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Resumo Líquor

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Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
RESUMO LÍQUOR 
 
INTRODUÇÃO 
- É um fluído aquoso e incolor. 
- Ocupa o espaço subaracnóideos e as cavidades ventriculares. 
- Função principal: Proteção mecânica do SNC. 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS CITOLÓGICAS E FÍSICO-QUÍMICAS DO LÍQUOR 
- Límpido e incolor. 
- 0 a 4 leucócitos/mm³ 
- Pressão de 05 a 20cm de água. 
- Apresenta mais cloretos que o sangue. 
- Quantidade de proteínas é muito menos que no plasma. 
- O volume total no líquor é de 100 a 150 cm³. 
- Ele renova de 8/8h. 
 
 
 
 
FORMAÇÃO, ABSORÇÃO E CIRCULAÇÃO DO LÍQUOR 
- A maior parte é pelos plexos coróides e uma pequena parte pelo epêndima das paredes ventriculares e dos vasos da leptomeninge. 
- Ele é secretado ativamente pelo epitélio ependimário. 
- O mecanismo envolve transporte ativo de sódio, cloreto, acompanhado de certa quantidade de água, necessária para manutenção do 
equilíbrio osmótico. 
- Os plexos corióideos existem nos Ventrículos laterais (corno inferior e parte central, no tecto do III e IV ventrículo). 
- Os ventrículos laterais contribuem com o maior contigente liquórico, que passa ao III ventrículo pelo forame interventricular, e daí ao 
IV ventrículo através do aqueduto cerebral. 
- Através das aberturas medianas e laterais do IV ventrículo, o líquor ganha o espaço subaracnóideo, sendo reabsorvido no sangue, 
principalmente através das granulações aracnóidea que se projetam no interior dos seios da dura-máter. 
- Devido as granulações aracnóideas predominarem no seio sagital superior, a circulação o líquor no espação subaracnóide se faz de baixo 
para cima, devendo atravessar o espaço entre a incisura da tenda e o mesencéfalo. 
- No espaço subaracnóide da medula, o líquor desce em direção caudal, mas apenas uma parte volta, pois ocorre a reabsorção liquórica 
nas pequenas granulações aracnóideas existentes nos prolongamentos da dura-máter que acompanha as raízes dos nervos espinhais. 
- A circulação do líquor é extremamente lenta e o principal fator para sua circulação é a pulsação das artérias intracranianas que a cada 
sístole aumenta a pressão liquórica, contribuindo para empurrar o líquor através das granulações aracnóideas. 
 
 
 
 
 
 
 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
CORRELAÇÃO ANÁTOMO CLÍNICAS SOBRE O LÍQUOR E AS MENINGES 
 
HIDROCEFALIA 
- Surgem quando processos patológicos interferem na produção, circulação e absorção do líquor. Com isso, ocorre aumento da quantidade 
e da pressão do líquor, levando a uma dilatação dos ventrículos e compressão do tecido nervoso, de encontro ao estojo ósseo. 
- Existem dois tipos: 
(1) Comunicantes: 
 Resultam de um aumento na produção ou deficiência na absorção do líquor. Ex.: patologia nos plexos corióides, seios da dura-
máter e granulações aracnóideas. 
(2) Não Comunicantes: 
 Muito mais frequente e resultam de obstrução do trajeto do líquor. 
 
- Locais: 
 Forame interventricular, provocando dilatação do ventriculo lateral correspondente. 
 Aqueduto cerebral, provocando dilatação do III ventrículo e dos ventr´culos laterais. 
 Aberturas medianas e lateral do IV ventrículo, provocando dilatação de todo o sistema ventricular. 
 Incisura da tenda, impedindo a passagem do líquor do compartimento infratentorial para o supratentorial, provocando também 
dilatação de todo o sistema ventricular. 
 
 
 
HIPERTENSÃO CRANIANA 
- O aspecto mais importante da cavidade crânio vertebral e seu revestimento de dura-máter é o fato de ser uma cavidade completamente 
fechada, que não permite a expansão de seu conteúdo. 
- Com isso, o aumento de volume de qualquer componente da cavidade craniana, reflete sobre os demais e assim levando o aumento da 
pressão intracraniana. Ex.: tumores e hematomas. 
 
 
 
HÉRNIAS INTRACRANIANAS 
- Provocadas por processos expansivos como tumores ou hematomas que aumentam a pressão dentro do compartimento, com isso 
desloca o tecido nervoso para o compartimento vizinho. 
- Três tipos principais: 
(1) Hérnia do Giro do Cíngulo: 
 Se insere entre a borda da foice do cérebro e o corpo. 
(2) Hérnias do Úncos: 
 Um aumento de pressão no compartimento supratentorial empurra o úncus, que faz protrusão através da incisura da tenda 
comprimindo o mesencéfalo. 
 A consequência principal é uma rápida perda de consciência ou coma profundo, secundário a lesão de estruturas mesencefálicas 
responsáveis pela ativação do córtex cerebral (S.R.A.A.) 
(3) Hérnias das Tonsilas: 
 Um aumento de pressão na fossa posterior pode empurrar as tonsilas do cerebelo através do forame magno, produzindo uma 
hérnia de tonsila. 
 Com isso, há compressão do bulbo, levando geralmente à morte por lesão dos centros respiratórios e vaso motor que nele se 
localizam. 
 O quadro pode ocorrer também quando se faz uma punção lombar em pacientes com hipertensão intracraniana. 
 Neste caso, há uma súbita diminuição da pressão liquórica no espaço subaracnóideo espinhal, causando penetração das tonsilas 
através do forame magno. 
 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
HEMATOMAS EXTRADURAIS, SUBDURAIS E HEMORRAGIAS SUBARACNOIDEA 
- Os hematomas ocorrem devido a ruptura de vasos, como uma das complicações mais frequentes do TCE, com isso acumulando sangue 
nas meninges. 
(1) Hematoma Extradural: 
 Lesões da artéria meníngea média, resultam em acúmulo de sangue entre a dura-máter e os ossos do crânio, podendo levar a 
morte em poucas horas, se o sangue em seu interior não for drenado. 
(2) Hematomas Subdurais: 
 Sangramento no espaço subdural, em decorrência da ruptura de uma veia cerebral no ponto em que ela no seio sagital superior. 
 Na maioria das vezes o crescimento do hematoma é lento e a sintomatologia aparece um pouco mais tardiamente que o 
extradural. 
(3) Hemorragias Subaracnóidea: 
 Não se forma hematoma, uma vez que o sangue se espalha no líquor, podendo ser visualizado em uma punção lombar.

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