Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Professor José Luis Huerga Andrés UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ ESTRATIGRAFIA UNIFORMITARISMO VS NEOCATASTROFISMO Historicamente houve uma grande disputa entre duas escolas que tentavam explicar os fatos do passado desde duas perspectivas diferentes UNIFORMITARISMO “Os cientistas devem construir suas teorias baseados unicamente na observação direta da natureza e não em imaginações selvagens de forças inobservadas” Hutton S.XVII, Lyell S. XIX A história da terra se entende como uma sucessão de eventos cíclicos (soergimento- erosão de montanha) O que acontece no presente é a explicação do acontecido no passado. NEOCATASTROFISMO Eventos de maior magnitude são os mais raros, mas apagam os registros de menor magnitude. G. Cuvier, W Buckland Tomaram como referência extinções de fauna e flora ciclicamente. CONCLUSÕES O registro estratigráfico se encontra representado por eventos com temporalidade a escala humana e outros eventos extremamente raros e não observados pela humanidade NATUREZA EPISÓDICA DA SEDIMENTAÇÃO Os cientistas começaram a considerar as rochas como portadoras de informação do PASSADO, porque nela apareciam restos de fauna e flora diferentes as atuais. FOSSIL SOTERRAMENTO SUBSIDÊNCIA DIAGÊNESE PRECISA: PRESERVAÇÃO SEDIMENTAR Muitas das informações do passado não se encontram no registro sedimentar devido: Erosão do registro. Não deposição. NATUREZA EPISÓDICA DA SEDIMENTAÇÃO Longos períodos de calma no dia dia, alternam com períodos de intenso aporte sedimentar Ciência que estuda a origem e as relações espaciais e temporais das rochas, especialmente as sedimentares ESTRATIGRAFIA PRINCÍPIOS DA ESTRATIGRAFIA Horizontalidade original dos estratos Continuidade lateral Relações de corte (falhas, discordâncias, intrusões). Inclusões do estrato inferior. Sucessão biológica. Sucessão lateral de fácies = sucessão vertical de fácies (lei de walther) SUPERPOSIÇÃO E HORIZONTALIDADE ORIGINAL DOS ESTRATOS CONTINUIDADE LATERAL PRINCÍPIOS GEOLÓGICOS: RELAÇÕES DE CORTE Elementos que interrompem a continuidade sedimentar como discordância, rocha ígnea intrusiva ou falha são mais jovens que as rochas por ela cortadas. ÍGNEA INTRUSIVA FALHAS DISCORDÂNCIAS A discordância implica um espaço de tempo no qual não houve sedimentação e parte dos sedimentos preteritos foram erodidos DISCORDÂNCIA ANGULAR, PASSOS DISCORDÂNCIAS Cadê a discordância? DISCORDÂNCIAS DISCORDÂNCIAS DISCORDÂNCIAS DISCORDÂNCIAS Cadê a discordância? DISCORDÂNCIAS Cadê a discordância? DISCORDÂNCIAS E aqui?? DISCORDÂNCIAS Os fragmentos de rochas inclusas em outras, são mais antigos que as rochas nas quais estão inclusos. INCLUSÕES DO ESTRATO INFERIOR INCLUSÕES DO ESTRATO INFERIOR O dique ao ter clastos das rochas que esta atravessando, é posterior à formação destas rochas SUCESSÃO BIOLÓGICA. Fósseis característicos e exclusivos de uma camada serviram para identificar a camada em outros afloramentos. Na figura a ordem das camadas se estabelece comparando os fósseis de cada camada. SUCESSÃO LATERAL DE FÁCIES = SUCESSÃO VERTICAL DE FÁCIES (LEI DE WALTHER) Sequência vertical Sequência horizontal CONTINENTE OCEANO Indo do continente para o oceano encontrarei na horizontal as rochas na mesma sequência que na vertical, primeiro as mais antigas e pra direita as mais novas VAMOS VER O QUE ACONTECEU.... http://higheredbcs.wiley.com/legacy/college/levin/0471697435/chap_tut/chaps/ch apter02-02.html Discordância Superficie erosional atual CORRELAÇOES ESTRATIGRÁFICAS Uma vez conhecidos a ordem de eventos, vamos a compará-los..... CORRELAÇÃO E A EQUVALÊNCIA ENTRE ESTRATOS DE AFLORAMENTOS DIFERENTES.... As áreas de amostragem são descontinuas.... Assim que vamos precisar interpretar os espaços sem informação TEMOS QUE TENTAR ACHAR SIMILARIDADES CORRELAÇÃO COMPARAR AFLORAMENTOS Juntos os afloramentos vão nos dar idea da seção estratigráfica (figura inferior) CORRELAÇÃO É UMA ARTE COMPLEXA.... Tente organizar os eventos sedimentares, tectônicos e intrusivos (mais antigo 1 , depois 2.... ) É PRECISO TER UM DATUM Datum é nosso ponto de referência, marca um momento cronoestratigráfico conhecido. Serve para organizar a correlação http://www.kgs.ku.edu/Publications/Bulletins/220/04_strat.html ESTRATIGRAFIA DE SEQUÊNCIAS é uma ferramenta de trabalho da estratigrafia que permite fatiar e dividir o preenchimento de uma bacia de pacotes geneticamente relacionados e delimitados pelas suas discordâncias e concordâncias correlativas. Os padrões de empilhamento estratal formam-se como resposta à interação entre acomodação (espaço disponível para ser preenchido por sedimentos) e sedimentação, refletindo combinações de tendências deposicionais que incluem progradação, retrogradação, agradação e queda (Catuneanu et al, 2010). ESTRATIGRAFIA DE SEQUÊNCIAS CONCEITOS BÁSICOS Os processos de sedimentação e/ou erosão em uma bacia são influenciados pela oscilação do nível de base, que é o perfil hipotético abaixo do qual ocorre sedimentação e acima do qual ocorre erosão Fonte: Catuneanu 2006. NIVEL DE BASE Separa o espaço onde predomina erosão (continental) do que predomina sedimentação (marinho) ESTRATIGRAFIA DE SEQUÊNCIAS CONCEITOS BÁSICOS Em ambientes costeiros estão depositando-se contemporaneamente diferentes associações de fácies, em função do ambiente deposicional: Fluvial costeiro Deltaico/estuarino Costeiro Mar profundo SEDIMENTAÇÃO DE CADA TIPO GEOLÓGICO ESTA ACONTECENDO O TEMPO TODO!!!!! Estágio inicial Mais deposição deposição Primeira subida do nível do mar Segunda subida do nível do mar Deslocamento das fácies Deslocamento das fácies Frente de praia Nível do mar Subida do nível do mar Antepraia Subida do nível do mar Planície costeira Marinho profundo Transição para marinho profundo No estágio inicial está havendo sedimentação de cinco fácies litológicas diferentes As cinco fácies litológicas se deslocam para o continente com a subida do nível do mar, fazendo com que a sedimentação das novas fácies deslocadas cubra as anteriores O efeito se repete SEDIMENTAÇÃO DE CADA TIPO GEOLÓGICO ESTA ACONTECENDO O TEMPO TODO!!!!! Frente de praia Antepraia Planície costeira Marinho profundo Transição para marinho profundo Frente de praia Antepraia Transição para marinho profundo Limite de fácies (superfícies litoestratigraficas) Limite de fácies contatos de diferentes litologias e estruturas sedimentares Linhas de tempo Reduzindo o exagero vertical.... AVANÇO E RECUO DE FÁCIES COSTEIRAS. CRITICA A LEI DE WHALTER fluvial praia frente de praia plataforma aberta Transgressão marinha resulta em padrões de empilhamento estratal retrogradacionais Transgressão Linha de costa avançando para o interior e movimento de fácies Regressão marinha resulta em padrões de empilhamento estratal progradacionais Regregressão Linha de costa avançando para o mar e movimento de fáciesSTM NOVA INTERPRETAÇÃO DAS CORRELAÇÕES DE POÇO CORRELAÇÃO CRONOESTRATIGRAFICA CORRELAÇÃO LITOESTRATIGRAFICA NUMERO DE PARASEQUÊNCIA LOCAÇÃO DE POÇO LAMITOS DE PLATAFORMA ARENITOS DE PLANÍCIE COSTEIRAE LAMITOS ARENITOS MARINHOS RASOS Datum o topo da parasequência Datum o topo do arenito marinho Adaptado de Wan Wagoner, 1992 O Datum é definido em base a uma mudança litológica e coloca em contato arenitos formados em diferentes tempos (parasequências 2, 3, 4) O Datum é definido em base aos pulsos identificados no poço e definem4 parasequências ou pulsos de sedimentação Esta interpretação permite encontrar mais facilmente onde esta o continente e a área marinha • Os padrões de empilhamento estratal formam-se como resposta à interação entre: • Acomodação (espaço disponível para ser preenchido por sedimentos) modificado pelo clima, tectônica, eustasia. • Aporte sedimentar, considerada como um valor constante. ESTRATIGRAFIA DE SEQUÊNCIAS CONCEITOS BÁSICOS ESTRATIGRAFIA DE SEQUÊNCIAS PADROES DE EMPILHAMENTO SET DE PARASEQUÊNCIAS PROGRADACIONAL Arenitos de frente de praia Zona de transição Arenitos e lamitos Lamitos de mar aberto SET DE PARASEQUÊNCIAS RETROGRADACIONAL Arenitos de frente de praia Zona de transição Arenitos e lamitos Lamitos de mar aberto SET DE PARASEQUÊNCIAS AGRADACIONAL Arenitos de frente de praia Zona de transição Arenitos e lamitos Lamitos de mar aberto Queda do nível de base e posicionamento dos diferentes padrões de empilhamento numerados embaixo TSNA TSRF TSNB TST O Trato de Sistemas de Nível Alto TSNA se sobrepõe à superfície transgressiva máxima STM e tem um padrão de empilhamento que começa agradacional e finaliza progradacional (fig inferior) Pode se observar que no TSNA ainda o nível de base está subindo, só que tão devagar que os sedimentos que chegam a bacia conseguem que a linha de costa recue (fig inferior) fonte Holz 2012 Quando o nível de base começa a cair rapidamente o sedimento avança rapidamente para o interior da bacia Fonte: Holz 2012 O Trato de Sistemas de Regressão Forçada TSRF se sobrepõe ao TSNA e tem um padrão de empilhamento que é degradacional, formando offlaps. Ocorre: erosão em toda a parte exposta, e deposição de leques submarinhos no fundo da bacia. O Trato de Sistemas de Nivel Baixo TSNB se sobrepõe ao TSRF e tem um padrão de empilhamento que é agradacional, evoluindo para agradacional quando o mar começa a subir com maior força. Forma onlaps e downlaps O Trato de Sistemas de Nivel Baixo TSNB acontece quando o nivel de base esta subindo, mais os sistemas deposicionais tem muita mais capacidade de preenchimento que a subida, dando padrões progradacionais evoluindo a agradacionais no fundo da bacia, O Trato de Sistemas Transgressivo TST acontece quando o nivel de base esta subindo muito rápidamente fazendo recuar todos os sistemas deposicionais, dando padrões retrogradacionais. O Trato de Sistemas Transgressivo TST se sobrepõe ao TSNB e TSNA tem um padrão de empilhamento retrogradacional, Forma onlaps. SISMOETRATIGRAFIA Terminação estratal: onde um refletor termina contra um outro, evidenciando uma discontinuidade na sedimentação FONTE : Holz 2012 Superiores: truncamentos erosionais e toplap Inferiores: onlap e downlap BIBLIOGRAFIA Catuneanu, O., (2006). Principles of Sequence Stratigraphy, First Edition. Elsevier, Amsterdam. (375 pp). Holz, M. (2012). Estratigrafia de sequências, Histórico, princípios e Aplicações. Editorial Interciência. Ribeiro H.J. (2004). Estratigrafia de sequências, fundamentos e aplicações
Compartilhar