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1 Caducidade dos Legados Como explica Clóvis Beviláqua, a caducidade do legado representa a sua ineficácia por causa posterior. (Código..., 1977, v. VI, p. 898- 899) Sendo desse modo, conforme o fechamento do tópico anterior do capítulo, não se pode confundir a ineficácia da categoria com a sua invalidade, pois a caducidade diz respeito ao terceiro plano do negócio jurídico, ao terceiro degrau da Escada Ponteana. Entre os juristas atuais, Zeno Veloso leciona muito bem que “não se deve confundir caducidade com invalidade. A caducidade inutiliza disposição originalmente válida, atuando, pois, não no plano da validade, mas no da eficácia. Caducidade é a ineficácia do testamento ou de cláusula testamentária por fato superveniente” (Código..., 2012, p. 2.152) Frise-se que a caducidade tem origem em causas supervenientes, surgidas após o legado. Por seu turno, a invalidade, como é notório, diz respeito, em regra, a um vício de formação que atormenta o negócio jurídico. (TARTUCE, 2017, p. 482) Art. 1.939. Caducará o legado: I - se, depois do testamento, o testador modificar a coisa legada, ao ponto de já não ter a forma nem lhe caber a denominação que possuía; II - se o testador, por qualquer título, alienar no todo ou em parte a coisa legada; nesse caso, caducará até onde ela deixou de pertencer ao testador; III - se a coisa perecer ou for evicta, vivo ou morto o testador, sem culpa do herdeiro ou legatário incumbido do seu cumprimento; IV - se o legatário for excluído da sucessão, nos termos do art. 1.815; 2 V - se o legatário falecer antes do testador.
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