obras completamente ou parcialmente enterradas que fazem parte do sistema de drenagem, permanente ou não, das vias, ou são obras destinadas a passagens inferiores. (EL DEBS E TAKEYA) Divisão de pontes em três partes principais: Infraestrutura; Mesoestrutura; Superestrutura. DEFINIÇÕES (VITÓRIO) Superestrutura: é a parte da ponte destinada a vencer o obstáculo. É dividida em duas partes: sistema estrutural e tabuleiro (é o tabuleiro que recebe a ação direta das cargas e as transmite ao sistema estrutural). Mesoestrutura: composta pelos aparelhos de apoio, travessas e pilares. São os elementos que recebem o carregamento da superestrutura e os transmite à infraestrutura. Infraestrutura: Fundações (blocos, estacas, tubulões etc.). DEFINIÇÕES Encontro: Tem a dupla função: de apoio da superestrutura, e de arrimo do solo nas extremidades da ponte. Nem sempre é utilizado. Aparelho de apoio: elemento colocado entre a infraestrutura e a superestrutura, com a função de transmitir as reações de apoio e permitir determinados movimentos da superestrutura. DEFINIÇÕES Encontro: DEFINIÇÕES http://www.lem.ep.usp.br/PEF2404/Apostila%20meso%20e%20infra.pdf REQUISITOS PRINCIPAIS DE UMA PONTE Funcionalidade: a ponte deve satisfazer de forma perfeita as exigências de tráfego, vazão, etc. Segurança: a ponte deve ter seus materiais constituintes solicitados por esforços que neles provoquem tensões menores que as admissíveis ou que possam provocar ruptura. REQUISITOS PRINCIPAIS DE UMA PONTE Estética: a ponte deve apresentar aspecto agradável e se harmonizar com o ambiente em que se situa; Durabilidade: a ponte deve atender às exigências de uso durante um certo período de tempo previsto; Economia: deve-se realizar um estudo comparativo de possíveis soluções, para escolha da mais econômica, atendidos os demais itens. CLASSIFICAÇÕES Segundo a extensão do vão (total): - Galeria (bueiro) – de 2 a 3 m; - Pontilhão – de 3 a 10 m; - Ponte – acima de 10 m. CLASSIFICAÇÕES Quanto ao comprimento das pontes: - Pontes de pequenos vãos – até 30 m; - Pontes de médios vãos – de 30 a 60-80 m; - Pontes de grandes vãos – acima de 60-80 m. CLASSIFICAÇÕES Segundo a durabilidade: Permanente – aquela construída em caráter definitivo; Provisória – aquela construída para uma duração limitada, geralmente até que se construa a obra definitiva. Geralmente serve para o desvio do tráfego; Desmontável – aquela construída para uma duração limitada, diferindo da provisória por ser reaproveitável. Muito usada em missões militares CLASSIFICAÇÕES Segundo a natureza do tráfego: • Rodoviária; • Ferroviária; • Rodoferroviária; • Passarela de pedestre; • Aqueduto; • Canal; • Aeroviária. CLASSIFICAÇÕES Segundo o desenvolvimento planimétrico: - Considerando a projeção do eixo da ponte em um plano horizontal (planta): Reta: ortogonal ou esconsa; Curva. CLASSIFICAÇÕES (EL DEBS E TAKEYA) CLASSIFICAÇÕES Segundo o desenvolvimento altimétrico: - Considerando a projeção do eixo da ponte em plano vertical (elevação): Horizontal ou em nível; Em rampa (retilínea ou curvilínea). (EL DEBS E TAKEYA) CLASSIFICAÇÕES Segundo o sistema estrutural da super- estrutura, as pontes podem ser: – em Lajes; – em Vigas; – em Pórticos; – em Arcos; – Pênseis; – Estaiadas. Segundo o sistema estrutural da superestrutura: (EL DEBS E TAKEYA) Segundo o sistema estrutural da superestrutura: (EL DEBS E TAKEYA) Pilones Estais A seção transversal pode ser maciça ou vazada. (VITORIO) Ponte em laje: http://www.lajeshertel.com.br CLASSIFICAÇÕES A viga pode ter seção transversal de forma variada, sendo as mais comuns a T e a celular (ou caixão). (EL DEBSE TAKEYA) Ponte em viga: CLASSIFICAÇÕES Ponte em Vigas Simplesmente Apoiadas: A seção transversal pode ser constante ou variável. Apesar de poderem ser em vigas contínuas, são muito utilizadas para vencer o vão com um único tramo. Ponte em Vigas Simplesmente Apoiadas: http://www.jornalmetas.com.br/geral/geral-gaspar/recome%C3%A7am-os-trabalhos-no-canteiro-da-ponte-do- vale-1.1892527 Ponte em Vigas Contínuas: Por ausência de melhores conhecimentos do comportamento do terreno de fundação, as vigas Gerber foram muito utilizadas no passado, em pontes com vários apoios, mas estão em desuso atualmente. Tem desvantagens, como a execução e a manutenção dos dentes Gerber (articulações). CLASSIFICAÇÕES Ponte em Viga Seção Celular: a super- estrutura é formada por duas lajes, superior e inferior, interligadas por almas longitudinais (e transversais). CLASSIFICAÇÕES Ponte em Viga Seção Celular: Tem como vantagem a grande rigidez à torção, sendo indicada para pontes curvas e sobre pilares isolados, ou quando se dispõe de pequena altura para as vigas principais. Apresenta boa estética, sendo particular- mente indicada para vigas contínuas de CP. A sua utilização é normalmente condicionada à análise comparativa com outras soluções do ponto de vista econômico. CLASSIFICAÇÕES Ponte em Grelha: é o sistema estrutural constituído por três ou mais vigas longitudinais, com transversinas intermediárias e de apoio. As transversinas fazem com que as vigas longitudinais trabalhem em conjunto, regulando a distribuição dos carregamentos entre as vigas. CLASSIFICAÇÕES Ponte em Arco: esse sistema estrutural foi muito utilizado no passado como a única alternativa viável para vencer grandes vãos, principalmente diante da dificuldade da execução de apoios intermediários e escoramentos sobre cursos d’água, ou vales profundos. CLASSIFICAÇÕES Ponte Pênsil: Não são estruturas apropriadas para concreto e por isso são executadas geralmente em vigamentos metálicos suspensos em cabos de aço. Devem ter grande rigidez à flexão e principalmente à torção, de modo a minimizar os efeitos dos movimentos vibratórios transversais CLASSIFICAÇÕES Ponte Estaiada: o tabuleiro é suspenso através de cabos inclinados fixados em torres. O tabuleiro, geralmente metálico ou em CP, deve ter grande rigidez à torção, de modo a reduzir os movimentos vibratórios causados pela ação transversal do vento. São pontes indicadas especialmente para grandes vãos. Em harpa Em leque CLASSIFICAÇÕES Segundo o material da superestrutura, as pontes podem ser: – em Madeira; – de Alvenaria; – de Concreto Armado (CA); – de Concreto Protendido (CP); – de Aço; – mista Aço/Concreto. CLASSIFICAÇÕES Segundo a posição do tabuleiro: • Superior; • Intermediário; • Inferior. (El Debs e Takeya) CLASSIFICAÇÕES Segundo a mobilidade dos tramos: – Basculante; – Levadiça; – Corrediça; – Giratória. CLASSIFICAÇÕES Segundo o processo de construção da super- estrutura: • In loco (in situ, no local); • Pré-moldada; • Balanços sucessivos; • Lançamentos por incrementos modulados (deslocamentos progressivos; ponte empurrada).
Compartilhar