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TRABALHO J. P. SARTRE

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
TERAPIA EXISTENCIAL HUMANISTA
 GILCEMAR BARBOSA
 KARIZE GOMES
JEAN-PAUL SARTRE
RIO DE JANEIRO
2017
 GILCEMAR BARBOSA
 KARIZE GOMES
Trabalho de pesquisa apresentado ao curso de Psicologia da Universidade
Estácio de Sá
Rio de Janeiro - RJ
2017
J.P. Sartre
 Jean Paul Sartre é o maior intelectual do Existencialismo - Filosofia que proclama a total liberdade do ser Humano. Jean Paul Sartre nasceu em Paris , 21 de Junho de 1905. 
Em 1907 ocorreu a morte de seu pai, tendo ele que se mudar para casa da Avó materna, retornando a Paris só quatro anos depois. Em 1936 ele já publica sua primeira obra “A imaginação e a Transcendência do ego”. Dois anos depois ele publica a “Náusea” e em 1943 publica “O ser e o Nada”. Sartre passa a dirigir junto a Ponty a revista Tempos Modernos em 1945. Em 1946 ele escreve “O existencialismo é um Humanismo” para esclarecer o significado do existencialismo. Ele ainda escreveu mais livros e peças teatrais, sempre valorizando a literatura como meio de expressão, antes de sua morte que ocorreu em 1980 no dia 15 de abril. 
O Existencialismo de Sartre
Jean-Paul Sartre foi o primeiro filósofo a se considerar existencialista. Sartre enxergou a
liberdade como a escolha que o homem faz do seu próprio ser e do mundo. Ou seja,
a vida é feita de escolhas e temos a total liberdade, somos pela visão dele, obrigados a 
sermos livres. Não existe determinismo para Sartre. Qualquer tentativa de determinismo
é vista como má-fé. Má-fé para Sartre é o fato do indivíduo dissimular para si mesmo, querendo assim evitar fazer uma escolha, não querendo se responsabilizar pelos atos.
É negar aquilo que o faz indivíduo, é negar sua essência, aquilo que o faz ser-humano, ou seja, negar sua liberdade. Perde a transcendência e reduz-se à facticidade. 
Para Sartre a existência procede a essência. Primeiro o homem existe, vive e faz suas escolhas, dependendo das suas escolhas o homem vai se fazer presente no mundo.
E durante o processo de sua existência ele vai construindo sua essência. A essência é um construtor humano, é o que faz com que uma coisa seja o que é, e não outra. Para Sartre primeiramente não somos nada, e nos constituímos diante do nada que somos. Como não somos nada, é tudo indeterminado, precisamos procurar e dar sentido na vida, seguindo assim por escolhas que fazemos para conseguir esse sentido. (Sartre, 1997)
O homem é um ser que questiona, que se impressiona com a realidade e com a subjetividade, por isso procura pelo sentido das coisas, o nada é vazio, é a falta, ele faz o homem buscar preencher o vazio, o nada. E não que ele não sinta desejo de ser nada, até porque existe
o medo e a angústia de descobrir algo novo. Mas o homem é um ser-para-si, e um ser-para-si
é um ser insatisfeito, quer buscar mais além do que suas fronteiras. Quer construir a si mesmo. 
A liberdade e a Angústia
A liberdade para Sartre, é algo que estamos fadados. O homem é livre e tudo depende das consequências de suas escolhas. Mas a consciência de liberdade trás o aterrorizante sentimento de angústia. O homem em sua crise existencial, não consegue lidar com a responsabilidade de suas escolhas, e nem o que escolher pro futuro. O Nada aparece como o oposto da plenitude do ser, ele trás com ele todas as angústia do homem, trazendo a insatisfação com o presente e as expectativas de um futuro que ainda não se tem. Fazendo o indivíduo enxergar que ele é o único responsável por se tornar o que ainda não é, por ser tornar o que gostaria de ser. E que tudo depende da sua escolha, e até não fazendo uma escolha, já está escolhendo o não fazer. 
O homem está sempre fadado a inquietação existencial, a responsabilidade de suas escolhas, de decidir sobre sua vida diante de mil caminhos a seguir, faz com que o homem sempre esteja com a angústia e medo de qual caminho percorrer em toda vida. Tentando sempre buscar o que ele almeja ser, sabendo que toda e qualquer consequência sobre sua escolhas é somente sua, não podendo culpar ninguém por suas glórias ou fracassos.
O ser humano é livre para tudo, menos para deixar de ser livre, está “condenado a liberdade”. Para Sartre o próprio homem é o fundamento para as suas escolhas, mas a responsabilidade e a consciência de liberdade é um fardo pesado demais para qualquer indivíduo. O homem vive constantemente a incerteza de suas opções e suas consequências. Sartre acredita que todo ser humano sonha em ser alguém que possa realizar toda sua potencialidade, que o maior desejo é o de autorrealização. 
Sartre acredita que a verdadeira liberdade da qual nenhum indivíduo pode escapar, não apenas a realidade da realização, mas sobretudo, a liberdade de eleição, pois cada escolha leva consigo uma responsabilidade, então ser livre é ser responsável. A liberdade só funciona pro indivíduo quando ele age responsavelmente. Escolher ser isso ou aquilo é afirmar ao mesmo tempo o valor do que escolhemos, porque não escolhemos só pra nós, nada pode ser bom só pra nós sem que seja para todos. Ele afirma que “O importante não é o que o mundo faz com cada ser humano, mas sim o que cada ser humano faz com aquilo que o mundo fez dele”. (Sartre, 1997)
O Absurdo
Não se pode deixar de citar a discussão que Sartre tem sobre a morte. Para ele a morte retira qualquer sentido da existência. É onde temos a certeza de que um nada total nos espera. Ele se refere que o absurdo da morte e da vida é uma “paixão inútil”, pois se vamos morrer a nossa vida já não tem sentido, então não tem o porquê procurar um sentido ou buscar uma essência para algo que depois voltará pro nada. 
Conclusão
Concluindo assim, o existencialismo de Sartre fala, antes de tudo, da autonomia do indivíduo sobre si mesmo, sobre a liberdade da suas escolhas e suas consequências perante as situações. E que só através dessas escolhas que se desenvolve a sua essência e sua verdadeira razão de viver, sempre buscando sua autorrealização, sempre tendo inteira responsabilidade sobre si e sobre a humanidade, porque toda escolha que fizer não só tem consequências para si, mas como para tudo ao redor. Visa libertar o homem das suas angústias e situações que por vezes o impedem de crescer e de fazer escolhas, com medo de suas consequências. Mas só nós podemos ser para nós mesmo. Cada um é o ser-para-si.
Referências Bibliográficas: 
SARTRE, Jean- Paul. O ser e o nada:Ensaio de fenomenologia ontológica.
SARTRE, Jean-Paul. A náusea. 
SCHNEIDER, Daniela Ribeiro. O método Biográfico em Sartre: Contribuições do existencialismo para a psicologia.

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