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Aula 11 IED

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CCJ0003 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
Aula 11: Hermenêutica Jurídica 
Introdução ao Estudo do Direito 
Conteúdo desta aula 
AULA 11: HERMENÊUTICA JURÍDICA 
HERMENÊUTICA E 
INTERPRETAÇÃO 
1 
SENTIDO DA 
NORMA JURÍDICA 
2 
TEORIA SUBJETIVA E 
TEORIA OBJETIVA 
3 
CRÍTICA À BUSCA DA 
VONTADE DO LEGISLADOR 
4 
MÉTODOS E PROCESSOS DE 
INTERPRETAÇÃO DO DIREITO 
5 
PRÓXIMOS 
PASSOS 
Hermenêutica Jurídica 
Introdução ao Estudo do Direito 
AULA 11: HERMENÊUTICA JURÍDICA 
Representa o estudo dos processos 
de interpretação das normas. 
 
A expressão hermenêutica remonta à 
mitologia grega, na qual o deus Hermes 
era tido como aquele incumbido de 
traduzir para os mortais a linguagem dos 
deuses. 
Contexto Histórico 
A hermenêutica tem os seus fundamentos no debate teológico 
da Baixa Idade Média, no qual os membros da Igreja 
desenvolveram técnicas de interpretação do Evangelho 
inspiradas no pensamento dialético de Aristóteles, voltadas a 
permitir o alcance da verdadeira palavra de Deus, a partir da 
discussão de pontos de vista opostos. Mais tarde, formou-se a 
chamada hermenêutica filosófica, que tem como alvo a 
interpretação dos textos dos pensadores da Antiguidade Grega. 
Hermenêutica Jurídica 
Introdução ao Estudo do Direito 
AULA 11: HERMENÊUTICA JURÍDICA 
A hermenêutica jurídica representa uma 
espécie de direcionamento dessa preocupação 
interpretativa textual para o desenvolvimento 
de técnicas próprias, aplicáveis à busca do 
significado de comandos normativos. 
 
Ela constitui a dimensão científica do processo 
interpretativo do direito, na qual são 
concebidos os parâmetros que serão seguidos 
na prática no direito. 
 
A hermenêutica jurídica se aproxima de uma 
dimensão científica do fenômeno jurídico, ao 
fornecer as bases teóricas para o 
desenvolvimento dos processos de 
interpretação do direito, que seriam 
basicamente técnicas de aplicação do direito, 
utilizadas rotineiramente por advogados e 
demais profissionais da área jurídica. 
Interpretação 
Introdução ao Estudo do Direito 
AULA 11: HERMENÊUTICA JURÍDICA 
É formada pelos procedimentos técnicos, de que 
lança mão o profissional de direito na busca do 
sentido e alcance das regras jurídicas. 
 
A lei representa uma expressão linguística dotada 
de imperatividade, apresentando o que se chama 
de uma linguagem prescritiva, que determina a 
ação a ser seguida pelo seu destinatário. 
 
Como mecanismo de linguagem, a lei não tem um 
significado imediato, devendo ser construída 
semanticamente a partir de uma técnica 
determinada. 
Interpretação 
Introdução ao Estudo do Direito 
AULA 11: HERMENÊUTICA JURÍDICA 
"Interpretar" é fixar o verdadeiro sentido e o 
alcance, de uma norma jurídica. 
 
 
 “É indagar a vontade atual da norma e 
determinar seu campo de incidência.” (JOÃO 
BAPTISTA HERKENHOFF) 
 
 “Interpretar a lei é revelar o pensamento que 
anima as suas palavras.“ (CLÓVIS BEVILAQUA) 
Interpretação 
Introdução ao Estudo do Direito 
AULA 11: HERMENÊUTICA JURÍDICA 
I. Revelar o seu sentido: isso não significa somente conhecer o 
significado das palavras, mas, sobretudo descobrir a finalidade da 
norma jurídica. Com outras palavras, interpretar é 
"compreender"; as normas jurídicas são parte do universo 
cultural e a cultura, como vimos, não se explica, se compreende 
em função do sentido que os objetos culturais encerram. E 
compreender é justamente conhecer o sentido, entender os 
fenômenos em razão dos fins para os quais foram produzidos. 
Três elementos que integram o conceito de interpretação: 
II. Fixar o seu alcance: significa delimitar seu campo de 
incidência; é conhecer sobre que fatos sociais e em que 
circunstâncias a norma jurídica tem aplicação. 
Por exemplo, as normas trabalhistas contidas na Consolidação 
das Leis do Trabalho (CLT) se aplicam apenas aos trabalhadores 
assalariados, isto é, que participam em uma relação de emprego; 
as normas contidas no Estatuto dos Funcionários Públicos da 
União têm seu campo de incidência limitado a estes funcionários. 
III. Norma jurídica: falamos em "norma jurídica" como gênero, 
uma vez que não são apenas as leis, ou normas jurídicas legais 
que precisam ser interpretadas, embora sejam elas o objeto 
principal da interpretação. Assim, todas as normas jurídicas 
podem ser objeto de interpretação: as legais, as jurisdicionais 
(sentenças judiciais), as costumeiras e os negócios jurídicos. 
Usos da interpretação 
Introdução ao Estudo do Direito 
AULA 11: HERMENÊUTICA JURÍDICA 
A interpretação serve de referência para a formação da 
convicção do juiz, que na fundamentação de sua sentença 
deverá fazer as conexões lógicas necessárias entre fato e 
norma e, para isso, deverá lançar mão de procedimentos 
hermenêuticos na determinação do sentido e do alcance 
fático do direito aplicável ao caso. 
Hermenêutica X Interpretação 
Introdução ao Estudo do Direito 
AULA 11: HERMENÊUTICA JURÍDICA 
A hermenêutica terá, então, um horizonte de conteúdo mais amplo do que o da interpretação, ao 
englobar também a ideia de construção, que seria um resultado exatamente do acréscimo de 
significado que a hermenêutica jurídica propicia às normas jurídicas. 
 
A tendência do indivíduo não iniciado no direito é a de enxergá-lo pela sua literalidade, o que não 
ocorre com aquele que tem conhecimento dos fundamentos da hermenêutica jurídica, que se mostra 
capaz de agregar conteúdo ao texto jurídico, contribuindo para a plena construção da norma jurídica: 
INTERPRETAÇÃO CONSTRUÇÃO HERMENÊUTICA 
Sentido da Norma Jurídica 
Introdução ao Estudo do Direito 
AULA 11: HERMENÊUTICA JURÍDICA 
A construção do significado das normas 
jurídicas segue basicamente duas 
concepções teóricas, historicamente 
falando, que demonstram a preocupação 
surgida com as escolas de pensamento 
jurídico do Século XIX, de criação de 
critérios técnicos específicos para a 
interpretação das leis. 
Teoria Subjetiva 
Introdução ao Estudo do Direito 
AULA 11: HERMENÊUTICA JURÍDICA 
A concepção subjetivista da interpretação ou 
teoria subjetiva tem como preocupação central 
a busca da vontade do legislador (mens 
legislatoris) e representa a primeira teoria sobre 
a interpretação das normas, que hoje, inclusive, 
não é a predominante no direito. 
Crítica à busca da vontade do legislador 
O objetivo da norma é dado pelo presente, e não pelo passado, 
devendo o processo de interpretação de o direito ser orientado 
pelas necessidades sociais da época em que a lei é aplicada e 
não pelas da época em que ela foi criada. 
Teoria Objetiva 
Introdução ao Estudo do Direito 
AULA 11: HERMENÊUTICA JURÍDICA 
Representa a tendência predominante do direito 
contemporâneo, que vê o ponto de referência principal 
do processo hermenêutico na vontade da lei (mens 
legis), como ente dotado de vida própria, cabendo ao 
intérprete buscar a adaptação da lei à dinâmica social. 
Há um claro deslocamento do centro gravitacional do 
processo de interpretação do sujeito criador da norma 
(legislador), para a norma em si, cujo sentido será 
dado pelo contexto do momento da sua aplicação e 
não pelo da sua criação. 
Processos com base na Escola da Exegese 
Introdução ao Estudo do Direito 
AULA 11: HERMENÊUTICA JURÍDICA 
Contexto 
histórico 
Processo 
gramatical, 
literal ou 
filológico 
Processo 
lógico 
Processos com 
base na Escola 
Histórica 
Processo 
histórico-
evolutivo 
Processo 
sistemático 
Concepção atual: 
Processo teleológico 
ou finalístico 
Contexto histórico 
Na visão da Escola da Exegese, trata-se de uma lógica puramente formal, orientada pela 
interdependência entre as regras do código, que interagem a partir deparâmetros lógicos 
gerais de inclusão, exclusão, pertinência, continência, dedução, sem uma dependência maior 
do campo dos fatos. 
 
No direito contemporâneo, a concepção lógica aplicável à hermenêutica jurídica segue o perfil 
culturalista, que predomina no pensamento jurídico da atualidade. 
Processos com base na Escola da Exegese 
Introdução ao Estudo do Direito 
AULA 11: HERMENÊUTICA JURÍDICA 
Contexto 
histórico 
Processo 
gramatical, 
literal ou 
filológico 
Processo 
lógico 
Processos com 
base na Escola 
Histórica 
Processo 
histórico-
evolutivo 
Processo 
sistemático 
Concepção atual: 
Processo teleológico 
ou finalístico 
Processo gramatical, literal ou filológico 
Representa o primeiro ponto de contato entre o intérprete e a norma. Muito embora seja 
apenas a etapa inicial do processo hermenêutico, o processo gramatical é de grande 
importância, pois a primeira tarefa do intérprete é compreender o texto jurídico em sua 
literalidade. 
Processos com base na Escola da Exegese 
Introdução ao Estudo do Direito 
AULA 11: HERMENÊUTICA JURÍDICA 
Contexto 
histórico 
Processo 
gramatical, 
literal ou 
filológico 
Processo 
lógico 
Processos com 
base na Escola 
Histórica 
Processo 
histórico-
evolutivo 
Processo 
sistemático 
Concepção atual: 
Processo teleológico 
ou finalístico 
Processo lógico 
Relacionado ao plano lógico do conhecimento jurídico, recebe os seus fundamentos da lógica 
jurídica e trata das operações mentais do intérprete na correlação entre as normas no 
ordenamento jurídico e entre a norma e o fato. 
Processos com base na Escola da Exegese 
Introdução ao Estudo do Direito 
AULA 11: HERMENÊUTICA JURÍDICA 
Contexto 
histórico 
Processo 
gramatical, 
literal ou 
filológico 
Processo 
lógico 
Processos com 
base na Escola 
Histórica 
Processo 
histórico-
evolutivo 
Processo 
sistemático 
Concepção atual: 
Processo teleológico 
ou finalístico 
Processos com base na Escola Histórica 
Tinha grande preocupação em aplicar ao estudo do direito um método histórico de 
investigação. Justamente daí deriva esse processo de interpretação, que parte da premissa de 
que a lei surge em função de determinadas circunstâncias, mutáveis com o tempo, que devem 
ser levadas em consideração no momento de sua interpretação. 
 
O processo histórico-evolutivo valoriza o estudo das bases históricas do direito positivo e das 
motivações para a edição da lei, mas não segue a linha da teoria subjetiva da interpretação,de 
absoluta submissão do intérprete ao legislador histórico. 
Processos com base na Escola da Exegese 
Introdução ao Estudo do Direito 
AULA 11: HERMENÊUTICA JURÍDICA 
Contexto 
histórico 
Processo 
gramatical, 
literal ou 
filológico 
Processo 
lógico 
Processos com 
base na Escola 
Histórica 
Processo 
histórico-
evolutivo 
Processo 
sistemático 
Concepção atual: 
Processo teleológico 
ou finalístico 
Processo histórico-evolutivo 
A Escola Histórica alemã tinha grande preocupação em aplicar ao estudo do direito um método 
histórico de investigação. Justamente daí deriva este processo de interpretação, que parte da 
premissa de que a lei surge em função de determinadas circunstâncias, mutáveis com o tempo, 
que devem ser levadas em consideração no momento de sua interpretação 
Processos com base na Escola da Exegese 
Introdução ao Estudo do Direito 
AULA 11: HERMENÊUTICA JURÍDICA 
Contexto 
histórico 
Processo 
gramatical, 
literal ou 
filológico 
Processo 
lógico 
Processos com 
base na Escola 
Histórica 
Processo 
histórico-
evolutivo 
Processo 
sistemático 
Concepção atual: 
Processo teleológico 
ou finalístico 
Processo sistemático 
Parte da premissa de que o ordenamento jurídico é um sistema integrado de normas e que elas 
não podem ser interpretadas isoladamente. 
Processos com base na Escola da Exegese 
Introdução ao Estudo do Direito 
AULA 11: HERMENÊUTICA JURÍDICA 
Contexto 
histórico 
Processo 
gramatical, 
literal ou 
filológico 
Processo 
lógico 
Processos com 
base na Escola 
Histórica 
Processo 
histórico-
evolutivo 
Processo 
sistemático 
Concepção atual: 
Processo teleológico 
ou finalístico 
Concepção atual: Processo teleológico ou finalístico 
 
Enxerga o significado da lei em sua finalidade social, sendo esta obviamente a do presente e 
não a da época em que a lei entrou em vigor, havendo uma clara convergência entre este 
procedimento técnico-interpretativo e a teoria objetiva da interpretação, uma vez que no 
processo teleológico a norma será interpretada em função de sua capacidade de alcançar os 
resultados esperados a seu respeito pela sociedade. 
Se por um lado, norma jurídica é vista como um resultado 
de um conjunto de valores consolidados na vida social, por 
outro lado, o sentido da norma aplicada é dado pela 
concretização de determinados fins sociais (convergência 
entre aspectos morais e fatos). 
Espécies de Interpretação 
Introdução ao Estudo do Direito 
AULA 11: HERMENÊUTICA JURÍDICA 
• Quanto à origem ou fonte de que emana 
d) Doutrinária: vem a ser a realizada 
cientificamente pelos doutrinadores e juristas 
em suas obras e pareceres. Há livros 
especializados de Direito, que comentam artigo 
por artigo de uma lei, código ou consolidação, 
dando o sentido do texto comentado, com base 
em critérios científicos. 
a) Autêntica: quando emana do próprio poder que fez 
o ato cujo sentido e alcance ela declara. Há certos 
textos legais que, pela confusão que provocam no 
mundo jurídico, levam o próprio legislador a 
determinar melhor seu conteúdo. Exemplo: a Lei nº 
5334/67 interpretou dispositivos da Lei nº 4484/64, 
no seu artigo 1º. 
b) Judicial ou jurisprudencial: é a 
resultante das decisões prolatadas pela 
Justiça; vem a ser aquela que realizam os 
juízes ao sentenciar, encontrando-se nas 
Sentenças, nos Acórdãos e nas Súmulas dos 
Tribunais (formando a sua jurisprudência). 
c) Administrativa: aquela cuja fonte elaboradora é a própria 
Administração Pública, por meio de seus órgãos e mediante 
pareceres, despachos, decisões, circulares, portarias etc. 
Essa interpretação vincula as autoridades administrativas 
que estiverem no âmbito das regras interpretadas, mas não 
impede que os particulares adotem interpretações diversas. 
Espécies de Interpretação 
Introdução ao Estudo do Direito 
AULA 11: HERMENÊUTICA JURÍDICA 
• Quanto à sua natureza 
a) Literal ou gramatical: toma como ponto de 
partida o exame do significado e alcance de cada 
uma das palavras da norma jurídica; ela se baseia 
na letra da norma jurídica. 
b) Racional: feita com a utilização de sistemas 
lógicos tradicionais, que priorizam o formalismo. 
c) Lógico-sistemática: busca descobrir o sentido e 
alcance da norma, situando-a no conjunto do 
sistema jurídico; busca compreendê-la como parte 
integrante de um todo, em conexão com as demais 
normas jurídicas que com ela se articulam 
logicamente. 
d) Sociológica: a interpretação sociológica discute o 
Direito a partir das relações entre sociedade e poder: 
influência da estrutura da sociedade na estrutura do 
Direito. Discutirá a efetividade e a função social do 
Direito, sua influência na transformação social e suas 
novas tendências com o desenvolvimento da sociedade. 
e) Histórica: indaga sobre as condições de meio e 
momento da elaboração da norma jurídica, bem como 
sobre as causas pretéritas da solução dada pelo 
legislador (origo legis e occasio legis). 
f) Teleológica: busca o fim que a norma jurídica tenciona 
servir ou tutelar. 
Espécies de Interpretação 
Introdução ao Estudo do DireitoAULA 11: HERMENÊUTICA JURÍDICA 
• Quanto a seus efeitos ou resultados 
a) Extensiva: quando o intérprete conclui que o alcance da norma é mais amplo do 
que indicam seus termos. Nesse caso, diz-se que o legislador escreveu menos do que 
queria dizer e o intérprete, alargando o campo de incidência da norma, aplicá-la-á a 
determinadas situações não previstas expressamente em sua letra, mas que nela se 
encontram, virtualmente, incluídas. 
 
 
Exemplo: a lei diz "filho", quando na realidade queria dizer "descendente". Ou ainda, 
a Lei do Inquilinato dispõe que: "o proprietário tem direito de pedir o prédio para seu 
uso"; a interpretação que conclui por incluir o "usufrutuário" entre os que podem 
pedir o prédio para uso próprio, por entender que a intenção da lei é a de abranger 
também aquele que tem sobre o prédio um direito real de usufruto, é uma 
interpretação extensiva. 
b) Restritiva: quando o intérprete restringe o sentido da norma ou limita sua 
incidência, concluindo que o legislador escreveu mais do que realmente pretendia e 
assim o intérprete elimina a amplitude das palavras. 
 
 
Exemplo: a lei diz "descendente", quando na realidade queria dizer "filho". A mesma 
norma da Lei do Inquilinato, acima mencionada, serve também para modelo de uma 
interpretação restritiva, no caso do "nu-proprietário", isto é, daquele que tem apenas 
a nua-propriedade, mas não o direito de uso e gozo do prédio; este não poderia pedir 
o mesmo para seu uso. 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO. 
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
Ler o capítulo 9 – 
Hermenêutica Jurídica, páginas 
166 a 170, do Livro Didático de 
Introdução ao Estudo do 
Direito. 
 
Resolver o caso concreto e a 
questão objetiva da aula 12 e 
postar os resultados no SAVA. 
 
Navegar pelos demais itens 
das trilhas de conhecimento 
do SAVA.

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