Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Histologia e Embriologia – Bloco 4 1 Paulo Belo Odontogênese Existem vários tipos de dentes: incisivos, caninos, molares, pré-molares, mas todos possuem uma mesma origem, mesmas bases de desenvolvimento. A odontogênese se inicia na 6º semana tendo início na região do estomodeu, região onde acontece a migração de células da crista neural para região da futura cabeça e pescoço do embrião, formando o aparelho faríngeo. Na futura região da cabeça e pescoço se tem a formação do ectomesênquima e a sua formação da origem ao aparelho faríngeo. Entre a 6º semana e 7º semana, essas células vão se aglomerar abaixo do espessamento do epitélio oral (banda epitelial primaria) e quando essa concentração acontece estimula proliferação das células do epitélio oral (que são de origem ectodérmica). Essa proliferação forma uma banda ou lamina, chamada Banda epitelial primaria que forma um arco em toda mandíbula e maxila do embrião, na boca primitiva. Histologia e Embriologia – Bloco 4 2 Paulo Belo A banda epitelial primaria forma um arco, com a forma da letra U curvatura da mandíbula e maxilas primitivas. Esse ectoderma vai continuar a proliferar dando origem a uma ramificação, formando duas projeções, a banda epitelial primaria se bifurca em lamina vestibular (LV) e lamina dentaria (LD). A LD está mais mediana que a LV, mais interna perto da bochecha. A LV cresce mais rapidamente que a LD. Quando isso ocorre as células da parte interna da LV degeneram formando o sulco vestibular. Isso é importante pois ele confere o espaço entre arcada dentaria e a parede da cavidade oral, a bochecha. A LD dá origem a todos os brotos para formação dos dentes sendo, portanto, o primórdio para formação dentaria. Inicialmente aparecem 10 brotos/LD’s, tanto na arcada superior quanto na inferior. As células do ectoderma que formam a LD vão proliferar e adquirir a ela uma forma arredondada, começando então a 1º fase da odontogênese que é a fase de BROTO. Histologia e Embriologia – Bloco 4 3 Paulo Belo FASE DE BROTO ** Células da LD sofrem sucessivas divisões mitóticas adquirindo forma arredondada que lembra um botão ou broto; assim passa a se chamar broto dentário. Cada um dos 10 prontos de crescimento vai se chamar germe dentário. Abaixo dele o ectomesênquima continua condensado. ** As células ectodérmicas (do broto) continuam sofrendo divisões fazendo com que o broto sofra uma bifurcação sendo que um lado cresce mais que o outro. Nesse momento, esse germe dentário passa da fase de broto para fase de capuz (intensa proliferação das células epiteliais. Broto dentário é invaginado pelo mesênquima (primórdio da papila dentaria) torna a forma de capuz), por lembrar um capuz ou boné, que é a 2º fase do desenvolvimento dentário. Progressão da fase de broto a de capuz. Histologia e Embriologia – Bloco 4 4 Paulo Belo ESTÁGIO DE CAPUZ *Papila dentaria: aglomeração de células do ectomesênquima. Germe dentário Órgãos do esmalte: da origem ao esmalte. Papila dentária: dá origem a polpa dentaria e dentina. Quando a LD adquire a forma de capuz suas células ectodérmicas se organizar de tal forma que passam a se chamar órgão do esmalte. Ele fica preso no epitélio oral pela LD. Sua formação estimula as células do ectomesênquima aglomeradas abaixo a se organizarem formando a papila dentaria. Histologia e Embriologia – Bloco 4 5 Paulo Belo Na fase de capuz o órgão do esmalte não fica estático, mas continua se desenvolvendo, podendo ser visualizada 3 regiões: epitélio externos epitélio interno e reticulo estrelado (que células ectodérmicas). Cada um terá um papel diferentes para formação do esmalte. Essa estrutura vai continuar se desenvolvendo. No estágio de capuz tardio, a LD vai formar um novo broto. O dente que está sendo formado um dente decíduo (que irrompe nos 1º meses de vida, também chamado de dente de leite, que será perdido); mas o início da formação dos dentes permanentes começa já nessa fase de capuz tardio do dente decíduo. Saindo da LD surge o broto do dente permanente. A odontogênese acontece entre a 6º e 12º semana do desenvolvimento. Nós temos dois estágios de crescimento e por isso, antes da puberdade perdemos todos os dentes decíduos. Não possuímos 3ºmolares/sisos decíduos! Outra característica importante da fase final de capuz é a degeneração da LD que conecta o germe dentário (GD) ao epitélio oral. Além disso, as células do ectomesênquima que estavam ao redor do GD vão se diferenciar formando uma capsula ao redor do GD chamada SACO DENTÁRIO. Ele é importante pois dá origem ao ligamento periodontal, cemento e osso alveolar. As 3 estruturas mais importantes para a formação dos dentes, tecidos ósseos, tecido conjuntivo rico (polpa dentária) são: ORGÃO DO ESMALTE, PAPILA DENTÁRIA E SACO DENTÁRIO. ESTÁGIO DE SINO OU CAMPÂNULA O órgão do esmalte vai crescer e se diferenciar em 3 tecidos e durante esse crescimento o órgão do esmalte vai adquirir uma forma que lembra um sino ou campânula, que é o 3º estágio de crescimento. A LD aqui já desapareceu e o epitélio interno passa a possuir dobras, chamadas CÚSPIDES, que vão determinar a forma da coroa do dente. O germe dentário pode possuir uma ou várias cúspides dependendo da forma da coroa do dente que aquele germe dentário vai dar origem. Histologia e Embriologia – Bloco 4 6 Paulo Belo As células do reticulo estrelado do órgão do esmalte que estão em contato com o epitélio interno vão se modificar formando 2 camadas de células achatadas, passando a se chamar ESTRATO INTERMIDIÁRIO. Sua formação induz a diferenciação do epitélio abaixo, que é o epitélio interno em ameloblastos jovens. As células do epitélio interno eram cúbicas e passam a ser cilíndricas. Essas células cilíndricas vão começar a depositar abaixo delas uma lâmina basal ameloblástica que vai estimular a diferenciação das células da papila dentária formando os odontoblastos. Histologia e Embriologia – Bloco 4 7 Paulo Belo Então os ameloblastos produziram uma lâmina basal que estimulou a formação dos odontoblastos e eles vão por sua vez começar a depositar dentina. Essa produção vai estimular os ameloblastos a formar esmalte, processo chamado de amelogênese, começando das cúspides até as extremidades. O saco dentário nesse meio tempo vai começar a se diferenciar e sua organização forma 2 camadas: Uma camada celular interna, rica em vasos/vascular (vai originar o cemento, ligamento periodontal e osso alveolar) e uma camada celular externa (que vai originar o tecido ósseo). O órgão do esmalte na fase de sino surge nas extremidades de ambas as partes uma estrutura na região de contato entre o epitélio externo e o epitélio interno que é chamada de ALÇA CERVICAL que será muito importante na fase de raiz! 1- Diferenciação de algumas células do reticulo estrelado em estrato intermediário. 2- Diferenciação do epitélio interno em Ameloblastos. 3- Diferenciação da papila dentária em Odontoblastos 4- Odontoblastos sintetizam dentina 5- Início da Amelogênese (produção de esmalte pelos ameloblastos) Histologia e Embriologia – Bloco 4 8 Paulo Belo ESTÁGIO DE COROA Inicia-se a deposição de esmalte e dentina, primeiramente a dentina e posteriormente o esmalte. O órgão do esmalte começa a atrofiar e o epitélio externo e internose fusionam e o reticulo estrelado vai desaparecer. A presença de dentina, ou de dentina e esmalte indica a fase de coroa. PS: os epitélios começam a se fusionar pelas cúspides para a extremidade do órgão do esmalte. Histologia e Embriologia – Bloco 4 9 Paulo Belo ESTÁGIO DE RAIZ A formação da raiz começa a partir da alça cervical que dá origem a 2 epitélios: O Diafragma epitelial e a Bainha epitelial de Hertwig. O estimulo para essa diferenciação ocorre quando a dentina chega na região da alça cervical. Ela é depositada na região das cúspides e caminha em direção a alça cervical e quando chega vai induzir a proliferação das células da alça que vão primeiramente gerar o diafragma epitelial. Essas células não podem crescer para baixo pois há o saco dentário envolvendo o germe dentário, logo, essas células farão um crescimento horizontal. As células da alça continuam profliferando. Não há espaço para o crescimento delas, então irão crescer para “trás”, formando a bainha epitelial de HERTWIG. Esse segundo epitélio estimula as células da papila dentária a se diferenciar formando odontoblastos na futura região de raiz. Esses odontoblastos vão produzir dentina na região de raiz, sendo chamada então de dentina radicular (por ser exatamente dentina na região onde será a raiz do dente). O crescimento da dentina radicular vai alongando o germe dentário. A formação dessa dentina é MUITO MAIS RÁPIDA que o crescimento das células da bainha de Hertwig e, por isso, começa a aparecer falhas, espaços vazios no meio do epitélio e por fim a bainha desaparece. Os restos celulares no meio desse processo são chamados de “restos epiteliais de MALASSEZ”. Histologia e Embriologia – Bloco 4 10 Paulo Belo Com a fragmentação e o desaparecimento das células da bainha epitelial de Hertwig, as células do epitélio interno do saco dentário entram em contato com a dentina radicular. Isso induz a formação de cementoblastos que irão produzir cemento na região da raiz. As demais células do saco dentário vão se diferenciar em fibroblastos, depositando ligamentos periodontais e osteoblastos que vão produzir o osso alveolar. Com a formação da raiz, o dente decíduo começa a romper o epitélio oral e surgir na arcada dentária. Vale lembrar que na superfície do dente há presença de ameloblastos, e esses ameloblastos DESAPARECEM imediatamente a partir que o dente essa se rompendo na arcada. CAVIDADE ORAL E GLÂNDULAS SALIVARES A cavidade oral é composta por: lábios, bochechas, língua, gengiva, palato duro e mole, dentes periodonto de proteção e glândulas salivares. Mucosa Oral A mucosa oral é constituída por 3 tipos de epitélio. De forma geral todos são epitélios estratificados pavimentosos. Isso porque esses tipos de epitélio conferem resistência ao atrito. As estruturas presentes na cavidade oral permitem a trituração dos alimentos(dentes), movimentação e captação do sabor(língua) e mistura desse alimento(que está sendo triturado e será deglutido) com a saliva(que contém algumas enzimas digestivas que iniciam a digestão do alimento na cavidade oral). O que vai diferenciar os 3 tipos de epitélio é a presença ou não de queratina e a quantidade dessa queratina caso possua. As que são denominados de Tecido epitelial estratificado Histologia e Embriologia – Bloco 4 11 Paulo Belo pavimentoso NÃO QUERATINIZADO serão chamados de “mucosa de revestimento” e os que possuem, no caso, Tecido epitelial estratificado pavimentoso QUERATINIZADO serão denominados de “mucosa mastigatória”. Nesta queratinizada há 2 tipos de epitélio: ORTOQUERATINIZADO e PARAQUERATINIZADO. *ORTOQUERATINIZADO: As células da última camada, da camada córnea, são completamente queratinizadas. Como por exemplo: Dorso da língua, palato duro e mucosa jugal. *PARAQUERATINIZADO: As células da camada córnea são parcialmente queratinizadas, ou seja, entre as células mortas preenchidas por queratina há algumas células que estão morrendo ainda, possuindo núcleos muito achatados, chamados PICNÓTICOS. É uma camada acidófila (rosa) que pode conter núcleos “ (em uma visão microscópica no caso) ”. Como por exemplo: *NÃO QUERATINIZADO: Dorso da língua. A mucosa de revestimento é justificada por ter várias camadas de células, núcleos achatados na última camada e sem camada adicional de queratina. Está presente nos lábios, bochechas e parte ventral da língua. A mucosa mastigatória, presente no palato, gengiva e dorso da língua (sofrem bastante atrito) possuindo assim camada de queratina acima da camada córnea para resistir a esses atritos intensos. ORTOQUERATINIZADO (Esquerda) e PARAQUERATINIZADO (Direita). Histologia e Embriologia – Bloco 4 12 Paulo Belo EPITÉLIO ORAL - QUERATINÓCITOS: Produzem queratina (Em maior quantidade no epitélio oral). - MELANÓCITOS: Produzem melanina (Em menor quantidade que na pele). Alguns são encontrados no epitélio que reveste a gengiva. - CÉLULAS DE LANGERHANS: São células apresentadoras de antígenos. - CÉLULAS DE MERCKEL: São receptores táteis. DIVISÃO DOS ESTRATOS PARA VISÃO MICROSCÓPICA - CAMADA BASAL: Faz diversas divisões mitóticas; - CAMADA ESPINHOSA: Possuem queratinócitos e na microscopia de luz parecem que estão cobertos por espinhos, que na verdade são prolongamentos citoplasmáticos entre os queratinócitos via desmossomos; - CAMADA GRANULOSA: Possuem grânulos de querato-hialina; - CAMADA CÓRNEA: Queratinócitos mortos preenchidos por queratina. OBS: No paraqueratinizado, vale lembrar que essa região as células estão PARCIALMENTE preenchidas. Abaixo da epiderme há a derme, que na cavidade oral é chamada de “lâmina própria” e é dividida em 2 porções: *CAMADA PAPILAR: Possui tecido conjuntivo frouxo. Histologia e Embriologia – Bloco 4 13 Paulo Belo *CAMADA RETICULAR: Possui tecido conjuntivo denso não modelado (para resistir ao atrito de vários sentidos). - Componentes: Fibroblastos, macrófagos, algumas células de defesa esporádicas, linfócitos, plasmócitos e matriz extracelular (fibras do sistema colágeno, do sistema elástico...) ESTRUTURAS – DESCRIÇÃO ANATÔMICA LÁBIOS Possuem 3 regiões: Aspecto externo, zona vermelha e porção interna. O aspecto externo é pele fina possuindo folículos pilosos, glândulas sebáceas e sudoríparas. A zona vermelha (onde se passa o batom) também é pele fina, porém não contém folículos pilosos nem glândulas sudoríparas, mas contém glândulas sebáceas. Na parte interna do lábio, que é úmida, há mucosa de revestimento. BOCHECHA É a parede lateral da cavidade oral. A porção externa possui pele fina e a interna que é úmida, mucosa de revestimento. PALATO Forma o teto da cavidade oral. Há duas porções, o palato duro e pacato mole. O duro é composto por tecido ósseo com mucosa mastigatória ortoqueratinizada pois é uma região que estará em constante atrito durante a mastigação. O mole é composto por musculo estriado esquelético com mucosa de revestimento por não sofrer atrito tão intenso. Possui ácinos mucosos formando glândulas salivares menores. GENGIVA Possui mucosa mastigatória com os dois tipos dde epitélio queratinizado: 70% é paraqueratinizado e 30% é ortoqueratinizado. A região imediatamente colada ao esmalte do dente é mais clara, tendo epitélio orto. Geralmente em pessoas de pele escura é possível ocorrer Histologia e Embriologia – Bloco 4 14 Paulo Belo um acumulo excessivo de melanócitos no epitélio oral da gengiva gerando maior pigmentação, como manchas. LÍNGUA Auxilia na mastigação empurrando o alimento de um ladopara o outro, para permitir a trituração pelos dentes, e também auxilia na deglutição modelando o bolo alimentar para que adquira aspecto cilíndrico. Esse movimento de deglutição ocorre pelo movimento da língua, faringe e inicio do esôfago sendo um movimento totalmente voluntário. Para isso a musculatura é estriada esquelética. Na língua é intercruzada, ou seja, os feixes de fibras estão dispostos em todos os sentidos, o que permite movimento em qualquer sentido. A língua é dividida em 2 porções: O CORPO, sendo os 2/3 anteriores e a RAIZ, sendo o 1/3 posterior, separados pelo “V” lingual. Na região dorsal o epitélio é epitélio pavimentoso parcialmente queratinizado, não considerado orto ou para pois em algumas regiões ele não possui queratina. Na região ventral encontra-se mucosa de revestimento. DORSO DA LÍNGUA É bem áspero por conter projeções do epitélio oral e lâmina própria que são as papilas linguais. Uma outra função da língua é a percepção de sabores que é feita por estruturas sensoriais presentes nas papilas linguais por todo o dorso da língua. Existem 4 tipos de papilas com diferentes formas: Histologia e Embriologia – Bloco 4 15 Paulo Belo - FILIFORMES: Possuem forma cônica inclinada para trás (remetendo a um cone mesmo), para a parte interna da cavidade oral. Muito presente em humanos, só possuem estruturas sensoriais que captam o TATO, sendo as únicas que não tem a presença de botões gustativos (captação de sabor). -FUNGIFORMES: Sua forma lembra um cogumelo e contém estruturas que captam sabor, os botões gustativos. Histologia e Embriologia – Bloco 4 16 Paulo Belo -FOLIADAS: Lembra a dobra de um livro e possuem botões gustativos. -CIRCUNVALADAS (caliciformes): Possuem valas ao redor de projeções arredondadas e botões gustativos. BOTÕES GUSTATIVOS Formados por células epiteliais modificadas que captam sabor. Nas papilas circunvaladas é encontrado na parte lateral da projeção. Possui forma de cebola e células gustativas. Captam partículas químicas desencadeando um impulso nervoso que será captado por uma fibra nervosa aferente localizada na base do botão e a interpretação ocorre no Sistema Nervoso Central (SNC). Para que essas células gustativas entre em contato com a partícula química é necessário um poro que está em contato com o dorso da língua, onde está o alimento. Para que esse poro exista são necessárias áreas sem queratina que permitirão a captação de sabor pelos botões gustativos. Essa mucosa é, portanto, uma mucosa especializada. Histologia e Embriologia – Bloco 4 17 Paulo Belo GLÂNDULAS SALIVARES MAIORES Em toda cavidade oral encontramos glândulas salivares menores mas há 3 que são consideradas órgãos: a parótida, a glândula submandibular e a glândula sublingual; todas com função de produzir saliva. São glândulas exócrinas, contendo, portanto, uma porção de ducto e uma porção secretora. Essa última que começa como tubo e depois se torna arredondada confere o nome de túbulo acinosa. SALIVA - Umidifica e lubrifica a mucosa oral e alimentos. - Inicia a digestão de carboidratos e lipídios (possuindo amilase salivar, em maior quantidade e lipase). - Defesa contra microrganismos (possuindo IgA, Lisozima e lactoferrina, essas ultimas sedo substancias bactericidas por comprometer a parede de bactérias). - Combate a laca bacteriana (agregação de partículas sobre os dentes). - Possui pH neutro na cavidade oral (reduz a proliferação de bactérias). Todas as glândulas possuem um ducto que vai conduzir a saliva para o meio externo, a cavidade oral com exceção da parótida que é apenas acinosa, a porção secretora é túbulo acinosa. PORÇÃO EXCRETORA Possui 3 tipos de ductos: - INTERCALAR: Está em contato com a porção secretora, os ácinos e possui epitélio cúbico simples. - ESTRIADO: Possui epitélio cilíndrico simples, com ranhuras na região basal por possuir muitas mitocôndrias e envaginações basais, dobras da membrana plasmática o que indica capacidade Histologia e Embriologia – Bloco 4 18 Paulo Belo de transportar H2O e íons (pode absorver água da saliva, tornando-a menos aquosa e mais orgânica). - INTERLOBULAR OU EXCRETOR: O último ducto que transporta saliva para a cavidade oral. Possui epitélio estratificado cúbico (2 camadas e núcleo arredondado na última camada). PORÇÃO SECRETORA - Ácinos serosos: Núcleo arredondado, citoplasma apical cheio de grânulos acidófilos. (Linguagem do Paulo: Você só vai ver ROSA ESCURO na imagem, típico de uma PARÓTIDA). - Ácinos mucosos: Núcleo basal achatado, região apical cheia de grânulos mucosos ou corados pelo corante histológico. (Linguagem do Paulo: Você só vai ver uma cor clara, parece meio branca/cinza, típico de uma SUBLINGUAL). - Ácinos mistos: Células serosas e mucosas entremeadas. Não existe meia lua serosa! É um artefato de técnica: Durante a afixação com formol as células mucosas incham empurrando as Histologia e Embriologia – Bloco 4 19 Paulo Belo células serosas. (Linguagem do Paulo: Vai ter meio a meio na imagem, metade ROSA ESCURO, metade branco/cinza, típico da SUBMANDIBULAR). PARÓTIDA: Só encontramos ácinos serosos. Histologia e Embriologia – Bloco 4 20 Paulo Belo SUBMANDIBULAR: Possui + ácinos serosos que mucosos. SUBLINGUAL: Possui + ácinos mucosos que serosos (ou mistos) Histologia e Embriologia – Bloco 4 21 Paulo Belo DENTE O dente possui 3 porções, a coroa, a raiz e o colo (entre a raiz e a coroa). Os humanos têm duas dentições: 1º DENTIÇÃO -> Decídua “de leite”: 20 dentes. 2º DENTIÇÃO -> Permanente: 32 dentes. Os tecidos que formam os dentes são: Esmalte, Dentina e Polpa. ESMALTE: Porção branca, somente é encontrado na coroa. DENTINA: Porção amarelada, encontrada na coroa e na raiz. POLPA: Porção vascularizada, também encontrada na coroa e na raiz. Em uma viagem histológica, vê-se o esmalte, a dentina e a polpa. Nessa, em particular, vê-se no cemento, que vem junto com o dente quando o extraímos. Isso faz parte do PERIODONTO, e nele estudaremos tudo que mantem o dente preso/no lugar, como: Osso alveolar, ligamento periodontal, cemento e gengiva. ESMALTE: É de origem ectodérmica, está presente na região coronária do dente, é o tecido mais duro/rígido do organismo (mais que o osso). Logo, é um tecido mineralizado. É também acelular (não possui células), pois os ameloblastos são erodidos quando o dente erupciona. Por isso, quando o esmalte é danificado ele não pode ser reparado pois as células responsáveis pela deposição de esmalte são perdidas! O esmalte é, também, friável (quebradiço), assim como o vidro que também é duro e quebradiço, ele é friável..., mas não se quebra atoa o esmalte, porque boa parte dos impactos e absorvido pela dentina, que está logo abaixo. O esmalte é, ainda, avascular e não inervado. Em casos de dentes cariados que doem, é porque a cárie já passou do esmalte e chegou na dentina. Como já dito, ele não é renovável. Ele é composto, basicamente por material inorgânico. 97% é material inorgânico, sendo a maioria, principalmente de HIDROXIAPATITA e também carbonato apatita e o 1% é formado pelo Histologia e Embriologia – Bloco 4 22 Paulo Belo material orgânico. Desse 1% encontramos proteínas especificas do esmalte, como: Amelogeninas, Enamelinas e Ameloblastinas. E 2% restante é água. Essas proteínas ajudam na coesão entre os prismas do esmalte. (PRISMA: Unidade funcional básica do esmalte). **Esse material INORGÂNICO está organizadoformando prismas. Então a unidade funcional do esmalte são os prismas, que alguns autores comparam a buracos de fechaduras antigas. Os prismas têm cabeça e cauda e se encaixam PERFEITAMENTE uns nos outros e é isso que dá a dureza do esmalte. ** Dependendo do dente tem-se de 5 a 12 milhões de prismas. Na eletrônica, os prismas em corte longitudinal, bem retilíneos. Em corte mais oblíquo, a gente consegue ver os perfis dos prismas. Alguns autores chamam os prismas de bastões, mas são sinônimos. Na substância entre os prismas é onde se tem a maior parte das proteínas. Como esses prismas se organizam dentro do dente: Temos aqui a cavidade central do dente, a cavidade pulpar, a dentina: Os prismas se organizam radialmente a partir da dentina. E mais, como já dito, ele possui uma cabeça e uma cauda: A cabeça está voltada para a face oclusão do dente, mostrando que a organização não é aleatória. Existe uma região bem pequena do esmalte, na borda do dente, onde há uma pequena porção na qual o esmalte é aprismático (Não tem prismas). No microscópio eletrônico vê-se os prismas mudando de orientação, mas no de luz isso são as estrias de Retzius, “que são quando os prismas mudam de orientação”. Não tem consequência nenhuma para o esmalte. A preparação histológica para ver o esmalte no microscópio só se dá através de desgaste! Cortar fininho e lixar! A estria, quando acaba, forma uma depressãozinha. Essas depressões são as “periquimáceas”, (As estrias quando acabam na superfície do dente). Às vezes vemos uma região mais escurecida no esmalte. O que acontece é que os prismas nessas regiões estão se entrelaçando. Isso acontece sempre na região das cúspides. Esse entrelaçamento dá mais resistência ao dente, porque a região das cúspides é onde há maior impacto no dente. Nessa região, chamamos esse esmalte de “Esmalte nodoso”. Às vezes, vamos encontrar também, saindo da dentina, umas projeções mais escuras para o esmalte. São os “fusos do esmalte”, que são prolongamentos dos Histologia e Embriologia – Bloco 4 23 Paulo Belo odontoblastos que fogem da dentina e vão até o esmalte. Isso pode dar uma sensibilidade maior, mas é como um erro, eles não deveriam estar ali. Isso se forma durante a formação do esmalte. As fases da amelogênese (Fases de produção o esmalte): - Fase morfogenética (Fase pré-amelobasto, onde ele não está diferenciado); - Fase de diferenciação (Ameloblasto jovem); - Fase secretora (Ameloblastos começando a secretar); - Fase de maturação (Onde efetivamente vai haver a secreção do esmalte); - Fase de proteção (Até aqui o número de organelas vinha subindo, mas aqui ele vai diminuindo o número de organelas e diminuindo seu tamanho e vai ficar protegendo o esmalte até o momento da erupção, quando, então, ele se perde!). Cada ameloblasto sintetiza APENAS um prisma. Então, se são de 5 a 12 milhões de prismas, são 5 a 12 milhões de ameloblastos por dente! Às vezes quando queremos marcar síntese de esmalte ou de osso, damos tetraciclina, porque se eu der esse antibiótico hoje e coletar um osso daqui a um mês, o osso ou esmalte que estava sendo sintetizado hoje estará marcado com a tetraciclina, então, óbvio, não se dá tetraciclina para quem está sintetizando esmalte! O flúor é incorporado no esmalte. E, quando ele é utilizado em muita quantidade, ele causa a hipoplasia do esmalte por fluorose. Ele é incorporado no dente em formação e causa essas manchas no esmalte e esses defeitos. Complexo dentina-polpa: É um complexo porque elas funcionam muito integradas. DENTINA: Também é um tecido calcificado, com cor que varia (branco amarelada), espessura que varia de 1 a 3 mm, originária dos odontoblastos, que participa do complexo dentinho-pulpar e confere elasticidade ao dente e é permeável (Por isso eu se houver uma hemorragia na polpa a dentina fica preta e o dente escuro). Composição: 70% de material inorgânico, 18% de material orgânico e 12% de água. A parte inorgânica é, principalmente, cristais de hidroxiapatita também. Na porção orgânica, temos: - Colágenos I, III, IV, V e VI; - Osteonectina. - Osteopontina - Proteína GLA; - Proteoglicanos; - Fosforina dentinária; - Proteína da matriz dentinária; - Sialoproteína dentinária; Histologia e Embriologia – Bloco 4 24 Paulo Belo Obs: Os 3 últimos são exclusivos da dentina, enquanto os demais são encontrados em outros tecidos do corpo). Tem duas estruturas básicas na dentina: O túbulo dentinário e a matriz intertubular. A dentina é repleta de pequenos túbulos. Na eletrônica, vemos o túbulo e a matriz envolta dele. Temos, então, a dentina intertubular e a dentina peritubular. - DENTINA PERITUBULAR: Está envolva dos túbulos, é uma dentina um pouco diferente; É subdividida em 3 camadas: Uma camada hipomineralizada interna, uma hipermineralizada média e uma hipomineralizada externa. - DENTINA INTERTUBULAR: Todo o resto da dentina; Dentro dos túbulos, tem-se os prolongamentos dos odontoblastos (Processo odontoblástico); Há três regiões na dentina: - A região do manto (ou cobertura): É a mais externa. É originada dos odontoblastos em diferenciação e é um pouquinho menos calcificada. A gente não vai conseguir identificar bem a dentina peritubular. - A dentina circumpulpar: É a maior parte dela (É a principal, com todas as características que falamos até agora). É a dentina que é depositada até o ápice da raiz ser formado; Histologia e Embriologia – Bloco 4 25 Paulo Belo - Pré-Dentina: É a camada mais interna, reveste a cavidade pulpar. É uma dentina recém- sintetizada (Não foi mineralizada ainda). A gente ainda pode classificar a dentina em: Primária, secundária e terciária: - A primária, como o nome sugere, é a primeira a ser depositada; - A secundária é aquela depositada depois do ápice da raiz já estar formado; - A terciária só se forma em reação ao trauma, quando a dentina é danificada e ocorre uma deposição de dentina reparadora. Inervação do complexo dentinho-pulpar: Os nervos partem da polpa e podem penetrar na dentina junto com os prolongamentos dos odontoblastos. A dentinogênese os odontoblastos interagem com os ameloblastos, naquela indução recíproca que vimos, mas os odontoblastos não se perdem, por isso pode-se haver a reparação da dentina após uma lesão. Às vezes acontece de alguns odontoblastos morrerem e, quando isso acontece, a porção da dentina correspondente a esses odontoblastos forma os “Tratos mortos”. Há quem diga que na polpa dentária existem células tronco totipotentes (capacidade de se diferenciar em qualquer célula do corpo. Essas são, somente, as células do embrioblasto), mas na verdade não, existem células tronco multipotentes (capacidade de se diferenciar em muitas, mas não todas, células do corpo), mas que, ainda, teriam que ter ação induzida em laboratório. POLPA: É um tecido não mineralizado, formado por tecido conjuntivo frouxo, que ocupa a cavidade pulpar (tanto na porção coronária quanto na radicular), é vascularizada e inervada e confere coloração à dentina. Células: Encontram-se, na polpa: Os odontoblastos, células tronco e as células típicas do conjuntivo (Fibroblastos, macrófagos e células dendríticas). Histologia e Embriologia – Bloco 4 26 Paulo Belo Na matriz, temos colágeno, sistema elástico e substância fundamental (típicos do conjuntivo frouxo). A polpa está organizada em 4 camadas centrais. De fora para dentro, temos: - Camada odontoblástica; - Camada oligocelular (pobre em células); - Camada rica em células; - Camada central da polpa; Suprimento sanguíneo e nervoso: Entram pelo forame apical e se ramificamextensivamente na polpa. Os vasos são mais finos na região periférica e mais calibrosos na região central. Com a idade, podem surgir algumas calcificações na polpa, o que, geralmente, é assintomático e não traz nenhum problema. Com a idade, ainda, a cavidade pulpar vai diminuindo. Sobre a sensibilidade dentinária, existem 3 hipóteses (Por enquanto, não se pode eliminar nenhuma delas): 1º - A de que os prolongamentos dos nervos vão diretamente dentro do túbulo dentinário, junto com o prolongamento odontoblástico; 2º - A de que os odontoblastos funcionam como um receptor que transmite informação para a célula nervosa da polpa; 3º - A de que o movimento de líquidos através do canal dentinário estimula os terminais nervosos da polpa. A polpa tem função de: Histologia e Embriologia – Bloco 4 27 Paulo Belo • Formação, uma vez que ela produz a dentina que a circunda. • Nutrição, uma vez que ela nutre a dentina avascular. • Proteção, uma vez que possui nervos que dão à dentina sua sensibilidade. • Reparação, uma vez que ela consegue produzir nova dentina quando necessário. Periodonto Periodonto É o conjunto de tecidos que sustentam e revestem o dente. Periodonto de inserção Função: realizar a ancoragem do dente ao alvéolo (manter o dente fixado ao alvéolo). É composto por: - Cemento (cementoblastos) - Ligamento periodontal (fibroblastos) - Osso alveolar (osteoblastos) Periodonto de proteção Função: Função protetora; continuidade do epitélio oral (mucosa oral) com o colo do dente. É composto pela gengiva. Periodonto de inserção Origem: saco dentário (que tem origem ectomesênquima) (Relembrando: o saco dentário é dividido em duas camadas – interna (rica em células e vasos sanguíneos) e externa). A camada interna celular do saco dentário da origem aos componentes de periodonto de inserção. Células ectomesêquimais dessa camada se diferenciam em cementoblastos (que secretarão o cemento) e fibroblastos (que secretam os componentes do ligamento periodontal). - Cemento Tecido conjuntivo mineralizado. Sua estrutura é muito semelhante a do tecido ósseo, a diferença é que o cemento é avascular. PERIODONTO DE INSERÇÃO DE PROTEÇÃO Histologia e Embriologia – Bloco 4 28 Paulo Belo - Recobre a dentina somente na porção radicular. Função: ancorar as fibras do ligamento periodontal à raiz do dente. - Matriz extracelular mineralizada. - Células: cementoblastos e cementócitos. Essas células são semelhantes aos osteoblastos e osteócitos em morfologia e função. - Recebe oxigênio e nutrientes através do ligamento periodontal. Características: - Cor branco-perolado. -Dureza: inferior à da dentina e do esmalte. - Permeabilidade menor que a da dentina. - Radiopacidade equivalente ao osso. - Não tem capacidade de remodelamento e é maios resistente à absorção que o osso (por ser avascular). Cementoblastos - Ativos e inativos. - Arranjados na superfície do cemento. Arranjo epitelióide, semelhante ao dos osteoblastos. - Depositam a porção orgânica do cemento. - Cementóide: cemento ainda não-mineralizado, composto somente pode sua matriz orgânica. - O cementóide é progressivamente mineralizado, originando o cemento. Cementócitos - Cementoblastos que ficaram aprisionados na matriz calcificada do cemento (igual aos osteócitos). - Atividade secretora reduzida. - Estão aprisionados em lacunas. - Possuem prolongamentos que se dirigem para o ligamento periodontal e que ocupam canalículos. Função: manutenção da matriz do cemento. Histologia e Embriologia – Bloco 4 29 Paulo Belo Cementogênese Na fase de raiz: 1 - A deposição da dentina alcança a alça cervical, induzindo a proliferação das células da alça, formando o diafragma epitelial. A proliferação continua e dá origem à bainha epitelial de Hertwig. 2 - A bainha induz a diferenciação de células da papila dentaria em odontoblastos, que começam a secretar a dentina radicular. 3 - A deposição da dentina radicular é mais rápida que a proliferação das células da bainha de Hertwig. Essa diferença de velocidade faz com que a bainha se fragmente, criando espaços que permitem a comunicação entre a dentina radicular e a camada interna do saco dentário. 4 - Esse contato induz a diferenciação das células dessa camada em cementoblastos, que começam a secretar o cemento. Fibras do Cemento São classificadas em intrínsecas e extrínsecas. INTRÍNSECAS EXTRÍNSECAS ORIENTAÇÃO Paralelas a raiz Perpendiculares ás intrínsecas SECRETADAS POR Cementoblastos Fibroblastos LOCALIZAÇÃO Dentro do cemento Inseridas no cemento Camadas do Cemento O cemento é dividido em acelular e celular: Histologia e Embriologia – Bloco 4 30 Paulo Belo Acelular - Terço cervical da raiz. - Não contem cementócitos. - As fibras estão nele. - É formado antes que o dente erupcione. Celular - Terço médio a apical da raiz. - Contém cementócitos. - Fibras mistas (extrínsecas e intrínsecas). - É formado quando o dente está em oclusão. Junção Amelocementária Local de encontro entre esmaltes e cemento. Existem três tipos de junção amelocementárias. 1 – Cemento se sobrepõe ao esmalte (tipo mais frequente – 60% das pessoas). 2 – Cemento e esmalte estão justapostos (30% das pessoas). 3 – Há um espaço entre esmalte e cemento (fenda) (10% das pessoas). A dentina fica em contato com o periodonto de proteção na fenda. Isso ocasiona uma maior sensibilidade e facilita que infecções atinjam a dentina. Ligamento periodontal - Tecido conjuntivo fibroso. - Localizado entre o osso e o cemento. - Originado do saco dentário (camada interna). - É o único componente do periodonto de inserção que não é mineralizado. Histologia e Embriologia – Bloco 4 31 Paulo Belo Funções: - Manter o dente no alvéolo. - Resistir as forças de mastigação. - Tem função sensorial: altamente inervado – possui receptores que “informam” se o dente está em correta oclusão através de sensação de dor. Células - Fibroblastos (principal tipo). - Osteoblastos e cementoclastos (cementoclastos são raros!). - Mastócitos e macrófagos. - Restos epiteliais de Malassez (são resíduos da bainha de Hertwig). - Células indiferenciadas. Fibras - Fibras colágenas. - Grupos de fibras principais do ligamento periodontal: - Inseridas no osso alveolar: fibras de Sharpey. - Inseridas no cemento: fibras perfurantes. (São as fibras extrínsecas do cemento!). Histologia e Embriologia – Bloco 4 32 Paulo Belo As fibras perfurantes e de Sharpey são as mesmas fibras. Esses nomes se referem as porções que se inserem no cemento e no osso alveolar, respectivamente. Classificação das fibras quanto a inserção - Obliquas ascendentes (ou cristoalveolares). - Obliquas descendentes. - Apicais. - Horizontais (de transição). - Inter radiculares (ficam entre as raízes de um mesmo dente). Processo alveolar - Forma as paredes laterais da cripta onde fica o dente. - É formado pelo osso alveolar e pela porção cortical do osso basal. Osso alveolar - Tecido ósseo que reveste o alvéolo. - É formado sobre o osso basal (sobre a sua porção cortical). - A formação do osso alveolar depende da formação do germe dentário, porque esse osso é derivado do saco dentário. - As fibras de Sharpey se inserem em feixes no osso alveolar. Oblíquas Ascendentes Oblíquas Descendentes Histologiae Embriologia – Bloco 4 33 Paulo Belo - O osso alveolar tem características de osso compacto (sistemas de Havers, lacunas, etc.). - Faz parte da formação da maxila e da mandíbula. Classificação do osso alveolar (porções): - Tabua vestibular ou lingual Osso alveolar em contato com a gengiva (com a cavidade oral). - Tabique Inter dentário Osso alveolar entre dois dentes. - Tabique Inter radicular Osso alveolar entre duas raízes de um mesmo dente. Periodonto de proteção - Gengiva A gengiva está dividida em três regiões: - Gengiva marginal (ou livre) - Gengiva interdentária (ou papilar) “papila interdental na imagem” - Gengiva inserida Histologia e Embriologia – Bloco 4 34 Paulo Belo - Gengiva marginal (ou livre) Porção mais clara, em contato direto com o dente. A gengiva marginal tem duas faces: - Vertente livre Face voltada para a cavidade oral. Epitélio resistente ao atrito – epitélio estratificado pavimentoso, principalmente paraqueratinizado. - Vertente dentária Face voltada para o dente. Existe um espaço entre a gengiva marginal e o esmalte do dente: é o sulco gengival. Existe também um epitélio que conecta a gengiva marginal ao esmalte: é o epitélio juncional. Esse epitélio possui dois estratos: - Basal: Com células cubicas. - Superbasal: Com células achatadas.
Compartilhar