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Gestalt-Teraria Revisão AV1 Professora Fátima Uhr Professora: Fátima Uhr Pressupostos Filosóficos Professora: Fátima Uhr O Homem como Projeto Toda a ação é humana, seja ela repugnante ou não. Professora: Fátima Uhr O Homem como Projeto Ao nos depararmos com algo injusto, segundo a concepção existencialista, pensaremos “isto é humano”. Professora: Fátima Uhr O Homem como Projeto Mas, isto não significa uma concepção pessimista, ao contrário, é uma visão otimista: se é humano, posso ou não praticar este ato - não há nada além de mim mesmo que me compele a isto. Professora: Fátima Uhr A existência precede a essência. Professora: Fátima Uhr O Homem como Projeto O homem existe no mundo, surge no mundo, para depois se definir. Professora: Fátima Uhr O Homem como Projeto E mais: só depois que existiu o homem pode dizer o que é a humanidade, podendo julgar-se alguma coisa apenas a partir daquilo que já está feito. Professora: Fátima Uhr O Homem como Projeto Em suma: o homem é aquilo que faz. Professora: Fátima Uhr O Homem como Projeto “O homem antes de mais nada, é um projeto que se vive subjetivamente. Professora: Fátima Uhr O Homem como Projeto Ao conceber o homem como projeto, tornamo-nos responsáveis por aquilo que somos. Professora: Fátima Uhr O Homem como Projeto Não somos aquilo que queremos ser, mas somos o projeto que estamos vivendo e este projeto é uma escolha, cuja responsabilidade é apenas do próprio homem. Professora: Fátima Uhr O Homem como Projeto O homem, sentirá angústia ao escolher, pois esta escolha implica no abandono de todas as outras possibilidades. Professora: Fátima Uhr O Homem como Projeto Porém, a ideia de que a existência precede a essência permite outros desdobramentos. Professora: Fátima Uhr O Homem como Projeto O homem não pode responsabilizar a sua existência à natureza alguma. Não há nada que legitime seu comportamento, não há nada que o determine. Professora: Fátima Uhr O Homem como Projeto O homem faz-se a si próprio, é livre: tem total liberdade para escolher o que se torna, é responsável por sua paixão. Professora: Fátima Uhr O Homem como Projeto Assim, não há nada que justifique seus atos. O homem está desamparado, condenado à sua própria escolha. Professora: Fátima Uhr O Homem como Projeto Com nossas escolhas, não só atingimos a nós próprios, atingimos a nós através do outro. Professora: Fátima Uhr O Homem como Projeto O outro é a condição para nossa existência, não somos nada sem o reconhecimento do outro. Professora: Fátima Uhr O Homem como Projeto Para o homem conhecer-se é necessário, primeiramente, que o outro o reconheça. Professora: Fátima Uhr O Homem como Projeto Este é o mundo intersubjetivo, de âmbito da consciência, e é através dele que julgamos a nós mesmos e os outros. Professora: Fátima Uhr O Homem como Projeto Mesmo não havendo essência, para toda existência humana há uma condição: a priori, há um conjunto de limites que esboçam a situação do homem no universo. Professora: Fátima Uhr O Homem como Projeto Há ainda uma universalidade de todo projeto individual. Professora: Fátima Uhr O Homem como Projeto Podemos compreender a existência de qualquer homem mas, isso não significa que possamos defini-lo estaticamente. Professora: Fátima Uhr O Homem como Projeto A universalidade é construída dinamicamente. Professora: Fátima Uhr O Homem como Projeto O homem a constrói no ato de escolher, o que implica que, ao escolher, ele estará compreendendo o projeto de qualquer homem, pois o homem não é capaz de ultrapassar a própria subjetividade humana. Professora: Fátima Uhr Vir-a-Ser Professora: Fátima Uhr Vir-a-Ser O homem é um completo vir-a-ser, nunca é algo estático ou estagnado, antes é um ser em constante transformação e mudança. Professora: Fátima Uhr Vir-a-Ser Conceber o homem como um ser estático é não compreender o homem em sua essência. Professora: Fátima Uhr Nenhum homem pode banhar-se duas vezes no mesmo rio... pois na segunda vez o rio já não é o mesmo, nem tão pouco o homem! Heráclito de Efeso Professora: Fátima Uhr Teoria de Campo de Lewin Professora: Fátima Uhr Teoria de Campo de Lewin 1. Influências sociais sobre o comportamento humano. Professora: Fátima Uhr Teoria de Campo de Lewin 1.1. O campo forma um intricado mosaico de possibilidades, cabendo ao indivíduo decodificá-las através de sua percepção. Professora: Fátima Uhr Teoria de Campo de Lewin 1.2. Compreensão global do funcionamento do indivíduo: meio externo e interno de cada um. Professora: Fátima Uhr Homeostase Homeostase, é o processo através do qual o organismo satisfaz as suas necessidades e interage com o seu meio, buscando o equilíbrio. Professora: Fátima Uhr Homeostase Para a GT, a homeostase não se refere apenas aos aspectos fisiológicos de fome, frio, calor, mas também aos aspectos psicológicos. Professora: Fátima Uhr Homeostase A partir do momento que entendemos o organismo como um todo, muda também o conceito de "saúde e doença" com o qual estamos acostumados a trabalhar. Professora: Fátima Uhr Homeostase Em Gestalt-terapia, uma pessoa que se encontra com dificuldades na vida, que se encontra em momento de dor, sentindo-se deprimida, com fobias que não consegue explicar ou resolver; na verdade está numa busca desesperada por reestabelecer seu equilíbrio. Professora: Fátima Uhr Homeostase Alguma coisa ou acontecimento, em algum momento, interrompeu a sua possibilidade de auto-regulação com o meio, de satisfazer suas necessidades. Professora: Fátima Uhr Homeostase Na Gestalt, saúde não significa a ausência de doença. Professora: Fátima Uhr Homeostase Considera-se que quando o processo homeostático (no sentido fisiológico e psicológico) é mantido, tem-se o estado de saúde, ainda que em condições adversas. Professora: Fátima Uhr Homeostase Quando a pessoa consegue identificar suas necessidades, quando consegue formar uma figura clara, nítida e discriminar como pode satisfazer aquela necessidade, fechar a gestalt; Isto é considerado saudável. Professora: Fátima Uhr Homeostase Ou seja, se o seu relacionamento no campo organismo/ambiente é mutuamente satisfatório, é considerado saudável, caso contrário, considera-se disfuncional (e não "doente"). Professora: Fátima Uhr Homeostase A maneira de lidar da Gestatl-terapia com as variadas neuroses, é justamente não enquadrando o indivíduo dentro de uma patologia (fulano é depressivo, ciclano é bipolar e etc.). Professora: Fátima Uhr Homeostase Entendemos que esta é apenas uma maneira que ele encontrou de lidar com a situação em determinado momento, de acordo com as condições e o suporte que tinha naquele instante. Professora: Fátima Uhr O ciclo de contato Professora: Fátima Uhr O ciclo de contato O ciclo de contato é um conceito fundamental na formulação da Abordagem Gestáltica. Professora: Fátima Uhr O ciclo de contato Ele provém das influências que Perls recebeu da Teoria Organísmica de Kurt Goldstein. Professora: Fátima Uhr O ciclo de contato Esta compreende o homem, como um organismo que interage com o meio através do processo de homeostase, estando por isso em constante relação de troca com este. Professora: Fátima Uhr O ciclo de contato Para Goldstein: "O organismo é uma só unidade, o que ocorre numa parte, afeta o todo”. Professora: Fátima Uhr O ciclo de contato Além disso, ele acredita que o homem possui em si um potencial para a “auto-realização”: Professora: Fátima Uhr O ciclo de contato "A auto-realização é uma tendência criativa da natureza humana. E o princípio orgânico pelo qual o organismo se desenvolve plenamente” . Professora: Fátima Uhr O ciclo de contato Perls, partindo deste conceito fala: Professora: Fátima Uhr O ciclo de contato "Chamamos de organismo qualquer ser vivo que possua órgãos, que tenha uma organização e que se auto-regule”. Professora: Fátima Uhr O ciclo de contato “Um organismo não é independente do ambiente... O organismo sempre trabalha como um todo... Saúde é um equilíbrio apropriado da coordenação de tudo aquilo que somos”. Professora: Fátima Uhr O ciclo de contato Joseph Zinker no livro El Processo Creativo en la Terapia Guestaltica (12,p.77-84), resume estes conceitos através da formulação do Ciclo de Auto Regulação do Organismo descrito a seguir: Professora: Fátima Uhr O ciclo de contato O ciclo inicia-se com o indivíduo (organismo) em estado de retraimento. Professora: Fátima Uhr O ciclo de contato Contudo quando surge uma necessidade que é assimilada pelo sujeito através de uma sensação ou sentimento ( ex.: "Minha boca está seca" ), ele começa naturalmente a buscar a satisfação desse desejo, através da sua relação com o meio/mundo. Professora: Fátima Uhr O ciclo de contato Toma consciência da necessidade - "Estou com sede" - mobiliza energia para a satisfação desta e parte para a ação - Anda até a cozinha para pegar um copo de água. Professora: Fátima Uhr O ciclo de contato Ao beber a água estabelece um contato satisfatório, saciando a sua sede, e podendo retornar novamente ao estado de retraimento até que outra necessidade se instaure. Professora: Fátima Uhr Ciclo do Contato Retraimento Professora: Fátima Uhr Ciclo do Contato Sensação começa a surgir Professora: Fátima Uhr Ciclo do Contato Consciência da Sensação – “boca seca” Professora: Fátima Uhr Ciclo do Contato Caminha até a geladeira Professora: Fátima Uhr Ciclo do Contato Bebe a água Professora: Fátima Uhr Ciclo do Contato estabelece um contato satisfatório, saciando a sua sede Professora: Fátima Uhr Ciclo do Contato Retraimento Professora: Fátima Uhr O ciclo de contato É nesta compreensão que o Gestalt-Terapeuta baseia a sua terapia e a crença de que se o seu cliente tiver um meio adequado, ele será capaz de voltar a autorregular-se, resolvendo seus conflitos. Professora: Fátima Uhr O ciclo de contato Ele acredita que as dificuldades de seu cliente são oriundas das diversas interrupções sofridas por este no seu processo de auto-realização. Professora: Fátima Uhr Figura E Fundo - Parte/Todo. Professora: Fátima Uhr Figura E Fundo - Parte/Todo. Sabe-se que a estruturação da percepção de um objeto-estímulo se dá a partir de uma figura em relação a um fundo e que a nossa percepção sempre apreende qualquer estímulo a partir de uma Gestalt - visão do todo. Professora: Fátima Uhr Figura E Fundo - Parte/Todo. A figura é parte de um todo e só pode ser compreendida em relação ao fundo, não existindo sem este. Professora: Fátima Uhr Figura E Fundo - Parte/Todo. Por exemplo, no desenho abaixo, enxergamos a taça, colocando o fundo com a parte escura e duas faces, caso a parte branca torne-se o fundo. Professora: Fátima Uhr Em função da organização da nossa percepção do todo (figura-fundo), alteramos a nossa percepção do desenho, modificamos a nossa Gestalt; visualizamos a taça ou duas faces. Professora: Fátima Uhr Figura E Fundo - Parte/Todo. Esta contribuição da Psicologia da Gestalt de Wertheimer, Koftka e Kohlfer (12,p.79-81) permite ao Gestaft-Terapeuta compreender como figuras, as necessidades que mobilizam o indivíduo para ação, Professora: Fátima Uhr Figura E Fundo - Parte/Todo. nunca esquecendo que estas são partes de um fundo e que figura e fundo juntos, formam um todo, que é igual a mundo existencial do sujeito. Professora: Fátima Uhr Figura E Fundo - Parte/Todo. E o todo é sempre maior que a simples soma das partes Professora: Fátima Uhr Figura E Fundo - Parte/Todo. O Gestalt-Terapeuta atua através da focalização da sua atenção nas diferentes figuras que aparecem na sessão de psicoterapia, que podem ser: sentimentos, ideias, expressões corporais, e considera que estas fazem parte de uma totalidade. Professora: Fátima Uhr Figura E Fundo - Parte/Todo. Entende ainda, que o trabalho em uma parte/figura leva consequentemente a uma mudança na estrutura / todo do cliente. Professora: Fátima Uhr A Gestalt ou a Psicologia da Forma F i g u r a e F u n d o Professora: Fátima Uhr A Gestalt ou a Psicologia da Forma F i g u r a e F u n d o Professora: Fátima Uhr A Gestalt ou a Psicologia da Forma F i g u r a e F u n d o Professora: Fátima Uhr A Gestalt ou a Psicologia da Forma F i g u r a e F u n d o Professora: Fátima Uhr A Gestalt ou a Psicologia da Forma F i g u r a e F u n d o Professora: Fátima Uhr A Gestalt ou a Psicologia da Forma F i g u r a e F u n d o Professora: Fátima Uhr Figura E Fundo - Parte/Todo. Esse é um processo de formação dinâmica. A figura depende do fundo sobre o qual aparece. Quando satisfeita, a figura se torna fundo, para que surja uma nova figura. Professora: Fátima Uhr Figura E Fundo - Parte/Todo. Figura é a necessidade que emerge a cada momento a fim de ser satisfeita; Figura e Fundo é toda gama infinita de possibilidades de outras vivências, necessidades e percepções que naquele instante cedem lugar para o surgimento e configuração de uma necessidade dominante. Professora: Fátima Uhr Figura E Fundo - Parte/Todo. Figura e fundo - Quando o organismo se depara com várias necessidades simultâneas a serem satisfeitas, tenta estabelecer um equilíbrio homeostático, daí se dá uma hierarquização. Professora: Fátima Uhr Figura E Fundo - Parte/Todo. A figura não é parte isolada do fundo, ela existe no fundo. O fundo revela a figura, permite à figura surgir (...) (Ponciano, 1985) Figura e Fundo. Professora: Fátima Uhr Figura E Fundo - Parte/Todo. Desde que seja incapaz de fazer adequadamente mais de uma coisa de cada vez o organismo se encarrega da necessidade de sobrevivência dominante antes de cuidar de qualquer das outras; Professora: Fátima Uhr Figura E Fundo - Parte/Todo. age, em primeiro lugar, com o princípio das coisas fundamentais [...] Formulando esse princípio em termos de Psicologia da Gestalt podemos dizer que a necessidade dominante do organismo, em qualquer momento, se torna figura do primeiro plano, e as outras necessidades recuam, pelo menos temporariamente, para o segundo plano. Professora: Fátima Uhr Figura E Fundo - Parte/Todo. A necessidade a ser satisfeita imediatamente é a figura, e a que passa a segundo plano, o fundo. Professora: Fátima Uhr Figura E Fundo - Parte/Todo. Esse processo dinâmico por excelência, quando em funcionamento harmonioso leva o indivíduo a fechar a Gestalt de determinada situação ou necessidade. Professora: Fátima Uhr Figura E Fundo - Parte/Todo. Para que o indivíduo satisfaça suas necessidades, feche a Gestalt, passe para outro assunto, deve ser capaz de manipular a si próprio e ao seu meio, Professora: Fátima Uhr Figura E Fundo - Parte/Todo. pois mesmo as necessidades puramente fisiológicas só podem ser satisfeitas mediante a interação do organismo com o meio. (Perls,1973,p.24) Professora: Fátima Uhr Figura E Fundo - Parte/Todo. É da plasticidade da interação entre essa figura e fundo que o indivíduo interage com o meio, constituindo aquilo que em Gestalt terapia denominamos de Ciclo do Contato. Professora: Fátima Uhr Figura E Fundo - Parte/Todo. A neurose surge a partir de interrupções no fluxo natural de figuras, tornando-as inacabadas. Professora: Fátima Uhr Aqui e Agora Professora: Fátima Uhr Aqui e Agora Entende ainda, que o trabalho em uma parte/figura leva consequentemente a uma mudança na estrutura / todo do cliente. Professora: Fátima Uhr Aqui e Agora O Gestalt-terapeuta trabalha o tempo todo no aqui-agora do comportamento do cliente. Professora: Fátima Uhr Passado Presente Futuro Aqui e Agora Professora: Fátima Uhr Passado Presente Futuro Aqui e Agora Professora: Fátima Uhr Passado Presente Futuro Aqui e Agora Professora: Fátima Uhr Aqui e Agora Este torna-se, através da relação com o terapeuta, capaz de focalizar suas dificuldades (figuras) e atualizar seu passado (fundo = situações inacabadas), de modo a dar-se conta (conscientizar-se) de como o seu passado aparece em seus comportamentos atuais, impedindo-o muita das vezes de ter relações satisfatórias e prazerosas. Professora: Fátima Uhr Aqui e Agora A terapia se dá através do contato pelo paciente com suas áreas alienadas, suas dificuldades, seus conflitos, sua criatividade..., experienciadas no presente da relação terapêutica. Professora: Fátima Uhr Aqui e Agora O terapeuta, em conjunto com o cliente, dá luz a este processo, levando-o a conscientizar-se e responsabilizar-se cada vez mais, pelo seu si mesmo. Professora: Fátima Uhr Aqui e Agora "O conscientizar-se fornece ao paciente a compreensão de suas próprias capacidades, habilidades, de seu equipamento sensorial, motor e intelectual”. Professora: Fátima Uhr Aqui e Agora O conscientizar-se fornece algo mais ao consciente... O conscientizar-se, o contato e o presente são simplesmente aspectos diferentes de um mesmo processo - a auto-realização. Professora: Fátima Uhr Aqui e Agora É no aqui-agora que nos damos conta de todas as nossas escolhas, desde pequenas decisões patológicas (ajeitar um lápis na posição exatamente correta) até a escolha existencial de dedicação a uma causa ou profissão" ( Perls,7,p.77-78). Professora: Fátima Uhr Aqui e Agora É o momento presente, que é a única possibilidade e única realidade possível. O futuro são expectativas, objetivos e metas que dirigem nossas escolhas. O como é mais importante que o por que. Professora: Fátima Uhr Aqui e Agora Representa a junção do espaço e tempo, criando a possibilidade de plenitude. O aqui e agora é a totalidade da experiência humana. Inclui tudo e registra, no momento, as emoções e a solução do seu cotidiano. Professora: Fátima Uhr Aqui e Agora É um processo totalizador que colhe no imediato todas as possibilidades do agir humano. Não se trata de imediatismo irresponsável, e sim de uma responsabilidade engajada na totalidade do presente. Professora: Fátima Uhr Mecanismos de Evitação do Contato ou Mecanismos de defesa Professora: Fátima Uhr Mecanismos de defesa Na Gestalt-terapia o homem é visto como potencialmente saudável. Professora: Fátima Uhr Mecanismos de defesa Assim sendo, aquilo que se entende usualmente por mecanismos de defesa neuróticos, o gestalt-terapeuta compreende como formas de evitação do contato. Professora: Fátima Uhr Mecanismos de defesa E isto não significa apenas uma mudança de nomenclatura. Professora: Fátima Uhr Mecanismos de defesa A ação do gestalt-terapeuta não deve objetivar atacar, vencer ou superar as resistências quando o cliente está evitando o contato, mas, principalmente, torná-las mais conscientes ou figurais, favorecendo seu uso adaptado à situação do momento. Professora: Fátima Uhr Mecanismos de defesa A evitação de contato pode ser saudável ou patológica, conforme ¨ sua intensidade, sua maleabilidade, o momento em que intervêm e, de uma maneira mais geral, sua oportunidade.¨ (GINGER, GINGER, 1995). Professora: Fátima Uhr Mecanismos de defesa Um mecanismo de defesa por si só não é bom nem ruim. O uso que o cliente faz dele, o seu funcionamento, é o que caracteriza sua "patologia". Professora: Fátima Uhr Mecanismos de defesa Os mecanismos mais citados pelos diferentes autores são: Confluência Introjeção Projeção Retroflexão Deflexão Proflexão Egotismo Professora: Fátima Uhr Mecanismos de defesa - Confluência Confluência - É um estado de não-contato, por fusão ou ausência de fronteira de contato. O self (si mesmo) não pode ser identificado, ausência de discriminação eu/meio. Professora: Fátima Uhr Mecanismos de defesa - Confluência O confluente não faz as coisas apenas porque gosta; ele não está suficientemente em contato consigo mesmo para saber quando gosta do que faz. Concentra-se, sobretudo, em saber se os outros gostam do que ele faz. Professora: Fátima Uhr Mecanismos de defesa - Introjeção Introjeção - Perls (1988) considera que esse é o mecanismo por meio do qual incorporamos em nós mesmos normas, atitudes, modos de agir e pensar que são dos outros e não verdadeiramente nossos;. Professora: Fátima Uhr Mecanismos de defesa - Introjeção uma internalização passiva do que vem de fora, quando o saudável seria haver uma mastigação antecedendo a assimilação. Professora: Fátima Uhr Mecanismos de defesa - Introjeção O indivíduo que introjeta não tem oportunidade de desenvolver sua própria personalidade e, ao absorver introjetos antagônicos, cria em seu interior campos de batalha com lutas onde nenhum dos lados ganha e que imobiliza o desenvolvimento da personalidade. Professora: Fátima Uhr Mecanismos de defesa - Introjeção De acordo com Perls (idem), a neurose surge se, na infância, o imperativo for contra a natureza e apesar disso aceito de bom grado. Professora: Fátima Uhr Mecanismos de defesa - Projeção Projeção (Perls) - Significa atribuir ao meio elementos da própria subjetividade do sujeito. Professora: Fátima Uhr Mecanismos de defesa - Projeção Para Perls há aqui um deslocamento da responsabilidade do sujeito para o meio. A projeção não-patológica é o que permite a empatia entre os sujeitos. Professora: Fátima Uhr Mecanismos de defesa - Retroflexão Retroflexão (Perls) - Consiste em voltar para si mesmo a energia mobilizada, fazer a si aquilo que gostaria de fazer aos outros ou que os outros lhe fizessem. Professora: Fátima Uhr Mecanismos de defesa - Retroflexão São exemplos de retroflexão (tanto patológica como saudável): morder os dentes ou cerrar os punhos para não agredir; a masturbação; o sadismo e o masoquismo; a fala mental etc. Professora: Fátima Uhr Mecanismos de defesa - Deflexão Deflexão (Polster) - Permite evitar o contato direto, desviando a energia de seu objeto primitivo. São exemplos: desviar o olhar; "falar sobre"; usar termos técnicos etc. Professora: Fátima Uhr Mecanismos de defesa - Proflexão Proflexão (Sylvia Croker) - Uma combinação de projeção e retroflexão, consiste em fazer ao outro aquilo que gostaríamos que o outro nos fizesse. Professora: Fátima Uhr Mecanismos de defesa - Egotismo Egotismo (Goodman) - Consiste em um reforço deliberado nas fronteiras de contato, devido a um reinvestimento de energia no ego, uma hipertrofia narcísica; Professora: Fátima Uhr Mecanismos de defesa - Egotismo geralmente é uma etapa do processo terapêutico, mas enquanto um estado crônico se torna uma patologia Professora: Fátima Uhr Fim Professora: Fátima Uhr
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