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Άνθρωπος λόγος Antropologia Forense definição É o estudo do homem físico social e político ou simplesmente, ciência do homem. Definição A antropologia é a ciência que estuda o Homem num âmbito cultural e físico, considerando igualmente as suas relações. Por outro lado, o termo “forense” implica uma ciência aplicada à justiça. Logo, a antropologia forense é a aplicação legal da ciência antropológica, com o objectivo de ajudar à identificação de cadáveres e à determinação da causa de morte. Este ramo da antropologia é aplicado em situações em que existem danos consideráveis induzidos ao cadáver, tais como a decomposição do mesmo, amputações, queimaduras severas ou qualquer outro elemento que cause a deformação do corpo ao ponto de se tornar irreconhecível. Todo o trabalho em questão é realizado por técnicos especializados denominados antropólogos forenses que se auxiliam noutras áreas científicas como a patologia, investigação criminal e outras. Definição O antropólogo forense não se limita a conhecimentos de antropologia biológica, mas deve possuir instrução em técnicas como escavação arqueológica; examinação de cabelos, pegadas, insectos e material vegetal; reconstrução facial; sobreposição fotográfica; identificação de variações anatómicas e análise de historiais médicos; Por outro lado, técnicas mais forenses como análise da cena do crime, manejo de provas, fotografia, toxologia ou balística e armamento. “Apesar de todos os humanos adultos terem os mesmos 206 ossos, não existem dois esqueletos iguais”. Definição ã á í áa aplicaç o pr tica de conhecimentos cient ficos b sicos como a anatomia, fisiologia, í í íbioqu mica, patologia, tanatologia e criminal stica, etc., no estudo anal tico do corpo ã óhumano completo ou despojos, visando a identificaç o antropol gica, a identidade civil, ádata e causa prov vel da morte. óA pesquisa antropol gica nos permite reconhecer (reconhecer (reconhecer (reconhecer ("recognocere"), ou seja, conhecer de novo, óafirmar, admitir como certo a identidade antropol gica (pela antropometria); e a ã õ áidentidade civil em raz o de informaç es peculiares e imut veis que caracterizam cada í á í óindiv duo (arcada dent ria, papiloscopia, DNA, ris). Destarte os dados antropol gicos nos levam ao óóóóreconhecimento antropol gico, civil e criminal reconhecimento antropol gico, civil e criminal reconhecimento antropol gico, civil e criminal reconhecimento antropol gico, civil e criminal de uma pessoa. Legislação correlata C.P. Art. 307: "Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem". Pena: Detenção de três meses a um ano. CP. Art. 308: Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer documento de identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize, documento dessa natureza, próprio ou de terceiro. LCP. Art. 68: Recusar a autoridade, quando por esta justificadamente solicitados ou exigidos, dados ou indicações concernentes à própria identidade, estado profissão, domicílio ou residência. C.P.P. Art. 5º LVIII: "O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei". C.P.P. Art. 166 Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado, proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de reconhecimento e identidade, no qual se descreverá com todos os sinais e indicações. C. C. Art. 219: Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge: I - o que diz respeito a identidade do outro cônjuge. Processo da Antropologia A antropologia forense estabelece‐se de acordo certas bases bastante consistentes e sistemáticas quanto ao seu método de trabalho, seguindo passos definidos e universais. Antes de qualquer outro procedimento, a principal preocupação de um antropólogo forense, ao confrontar‐se com um corpo, vestígios esqueléticos ou outro qualquer material que se assemelhe a tecido ósseo, é classifica‐los como humanos, animais ou matéria inorgânica. Numa situação em que os remanescentes não são humanos ou os vestígios são de carácter histórico ou mesmo pré‐histórico (como por exemplo vestígios que apresentem setas cravadas no corpo ou marcas de rituais características de épocas passadas), o caso é classificado como encerrado ou é transferido para outras áreas de estudos científicos por falta de interesse prático forense. Após revelado o interesse legal e forense no material descoberto, este é direccionado para um processo de identificação de determinados caracteres de relevância para a investigação e reconstituição do indivíduo ante mortem. Factores a identificar nesta análise antropológica serão: idade aquando da morte, sexo, estatura, peso, filiação racial e patologias e historial médico do indivíduo. Para além de se focar nestes caracteres, o antropólogo forense deve compreender e concluir o modo e a causa da morte, tal como, no caso de homicídio, identificar o agressor. Inventário O inventário é a primeira etapa de todo o trabalho do antropólogo forense, sendo composto pela identificação, registo e descrição pormenorizada de todos os ossos relevantes na identificação do cadáver. Neste processo é vital a abstração de o esqueleto como um todo, tendo cada osso a necessidade de ser observado individualmente, não havendo por isso conceitos como crânio ou coluna vertebral, mas termos como occipital ou vértebra. Quanto à descrição, esta deve ser realizada de modo preciso e rigoroso, tal como deve registar a condição geral dos ossos, dimensões, presença/ausência e qualquer outro tipo de anomalia ou saliência de relevância. identidade É o conjunto de elementos particulares que identifica coisas ou pessoas. “É a qualidade de ser a mesma coisa, e não diversa” (Morais) A IDENTIDADE pode ser didaticamente dividida em: SUBJETIVA: pela noção que cada indivíduo tem de si próprio, no tempo e no espaço. É a sua maneira de ser, sua natureza, sua essência. “O que se é; o que se tem e o que se apresenta para os outros” (Schopenhauer – século XVIII). identidade OBJETIVA: é aquela fornecida pelos seguintes caracteres: FÍSICOS ou ANATÔMICOS: Normais: altura, idade, sexo e raça. Patológicos: doenças e deficiências anatômicas, cicatrizes, mutilações. FUNCIONAIS: Normais Patológicos: deficiências e doenças funcionais PSICOLÓGICOS ou MENTAIS: Normais Anormais: doenças mentais, Distúrbios psicológicos. identificação Se a identidade é qualidade ou atributo, identificação é a sua determinação (Flamínio Fávero). IDENTIFICAÇÃO GENÉRICA: Compreende a determinação da espécie, raça, sexo, idade, estatura etc. IDENTIFICAÇÃO ESPECÍFICA: Compreende a pesquisa de tudo aquilo que passa individualizar o examinado; cicatrizes, tatuagens, sinais profissionais, mutilações etc. Identificação Portanto a IDENTIFICAÇÃO é toda e qualquer maneira utilizada para que a identidade possa ser determinada. Para uma identificação técnica, alguns princípios devem ser utilizados: Unicidade Imutabilidade Perenidade Praticabilidade Classificabilidade Nas identificações humanas podemos utilizar recursos simples ou complexos. Identificação MÉTODOS SIMPLES Cédulas de identidade ou registros. Fotografias. Testemunhas. Retrato falado. Vídeo. Sinais individuais. Uma cédula de identidade ou funcional também na verdade não identifica ninguém, porém poderá servir como prova pericial se tiver a impressão digital. IdentificaçãoSINAIS INDIVIDUAIS Unhas; Névus (pintas) Hemangiomas; Malformações diversas e etc. SINAIS PROFISSIONAIS: Calosidades nas mãos dos sapateiros; calos nos lábios sopradores de vidro e etc. Identificação ÓTIPOS: Brevilíneo baixa estatura Normolíneo média estatura Longelíneo alta estatura Identificação MÉTODOS COMPLEXOS Estudo Antropológico (antropometria) Métodos laboratoriais, químico/físicos. DNA – cabelo, secreções, manchas e etc. Superposição de imagens. Estudos de pontos Coplanares. Datiloscopia (papiloscopia) Arcada dentária Íris Identificação Pode ser realizada em vivos e mortos. Em ambas as situações, vivos e mortos, se pode investigar: -averiguação da identidade de criminosos e alienados -averiguação da idade verdadeira -averiguação da paternidade -averiguação da maternidade -averiguação de consangüinidade -averiguação do sexo As perícias médicas legais para identificação e diagnóstico da causa mote são feitas em corpos conservados, em decomposição, carbonizados, esquartejados, mutilados, membros, despojos, fragmentos com o intuito de se identificar: Sexo, Estatura, Idade estimada, “Raça” e a identidade fenotípica e genotípica (DNA). Identificação Em algumas ocasiões o legista, inicialmente, terá que certificar se as peças anatômicas examinadas pertencem à espécie humana. Não é incomum que ossadas de primatas sejam confundidas com esqueletos humanos. Outro dado importante é que se tratando de ossadas ou despojos, deve-se tentar remontar as peças em alinhamento anatômico para a conformação do esqueleto ou corpo e também, para se poder determinar a qual corpo pertence um membro ou ossos examinados e quantos são os corpos existentes. Em casos de catástrofes que envolvam grande quantidade de energia destrutiva (explosões, incêndios) com muitos indivíduos, nem sempre se obtêm a identificação de todos os corpos. Foi o que ocorreu com os despojos das vitimas nas torres gêmeas americanas em 11 de dezembro de 2002, sendo os trabalhos periciais encerrados, sem identificar 48% das vítimas. Identificação Nos grandes desastres e catástrofes os peritos têm que tentar responder com precisão às seguintes questões: São restos humanos? Quantos são os corpos? Sexo, idade, cor (raça), estatura? A quem pertence este corpo Qual a causa da morte? Qual o tempo de morte? Identificação Para isto inicialmente se deve pesquisar: Objetos pessoais: medalhas, aliança, anéis, fotos, documentos, vestes, próteses, inclusive dentárias, etc. Identificação por testemunhas: nem sempre fidedigna. Reconstrução fisionômica: crânio. Identidade de certeza: arcada dentária, impressões digitais (papiloscopia), DNA. Identificação • Arcada dentária Identificação • proteses Identificação • restaurações Identificação • Fraturas consolidadas Identificação Se as análises acima não levarem à identificação da pessoa e se for viável a utilização do estudo do DNA, talvez se possa responder aos seguintes quesitos: quem é esta pessoa? Outro quesito importante, que inclusive pode auxiliar na identificação de um corpo, além do grande valor em criminologia, é: qual a provável data e causa da morte? Este dado temporal é estimado pela temperatura do corpo, grau de rigidez, hipóstases, tonicidade ocular, estado de putrefação, conteúdo gástrico e etc. O local do crime, as vestes, o corpo da vítima viva ou morta e do suspeito podem conter sutis indícios ou inconteste material probatório. Assim, manchas de sangue, de líquido espermático, saliva, urina, fezes, pus e outras tantas possíveis coleções orgânicas, são importantes materiais para a identificação da vítima, do criminoso e muito auxiliam para o entendimento da cinética dos fatos. Identificação IDADE Tabela de Told: para calcular a idade fetal Pêlos: 12/13 anos púbis feminina. 13/15 anos púbis masculino Arco ou halo senil: 20% nos quadragenários e 100% nos octogenários Eclosão dos dentes: 1ª e 2ª dentições O tamanho do feto é referência para o seu desenvolvimento. TOLD. Fios de pelos humanos: servem como método indireto para avaliar a idade nos jovens. A arcada dentária também é utilizada para avaliação de idade. A reabsorção periostal também é um dado a ser considerado na estimativa etária Os pelos somente são passíveis de pesquisa pelo DNA se for preservado o bulbo. IDADE RADIOGRAFICA DOS OSSOS. Estuda-se pelo apagamento das suturas cranianas Médio-frontal 2 a 8 anos Fronto –parietal 25 a 45 anos Biparietal 20 a 35 anos Parieto –occipital 25 a 50 anos Temporo –parietal 35 a 80 anos Eclosão dos dentes 1ª e 2ª dentições Pontos de ossificação e soldaduras (Ex. ponto de Beclard nos fetos) Diáfises epifisárias: sem e com soldadura (abaixo e acima de 18 anos de idade) O trapezóide (osso do carpo) tem maior confiabilidade na estimativa etária. RAÇA Esta pode ser identificada por: Índices; Tíbio –Femural Tíbia x 100 Fêmur Rádio –Umeral Rádio x 100 Úmero Índices Negros x Brancos T.F. Superior a 83 Inferior a 83 R.U Superior a 80 Inferior a 75 ÂNGULO FACIAL Brancos Amarelos Negros Jaquart 76,5 72 70,3 Cloquet 62 59,4 58 Curvier 54 53 48 aspecto branco negro amarelo comprimento Longo / curto longo longo largura Estreito / largo estreito largo altura alto baixo mediano Largura da face Estreita /larga estreita Muito largo Altura da face alta baixa alta órbita Angular / redonda retangular redonda Largura nasal estreita larga estreita Margem nasal inferior cortante Em calha cortante Perfil facial reto protuso reto Etnia pela face Identificação da espécie ESPÉCIE Quando somente partes ósseas são encontradas. HISTOLOGIA CANAIS DE HAVER (ossos) HOMENS ANIMAIS QUANTIDADE 8 a 10 mic/ 15 a 40 FORMA Elípticos Circular DIÂMETRO Superior 30 Inferior 25 ESTATURA Será sempre usado o método convencional de medida. Entretanto nos casos de ossadas serão utilizadas as várias tabelas existentes, dependendo da equipe responsável pelos exames, a tabela será aquela que essa equipe estiver mais familiarizada. Não se emprega o termo estatura quando se tratar de cadáver. Neste caso se usa comprimento Identificação do sexo característica Sexo masculino Sexo feminino estatura grande pequena arquitetura rugosa lisa Margem supra orbital arredondada Aguçada Processo mastoide grande pequeno Osso ocipital Marcas musculares bem marcadas Marcas musculares não mascadas Glabela ossuda lisa palatinos Grandes e forma de U Pequenos em forma de parábola Côndilos ocipitais grandes pequenos Supra orbital • Homem – arredond ado • Mulher - aguçada Processo Mastoide • Masculino – grande • Feminino - pequeno Ocipital • Homem – marcas musculares bem marcadas • Mulheres não marcadas Glabela • Homem ossuda • Mulher lisa Palatino • Homem – grande em U • Mulher pequeno Côndilo Ossipital • Homens – grandes • Mulheres - pequenos palato • Triangular – branco ou caucasoid e • Retangular – negro • Redondo – IMPRESSÕES DIGITO-PAPILARES São pontos característicos encontrados nas extremidades dos nossos membros, (mãos e pés) que servem para identificar as pessoas. Impressões plantares e palmares. Impressões digitais. As impressões digitais são: IMUTÁVEIS INDIVIDUAIS PERENES CLASSIFICAÇÃO DOS ACIDENTES DAS PAPILAS DÉRMICAS. Ilhotas. Cortada. Bifurcação. Forquilha. Encerro. As cristas papilares estão presentes a partir do6º mês intra uterino. Nas identificações datiloscópicas, podem ser utilizados dois sistemas: MONODÁCTILO. ROBERT THUT� Identificação de reincidentes. DECADÁCTILO. VUCETICH� usado no nosso sistema de identificação civil. DESENHOS IMPRESSÃO DIGITAL: resulta da cumulação de linhas (pretas e brancas) sobre determinada superfície. LINHAS PRETAS: são impressões das cristas papilares. LINHAS BRANCAS: são paralelas as anteriores (sulcos) PONTOS BRANCOS: encontram-se sobre as linhas pretas. Correspondem às aberturas dos ductos excretores das glândulas sudoríparas (POROSCOPIA). DISPOSIÇÃO DAS LINHAS SISTEMA BASAL: é o conjunto de linhas paralelas ao sulco que separa a segunda da terceira falange. SISTEMA MARGINAL: conjunto de linhas das bordas e extremidades da terceira falange ao redor do núcleo. SISTEMA NUCLEAR – disposto entre os sistemas anteriores. DELTA: é o ponto de encontro dos três sistemas. LINHAS DIRETRIZES: prolongamento dos braços dos deltas até as margens da impressão. • SÍMBOLOS DACTILOSCÓPICOS: • Verticilo V 4 • Presilha Externa E 3 • Presilha Interna I 2 • Arco A 1 • Amputações 0 • Cicatriz X ASPECTO DO OSSO INUMADO Observações Tempo de morte Ossos recobertos de mofo 2 a 4 anos Canal medular enegrecido 6 a 8 anos Ausência de cartilagens e ligamentos mais de 5 anos Desaparecimento das graxas dos ossos 5 a 10 anos Canal medular branco como a superfície mais de 10 anos Persistência de restos de polpa dentária até 14 anos Desaparecimento completo da polpa 16 a 20 anos Desaparecimento dos canais de Havers mais de 20 anos Osso quebradiço, frágil, superfície porosa mais de 50 anos
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