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ROTEIRO NEUROANATOMIAA P3

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Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
ROTEIRO NEUROANATOMIA P3 
 
ESTRUTURAS E FUNÇÕES DOS NÚCLEOS DA BASE 
 
 
 
 
 
- Os impulsos aferentes do corpo estriado chegam ao Neoestriado, passam pelo Paleoestriado, ou seja, ao globo pálido, de onde 
sai a maioria das fibras eferentes do corpo estriado. 
- Striatum Ventral: composto pelo Núcleo Accumbens. 
- Estruturas do corpo estriado ventral: participam da regulação do comportamento emocional. 
- Estruturas dorsais do corpo estriado: são motoras somáticas. 
 
- O corpo estriado NÃO TEM conexões aferentes ou eferentes com a medula. 
 
 
 
- Lesões nos núcleos da base (Síndromes Extrapiramidais): tremores, aumento do tônus, dificuldade para dar início aos 
movimentos voluntários, movimentos involuntários. 
- O corpo estriado age sobre as áreas motoras do córtex, influenciando a execução de movimentos voluntários e o planejamento 
do ato motor. 
- Os neurônios do corpo estriado são ativados antes e durante os movimentos. 
- Síndromes Extrapiramidais: 
a) Doença de Parkinson 
- Tremor, rigidez e oligocinesia 
- Lesão da substância negra = diminuição de dopamina nas fibras Nigro-estriatais 
- Cessa a atividade moduladora 
 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
b) Coréia 
- Movimentos involuntários rápidos e de grande amplitude (lembra uma dança) 
 
c) Atetose 
- Movimentos involuntários lentos e sinuosos (lembra movimentos de um verme) 
 
d) Hemibalismo 
- Movimentos involuntários violentos de uma das extremidades 
- Não desaparece com o sono 
- Lesão vascular no núcleo subtalâmico 
 
- Núcleo Basal de Meynert (Doença de Alzheimer): 
 Substância inominata: entre o globo pálido e a superfície ventral do hemisférios cerebral. 
 Recebe fibras de várias áreas do sistema límbico. 
 Dá origem há quase totalidade das fibras colinérgicas do córtex. 
 Na Doença de Alzheimer (perda progressiva da memória): seus neurônios degeneram, resultando na depleção da 
acetilcolina do córtex cerebral. 
 Função importante na memória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Fibras de Projeção: 
a) Formam o fórnix e a cápsula interna. 
b) Fórnix: liga o hipocampo ao núcleos mamilares do hipotálamo, integrando o sistema de papez (parte do sistema 
límbico). 
c) Cápsula Interna: feixes de fibras que separa o tálamo. 
d) Perna Anterior: entre a cabeça do núcleo caudado e o núcleo lentiforme. 
e) Perna Posterior: situada entre o tálamo e o núcleo lentiforme. 
f) Joelho: no ângulo dessas duas partes. 
g) Sua importância é a passagem da maioria das fibras que saem ou que entram no córtex cerebral. 
h) Radiações: fibras que passam na cápsula interna e se dirigem ao córtex, provenientes do tálamo. 
i) Lesões: derrames cerebrais (causa hemiplegia e diminuição da sensibilidade na metade oposta do corpo. 
 
 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
ESTRUTURA E FUNÇÕES DO TÁLAMO 
- Situa-se no diencéfalo, acima do sulco hipotalâmico. 
- Composto pelo Tubérculo Anterior do Tálamo e o Pulvinar do Tálamo. 
- Aderência intertalâmica: une os dois ovoides talâmicos. 
- Pertence ao tálamo os dois corpos geniculados (lateral e medial). 
- Constituído de substancia cinzenta, tendo sua superfície revestida por uma lâmina de substância branca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Relações Tálamo-Corticais 
a) As conexões entre um núcleo talâmico e uma determinada área cortical são geralmente recíprocas e fazem-se através de 
fibras tálamo-corticais e córtico-talâmicas, que constituem as chamadas radiações talâmicas. 
b) Radiações talâmicas: constituem uma grande parte da cápsula interna, sendo que o maior contingente delas se destina 
às áreas sensitivas do córtex. 
c) Núcleos Talâmicos Específicos: 
- Núcleo Ventral Póstero-Lateral: estimulação evoca potenciais na área somestésica 
- Corpo Geniculado Medial: estimulação evoca potenciais na área auditiva do córtex 
d) Núcleos Talâmicos Inespecíficos: estimulação modifica potenciais elétricos de territórios muito grandes do córtex 
cerebral. 
- Esses núcleos compõe o Sistema Talâmico de Projeção 
 
 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
CONSIDERAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS SOBRE A MEDULA E O TRONCO 
 
ALTERAÇÕES DA MOTRICIDADE 
- Podem ser da motricidade voluntária, do tônus ou dos reflexos. 
- Paresia: Diminuição da força muscular. 
- Plegia (paralisia): Ausência total de força impossibilitando o movimento. 
- Hemiparesia e Hemiplegia: Quando estes sintomas atingem todo um lado do corpo. 
- Tônus: É o estado de relativa tensão em que se encontra permanentemente um músculo normal em repouso. 
- Hipertonia: Aumento do tônus. 
- Hipotonia: Diminuição do tônus. 
- Atonia: Ausência completa do tônus. 
- Nas alterações da motricidade decorrentes de lesões do Sistema Nervoso, pode haver ausência (arreflexia), diminuição 
(hiporreflexia) ou aumento (hiper-reflexia) dos reflexos músculo-tendinosos, como exemplo o reflexo patelar. 
- Sinal de Babinski: quando se estimula a pele da região plantar, a resposta reflexa normal consiste na flexão plantar do hálux. 
- Paralisias Flácidas (síndrome do neurônio motor inferior ou periférico): cursam com hiporreflexia e hipotonia, resultante de 
lesão dos neurônios motores da coluna anterior da medula (ou dos núcleos motores dos nervos cranianos). 
- Paralisias Espásticas (síndrome do neurônio motor superior ou central): que cursam com hiper-reflexia e hipertonia. 
 
ALTERAÇÕES DA SENSIBILIDADE 
- Anestesia: Desaparecimento total de uma ou mais modalidades de sensibilidade após estimulação adequada. Este termo é 
empregado mais frequentemente para perda da sensibilidade tátil, reservando-se o termo analgesia para perda da sensibilidade 
dolorosa. 
- Hipoestesia: Diminuição da sensibilidade. 
- Hiperestesia: Aumento da sensibilidade. 
- Parestesias: Aparecimento, sem estimulação, de sensações espontâneas e mal definidas como, por exemplo, o “formigamento”. 
- Algias: Dores, em geral. 
 
LESÕES DA MEDULA 
 Lesões da Coluna Anterior 
- Frequentemente na poliomielite e doença no neurônio motor. 
- Destruição dos neurônios motores da coluna anterior. 
- Surgimento de uma síndrome do neurônio motor inferior na área lesada. 
- Insuficiência respiratória caso haja destruição de neurônios responsáveis pelos movimentos respiratórios. 
 
 Tabes Dorsalis 
- Consequência da neurosífilis. 
- Ocorre lesão das raízes dorsais e fascículos grácil e cuneiforme. 
- Perda da propriocepção consciente: perda do sentido de posição e do movimento quando de olhos fechados. 
- Perda do tato epicrítico: perda da discriminação tátil. 
- Perda da sensibilidade vibratória e da Estereognosia: perda de sensações. 
 
 
 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
 Hemisseção da Medula (Síndrome de Brown-Séquard) 
-Interrupção dos principais tratos que percorrem uma metade da medula. 
- Os sintomas resultantes da secção dos tractos que não se cruzam na medula aparecem do mesmo lado da lesão. 
- Os sintomas resultantes da lesão de tractos que se cruzam na medula manifestam-se no lado oposto ao lesado. 
- Todos os sintomas aparecem somente abaixo do nível da lesão. 
- Sintomas que manifestam no mesmo lado da lesão (tractos que não cruzados na medula): paralisia espástica, perda 
da propriocepção consciente e do tato epicrítico. 
- Sintomas que manifestam do lado oposto ao lesado (tractos cruzados): perda da sensibilidade térmica e dolorosa e ligeira 
diminuição do tato protopático e da pressão. 
 
 Siringomielia 
- Quando há formação de uma cavidade no canal centralda medula. 
- Destruição da substância cinzenta intermédia central e da comissura branca: perda da sensibilidade térmica e dolorosa. 
- Nestas áreas não há qualquer perturbação da propriocepção, sendo mínima a deficiência tátil. 
- Dissociação sensitiva (ou dissociação siringomiélica): perda da sensibilidade térmica e dolorosa com persistência da 
sensibilidade tátil e proprioceptiva. 
- Acomete frequentemente na intumescência cervical. 
 
 Transecção da Medula 
- Secção completa da medula. 
- Choque espinhal: absoluta perda da sensibilidade, dos movimentos e do tônus nos músculos inervados pelos segmentos 
medulares situados abaixo da lesão. 
- Nos casos de secção completa (e não simples esmagamento), não há recuperação da motricidade voluntária ou da sensibilidade 
 
 Compressão da Medula por Tumor 
- Compressão gradual da medula de fora para dentro, resultando uma sintomatologia variável conforme a posição do tumor. 
- Inicialmente podem aparecer dores em determinados dermátomos que correspondem às raízes dorsais comprometidas. 
 
LESÕES DO BULBO 
 Lesões na Base do Bulbo (Hemiplegia cruzada com lesão do hipoglosso) 
- Compreendem a pirâmide e o nervo hipoglosso. 
- Lesão da Pirâmide: hemiparesia do lado oposto ao lesado atingindo o tracto córtico-espinhal. Quando atinge outros tractos 
descendentes dorsalmente causa hemiplegia. 
- Lesão do Hipoglosso: paralisia dos músculos da metade da língua situada do lado lesado, com sinais de síndrome de neurônio 
motor inferior, manifestando por hipotrofia destes músculos. A musculatura normal, neste caso, quando em protusão desvia a 
língua para o lado lesado. 
 
 Síndrome da Artéria Cerebelar Inferior Posterior (PICA) (Síndrome de Wallemberg) 
- A artéria cerebelar inferior posterior (ramo da vertebral) irriga a parte dorsolateral do bulbo. 
- Lesões desta região frequentemente decorrem de trombose da artéria. 
- Lesão do pedúnculo cerebelar inferior: incoordenação de movimentos na metade do corpo situada do lado lesado. 
- Lesão do tracto espinhal do trigêmeo e seu núcleo: perda da sensibilidade térmica e dolorosa na metade da face situada do 
lado da lesão. 
 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
- Lesão do tracto espino-talâmico lateral: Perda da sensibilidade térmica e dolorosa na metade do corpo situada do lado oposto 
ao da lesão. 
- Lesão do núcleo ambíguo: Perturbações da deglutição e da fonação por paralisia dos músculos da faringe e da laringe. 
- Pode aparecer uma Síndrome de Horner por lesão das vias descendentes que do hipotálamo dirigem-se aos neurônios pré-
ganglionares relacionados com a inervação da pupila. 
 
LESÕES DA PONTE 
 Lesões do Nervo Facial 
- Paralisia total dos músculos da expressão facial na metade lesada. 
- Músculos perdem o tônus tornando-se flácidos. 
- Como a musculatura do lado oposto está normal, resulta desvio da comissura labial para o lado normal, particularmente evidente 
quando o indivíduo sorri. 
- Como o músculo elevador da pálpebra (inervado pelo oculomotor) está normal, a pálpebra permanece aberta predispondo o olho 
a lesões e infecções, uma vez que o reflexo corniano está abolido. 
- Paralisias Periféricas: homolaterais, acometem toda uma metade da face e são totais. 
- Paralisias Centrais: contralaterais, acometem músculos da metade inferior da face, pode haver contratura involuntária da 
musculatura mímica como manifestação emocional. 
 
 Lesões da Base da Ponte (Síndrome de Millard-Gubler) 
- Hemiplegia cruzada, com lesão do abducente. 
- A lesão do tracto córtico-espinhal resulta em hemiparesia em lado oposto ao lesado. 
- Lesão do nervo abducente: paralisia do músculo reto lateral do mesmo lado da lesão, o que impede o movimento do olho em 
direção lateral (abdução do olho), desvio do bulbo ocular em direção medial (estrabismo convergente). 
- Com a movimentação ocular prejudicada, surge o fenômeno denominado diplopia. 
- Quando a lesão da base da ponte se estende lateralmente, compromete as fibras do nervo facial. 
 
 LESÃO DA PONTE AO NÍVEL DA EMERGÊNCIA DO NERVO TRIGÊMEO 
- Hemiplegia cruzada com lesão do trigêmeo. 
- A lesão do tracto córtico-espinhal causa hemiplegia do lado oposto com síndrome do neurônio motor superior. 
- Lesão do Trigêmeo: perturbações motoras (paralisia da musculatura mastigadora ao lado da lesão) e perturbações sensitivas 
(anestesia da face do mesmo lado da lesão). 
 
LESÕES DO MESENCÉFALO 
 Lesões da Base do Pedúnculo Cerebral (Síndrome de Weber) 
- A lesão do tracto córtico-espinhal causa hemiparesia do lado oposto. 
- Lesão do Nervo Oculomotor: impossibilidade de mover o bulbo ocular para cima, para baixo ou em direção medial, diplopia, 
estrabismo divergente (desvio do bulbo ocular em direção lateral), ptose palpebral e dilatação da pupila (midríase). 
 
 Lesão do Tegmento do Mesencéfalo (Síndrome de Benedikt) 
- Compromete o Nervo Oculomotor, o Núcleo Rubro e os Lemniscos Medial, Espinhal e Trigemial. 
- Lesão do oculomotor. 
- Lesão dos lemniscos Medial, Espinhal e Trigemial: anestesia da metade oposta do corpo. 
- Lesão do Núcleo Rubro: tremores e movimentos anormais do lado oposto à lesão. 
 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
ESTRUTURA E FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO 
- É constituído de sustância cinzenta que se agrupa em 
núcleos. 
- Percorrendo o hipotálamo existe o fórnix (permite 
dividir o hipotálamo em uma área medial e outra lateral). 
 
CONEXÕES DO HIPOTÁLAMO 
 Conexões com o Sistema Límbico 
- Hipocampo: liga-se pelo fórnix aos núcleos mamilares do hipotálamo (circuito de papez). 
- Corpo Amigdalóide: Fibras originadas do núcleo amigdalóide chegam ao hipotálamo principalmente através da estria terminal. 
- Área Septal: Liga-se ao hipotálamo através de fibras que percorrem o feixe prosencefálico medial. 
 
 Conexões com a Área Pré-Frontal 
- O córtex da área pré-frontal também se relaciona com o comportamento emocional. 
- A área pré-frontal mantem conexões com o hipotálamo diretamente ou através do núcleo dorsomedial do tálamo. 
 
 Conexões Viscerais 
- O hipotálamo mantém conexões aferentes e eferentes com os neurônios da medula e do tronco encefálico, relacionados com 
essas funções. 
- Conexões Viscerais Aferentes: O hipotálamo recebe informações sobre a atividade das vísceras através de suas conexões 
diretas com o núcleo do tracto solitário (fibras solitário-hipotalâmicas). 
- Conexões Viscerais Eferentes: O hipotálamo controla o SNA agindo direta ou indiretamente sobre os neurônios pré-
ganglionares do sistema simpático e parassimpático. 
 
 Conexões com a Hipófise 
- Tem apenas conexões eferentes com a hipófise, que são feitas através dos tractos hipotálamo-hipofisário e túbero-
infundibular. 
 
 Conexões Sensoriais 
- O hipotálamo recebe informações sensoriais das áreas eretogênicas, como os mamilos e órgãos genitais, importantes para o 
fenômeno da ereção. 
- Sabe-se também que existem conexões diretas do córtex olfatório e da retina com o hipotálamo. 
 
 Conexões Monoaminérgicas 
- Neurônios Noradrenérgicos da formação reticular do tronco encefálico projetam-se para o hipotálamo, assim como neurônios 
serotoninérgicos oriundos dos núcleos da rafe. 
 
- Funções do Hipotálamo: 
a) Controle do Sistema Nervoso Autônomo: Hipotálamo Anterior (controla o sistema parassimpático) e o Hipotálamo Posterior 
(controla o sistema simpático). 
b) Regulação da Temperatura Corporal: é informado por termorreceptores periféricos, funciona como termostato capaz de 
detectar variações de temperatura do sangue (ativando mecanismos de perda ou de conservação), Centro Da Perda De Calor 
(hipotálamo anterior) e Centro Da Conservação Do Calor (hipotálamoposterior). 
c) Regulação do Comportamento Emocional: juntamente com o sistema límbico e área pré-frontal. 
d) Regulação do Sono e Vigília: parte posterior do hipotálamo (relaciona-se com a vigília); Encefalite Letárgica (quando lesões 
da parte posterior podem causar sono). 
e) Regulação da Ingestão de Alimentos e Água: Centro da Fome e Sede (Hipotálamo Lateral) Centro da Saciedade (Núcleo 
Ventromedial). 
f) Regulação da Diurese: regula a quantidade de água no organismo. 
g) Regulação do Sistema Endócrino: regula a secreção de hormônios da adeno-hipófise. 
 
 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
ESTRUTURA E FUNÇÕES DO CÓRTEX CEREBRAL 
- Fina camada de substância cinzenta que reveste o centro branco medular do cérebro. 
- No córtex chegam impulsos relacionados a sensibilidade e saem impulsos que iniciam e comandam movimentos voluntários. 
 
1. ÁREAS DE PROJEÇÃO 
 
Áreas Sensitivas Primárias 
 
 Área Somestésica 
- No giro pós-central. 
- Trazem impulsos relacionados à temperatura, dor, 
pressão, tato e propriocepção consciente da metade oposta 
do corpo. 
- Estimulação da área somestésica: manifestações 
sensitivas em partes determinadas do corpo, porém mal 
definidas. 
- Porção superior do giro pós-central: área dos órgãos genitais e do pé. 
- Porção súperolateral: áreas da perna, do tronco e do braço. 
- Porção inferior: área da mão, da cabeça, da face e da boca. 
- Porção próxima ao sulco lateral: área da língua e da faringe. 
- Lesão da área somestésica (AVE que compromete as artérias cerebral média ou anterior): perda de sensibilidade discriminativa 
do lado oposto à lesão e perda da estereognosia. 
 
 Área Visual 
- Nos lábios do sulco calcarino. 
- Estimulação da área visual: alucinações visuais. 
 
 Área Auditiva 
- No Giro Temporal Transverso Anterior. 
- Estimulação da área auditiva: alucinações auditivas (zumbidos). 
- Lesões bilaterais do giro transverso anterior: surdez completa. 
- Lesões unilaterais do giro transverso anterior: déficits auditivos pequenos. 
 
 Área Vestibular 
- No Lobo Parietal. 
- Mais relacionada com a área de projeção da sensibilidade proprioceptiva do que com a auditiva. 
- Importante para a apreciação consciente da orientação no espaço. 
 
 Área Olfatória 
- Em uma pequena área situada na parte anterior do úncus e do giro para-hipocampal. 
- Epilepsia Local: alucinações olfatórias, nas quais os doentes se queixam de cheiros desagradáveis que na realidade não são 
visíveis (crises uncinadas). 
 
 
 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
 Área Gustativa 
- Na porção inferior do giro pós-central, próximo à ínsula, em uma região adjacente à área somestésica. 
- Estimulação da área gustativa: alucinações gustativas. 
- Lesões nessa área: provocam diminuição da gustação na metade oposta da língua. 
 
Área Motora Primária 
- Na parte posterior do giro pré-central. 
- Estimulação elétrica dessa área: movimentos de grupos musculares do lado oposto. 
- Focos epiléticos: movimentos de grupos musculares isolados. 
- As principais conexões aferentes da área motora são com o tálamo. 
- Dá origem a maior parte das fibras dos tractos córtico-espinhal e córtico-nuclear, principais responsáveis pela motricidade 
voluntária. 
 
2. ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO 
 
Áreas de Associação Secundárias 
 
 Áreas de Associação Secundárias Sensitivas 
- Área Somestésica Secundária: no lóbulo parietal superior, atrás da área somestésica primária. 
- Área Visual Secundária: adiante da área visual primária (se estende ao lobo temporal). 
- Área Auditiva Secundária: no lobo temporal, circundando a área auditiva primária. 
 
- As áreas secundárias recebem aferências principalmente das áreas primárias correspondentes. 
- Lesão das áreas primárias: deficiências sensoriais como cegueira e surdez (não ocorre nas lesões das áreas secundárias); 
geram agnosias (perda da capacidade de reconhecer objetos). 
- Distinguem-se agnosias visuais, auditivas e somestésica. 
- Agnosias visual (cegueira verbal) e agnosias auditiva (surdez verbal) são os defeitos de linguagem = afasia. 
- As áreas secundárias do ponto de vista funcional, não são simétricas (lesões da mesma área resultam em sintomatologia diferente 
conforme o lado lesado). 
 
 Áreas de Associação Secundária Motoras 
- Adjacentes a área motora primária. 
- Lesões nessa área: apraxias (incapacidade de executar determinados atos voluntários, sem que exista qualquer déficit motor). 
 
a) Área Motora Suplementar 
- Na face medial do giro frontal superior. 
- Relaciona-se com a concepção ou planejamento de sequencias complexas de movimentos. 
 
b) Área Pré-Motora 
- No lobo frontal, adiante da área primária. 
- Menos excitável que a área motora primária. 
- Lesões nessa área: músculos com força diminuída (paresia). 
 
 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
c) Área de Broca 
- Nas partes opercular e triangular do giro frontal superior. 
- Responsável pela programação da atividade motora relacionada com a expressão da linguagem. 
- Lesões nessa área: déficits de linguagem (afasias). 
 
Áreas de Associação Terciárias 
- São supramodais, não se relacionam isoladamente com nenhuma modalidade sensorial. 
- Recebem e integram as informações sensoriais já elaboradas por todas as áreas secundárias e são responsáveis também pela 
elaboração das diversas estratégias comportamentais. 
 
 Área Pré-Frontal 
- Na parte anterior não motora do lobo frontal. 
- Responsável pela escolha das opções e estratégias comportamentais mais adequadas a situação física e social do indivíduo, 
manutenção da atenção e controle do comportamento emocional (juntamente com o hipotálamo e sistema límbico). 
 
 Área Temporoparietal 
- No lóbulo parietal inferior, giros supramarginal e angular, estendendo-se também as margens do sulco temporal superior e parte 
do lóbulo parietal superior. 
- Situa-se entre as áreas secundárias auditiva, visual e somestésica. 
- É importante para percepção espacial. 
- Permite também que se tenha uma imagem das partes componentes do próprio corpo, razão pela qual já foi também denominada 
Área do Esquema Corporal. 
- Lesões nessa área: desorientação espacial generalizada; síndrome da negligência (o paciente deixa de perceber uma metade 
do seu corpo). 
 
 Áreas Límbicas 
- No giro do cíngulo, giro para-hipocampal e p hipocampo. 
- Relaciona-se com a memória e o comportamento emocional. 
 
ÁREAS RELACIONADAS COM A LINGUAGEM 
- Área Anterior da Linguagem: corresponde à área de broca e está relacionada com a expressão da linguagem. 
- Área Posterior da Linguagem: situa-se na junção entre os lóbulos temporal e parietal; ela é conhecida também como Área 
de Wernicke, que está relacionada com a percepção da linguagem. 
- Lesões nessa área: afasias. 
- Afasia motora: o indivíduo é capaz de compreender a linguagem falada ou escrita, mas tem dificuldade de se expressar 
adequadamente falando ou escrevendo. 
- Afasia sensitiva: a compreensão da linguagem tanto falada como escrita é muito deficiente. 
- Na maioria dos indivíduos as áreas corticais da linguagem se localizam apenas do lado esquerdo. 
 
ASSIMETRIAS DAS FUNÇÕES CORTICAIS 
- As afasias estão quase sempre associadas a lesões no hemisfério esquerdo e lesões do lado direito só excepcionalmente causam 
distúrbios da linguagem. 
- Hemisfério esquerdo: mais importante do ponto de vista da linguagem e do raciocínio matemático. 
- Hemisfério direito: é ‘dominante’ no que diz respeito ao desempenho de certas habilidades artísticas como pintura e música, à 
percepção de relações espaciais ou ao reconhecimento dafisionomia das pessoas. 
- A assimetria funcional dos hemisférios cerebrais se manifesta apenas nas áreas de associação, uma vez que o funcionamento 
das áreas de projeção, tanto motora quanto sensitiva, é igual dos dois lados. Em um canhoto é mais difícil de prever o lado que se 
localizam os centros da linguagem. 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
ESTRUTURA E FUNÇÕES DO SUBTÁLAMO E EPITÁLAMO 
SUBTÁLAMO 
- É uma pequena área situada na parte posterior do diencéfalo na transição com o mesencéfalo. 
- Limite Superior: Tálamo. 
- Limite Lateral: Cápsula interna. 
- Limite Medial: Hipotálamo. 
- Núcleo Subtalâmico: tem conexões nos dois sentidos com o globo pálido através do circuito pálido-subtálamo-palidal, 
importante para a regulação da motricidade somática. 
- Lesões do núcleo subtalâmico: provoca uma síndrome clínica conhecida como Hemibalismo (movimentos anormais das 
extremidades), são muito violentos e muitas vezes não desaparecem nem com sono, podendo levar o doente a exaustão. 
 
EPITÁLAMO 
- Localizado na parte superior e posterior do diencéfalo. 
- Formações importantes: Habênula e a Glândula Pineal. 
- Habênula: Situada de cada lado no trígono da Habênula e participa da regulação dos níveis de dopamina na via mesolímbica, 
principal área do prazer do cérebro. Ela pertence ao sistema límbico. 
- Glândula Pineal: Produz a melatonina (sintetizada também na retina, no intestino, nas células do sistema imunitário e na 
placenta onde é responsável pelo aumento de melatonina circulante durante a gravidez), envolvimento pineal na reprodução e nos 
ritmos circadianos. 
 Estrutura e Inervação da Glândula Pineal 
- Glândula endócrina com células secretoras (pinealócitos). 
- Pinealócitos: ricas em serotonina (utilizada para a síntese do hormônio da pineal, a melatonina). 
- Muito vascularizada e sua inervação se dá por fibras simpáticas pós-ganglionares oriundas do gânglio cervical superior. 
- Esta inervação simpática tem importante papel na regulação da melatonina. 
 
 Secreção de Melatonina 
- A melatonina é responsável pelas funções atribuídas à glândula pineal. 
- Sintetizada pelos pinealócitos a partir da serotonina. 
- Durante o dia as fibras simpáticas tem pouca atividade e os níveis de melatonina na pineal e na circulação são muito baixos. 
Entretanto, durante a noite, a inervação simpática da pineal é ativada, liberando noradrenalina, e os níveis de melatonina aumenta. 
 
 Funções da Pineal 
- Secreção de melatonina. 
- Função Antigonadrotópica: a pineal tem um efeito inibidor sobre as gônadas via hipotálamo (a luz inibe a pineal e o escuro 
ativa). 
- Sincronização do ritmo circadiano de vigília-sono: O ritmo vigília-sono no homem é sincronizado com ciclo dia-noite pelo 
núcleo supraquiasmático que, para isto, recebe informações sobre a luminosidade do ambiente pelo trato retino-hipotalâmico. 
- A melatonina tem uma ação sincronizadora suplementar sobre este ritmo agindo diretamente sobre os neurônios do núcleo 
supraquiasmático que tem receptores para melatonina. 
- Regulação da Glicemia: inibindo a secreção de insulina nas células beta das ilhotas pancreáticas. 
- Regulação da morte celular por apoptose: a melatonina inibe o aparecimento de células em apoptose enquanto os corticóides 
ativam este processo. 
- Ação antioxidante: A melatonina é um dos mais potentes antioxidantes conhecidos, superando a ação de antioxidantes mais 
tradicionais como as vitaminas A, C, E. Ela não só remove os radicais livres, como também aumenta a capacidade antioxidante 
das células. 
- Regulação do Sistema Imunitário: A melatonina aumenta as respostas imunitárias agindo sobre as células do baço, timo, 
medula óssea, macrófagos, neutrófilos e células T. A ação da melatonina no sistema imunitário se faz não só pela melatonina da 
pineal mas pela produzida por células do próprio sistema imunitário. 
- A melatonina tem também efeito benéfico sobre vários processos inflamatórios por mecanismos diversos de atuação. 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
ÁREAS ENCEFÁLICAS RELACIONADAS COM AS EMOÇÕES – SISTEMA LÍMBICO 
- As emoções estão relacionadas com áreas específicas do 
cérebro que, em conjunto, constituem o Sistema Límbico. 
- As áreas encefálicas ligadas ao comportamento emocional 
também controlam o SNA, tendo em vista a importância da 
participação desse sistema na expressão das emoções. 
- Circuito de Papez: estruturas do lobo límbico, núcleos do 
hipotálamo e tálamo (hipocampo, fórnix, corpo mamilar, 
trato mamilo-talâmico, núcleos anteriores do tálamo, 
cápsula interna, giro do cíngulo, giro para-hipocampal e, 
novamente, o hipocampo). 
- Com exceção da parte anterior do giro do cíngulo, está 
relacionado com a memória e não com as emoções. O centro 
do sistema límbico não é mais o hipocampo, como pensava 
Papez, mas a amígdala. 
- Síndrome de Klüver e Bucy: perversões do apetite, 
agnosias visual, perda de medo, tendência oral manifestada, 
tendência hipersexual 
- Sistema Límbico: Conjunto de estruturas corticais e subcorticais interligadas morfologicamente e funcionalmente, relacionadas 
com as emoções e a memória. Anatomicamente tem como centro o lobo límbico e estruturas com ele relacionadas e funcionalmente 
pode-se distinguir dois subconjuntos de estruturas, ligadas as emoções e à memória. 
 Componentes do Sistema Límbico relacionados com as emoções 
- Córtex Cingular Anterior: Em pacientes com depressão severa, refratária a medicamentos, os sintomas desaparecem com 
estimulação elétrica do córtex cingular anterior. (Estimulação Magnética Transcraniana). 
- Córtex Pré-Frontal Orbitofrontal: a área orbitofrontal está envolvida no processamento das emoções. 
- Hipotálamo: regula os processos emocionais. Tem papel importante na coordenação das manifestações periféricas das emoções, 
através de suas conexões com o SNA. 
- Área Septal: um dos centros de prazer no cérebro e sua estimulação provoca euforia. 
✓ Estimulação da área septal: alterações na pressão arterial e do ritmo respiratório. 
✓ Destruição da área septal: reação anormal aos estímulos sexuais e à raiva. 
- Núcleo Accumbens: É o mais importante componente do sistema mesolímbico, que é o sistema de recompensa ou do prazer 
do cérebro. 
- Habênula: Tem ação inibitória sobre o sistema serotoninérgico de projeção difusa. 
- Amígdala (corpo amigdalóide): responsável pelo processamento das emoções e desencadeadora do comportamento 
emocional. Tem doze núcleos que se dispõem em três grupos. 
✓ Grupo corticomedial: envolvido com os comportamentos sexuais (estimulação = reação defensiva e agressiva). 
✓ Grupo basolateral: recebe a maioria das conexões aferentes das amigdalas (estimulação = reação de medo e fuga). 
✓ Grupo central: dá origem as conexões eferentes. 
✓ Função das amigdalas: processamento do medo. 
✓ Estimulação das amigdalas: hipersexualidade. 
✓ Síndrome de Emergência de Cannon: Visa preparar o organismo para uma situação de perigo na qual ele deve ou fugir 
ou enfrentar o perigo. Ocorre ativação geral do sistema simpático e liberação de adrenalina pela glândula suprarrenal. 
✓ Lesão das amigdalas: pacientes não aprendem a ter medo. 
 
 Sistema de Recompensa no Encéfalo 
- Premia com a sensação de prazer os comportamentos importantes para a sobrevivência, mas é também ativado por situações 
cotidianas que causam alegria. 
 
 Ansiedade e Estresse 
- É a expressão inapropriada do medo, que, neste caso, é duradouro e pode ser desencadeado por perigos pouco definidos ou pela 
recordação de eventos que supostamente podem ser perigosos. 
 
 
 
 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
ÁREAS ENCEFÁLICAS RELACIONADAS COM A MEMÓRIA 
- Memória é a capacidade de adquirir, armazenar e evocar informações.- A etapa de aquisição é a aprendizagem, do mesmo modo que a evocação é a etapa de lembrança. 
 
 Tipos de memória quanto à natureza 
- Memória declarativa: os conhecimentos memorizados são explícitos (pode ser descritos por meio de palavras ou outros). 
- Memória não declarativa: os conhecimentos memorizados são implícitos (andar de bicicleta, por exemplo). 
 
 Tipos de memória quanto ao tempo de retenção do evento memorizado 
- Memória operacional ou de trabalho: permite que informações sejam retidas por segundos ou minutos. 
- Memória de curta duração: permite a retenção de informacoes durante algumas horas (3 a 6 horas) até que sejam 
armazenadas de forma mais douradora nas áreas responsáveis pela memória de longa duração. Se extingue de depois de um 
tempo. 
- Memória de longa duração: depende da função de retenção de informações exercida pela memória de curta duração. 
 
ÁREAS TELENCEFÁLICAS RELACIONADAS COM A MEMÓRIA 
 Hipocampo 
- Embora o hipocampo seja indispensável para a consolidação das memórias de curta e longa duração, esses tipos de memória 
não são armazenados no hipocampo. 
- O grau de consolidação da memória pelo hipocampo é modulado pelas aferências que ele recebe da amígdala. 
- É também responsável pela memória espacial ou topográfica. 
 Giro Denteado 
- Responsável pela dimensão temporal da memória (saber se um evento ocorreu antes ou depois de outro, por exemplo). 
 Córtex Entorrinal 
-Funciona como um portão de entrada para o hipocampo, recebendo as diversar conexões que a ele chegam através do giro 
denteado, incluindo as conexões que recebe da amigdala e da área aceptal. 
- Lesão: déficit de memória (primeira área cerebral comprometida na Doença de Alzheimer. 
 Córtex Para-hipocampal 
- é ativado pela visão de cenários, especialmente os mais complexos (só ocorre em cenários novos). 
- Lesão: incapacidade de memorização cenários novos. 
 Córtex Cingular Posterior 
- Integra o Circuito de Papez. 
- Também está relacionada com a memória topográfica. 
- Lesão: amnésias, desorientação e incapacidade de encontrar caminhos anteriormente memorizados. 
 Área Pré-Frontal Dorsolateral 
- Processamento da memória operacional. 
- Lesão: ocorre na doença de Alzheimer; há perda da memória operacional. 
 Áreas de Associação do Neocórtex 
- São armazenadas as memórias de longa duração, cuja consolidação depende da atividade do hipocampo. 
- Incluem áreas secundárias sensitivas e motoras. 
 
 
 
 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período 
ÁREAS DIENCEFÁLICAS RELACIONADAS À MEMÓRIA 
- São os corpos mamilares do hipotálamo, que recebem aferências dos córtices entorrinal e do hipocampo pelo fórnix. 
- Essas estruturas fazem parte do circuito de Papez. 
 
MECANISMOS DE FORMAÇÃO DE MEMÓRIAS 
 Como a memória se expressa nos neurônios? 
- Sabe-se que o mecanismos celulares da memória envolvem as sinapses. 
- Em relação a memória de trabalho, ocorre uma excitação prolongada das espinhas dendríticas das sinapses da área pré-frontal. 
Entretanto, essa excitação permanece por pouco tempo, como é característico da memória de trabalho. 
 
 O que ocorre nas sinapses no caso da memória de longa duração, que pode ficar armazenada em neurônios 
durante vários anos? 
- Nos neurônios relacionados com a memória ocorrem complexas reações químicas, envolvendo uma cascata de segundos-
mensageiros, ao final das quais há ativação de alguns genes que determinam a transcrição de proteínas utilizadas na formação 
de novas sinapses ou na ampliação da área da membrana pré-sináptica. 
- Assim, o número de sinapses dobra, podendo diminuir, com o tempo, na etapa do esquecimento. 
- Assim, a consolidação da memória decorre da plasticidade sináptica. 
- A hipótese mais aceita pra explicar esse fato é que cada novo neurônio estaria ligado a uma nova memória. 
- Depois de algum tempo, quando a memória já estiver consolidada e transferida para o neocórtex, o novo neurônio 
desapareceria. 
 
CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS 
 Ansiedade e Estresse 
- É a expressão inapropriada do medo, que, neste caso, é duradouro e pode ser desencadeado por perigos pouco definidos ou 
pela recordação de eventos que supostamente podem ser perigosos. 
- A ansiedade desencadeada de forma crônica se transforma em estresse e causa danos ao organismo. 
 
 Síndrome De Korsakoff 
- Resulta da degeneração dos corpos mamilares e dos núcleos anteriores do tálamo. 
- É consequência do alcoolismo crônico. 
- Provocam amnésias anterógradas e retrógradas. 
 
 Doença De Alzheimer 
- Doença degenerativa que acomete pessoas idosas na qual ocorrem graves problemas de memória.Há perda gradual da 
memória operacional e de curta duração. 
- O paciente começa a ter dificuldade com a memória recente de fatos ou compromissos ocorridos no dia. 
- Evolui gradativamente para comprometimento da memória de longa duração, a ponto de esquecer do nome dos familiares e 
apresentar desorientação no tempo-espaço. Na fase mais avançada há uma completa deterioração de todas as funções psíquicas, 
com amnésia total. 
- A doença se inicia com uma degeneração progressiva dos neurônios da área entorrinal, que constitui a porta de entrada das 
vias que, do neocórtex, se dirigem ao hipocampo. 
- Há também perda dos neurônios colinérgicos do Núcleo Basal de Meynert, o que leva a perda das projeções modulatórias 
colinérgicas de praticamente todo o córtex cerebral. 
- Microscopicamente nos neurônios, observa-se um emaranhado neurofibrilar e placas senis que levam à morte neuronal. 
- É uma doença com claro componente genético, mas que sofre influência de fatores ambientais. Estudos mostram que 
indivíduos pré-dispostos geneticamente, mas que tem intelectualmente ativa, pode não manifestar ou ter formas mais leves e 
tardias da doença.

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