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Resumo CABEÇA

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Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
RESUMO CABEÇA 
 
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A CABEÇA 
- A cabeça é a parte superior do corpo que está fixada ao tronco pelo pescoço. 
- É o centro de controle e comunicação, bem como a “plataforma de carga” do corpo. 
- É formada pelo encéfalo e por seus revestimentos protetores, as orelhas e a face. 
- A face tem aberturas e passagens, com glândulas lubrificantes e válvulas para fechar algumas delas, os dispositivos mastigatórios, e 
as órbitas que abrigam o aparelho visual. 
 
CRÂNIO 
- Uma série de ossos forma suas duas partes: neurocrânio e viscerocrânio. 
 
 Neurocrânio 
- É a caixa óssea do encéfalo e das membranas que o revestem, as meninges cranianas. 
- Contém as partes proximais dos nervos cranianos e a vasculatura do encéfalo. 
- O neurocrânio em adultos é formado por uma série de oito ossos: 
a) 4 ossos ímpares (centralizados na linha mediana): frontal, etmoide, esfenoide e occipital. 
b) 2 ossos pares (bilaterais): temporal e parietal. 
- O neurocrânio tem um teto em forma de cúpula, a calvária e um assoalho ou base do crânio. 
- Os ossos que formam a calvária são basicamente planos (frontal, temporal e parietal) e formados por ossificação 
intramembranosa. 
- Os ossos da base do crânio são basicamente irregulares e tem grandes partes planas (esfenoide e temporal) formadas por 
ossificação endocondral. 
- O osso etmoide é um osso irregular que forma uma parte mediana pequena do neurocrânio, mas faz parte principalmente do 
viscerocrânio. 
- Os chamados ossos planos e as partes planas dos ossos que formam o neurocrânio são, na verdade, curvos, com faces externas 
convexas e faces internas côncavas. 
- A maioria dos ossos da calvaria é unida por suturas entrelaçadas fibrosas; entretanto, durante a infância, alguns ossos (esfenoide 
e occipital) são unidos por cartilagem hialina (sincondrose). 
- A medula espinal mantem a continuidade com o encéfalo através do forame magno, uma grande abertura na base do crânio. 
 
 Viscerocrânio 
- Compreende os ossos da face que se desenvolvem principalmente no mesênquima dos arcos faríngeos embrionários. 
- O viscerocrânio forma a parte anterior do crânio e consiste nos ossos que circundam a boca (máxima e mandíbula), nariz/cavidade 
nasal, e a maior parte das órbitas (cavidades orbitais). 
- É formado por 15 ossos irregulares: 
a) 3 ossos ímpares (centralizados ou situados na linha mediana): mandíbula, etmoide e vômer. 
b) 6 ossos pares bilaterais: maxilas, conchas nasais inferiores; e zigomáticos, palatinos, ossos nasais e lacrimais. 
- A maxila e a mandíbula abrigam os dentes. 
- As maxilas representam a maior parte do esqueleto facial superior, formando o esqueleto da arcada dentária superior, que está 
fixada à base do crânio. 
- A mandíbula forma o esqueleto da arcada dentária inferior, que é móvel porque se articula com a base do crânio nas articulações 
temporomandibulares. 
 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
- Vários ossos do crânio (frontal, temporal, esfenoide e etmoide) são ossos pneumáticos, contendo espaços aéreos, provavelmente 
para reduzir seu peso. O volume total dos espaços aéreos nesses ossos aumenta com a idade. 
- Na posição anatômica, o crânio está orientado de modo que a margem inferior da órbita e a margem superior do poro acústico externo 
do meato acústico externo de ambos os lados se situam no mesmo plano horizontal. 
• Essa referência craniométrica é o plano orbitomeático (plano horizontal de Frankfort). 
 
VISTA FRONTAL DO CRÂNIO 
- A vista frontal (facial) do crânio é formada pelos ossos frontal e zigomático, órbitas, região nasal, maxila e mandíbula. 
- O frontal, especificamente sua escama (parte plana) forma o esqueleto da fronte, articulando-se na porção inferior com o osso o 
zigomático. 
- Em alguns adultos pode-se ver uma sutura frontal (sutura metópica) persistente ou remanescente, na linha mediana da glabela, a 
área lisa e ligeiramente deprimida situada entre os arcos superciliares. 
- A interseção dos ossos frontal e nasal é o násio que, na maioria das pessoas, está relacionada a uma área visivelmente deprimida 
(ponte do nariz). 
• O násio é um dos muitos pontos craniométricos radiológicos usados pela medicina (ou identificados em crânios secos pela 
antropologia física) para medir, comparar e descrever a topografia do crânio, além de documentar variações anormais. 
- Em alguns crânios, a margem supraorbital do osso frontal, o limite angular entre a escama e a parte orbital, tem um forame ou 
incisura supraorbital que dá passagem ao nervo e aos vasos supraorbitais. 
• Logo acima da margem supraorbital há uma crista, o arco superciliar, que se estende lateralmente de cada lado da glabela. 
• Em geral, essa crista, situada profundamente aos supercílios, é mais proeminente nos homens. 
- Os zigomáticos (ossos da bochecha, malares), que formam as proeminências das bochechas, situam-se nas paredes inferior e lateral 
das órbitas, apoiados sobre as maxilas. 
• As margens anterolaterais, as paredes, o assoalho e grande parte das margens infraorbitais das órbitas são formados por esses 
os quadriláteros. 
- Um pequeno forame zigomaticofacial perfura a face lateral de cada osso. 
- Inferiormente aos ossos nasais está a abertura piriforme, a abertura nasal anterior no crânio. 
- O septo nasal ósseo pode ser observado através dessa abertura dividindo a cavidade nasal em partes direita e esquerda. 
- Na parede lateral de cada cavidade nasal há lâminas ósseas curvas, as conchas nasais. 
- As maxilas formam o esqueleto do arco dental superior; seus processos alveolares incluem as cavidades (alvéolos) dos dentes e 
constituem o osso que sustenta os dentes maxilares. 
• As duas maxilas são unidas pela sutura intermaxilar no plano mediano. 
• Elas têm uma ampla conexão com os zigomáticos lateralmente e um forame infraorbital, inferior a cada órbita, que dá 
passagem ao nervo e aos vasos infraorbitais. 
- A mandíbula é um osso em formato de U que tem um processo alveolar que sustenta os dentes mandibulares. 
• Inferiormente aos segundos dentes pré-molares estão os forames mentuais para os nervos e vasos mentuais. 
• A protuberância mentual, que forma a proeminência do queixo, é uma elevação óssea triangular situada em posição inferior 
à sínfise da mandíbula, a união óssea onde se fundem as metades da mandíbula do lactente. 
 
VISTA LATERAL DO CRÂNIO 
- A vista lateral do crânio é formada pelo neurocrânio e viscerocrânio. 
- Os principais constituintes do neurocrânio são: 
a) Fossa temporal 
b) Poro acústico externo do meato acústico externo 
c) Processo mastoide do temporal 
- Os principais constituintes do viscerocrânio são: 
a) Fossa infratemporal 
b) Arco zigomático 
c) Faces laterais da maxila e mandíbula 
 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
- O arco zigomático é formado pela união do processo temporal do zigomático com o processo zigomático do temporal. 
- Na parte anterior da fossa temporal, 3 a 4 acima do ponto cm do médio do arco zigomático, há uma área clinicamente importante de 
junções ósseas: ptério. 
• Em geral, ele é indicado por suturas que formam um H e unem o frontal, o parietal, o esfenoide (asa maior) e o temporal. 
- O poro acústico é a entrada do meato acústico externo, que leva à membrana timpânica (tímpano). 
- O processo mastoide do temporal situa-se posteroinferiormente ao poro acústico externo do meato. 
- Anteromedialmente ao processo há o processo estiloide do temporal, uma projeção fina, pontiaguda, semelhante a uma agulha. 
- A fossa infratemporal é um espaço irregular situado inferior e profundamente ao arco zigomático e à mandíbulae posteriormente à 
maxila. 
 
VISTA OCCIPITAL DO CRÂNIO 
- A vista occipital ou posterior do crânio é formada pelo occipúcio, partes dos parietais e partes mastoideas dos temporais. 
- Um ponto craniométrico definido pela extremidade da protuberância externa é o ínio. 
- A crista occipital externa desce da protuberância em direção ao forame magno, a grande abertura na parte basilar do occipital. 
- A linha nucal superior, que forma o limite superior do pescoço, estende-se lateralmente a partir de cada lado da protuberância; a 
linha nucal inferior é menos evidente. 
- No centro do occipúcio, o lambda indica a junção das suturas sagital e lambdóidea. 
• Às vezes o lambda é palpado como uma depressão. 
• Pode haver um ou mais ossos suturais (ossos acessórios) no lambda ou perto do processo mastoide. 
 
 
VISTA SUPERIOR (VERTICAL) DO CRÂNIO 
- A vista superior (vertical) do crânio, em geral um pouco oval, alarga-se em sentido 
posterolateral nas eminências parietais. 
- A sutura coronal separa o frontal e dos parietais. 
- A sutura sagital separa os parietais. 
- A sutura lambdóidea separa os parietais e temporais do occipital. 
 - O bregma é o ponto de referência craniométrico formado pela interseção das suturas 
sagital e coronal. 
- O vértice, o ponto mais alto da calvária, está perto do ponto médio da sutura sagital. 
- O forame parietal é uma abertura pequena e inconstante localizada na região posterior 
do parietal, perto da sutura sagital (Figura 7.8A e C); pode haver dois forames parietais. 
• A maioria dos forames irregulares e muito variáveis encontrados no neurocrânio consiste em forames emissários que dão 
passagem às veias emissárias, responsáveis pela conexão entre as veias do couro cabeludo e os seios venosos da dura-
máter. 
 
VISTA INFERIOR DA BASE DO CRÂNIO 
- A base do crânio é a parte inferior do neurocrânio (assoalho da cavidade do crânio) e viscerocrânio menos a mandíbula. 
- A vista inferior da base do crânio é constituída pelo: 
a) Arco alveolar da maxila (a margem livre dos processos alveolares que circundam e sustentam os dentes maxilares); 
b) Processos palatinos das maxilas; 
c) Palatino, Esfenoide Vômer, Temporal e Occipital 
 
- A parte anterior do palato duro (palato ósseo) é formada pelos processos palatinos da maxila e a parte posterior pelas lâminas 
horizontais dos palatinos. 
- A margem posterior livre do palato duro projeta-se posteriormente no plano mediano como a espinha nasal posterior. 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
- Posteriormente aos dentes incisivos centrais está a fossa incisiva: uma depressão na linha mediana do palato duro na qual se abrem 
os canais incisivos. 
- Os nervos nasopalatinos direito e esquerdo partem do nariz através de um número variável de canais incisivos e forames (podem 
ser bilaterais ou fundidos em uma única estrutura). 
- Na região posterolateral estão situados os forames palatinos maior e menor. 
- Superiormente à margem posterior do palato há duas grandes aberturas: os cóanos (aberturas nasais posteriores) separados pelo 
vômer, um osso plano ímpar trapezoide que constitui uma grande parte do septo nasal ósseo. 
- Encaixado entre o frontal, o temporal e o occipital está o esfenoide, um osso ímpar irregular formado por um corpo e três pares de 
processos: asas maiores, asas menores e processos pterigoides. 
• As asas maiores e menores do esfenoide estendem-se lateralmente a partir das faces laterais do corpo do osso. 
- Os processos pterigoides, formados pelas lâminas lateral e medial, estendem-se em sentido inferior, de cada lado do esfenoide, a 
partir da junção do corpo e das asas. 
- O sulco para a parte cartilagínea da tuba auditiva situa-se medial à espinha do esfenoide, abaixo da junção da asa maior do 
esfenoide com a parte petrosa do temporal. 
- As depressões na parte escamosa do temporal, denominadas fossas mandibulares, acomodam os côndilos mandibulares quando 
a boca está fechada. 
- A parte posterior da base do crânio é formada pelo occipital, que se articula com o esfenoide anteriormente. 
As quatro partes do occipital são dispostas ao redor do forame magno, o elemento mais visivel da base do crânio. 
- As principais estruturas que atravessam esse grande forame são: 
a) Medula espinal (onde se torna contínua com bulbo do encéfalo) 
b) Meninges do encéfalo e da medula espinal 
c) As artérias vertebrais 
d) As artérias espinais anteriores e posteriores 
e) A raiz espinal do nervo acessório (NC XI). 
 
- Nas partes laterais do occipital há duas grandes protuberâncias, os côndilos occipitais: por intermédio dos quais o crânio articula-
se com a coluna vertebral. 
- A grande abertura entre o occipital e a parte petrosa do temporal é o forame jugular: por onde emergem do crânio a veia jugular 
interna e vários nervos cranianos (NC IX ao NC XI). 
- A entrada da artéria carótida interna no canal carótico situa-se imediatamente anterior ao forame jugular. 
- Os processos mastoides são locais de fixação muscular. 
- O forame estilomastóideo (que dá passagem ao nervo facial e à artéria estilomastóidea) situa-se posteriormente à base do processo 
estiloide. 
 
VISTA SUPERIOR DA BASE DO CRÂNIO 
- A face superior da base do crânio tem três grandes depressões situadas em diferentes níveis: as fossas anterior, média e posterior do 
crânio, que formam o assoalho côncavo da cavidade do crânio. 
- A fossa anterior do crânio está situada no nível mais alto, e a fossa posterior está no nível mais baixo. 
 
• FOSSA ANTERIOR DO CRÂNIO 
 
- As partes inferior e anterior dos lobos frontais do encéfalo ocupam a fossa anterior do crânio, a mais superficial das três 
fossas do crânio. 
 
- Em sua base está o forame cego do frontal que dá passagem a vasos durante o desenvolvimento fetal, mas se torna 
insignificante depois do nascimento. 
 
- A crista etmoidal é uma crista óssea mediana e espessa, situada posteriormente ao forame cego, que se projeta 
superiormente a partir do etmoide. 
 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
- De cada lado dessa crista está a lâmina cribriforme do osso etmoide, semelhante a uma peneira. 
 
- Seus muitos forames pequenos que es pequenos dão passagem a nervos nasais até os seguem das áreas das cavidades 
bulbos olfatórios do encéfalo, situados sobre essa lâmina. 
 
 
• FOSSA MÉDIA DO CRÂNIO 
 
- A fossa média do crânio, em forma de borboleta, tem uma parte central formada pela sela turca no corpo do esfenoide e 
grandes partes laterais deprimidas de cada lado. 
 
- A sela turca é a formação óssea em formato de sela situada sobre a face superior do corpo do esfenoide. 
 
- A sela turca tem três partes: o tubérculo da sela (uma elevação mediana, que varia de pequena a proeminente), a fossa 
hipofisial (uma depressão mediana no corpo do esfenoide que acomoda a hipófise) e o dorso da sela (uma lâmina quadrada 
de osso que se projeta superiormente a partir do corpo do esfenoide). 
 
- De cada lado do corpo do esfenoide, quatro forames, que formam uma meia-lua, perfuram as raízes das faces cerebrais 
 
 
• FOSSA POSTERIOR DO CRÂNIO 
 
- A fossa posterior do crânio, a maior e mais profunda das aloja o cerebelo, a ponte e o bulbo. É formada principalmente pelo 
occipital. A partir do dorso da sela há uma inclinação acentuada, o clivo, no centro da parte anterior da fossa que leva ao 
forame magno. 
 
- Na base da crista petrosa do temporal está o forame jugular que dá passagem a vários nervos cranianos além do seio 
sigmóideo que sai do crânio como a veia jugular interna. 
 
PAREDES DA CAVIDADE DO CRÂNIO 
- A espessura das paredes da cavidade do crânio varia nas diferentesregiões. Em geral, são mais finas nas mulheres, nas crianças 
e nos idosos. 
- Os ossos tendem a ser mais finos em áreas bem cobertas por músculos, como a parte escamosa do temporal. 
- A maioria dos ossos da calvária é formada por lâminas interna e externa de osso compacto, separadas por díploe. 
• A díploe consiste em osso esponjoso, que contém medula óssea vermelha durante a vida, e através dela passam canais 
formados por veias diploicas. 
• A lâmina interna do osso é mais fina do que a externa, e algumas áreas têm apenas uma fina lâmina de osso compacto sem 
díploe. 
- Além de abrigar o encéfalo, os ossos do neurocrânio (e os processos que partem dele) são locais de fixação proximal dos fortes 
músculos da mastigação que se fixam distalmente na mandíbula; logo, grandes forças de tração atravessam a cavidade nasal e as 
órbitas, situadas entre eles. 
- Assim, partes espessas dos ossos cranianos formam pilares mais fortes ou reforços que conduzem as forças, passando ao largo das 
órbitas e da cavidade nasal. 
• Os principais são o reforço frontonasal (que se estende da região dos dentes caninos entre as cavidades nasal e orbital até 
a parte central do frontal) e o reforço arco zigomático (que vai da região dos molares até a parte lateral do frontal e o 
temporal). 
 
REGIÕES DA CABEÇA 
- A cabeça é dividida em regiões para permitir a comunicação exata acerca da 
localização das estruturas, lesões ou afecções. 
- O grande número de regiões em que é dividida a área relativamente pequena 
da face (oito) reflete tanto sua complexidade funcional quanto sua importância 
pessoal, assim como os gastos anuais com cirurgia plástica eletiva. Com 
exceção da região auricular, que compreende a orelha externa, os nomes das 
regiões neurocranianas da cabeça correspondem aos ossos ou acidentes ósseos 
subjacentes: regiões frontal, parietal, occipital, temporal e mastoidea. 
- A parte viscerocraniana inclui a região facial, que é dividida em cinco regiões 
bilaterais e três medianas associadas aos elementos superficiais (regiões oral e 
da bochecha), passando por estruturas de tecidos moles mais profundas (região 
parotideomassetérica), até as estruturas ósseas (regiões orbital, 
infraorbital, nasal, zigomática e mentual). 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
CORRELAÇÕES CLÍNICAS 
 
FRATURAS NA MANDÍBULA 
- Em geral, a fratura na mandíbula é dupla, e frequentemente em lados opostos. 
Assim, se for constatada uma fratura, deve-se procurar outra. 
- As fraturas do processo coronoide da mandíbula são raras e, de modo geral, 
únicas. 
- As fraturas do colo da mandíbula costumam ser transversais e podem estar 
associadas à luxação da articulação temporomandibular (ATM) ipsilateral. 
- As fraturas do ângulo da mandíbula geralmente são oblíquas e pode acometer a 
cavidade óssea ou o alvéolo do 3º dente molar. 
- As fraturas do corpo da mandíbula amiúde atravessam o alvéolo de um dente 
canino. 
 
 
FRATURAS DA CALVÁRIA 
- A convexidade da calvária distribui e, desse modo, geralmente 
minimiza os efeitos de um golpe sobre a cabeça. 
- Golpes fortes em áreas finas da calvária tendem a produzir fraturas 
com afundamento, nas quais há depressão de um fragmento ósseo 
que comprime e/ou lesa o encéfalo. 
- As fraturas lineares da calvária, o tipo mais frequente, 
geralmente ocorrem no ponto de impacto; mas muitas vezes as linhas 
de fratura se irradiam a partir dele em duas direções ou mais. 
- Nas fraturas cuminutivas, o osso é partido em vários pedaços. 
- Se a área da calvária dor espessa no local do impacto, osso pode 
afundar sem fratura; entretanto, pode haver fratura a alguma 
distância do local de traumatismo direto, onde a calvária é mais fina. 
- Em uma fratura por contragolpe, a fratura não ocorre no ponto 
de impacto, mas sim no lado oposto do crânio. 
 
 
ACESSO CIRÚRGICO À CAVIDADE DO CRÂNIO 
- Os cirurgiões têm acesso à cavidade do crânio e ao encéfalo por meio de uma 
craniotomia, na qual se levanta ou retira uma parte do neurocrânio, chamada 
de retalho ósseo. 
- Como a capacidade osteogênica (formação do osso) do pericrânio do adulto é 
baixa, a regeneração após a perda óssea é pequena. 
- Os retalhos ósseos obtidos cirurgicamente são recolocados e fixados com fio a 
outras partes da calvária ou mantidos temporariamente no lugar com placas 
metálicas. 
- A reintegração é mais eficaz quando o osso é rebatido junto com o músculo e a 
pele sobrejacente, de modo a preservar a vascularização durante o procedimento 
e depois do reposicionamento. 
- Se o retalho ósseo não for recolocado, o procedimento é chamado de 
craniectomia. 
 
 
 
 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
DESENVOLVIMENTO DO CRÂNIO 
- Os ossos da calvária e algumas partes da base do crânio desenvolvem-se por 
ossificação intramembranosa. 
- A maior parte da base do crânio se desenvolve por ossificação endocondral. 
- Por ocasião do nascimento, os ossos da calvária são lisos e unilaminares; não há 
díploe. 
- As eminencias frontal e parietal são bastante proeminentes. 
- As metades do frontal no recém-nascido são separadas pela sutura frontal, o 
frontal e os parietais são separados pela sutura coronal e as maxilas e mandíbulas 
são separadas pela sutura intermaxilar e sínfise mandibular. 
- Os ossos de um recém-nascido são separados por membranas fibrosas. 
- Os maiores desses espaços estão situado entre os ângulos dos ossos planos e 
incluem os fontículos anterior e posterior e os pares de fontículos 
anterolaterais e posterolaterais. 
- A palpação dos fontículos durante a lactância, sobretudo do anterior e do posterior, 
permite ao médico determinar: 
a) O progresso do crescimento do frontal e dos parietais. 
b) O grau de hidratação de um lactente (a depressão do fonticulo indica 
desidratação). 
c) O nível de pressão intracraniana (a saliência do fonticulo indica aumento 
da pressão sobre o encéfalo). 
- A consistência mole dos ossos cranianos nos fetos e suas frouxas conexões nas 
suturas e fontículos permitem que o crânio seja moldado durante o parto.

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