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CONTRATOS EM GERAL – FORMAÇÃO DOS CONTRATOS – DIREITO CIVIL III – 2012 – 2ª aula.
CONTRATOS EM GERAL 
Conceito e requisitos de validade do contrato – O contrato constitui uma espécie de negócio jurídico�, de natureza bilateral ou plurilateral, dependendo, para a sua formação, do encontro da vontade das partes, por ser ato regulamentador de interesses privados.
Finalidade – Num contrato, as partes contratantes acordam que se devem conduzir de determinado modo, uma em face da outra, combinando seus interesses, constituindo, modificando ou extinguindo obrigações.
Fundamento – Seu fundamento é a vontade humana, desde que de acordo com a ordem jurídica. 
Seu ‘habitat’ é o ordenamento jurídico.
Efeito – Seu efeito é a criação, modificação ou extinção de direitos e obrigações, ou melhor, de vínculos jurídicos de caráter patrimonial. 
Trata-se de norma jurídica negocialmente criada.
Conceito - contrato é acordo de duas ou mais vontades, na conformidade da ordem jurídica, destinado a estabelecer uma regulamentação de interesses entre as partes, com o fim de adquirir, modificar ou extinguir relações jurídicas de natureza patrimonial.
Requisitos legais - (art. 104, I, II e III do Código Civil).
Subjetivos: - Existência de duas (2) ou mais pessoas.
		 - Capacidade genérica para praticar os atos da vida civil.
 - Aptidão específica para contratar.
		 - Consentimento das partes contratantes.
Objetivos: - licitude do objeto do contrato
		 - Possibilidade física ou jurídica do objeto do negócio jurídico.
 - Determinação do objeto do contrato.
 - Economicidade de seu objeto.
Formais: 	 (art. 107 e 108 do Código Civil).
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS
1 – Elementos indispensáveis à constituição dos contratos – 
Acordo de vontades – das partes contratantes, que poderá ser tácito ou expresso, que se manifesta de um lado pela oferta e/ou proposta de outro pela aceitação. 
A proposta� e a aceitação são elementos indispensáveis à formação do contrato, e entre elas gira toda a controvérsia sobre a força obrigatória do contrato, sobre o momento exato em que ambas se fundem para produzir a relação contratual, e sobre o lugar em que se reputará celebrado o negócio jurídico.
2 – Fases da formação do vínculo contratual – 
(A-) Negociações preliminares – Consistem nas conversações prévias, sondagens e estudos sobre os interesses de cada contratante, tendo em vista o contrato futuro, sem que haja qualquer vinculação jurídica entre os participantes, embora excepcionalmente surja responsabilidade civil no campo da culpa aquiliana�.
A fase de negociações ou tratativas preliminares, na realidade, constitui período anterior à formação do contrato.
É esse o momento em que as partes discutem, efetuam cálculos matemáticos, trazem estudos sobre o objeto a ser contratado, até traduzindo vontades antagônicas, que normalmente culminam na redação de uma minuta (puntuazione no direito italiano) de contrato, chegando a uma proposta final e definitiva.
Essa fase caracteriza-se pela não-vinculação das partes, é pré-contratual, não cria direitos nem obrigações, mas almeja o preparo do consentimento das partes para conclusão do negócio jurídico contratual.
Por não haver vínculo obrigacional, não se poderá imputar responsabilidade civil àquele que houver interrompido as negociações, pois não há proposta concreta, não foi deflagrado o processo formativo do contrato.
È preciso, entretanto, refletir acerca da possibilidade excepcional de responsabilização civil aquiliana ou extracontratual daqueles que participam de tais negociações, em que pese ausência de obrigatoriedade ou vínculo nesses entendimentos.
Falaríamos nessa fase de uma responsabilidade pré-contratual, ante a legítima expectativa de pactuação, desde que presentes os pressupostos para tanto, quais sejam, ação omissão, dano e nexo de causalidade entre ambos.
Essa responsabilização tem respaldo na própria boa-fé que permeia as relações contratuais, que a subjetiva, que a objetiva.
Contrato preliminar - O Código Civil, nos arts. 462 a 466, traz disciplina acerca do contrato preliminar, o que não ocorria com o Código revogado, cuidando de uma modalidade pré-contratual que deverá conter todos os requisitos essenciais ao contrato definitivo, exceto quanto à forma (CC, art. 462). 
O contrato preliminar é um contrato em que as partes fazem um acordo para efetivação, no futuro de um contrato definitivo – promessa de celebrar contrato futuro.
O contrato preliminar gera para o inadimplente o dever de indenizar. Como exemplo cita-se o compromisso de compra e venda, que, por sua vez, não se confunde com a mera negociação ou tratativa preliminar, constituindo-se verdadeira promessa de contratar.
(B-) Proposta ou oferta: I – Conceito – A oferta ou proposta é uma declaração receptícia� de vontade, dirigida por uma pessoa à outra (com quem pretende celebrar um contrato), por força da qual a primeira manifesta sua intenção de se considerar vinculada, se a outra parte aceitar.
			 II – Caracteres: - É declaração unilateral de vontade, por parte do proponente;
						 - Reveste-se de força vinculante em relação ao que a formula, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio ou das circunstâncias do caso (CC, arts. 427 e 428);
							- É um negócio jurídico receptício;
							- Deve conter todos os elementos essenciais do negócio jurídico proposto;
							- É elemento inicial do contrato, devendo ser, por isso, séria, completa, precisa e inequívoca.
 			 III – Obrigatoriedade: A obrigatoriedade da oferta consiste no ônus, imposto ao proponente, de não a revogar por um certo tempo a partir de sua existência, sob pena de ressarcir perdas e danos, subsistindo até mesmo em face da morte ou incapacidade superveniente do proponente antes da aceitação, salvo se outra houver sido a sua intenção. 
Porém, essa sua força vinculante não é absoluta, pois o CC, art. 427 e 428, I a IV, reconhece alguns casos em que deixará de ser obrigatória.
(C-) Aceitação: I – definição - A aceitação é a manifestação da vontade, expressa ou tácita, da parte do destinatário de uma proposta, feita dentro do prazo, aderindo a esta em todos os seus termos, tornando o contrato definitivamente concluído, desde que chegue, oportunamente, ao conhecimento do ofertante.
			II – requisitos: - Não exige obediência à determinada forma, salvo nos contratos solenes�, podendo ser expressa ou tácita (CC art. 432);
							 - Deve ser oportuna (CC, arts. 430 e 431);
							 - Deve corresponder a uma adesão integral à oferta;
							 - Deve ser conclusiva e coerente.
 
(C1-) Aceitação nos contratos "inter praesentes" - Se o negócio for entre presentes, a oferta poderá estipular ou não prazo para a aceitação. 
Se não contiver prazo para a aceitação deverá ser manifestada imediatamente, e, se houver prazo, deverá ser pronunciada no termo concedido.
(C2-) Aceitação nos contratos "inter absentes" - Se o contrato for entre ausentes, existindo prazo, este deverá ser observado, mas se a aceitação se atrasar, sem culpa do oblato�, o proponente deverá dar ciência do fato ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos (CC, art. 430). 
Se o ofertante não estipulou qualquer prazo, a aceitação deverá ser manifestada dentro do prazo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente.
(D-) Retratação do aceitante - O aceitante poderá arrepender-se, desde que sua retratação chegue ao conhecimento do ofertante antes da aceitação ou juntamente com ela.
3 – Momento da conclusão do contrato: 
(A-) Contrato entrepresentes – Neste contrato as partes encontrar-se-ão vinculadas no mesmo instante em que o oblato aceitar a oferta; só então o contrato começará a produzir efeitos jurídicos.
(B-) Contrato entre ausentes – Segundo a teoria da agnição� ou declaração, na sua segunda modalidade, isto é, da expedição, a que se filiou nosso CC, no art. 434, os contratos por correspondência epistolar ou telegráfica tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, desde que não apresentem as exceções do art. 434, II e III, hipóteses em que se aplica a teoria da recepção�.
4 - Lugar da celebração do negócio jurídico contratual – Pelo Código Civil, art. 435, o contrato reputar-se-á celebrado no local em que foi proposto.
Pela Lei de Introdução ao Código Civil, art. 9º, § 2º, aplicável no direito internacional privado, a obrigação resultante do contrato considerar-se-á constituída no lugar em que residir o proponente. 
� NEGÓCIO JURÍDICO – Direito Civil. É o poder de auto-regulação dos interesses que contém a enunciação de um preceito, independentemente do querer interno (Bülow). É uma norma concreta estabelecida pelas partes. (Maria Helena Diniz – Dicionário Jurídico).
� PROPOSTA – É a declaração unilateral dirigida a outra pessoa (o policitado) na qual o emissor (o proponente ou policitante) se dispõe a celebrar negócio jurídico, nos termos por ele elaborados.
 
� CULPA AQUILIANA. Direito Civil. Violação de preceito geral de direito que manda respeitar a pessoas e os bens alheios.
 
Trata-se de culpa extracontratual, por exemplo, a do proprietário de um automóvel que, imprudentemente, o empresta a um sobrinho menor, sem carta de habilitação, que ocasiona um acidente.
� RECEPTÍVEL	. 1. Aceitável. 2. Admissível. 3. Aquilo que pode ser recebido. (Maria Helena Diniz). Dicionário Jurídico.
� CONTRATO ESPECIAL OU SOLENE. Direito Civil. Aquele que depende, para sua validade, de forma especial requerida pela lei. Trata-se do contrato formal ou solene. (Maria Helena Diniz. Dicionário Jurídico).
� OBLATO. 1. Direito Civil. Destinatário da proposta do contrato, que deve aceitá-la ou não. É o aceitante da proposta. 2. História do Direito. a) Criança que era dada pelos pais para efetuar serviços numa ordem religiosa; b) leigo que se oferecia para servir a uma comunidade religiosa. 3. Direito canônico. Membro de ordem religiosa que, sem perder seu caráter leigo, professa o voto de oblação, ou seja, de obediência ao seu superior, fazendo doação de seus bens à comunidade. (Maria Helena Diniz. Op. cit.).
�AGNIÇÃO. Direito processual. Ato de admitir uma afirmação da parte contrária. (Maria Helena Diniz. Op. cit.). 
� RECEPÇÃO. Direito civil. Cerimonial com que se admite, oficialmente, um novo membro numa associação. Na linguagem comum tem o sentido de: a) ato ou efeito de receber; b) recebimento. (op. cit.).
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