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FISCAL DE TRANSPORTES Empresa Pública de Transporte de Maricá RJ (EPT)

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Fiscal de Transportes 
 
Prefeitura Municipal de Maricá 
Empresa Pública de Transporte – EPT 
 
 
FISCAL DE TRANSPORTES 
 
 
 
Língua Portuguesa 
Compreensão e interpretação de texto. ......................................................................................... 3 
Significado das palavras: sinônimos, antônimos, homônimos, parônimos. ................................... 42 
Ortografia oficial; emprego das letras, emprego das palavras, acentuação gráfica, emprego da 
crase. ........................................................................................................................................... 33 
Classe das palavras. Flexão de gênero, número e grau dos substantivos e dos adjetivos. .......... 44 
Emprego dos verbos regulares, irregulares e anômalos. ............................................................. 52 
Emprego dos pronomes. .............................................................................................................. 48 
Concordância verbal e nominal. Regência verbal e nominal. ....................................................... 65 
Divisão silábica. .......................................................................................................................... 39 
Pontuação. ................................................................................................................................... 39 
Abreviaturas e siglas. ................................................................................................................... 31 
Coletivos. ..................................................................................................................................... 45 
Aumentativos e diminutivos. ........................................................................................................ 47 
 
 
Raciocínio Matemático 
Raciocínio lógico quantitativo. ...................................................................................................... 95 
Números: sistemas de numeração. Numeração decimal; operações com números naturais: adição, 
subtração, multiplicação e divisão. Propriedades, múltiplos e divisores. Máximo divisor comum e 
mínimo múltiplo comum. Operações com frações: adição, subtração, multiplicação e divisão. ...... 5 
Porcentagem. Propriedades. ....................................................................................................... 39 
Medidas: medida de tempo; sistema brasileiro de metrologia: medidas de comprimento, área, vo-
lume e massa; sistema monetário brasileiro. ............................................................................... 29 
Análise combinatória, probabilidade e estatística: combinações e permutações, números binomi-
ais, espaço amostral, espaços de probabilidades, probabilidades condicionais, distribuição binomi-
al, medidas de centralidade e de dispersão. Sequências e Progressões. .................................... 45 
Geometria analítica plana e espacial. .......................................................................................... 74 
Números Complexos: operações e propriedades. Resolução de situações-problema. ................ 90 
Jogos e desafios da matemática. ................................................................................................. 94 
 
 
Noções de Administração ........................................................................................................... 1 
Princípios fundamentais de administração nos setores público e privado. 
A teoria da burocracia. 
Princípios Constitucionais da Administração Pública. 
Princípios de administração gerencial setor público. 
Funções do Administrador. 
Processo administrativo. 
Processo decisório e resolução de problemas. 
Conceitos básicos de planejamento e orçamento no setor público. 
Técnicas para tomada de decisão. 
Conceitos básicos de organização. 
Funções organizacionais. 
Apostila Digital Licenciada para OTÁVIO GERMANO DOS SANTOS MAGNUS - otaviomagnus@hotmail.com (Proibida a Revenda)
Fiscal de Transportes 
Motivação. Comunicação. Liderança. Processo de controle. Indicadores de desempenho: eficiên-
cia, eficácia e efetividade. 
Conceitos e controles financeiros e orçamentários da receita e da despesa pública. 
Lei Orgânica do Município de Maricá: Título I – Dos Princípios Fundamentais: Art. 1º ao 6º. Título 
III - Da Organização Municipal: Art. 36 a 66. Título IV – Da Organização dos Poderes: Capítulo I. 
Do Poder Legislativo: Art. 67 a 69. Capítulo II. Do Poder Executivo: Art. 117 a 134. Título V – Da 
Organização Administrativa Municipal. Art. 143 a 158. Título VI – Da Ordem Econômica, Financei-
ra e do Meio Ambiente. Capítulo IV. Das Obras e dos Serviços Públicos: Art. 266 a 286. ........... 60 
Leis complementares municipais nº 244, de 11/09/2014, e nº 254, de 12/02/2014. Decretos muni-
cipais nº 109, de 22/10/2014, e nº 025, de 16/03/2015. ............................................................. 116 
História de Maricá: aspectos sociais, financeiros, políticos, religiosos, ambientais, turísticos, espor-
tivos, culturais, geográficos, regionais e legais que caracterizam e formam a história do Município 
de Maricá. ................................................................................................................................... 141 
 
 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 
Competências e características pessoais necessárias ao fiscal do transporte coletivo urbano. ..... 1 
Equipamentos e tecnologias utilizados para fiscalização do transporte coletivo urbano. ................ 4 
Fiscalização de transporte rodoviário nas plataformas da estação rodoviária e terminais. ............. 7 
Acompanhamento, monitoramento, controle e fiscalização. ........................................................... 7 
Procedimentos de fiscalização do fluxo de usuários e ação em caso de ocorrências de problemas. 
Noções de planejamento e gerenciamento de manutenção de veículos. ..................................... 11 
Conservação e documentação obrigatória atinente à condução do veículo. ................................ 13 
Segurança Viária. ........................................................................................................................ 15 
Legislação do uso do solo: Plano Diretor de Transporte e da Mobilidade Urbana. ....................... 15 
Lei federal nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012, com as alterações e atualizações posteriores. ... 16 
Legislação de Trânsito: Código de Trânsito Brasileiro, Lei n° 9.503, de 23/09/97 e atualizações 
posteriores. .................................................................................................................................. 21 
Acessibilidade: finalidade e políticas. ........................................................................................... 61 
Malha rodoviária e qualidade do transporte. Fiscalização. Transporte intermunicipal e metropolita-
no. ............................................................................................................................................... 63 
Sistema Nacional de Viação: Lei nº 12.379/2011. ........................................................................ 65 
Resolução n° 160 de 22/04/04 do CONTRAN e atualizações posteriores. ................................... 69 
Resolução CONTRAN nº 210/2006 (limites de peso e dimensões para veículos que transitem por 
vias terrestres e dá outras providências. ...................................................................................... 98 
Segurança do Trabalho: Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), Equipamentos de Proteção 
Coletiva (EPCs), primeiros socorros. ......................................................................................... 100 
Conhecimento de tópicos atuais, relevantes e amplamentedivulgados, em áreas diversificadas, 
como política, gestão pública, economia, entre outros. .............................................................. 102 
 
 
Noções básicas de informática: 
Windows, ....................................................................................................................................... 5 
Word, ........................................................................................................................................... 28 
Excel, ........................................................................................................................................... 55 
Correio eletrônico. ........................................................................................................................ 79 
Conceito de Internet e Intranet. .................................................................................................... 86 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila Digital Licenciada para OTÁVIO GERMANO DOS SANTOS MAGNUS - otaviomagnus@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos 
 A Opção Certa Para a Sua Realização 
 
 
 
 
 
 
 
 
A PRESENTE APOSTILA NÃO ESTÁ VINCULADA A EMPRESA ORGANIZADORA DO CONCURSO 
PÚBLICO A QUE SE DESTINA, ASSIM COMO SUA AQUISIÇÃO NÃO GARANTE A INSCRIÇÃO DO 
CANDIDATO OU MESMO O SEU INGRESSO NA CARREIRA PÚBLICA. 
 
O CONTEÚDO DESTA APOSTILA ALMEJA ENGLOBAR AS EXIGENCIAS DO EDITAL, PORÉM, ISSO 
NÃO IMPEDE QUE SE UTILIZE O MANUSEIO DE LIVROS, SITES, JORNAIS, REVISTAS, ENTRE OUTROS 
MEIOS QUE AMPLIEM OS CONHECIMENTOS DO CANDIDATO, PARA SUA MELHOR PREPARAÇÃO. 
 
ATUALIZAÇÕES LEGISLATIVAS, QUE NÃO TENHAM SIDO COLOCADAS À DISPOSIÇÃO ATÉ A 
DATA DA ELABORAÇÃO DA APOSTILA, PODERÃO SER ENCONTRADAS GRATUITAMENTE NO SITE DA 
APOSTILAS OPÇÃO, OU NOS SITES GOVERNAMENTAIS. 
 
INFORMAMOS QUE NÃO SÃO DE NOSSA RESPONSABILIDADE AS ALTERAÇÕES E RETIFICAÇÕES 
NOS EDITAIS DOS CONCURSOS, ASSIM COMO A DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DO MATERIAL RETIFICADO, 
NA VERSÃO IMPRESSA, TENDO EM VISTA QUE NOSSAS APOSTILAS SÃO ELABORADAS DE ACORDO 
COM O EDITAL INICIAL. QUANDO ISSO OCORRER, INSERIMOS EM NOSSO SITE, 
www.apostilasopcao.com.br, NO LINK “ERRATAS”, A MATÉRIA ALTERADA, E DISPONIBILIZAMOS 
GRATUITAMENTE O CONTEÚDO ALTERADO NA VERSÃO VIRTUAL PARA NOSSOS CLIENTES. 
 
CASO HAJA ALGUMA DÚVIDA QUANTO AO CONTEÚDO DESTA APOSTILA, O ADQUIRENTE 
DESTA DEVE ACESSAR O SITE www.apostilasopcao.com.br, E ENVIAR SUA DÚVIDA, A QUAL SERÁ 
RESPONDIDA O MAIS BREVE POSSÍVEL, ASSIM COMO PARA CONSULTAR ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS 
E POSSÍVEIS ERRATAS. 
 
TAMBÉM FICAM À DISPOSIÇÃO DO ADQUIRENTE DESTA APOSTILA O TELEFONE (11) 2856-6066, 
DENTRO DO HORÁRIO COMERCIAL, PARA EVENTUAIS CONSULTAS. 
 
EVENTUAIS RECLAMAÇÕES DEVERÃO SER ENCAMINHADAS POR ESCRITO, RESPEITANDO OS 
PRAZOS ESTITUÍDOS NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. 
 
É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE ACORDO COM O 
ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL. 
 
APOSTILAS OPÇÃO 
 
 
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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 1
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 
 
GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA 
Mudanças no alfabeto 
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as 
letras k, w e y. 
O alfabeto completo passa a ser: A B C D E F G H I J K L M 
N O P Q R S T U V WX Y Z 
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido 
da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em 
várias situações. 
Por exemplo: 
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilô-
metro), kg (quilograma), W (watt); 
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus deri-
vados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, 
yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano. 
Trema 
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u 
para indicar que ela deve ser pronunciada nos gru-
pos gue, gui, que, qui. 
Como era: agüentar, argüir, bilíngüe, cinqüenta, delinqüen-
te, eloqüente,ensangüentado, eqüestre, freqüente, lingüeta, 
lingüiça, qüinqüênio, sagüi,seqüência, seqüestro, tranqüilo, 
Como fica: aguentar, arguir, bilíngue, cinquenta, delinquente, 
eloquente, ensanguentado, equestre, frequente, lingueta, 
linguiça, quinquênio, sagui, sequência, sequestro, tranquilo. 
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangei-
ras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano. 
Mudanças nas regras de acentuação 
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das 
palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na 
penúltima sílaba). 
Como era: alcalóide, alcatéia, andróide, apóia, apóio(verbo 
apoiar), asteróide, bóia,celulóide, clarabóia, colméia, Coréia, 
debilóide, epopéia, estóico, estréia, estréio (verbo estrear), 
geléia, heróico, ideia, jibóia, jóia, odisséia, paranóia, paranói-
co, platéia, tramóia. 
Como fica: alcaloide, alcateia, androide apoia, apoio (verbo 
apoiar), asteroide, boia, celuloide, claraboia, colmeia, Coreia, 
debiloide, epopeia, estoico, estreia, estreio(verbo estrear), 
geleia, heroico, ideia, jiboia joia, odisseia, paranoia, paranoi-
co, plateia tramoia. 
Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxí-
tonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxíto-
nas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. 
Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus. 
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e 
no u tônicos quando vierem depois de um ditongo. 
Como era: baiúca, bocaiúva, cauíla, feiúra. 
Como fica: baiuca, bocaiuva, cauila, feiura. 
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em 
posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. 
Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí. 
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas 
em êem e ôo(s). 
Como era: abençôo, crêem (verbo crer), dêem (verbo dar), 
dôo (verbo doar), enjôo, lêem (verbo ler),magôo (verbo mago-
ar), perdôo (verbo perdoar), povôo (verbo povoar), vêem 
(verbo ver), vôos, zôo. 
Como fica: abençoo creem (verbo crer), deem (verbo dar), 
doo (verbo doar), enjoo, leem (verbo ler), magoo (verbo ma-
goar), perdoo (verbo perdoar), povoo (verbo povoar), veem 
(verbo ver), voos, zoo. 
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pa-
res pára/para, péla(s)/ pe-
la(s),pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. 
Como era: Ele pára o carro. Ele foi ao póloNorte. Ele gosta 
de jogar pólo. Esse gato tem pêlos brancos. Comi uma pêra. 
Como fica: Ele para o carro. Ele foi ao polo Norte. Ele gosta 
de jogar polo. Esse gato tem pelos brancos. Comi uma pera. 
Atenção: Permanece o acento diferencial em pôde/pode. 
Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito 
do indicativo), na 3ª pessoa do singular. 
Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do 
singular. 
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele 
pode. 
Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por 
é preposição. 
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim. 
Permanecem os acentos que diferenciam o singulardo plural 
dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, 
deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). 
Exemplos: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. Ele 
vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. Ele mantém a 
palavra. / Eles mantêm a palavra. Ele convém aos estudantes. 
/ Eles convêm aos estudantes. Ele detém o poder. / Eles 
detêm o poder. Ele intervém em todas as aulas. / Eles inter-
vêm em todas as aulas. 
É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as 
palavras forma/ fôrma. Em alguns casos, o uso do acento 
deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma 
da fôrma do bolo? 
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas 
(tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicati-
vo dos verbos arguir e redarguir. 
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados 
em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, 
desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir, etc. Esses verbos 
admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do 
indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. 
Veja: a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas 
formas devem ser acentuadas. 
Exemplos: 
verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; 
enxágue, enxágues, enxáguem. 
verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; 
delínqua, delínquas, delínquam. 
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam 
de ser acentuadas. 
Exemplos: (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pro-
nunciada mais fortemente que as outras): verbo enxaguar: 
enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxa-
gues, enxaguem. verbo delinquir: delinquo, delinques, delin-
que, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam. 
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, 
aquela com a e i tônicos. 
Uso do hífen 
Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo 
Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em 
muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, 
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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos 
Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 2
apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do 
hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas 
orientações estabelecidas pelo Acordo. As observações a 
seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por 
prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefi-
xos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, 
circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, in-
fra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, 
pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, 
tele, ultra, vice, etc. 
1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra 
iniciada por h. 
Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, co-herdeiro, macro-
história, mini-hotel, proto-história, sobre-humano, super-
homem, ultra-humano. 
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde 
o h). 
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal 
diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. 
Exemplos: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, 
antieducativo, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, 
autoinstrução, coautor, coedição, extraescolar, infraestrutura, 
plurianual, semiaberto, semianalfabeto, semiesférico, semio-
paco. 
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo 
elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, 
coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coo-
cupante etc. 
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o 
segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. 
Exemplos: anteprojeto, antipedagógico, autopeça, autoprote-
ção, coprodução, geopolítica, microcomputador, pseudopro-
fessor, semicírculo, semideus, seminovo, ultramoderno. 
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. 
Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc. 
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o 
segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-
se essas letras. 
Exemplos: antirrábico, antirracismo, antirreligioso, antirrugas, 
antissocial, biorritmo, contrarregra, contrassenso, cosseno, 
infrassom, microssistema, minissaia, multissecular, neorrea-
lismo, neossimbolista, semirreta, ultrarresistente, Ultrassom. 
5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o 
segundo elemento começar pela mesma vogal. 
Exemplos: anti-ibérico, anti-imperialista, anti-inflacionário, anti-
inflamatório, auto-observação, contra-almirante, contra-atacar, 
contra-ataque micro-ondas micro-ônibus semi-internato, semi-
interno. 
6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se 
o segundo elemento começar pela mesma consoante. 
Exemplos: hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-
bibliotecário, super-racista, super-reacionário, super-
resistente, super-romântico. 
Atenção: Nos demais casos não se usa o hífen. 
Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, 
superproteção. 
Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra 
iniciada por r: sub-região, sub-raça etc. 
Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de pala-
vra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-
americano etc. 
7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o 
hífen se o segundo elemento começar por vogal. 
Exemplos: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, 
interestelar, interestudantil, superamigo, superaquecimento, 
supereconômico, superexigente, superinteressante, superoti-
mismo. 
8. Com os prefi-
xos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se 
sempre o hífen. 
Exemplos: além-mar, além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, ex-
diretor, ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente, pós-
graduação, pré-história, pré-vestibular, pró-europeu, recém-
casado, recém-nascido, sem-terra. 
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-
guarani: açu, guaçu e mirim. 
Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu. 
10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que 
ocasionalmente se combinam, formando não propriamente 
vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. 
Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo. 
11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perde-
ram a noção de composição. 
Exemplos: girassol, madressilva, mandachuva, paraquedas, 
paraquedista, pontapé. 
12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma 
palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele 
deve ser repetido na linha seguinte. 
Exemplos: Na cidade, conta-se que ele foi viajar. 
O diretor recebeu os ex-alunos. 
Resumo 
Emprego do hífen com prefixos. 
Regra básica - Sempre se usa o hífen diante de h: anti-
higiênico, super-homem. 
Outros casos: 
1. Prefixo terminado em vogal: Sem hífen diante de vogal 
diferente: autoescola, antiaéreo. 
Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, 
semicírculo. 
Sem hífen diante de r e s. 
Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom. 
Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-
ondas. 
2. Prefixo terminado em consoante: 
Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-
bibliotecário. 
Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, su-
persônico. 
Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante. 
Observações: 
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de pala-
vra iniciada por r sub-região, sub-raça etc. 
Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem 
hífen: subumano, subumanidade. 
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de 
palavra iniciada por m, n e vogal:circum-navegação, pan-
americano etc. 
3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, 
mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, 
cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc. 
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-
almirante etc. 
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam 
a noção de composição, como girassol, madressilva, manda-
chuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc. 
6. Com os prefi-
xos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se 
sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, 
recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu. 
¨ 
Fonte: Guia Prático da Nova Ortografia - Douglas Tufano 
Editora Melhoramentos - Agosto de 2008 
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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos 
Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 3
Novo Acordo Ortográfico é adiado para 2016 
O objetivo de adiar a vigência do novo Acordo Ortográfi-
co visa a alinhar o cronograma brasileiro com o de outros 
países e dar um maior prazo de adaptação às pessoas. 
Prorrogação visa a alinhar cronograma brasileiro com o de outros países, 
como Portugal. 
A vigência obrigatória do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi 
adiada pelo governo brasileiro por mais três anos. A implementação inte-
gral da nova ortografia estava prevista para 1º de janeiro de 2013, contudo, 
o Governo Federal adiou para 1º de janeiro de 2016, prazo estabelecido 
também por Portugal. 
Assinado em 1990 por sete nações da Comunidade de Países de Língua 
Portuguesa (CPLP) e adotado em 2008 pelos setores público e privado, o 
Acordo tem como objetivo unificar as regras do português escrito em todos 
os países que têm a língua portuguesa como idioma oficial. A reforma 
ortográfica também visa a melhorar o intercâmbio cultural, reduzir o custo 
econômico de produção e tradução de livros e facilitar a difusão bibliográfi-
ca nesses países. 
Nesse sentido, a grafia de aproximadamente 0,5 das palavras em portu-
guês teve alterações propostas, a exemplo de ideia, crêem e bilíngue, que, 
com a obrigatoriedade do uso do novo Acordo Ortográfico, passaram a ser 
escritas sem o acento agudo, circunflexo e trema, respectivamente. Com o 
adiamento, tanto a ortografia atual quanto a prevista são aceitas, ou seja, a 
utilização das novas regras continua sendo opcional até que a reforma 
ortográfica entre em vigor. 
DICAS PARA UMA BOA INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
Uma boa interpretação de texto é importante para o desenvolvimento 
pessoal e profissional, por isso elaboramos algumas dicas preciosas para 
auxiliar você nos seus estudos. 
Você tem dificuldades para interpretar um texto? Se a sua resposta for 
sim, não se desespere, você não é o único a sofrer com esse problema que 
afeta muitos leitores. 
Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar inúmeros pro-
blemas, afetando não só o desenvolvimento profissional, mas também o 
desenvolvimento pessoal. O mundo moderno cobra de nós inúmeras com-
petências, uma delas é a proficiência na língua, e isso não se refere apenas 
a uma boa comunicação verbal, mas também à capacidade de entender 
aquilo que está sendo lido. O analfabetismo funcional está relacionado com 
a dificuldade de decifrar as entrelinhas do código, pois a leitura mecânica é 
bem diferente da leitura interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer 
analogias e criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise 
de textos, elaboramos algumas dicas para você seguir e tirar suas dúvidas. 
Uma interpretação de texto competente depende de inúmeros fatores, 
mas nem por isso deixaremos de contemplar alguns que se fazem essenci-
ais para esse exercício. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos das 
minúcias presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz 
suficiente, o que não é verdade. Interpretar demanda paciência e, por isso, 
sempre releia, pois uma segunda leitura pode apresentar aspectos surpre-
endentes que não foram observados anteriormente. Para auxiliar na busca 
de sentidos do texto, você pode também retirar dele os tópicos frasais 
presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreensão do 
conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não estão organizados, 
pelo menos em um bom texto, de maneira aleatória, se estão no lugar que 
estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação 
hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias supracitadas ou 
apresentando novos conceitos. 
 Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas 
pelo autor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para 
divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. Devemos 
nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você precise ficar preso 
na superfície do texto, mas é fundamental que não criemos, à revelia do 
autor, suposições vagas e inespecíficas. Quem lê com cuidado certamente 
incorre menos no risco de tornar-se um analfabeto funcional e ler com 
atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, assim como 
uma técnica, que fará de nós leitores proficientes e sagazes. Agora que 
você já conhece nossas dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons 
estudos! Luana Castro Alves Perez 
Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de 
texto. Para isso, devemos observar o seguinte: 
01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto; 
02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá 
até o fim, ininterruptamente; 
03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos 
umas três vezes ou mais; 
04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas; 
05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 
06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor; 
07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compre-
ensão; 
08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto cor-
respondente; 
09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; 
10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta, 
incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que 
aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se 
perguntou e o que se pediu; 
11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais 
exata ou a mais completa; 
12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de 
lógica objetiva; 
13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais; 
14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, 
mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto; 
15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a 
resposta; 
16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, 
definindo o tema e a mensagem; 
17. O autor defende ideias e você deve percebê-las; 
18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantís-
simos na interpretação do texto. 
Ex.: Ele morreu de fome. 
de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização 
do fato (= morte de "ele"). 
Ex.: Ele morreu faminto. 
faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava 
quando morreu.; 
19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as idei-
as estão coordenadas entre si; 
20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza 
de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado. Eraldo 
Cunegundes 
 
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS 
TEXTO NARRATIVO 
•••• As personagens: São as pessoas, ou seres, viventes ounão, for-
ças naturais ou fatores ambientais, que desempenham papel no desenrolar 
dos fatos. 
 
Toda narrativa tem um protagonista que é a figura central, o herói ou 
heroína, personagem principal da história. 
 
O personagem, pessoa ou objeto, que se opõe aos designos do prota-
gonista, chama-se antagonista, e é com ele que a personagem principal 
contracena em primeiro plano. 
 
As personagens secundárias, que são chamadas também de compar-
sas, são os figurantes de influencia menor, indireta, não decisiva na narra-
ção. 
 
O narrador que está a contar a história também é uma personagem, 
pode ser o protagonista ou uma das outras personagens de menor impor-
tância, ou ainda uma pessoa estranha à história. 
 
Podemos ainda, dizer que existem dois tipos fundamentais de perso-
nagem: as planas: que são definidas por um traço característico, elas não 
alteram seu comportamento durante o desenrolar dos acontecimentos e 
tendem à caricatura; as redondas: são mais complexas tendo uma dimen-
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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 4
são psicológica, muitas vezes, o leitor fica surpreso com as suas reações 
perante os acontecimentos. 
 
•••• Sequência dos fatos (enredo): Enredo é a sequência dos fatos, a 
trama dos acontecimentos e das ações dos personagens. No enredo po-
demos distinguir, com maior ou menor nitidez, três ou quatro estágios 
progressivos: a exposição (nem sempre ocorre), a complicação, o clÍmax, o 
desenlace ou desfecho. 
 
Na exposição o narrador situa a história quanto à época, o ambiente, 
as personagens e certas circunstâncias. Nem sempre esse estágio ocorre, 
na maioria das vezes, principalmente nos textos literários mais recentes, a 
história começa a ser narrada no meio dos acontecimentos (“in média”), ou 
seja, no estágio da complicação quando ocorre e conflito, choque de inte-
resses entre as personagens. 
 
O clímax é o ápice da história, quando ocorre o estágio de maior ten-
são do conflito entre as personagens centrais, desencadeando o desfecho, 
ou seja, a conclusão da história com a resolução dos conflitos. 
•••• Os fatos: São os acontecimentos de que as personagens partici-
pam. Da natureza dos acontecimentos apresentados decorre o gê-
nero do texto. Por exemplo o relato de um acontecimento cotidiano 
constitui uma crônica, o relato de um drama social é um romance 
social, e assim por diante. Em toda narrativa há um fato central, 
que estabelece o caráter do texto, e há os fatos secundários, rela-
cionados ao principal. 
•••• Espaço: Os acontecimentos narrados acontecem em diversos lu-
gares, ou mesmo em um só lugar. O texto narrativo precisa conter 
informações sobre o espaço, onde os fatos acontecem. Muitas ve-
zes, principalmente nos textos literários, essas informações são 
extensas, fazendo aparecer textos descritivos no interior dos textos 
narrativo. 
•••• Tempo: Os fatos que compõem a narrativa desenvolvem-se num 
determinado tempo, que consiste na identificação do momento, 
dia, mês, ano ou época em que ocorre o fato. A temporalidade sa-
lienta as relações passado/presente/futuro do texto, essas relações 
podem ser linear, isto é, seguindo a ordem cronológica dos fatos, 
ou sofre inversões, quando o narrador nos diz que antes de um fa-
to que aconteceu depois. 
 
O tempo pode ser cronológico ou psicológico. O cronológico é o tempo 
material em que se desenrola à ação, isto é, aquele que é medido pela 
natureza ou pelo relógio. O psicológico não é mensurável pelos padrões 
fixos, porque é aquele que ocorre no interior da personagem, depende da 
sua percepção da realidade, da duração de um dado acontecimento no seu 
espírito. 
 
•••• Narrador: observador e personagem: O narrador, como já dis-
semos, é a personagem que está a contar a história. A posição em 
que se coloca o narrador para contar a história constitui o foco, o 
aspecto ou o ponto de vista da narrativa, e ele pode ser caracteri-
zado por : 
- visão “por detrás” : o narrador conhece tudo o que diz respeito às 
personagens e à história, tendo uma visão panorâmica dos acon-
tecimentos e a narração é feita em 3a pessoa. 
- visão “com”: o narrador é personagem e ocupa o centro da narra-
tiva que é feito em 1a pessoa. 
- visão “de fora”: o narrador descreve e narra apenas o que vê, 
aquilo que é observável exteriormente no comportamento da per-
sonagem, sem ter acesso a sua interioridade, neste caso o narra-
dor é um observador e a narrativa é feita em 3a pessoa. 
•••• Foco narrativo: Todo texto narrativo necessariamente tem de 
apresentar um foco narrativo, isto é, o ponto de vista através do 
qual a história está sendo contada. Como já vimos, a narração é 
feita em 1a pessoa ou 3a pessoa. 
 
Formas de apresentação da fala das personagens 
Como já sabemos, nas histórias, as personagens agem e falam. Há 
três maneiras de comunicar as falas das personagens. 
 
•••• Discurso Direto: É a representação da fala das personagens atra-
vés do diálogo. 
Exemplo: 
“Zé Lins continuou: carnaval é festa do povo. O povo é dono da 
verdade. Vem a polícia e começa a falar em ordem pública. No carna-
val a cidade é do povo e de ninguém mais”. 
 
No discurso direto é frequente o uso dos verbo de locução ou descendi: 
dizer, falar, acrescentar, responder, perguntar, mandar, replicar e etc.; e de 
travessões. Porém, quando as falas das personagens são curtas ou rápidas 
os verbos de locução podem ser omitidos. 
 
•••• Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, com suas 
próprias palavras, o pensamento ou a fala das personagens. 
Exemplo: 
 “Zé Lins levantou um brinde: lembrou os dias triste e passa-
dos, os meus primeiros passos em liberdade, a fraternidade 
que nos reunia naquele momento, a minha literatura e os me-
nos sombrios por vir”. 
 
•••• Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da personagem se 
mistura à fala do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narração. 
Exemplo: 
 “Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando 
alto. Quando me viram, sem chapéu, de pijama, por aqueles 
lugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez pensassem 
que estivesse doido. Como poderia andar um homem àquela 
hora , sem fazer nada de cabeça no tempo, um branco de pés 
no chão como eles? Só sendo doido mesmo”. 
 (José Lins do Rego) 
 
TEXTO DESCRITIVO 
Descrever é fazer uma representação verbal dos aspectos mais carac-
terísticos de um objeto, de uma pessoa, paisagem, ser e etc. 
 
As perspectivas que o observador tem do objeto são muito importantes, 
tanto na descrição literária quanto na descrição técnica. É esta atitude que 
vai determinar a ordem na enumeração dos traços característicos para que 
o leitor possa combinar suas impressões isoladas formando uma imagem 
unificada. 
 
Uma boa descrição vai apresentando o objeto progressivamente, vari-
ando as partes focalizadas e associando-as ou interligando-as pouco a 
pouco. 
 
Podemos encontrar distinções entre uma descrição literária e outra téc-
nica. Passaremos a falar um pouco sobre cada uma delas: 
•••• Descrição Literária: A finalidade maior da descrição literária é 
transmitir a impressão que a coisa vista desperta em nossa mente 
através do sentidos. Daí decorrem dois tipos de descrição: a subje-
tiva, que reflete o estado de espírito do observador, suas preferên-
cias, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e não o 
que vê realmente; já a objetiva traduz a realidade do mundo objeti-
vo, fenomênico, ela é exata e dimensional. 
•••• Descrição de Personagem: É utilizadapara caracterização das 
personagens, pela acumulação de traços físicos e psicológicos, 
pela enumeração de seus hábitos, gestos, aptidões e temperamen-
to, com a finalidade de situar personagens no contexto cultural, so-
cial e econômico . 
•••• Descrição de Paisagem: Neste tipo de descrição, geralmente o 
observador abrange de uma só vez a globalidade do panorama, 
para depois aos poucos, em ordem de proximidade, abranger as 
partes mais típicas desse todo. 
•••• Descrição do Ambiente: Ela dá os detalhes dos interiores, dos 
ambientes em que ocorrem as ações, tentando dar ao leitor uma 
visualização das suas particularidades, de seus traços distintivos e 
típicos. 
•••• Descrição da Cena: Trata-se de uma descrição movimentada, 
que se desenvolve progressivamente no tempo. É a descrição de 
um incêndio, de uma briga, de um naufrágio. 
•••• Descrição Técnica: Ela apresenta muitas das características ge-
rais da literatura, com a distinção de que nela se utiliza um vocabu-
lário mais preciso, salientando-se com exatidão os pormenores. É 
predominantemente denotativa tendo como objetivo esclarecer 
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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 5
convencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou mecanis-
mos, a fenômenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc. 
 
TEXTO DISSERTATIVO 
Dissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A dissertação cons-
ta de uma série de juízos a respeito de um determinado assunto ou ques-
tão, e pressupõe um exame critico do assunto sobre o qual se vai escrever 
com clareza, coerência e objetividade. 
 
A dissertação pode ser argumentativa - na qual o autor tenta persuadir 
o leitor a respeito dos seus pontos de vista ou simplesmente, ter como 
finalidade dar a conhecer ou explicar certo modo de ver qualquer questão. 
 
A linguagem usada é a referencial, centrada na mensagem, enfatizan-
do o contexto. 
 
Quanto à forma, ela pode ser tripartida em : 
•••• Introdução: Em poucas linhas coloca ao leitor os dados funda-
mentais do assunto que está tratando. É a enunciação direta e ob-
jetiva da definição do ponto de vista do autor. 
•••• Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde as ideias colo-
cadas na introdução serão definidas com os dados mais relevan-
tes. Todo desenvolvimento deve estruturar-se em blocos de ideias 
articuladas entre si, de forma que a sucessão deles resulte num 
conjunto coerente e unitário que se encaixa na introdução e de-
sencadeia a conclusão. 
•••• Conclusão: É o fenômeno do texto, marcado pela síntese da ideia 
central. Na conclusão o autor reforça sua opinião, retomando a in-
trodução e os fatos resumidos do desenvolvimento do texto. Para 
haver maior entendimento dos procedimentos que podem ocorrer 
em um dissertação, cabe fazermos a distinção entre fatos, hipótese 
e opinião. 
- Fato: É o acontecimento ou coisa cuja veracidade e reconhecida; é 
a obra ou ação que realmente se praticou. 
- Hipótese: É a suposição feita acerca de uma coisa possível ou 
não, e de que se tiram diversas conclusões; é uma afirmação so-
bre o desconhecido, feita com base no que já é conhecido. 
- Opinião: Opinar é julgar ou inserir expressões de aprovação ou 
desaprovação pessoal diante de acontecimentos, pessoas e obje-
tos descritos, é um parecer particular, um sentimento que se tem a 
respeito de algo. 
 
O TEXTO ARGUMENTATIVO 
Um texto argumentativo tem como objetivo convencer alguém das 
nossas ideias. Deve ser claro e ter riqueza lexical, podendo tratar qualquer 
tema ou assunto. 
É constituído por um primeiro parágrafo curto, que deixe a ideia no ar, 
depois o desenvolvimento deve referir a opinião da pessoa que o escreve, 
com argumentos convincentes e verdadeiros, e com exemplos claros. Deve 
também conter contra-argumentos, de forma a não permitir a meio da 
leitura que o leitor os faça. Por fim, deve ser concluído com um parágrafo 
que responda ao primeiro parágrafo, ou simplesmente com a ideia chave da 
opinião. 
Geralmente apresenta uma estrutura organizada em três partes: 
a introdução, na qual é apresentada a ideia principal ou tese; 
o desenvolvimento, que fundamenta ou desenvolve a ideia principal; e 
a conclusão. Os argumentos utilizados para fundamentar a tese podem ser 
de diferentes tipos: exemplos, comparação, dados históricos, dados estatís-
tico, pesquisas, causas socioeconômicas ou culturais, depoimentos - enfim 
tudo o que possa demonstrar o ponto de vista defendido pelo autor tem 
consistência. A conclusão pode apresentar uma possível solução/proposta 
ou uma síntese. Deve utilizar título que chame a atenção do leitor e utilizar 
variedade padrão de língua. 
A linguagem normalmente é impessoal e objetiva. 
O roteiro da persuasão para o texto argumentativo: 
Na introdução, no desenvolvimento e na conclusão do texto argumen-
tativo espera-se que o redator o leitor de seu ponto de vista. Alguns recur-
sos podem contribuir para que a defesa da tese seja concluída com suces-
so. Abaixo veremos algumas formas de introduzir um parágrafo argumenta-
tivo: 
• Declaração inicial: É uma forma de apresentar com assertivi-
dade e segurança a tese. 
‘ A aprovação das Cotas para negros vem reparar uma divida moral e 
um dano social. Oferecer oportunidade igual de ingresso no Ensino Superi-
or ao negro por meio de políticas afirmativas é uma forma de admitir a 
diferença social marcante na sociedade e de igualar o acesso ao mercado 
de trabalho.’ 
• Interrogação: Cria-se com a interrogação uma relação próxima 
com o leitor que, curioso, busca no texto resposta as perguntas feitas na 
introdução. 
 ‘ Por que nos orgulhamos da nossa falta de consciência coletiva? Por 
que ainda insistimos em agir como ‘espertos’ individualistas?’ 
• Citação ou alusão: Esse recurso garante à defesa da tese cará-
ter de autoridade e confere credibilidade ao discurso argumentativo, pois 
se apoia nas palavras e pensamentos de outrem que goza de prestigio. 
 ‘ As pessoas chegam ao ponto de uma criança morrer e os pais não 
chorarem mais, trazerem a criança, jogarem num bolo de mortos, virarem 
as costas e irem embora’. O comentário do fotógrafo Sebastião Salgado 
sobre o que presenciou na Ruanda é um chamado à consciência públi-
ca.’’ 
• Exemplificação: O processo narrativo ou descritivo da exempli-
ficação pode conferir à argumentação leveza a cumplicidade. Porém, 
deve-se tomar cuidado para que esse recurso seja breve e não interfira 
no processo persuasivo. 
 ‘ Noite de quarta-feira nos Jardins, bairro paulistano de classe média. 
Restaurante da moda, frequentado por jovens bem-nascidos, sofre o se-
gundo ‘arrastão’ do mês. Clientes e funcionários são assaltados e amea-
çados de morte. O cotidiano violento de São Paulo se faz presente.’’ 
• Roteiro: A antecipação do que se pretende dizer pode funcionar 
como encaminhamento de leitura da tese. 
 ‘ Busca-se com essa exposição analisar o descaso da sociedade em 
relação às coletas seletivas de lixo e a incompetência das prefeituras.’’ 
• Enumeração: Contribui para que o redator analise os dados e 
exponha seus pontos de vista com mais exatidão. 
 ‘ Pesquisa realizada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Pau-
lo aponta que as maiores vítimas do abuso sexual são as crianças meno-
res de 12 anos. Elas representam 43% dos 1.926 casos de violência se-
xual atendidos pelo Programa Bem-Me-Quer, do Hospital Pérola Bying-
ton.’’ 
• Causa e consequência: Garantem a coesão e a concatenação 
das ideias ao longo do parágrafo, além de conferir caráter lógico ao pro-
cesso argumentativo.‘ No final de março, o Estado divulgou índices vergonhosos do Idesp 
– indicador desenvolvido pela Secretaria Estadual de Educação para ava-
liar a qualidade do ensino (…). O péssimo resultado é apenas conse-
quência de como está baixa a qualidade do ensino público. As causas 
são várias, mas certamente entre elas está a falta de respeito do Estado 
que, próximo do fim do 1º bimestre, ainda não enviou apostilas para al-
gumas escolas estaduais de Rio Preto. 
• Síntese: Reforça a tese defendida, uma vez que fecha o texto 
com a retomada de tudo o que foi exposto ao longo da argumentação. 
Recurso seguro e convincente para arrematar o processo discursivo. 
 ‘ Quanto a Lei Geral da Copa, aprovou-se um texto que não é o ideal, 
mas sustenta os requisitos da Fifa para o evento. 
 O aspecto mais polêmico era a venda de bebidas alcoólicas nos es-
tádios. A lei eliminou o veto federal, mas não exclui que os organizadores 
precisem negociar a permissão em alguns Estados, como São Paulo.’’ 
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Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 6
• Proposta: Revela autonomia critica do produtor do texto e ga-
rante mais credibilidade ao processo argumentativo. 
 ‘ Recolher de forma digna e justa os usuários de crack que buscam 
ajuda, oferecer tratamento humano é dever do Estado. Não faz sentido 
isolar para fora dos olhos da sociedade uma chaga que pertence a to-
dos.’’ Mundograduado.org 
Modelo de Dissertação-Argumentativa 
Meio-ambiente e tecnologia: não há contraste, há solução 
Uma das maiores preocupações do século XXI é a preservação ambi-
ental, fator que envolve o futuro do planeta e, consequentemente, a sobre-
vivência humana. Contraditoriamente, esses problemas da natureza, quan-
do analisados, são equivocadamente colocados em oposição à tecnologia. 
O paradoxo acontece porque, de certa forma, o avanço tem um preço a 
se pagar. As indústrias, por exemplo, que são costumeiramente ligadas ao 
progresso, emitem quantidades exorbitantes de CO2 (carbono), responsá-
veis pelo prejuízo causado à Camada de Ozônio e, por conseguinte, pro-
blemas ambientais que afetam a população. 
Mas, se a tecnologia significa conhecimento, nesse caso, não vemos 
contrastes com o meio-ambiente. Estamos numa época em que preservar 
os ecossistemas do planeta é mais do que avanço, é uma questão de 
continuidade das espécies animais e vegetais, incluindo-se principalmente 
nós, humanos. As pesquisas acontecem a todo o momento e, dessa forma, 
podemos considerá-las parceiras na busca por soluções a essa problemáti-
ca. 
O desenvolvimento de projetos científicos que visem a amenizar os 
transtornos causados à Terra é plenamente possível e real. A era tecnoló-
gica precisa atuar a serviço do bem-estar, da qualidade de vida, muito mais 
do que em favor de um conforto momentâneo. Nessas circunstâncias não 
existe contraste algum, pelo contrário, há uma relação direta que poderá se 
transformar na salvação do mundo. 
Portanto, as universidades e instituições de pesquisas em geral preci-
sam agir rapidamente na elaboração de pacotes científicos com vistas a 
combater os resultados caóticos da falta de conscientização humana. Nada 
melhor do que a ciência para direcionar formas práticas de amenizarmos a 
“ferida” que tomou conta do nosso Planeta Azul. 
Nesse modelo, didaticamente, podemos perceber a estrutura textual 
dissertativa assim organizada: 
1º parágrafo: Introdução com apresentação da tese a ser defendi-
da; 
“Uma das maiores preocupações do século XXI é a preservação ambi-
ental, fator que envolve o futuro do planeta e, consequentemente, a sobre-
vivência humana. Contraditoriamente, esses problemas da natureza, quan-
do analisados, são equivocadamente colocados em oposição à tecnologia.” 
2º parágrafo: Há o desenvolvimento da tese com fundamentos ar-
gumentativos; 
“O paradoxo acontece porque, de certa forma, o avanço tem um preço 
a se pagar. As indústrias, por exemplo, que são costumeiramente ligadas 
ao progresso, emitem quantidades exorbitantes de CO2 (carbono), respon-
sáveis pelo prejuízo causado à Camada de Ozônio e, por conseguinte, 
problemas ambientais que afetam a população. 
Mas, se a tecnologia significa conhecimento, nesse caso, não vemos 
contrastes com o meio-ambiente. Estamos numa época em que preservar 
os ecossistemas do planeta é mais do que avanço, é uma questão de 
continuidade das espécies animais e vegetais, incluindo-se principalmente 
nós, humanos. As pesquisas acontecem a todo o momento e, dessa forma, 
podemos considerá-las parceiras na busca por soluções a essa problemáti-
ca.” 
3º parágrafo: A conclusão é desenvolvida com uma proposta de 
intervenção relacionada à tese. 
“O desenvolvimento de projetos científicos que visem a amenizar os 
transtornos causados à Terra é plenamente possível e real. A era tecnoló-
gica precisa atuar a serviço do bem-estar, da qualidade de vida, muito mais 
do que em favor de um conforto momentâneo. Nessas circunstâncias não 
existe contraste algum, pelo contrário, há uma relação direta que poderá se 
transformar na salvação do mundo. 
Portanto, as universidades e instituições de pesquisas em geral preci-
sam agir rapidamente na elaboração de pacotes científicos com vistas a 
combater os resultados caóticos da falta de conscientização humana. Nada 
melhor do que a ciência para direcionar formas práticas de amenizarmos a 
“ferida” que tomou conta do nosso Planeta Azul.” Profª Francinete 
Dissertação expositiva e argumentativa 
A dissertação pode ser feita de maneira expositiva ou argumentativa. 
Expositiva 
A dissertação é expositiva quando há a abordagem de uma verdade indis-
cutível. O texto oferece um conhecimento ou informação sobre o assunto 
através da exposição de ideias, não tomando uma posição sobre elas. 
Argumentativa 
A dissertação argumentativa é aquela que aborda o assunto com uma visão 
crítica, onde o autor defende o seu ponto de vista, buscando sempre con-
vencer o leitor através de evidências, juízos, provas e opiniões relevantes. 
Como interpretar textos 
 
É muito comum, entre os candidatos a um cargo público a preocupação 
com a interpretação de textos. Isso acontece porque lhes faltam informa-
ções específicas a respeito desta tarefa constante em provas relacionadas 
a concursos públicos. 
 
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de 
responder as questões relacionadas a textos. 
 
TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, 
formando um todo significativo capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNI-
CATIVA (capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR). 
 
CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma 
delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com 
a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser 
transmitido. A essa interligação dá-se o nome de CONTEXTO. Nota-se que 
o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retira-
da de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um 
significado diferente daquele inicial. 
 
INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam referências diretas ou 
indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso deno-
mina-se INTERTEXTO. 
 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo de uma interpretação 
de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-
se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou 
explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na 
prova. 
 
Normalmente, numa prova,o candidato é convidado a: 
 
1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argu-
mentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os 
verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). 
2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças 
entre as situações do texto. 
3. COMENTAR - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, 
opinando a respeito. 
4. RESUMIR – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só 
parágrafo. 
5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras palavras. 
 
EXEMPLO 
 
TÍTULO DO TEXTO 
 
"O HOMEM UNIDO ” 
 
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 PARÁFRASES 
A INTEGRAÇÃO DO MUNDO 
A INTEGRAÇÃO DA HUMANIDADE 
A UNIÃO DO HOMEM 
HOMEM + HOMEM = MUNDO 
A MACACADA SE UNIU (SÁTIRA) 
 
CONDIÇÕES BÁSICAS PARA INTERPRETAR 
 
Fazem-se necessários: 
 
a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura 
do texto), leitura e prática; 
 
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; 
OBSERVAÇÃO – na semântica (significado das palavras) incluem-se: 
homônimos e parônimos, denotação e conotação, sinonímia e antonimia, 
polissemia, figuras de linguagem, entre outros. 
 
c) Capacidade de observação e de síntese e 
 
d) Capacidade de raciocínio. 
 
INTERPRETAR x COMPREENDER 
 
INTERPRETAR SIGNIFICA 
- EXPLICAR, COMENTAR, JULGAR, TIRAR CONCLUSÕES, DEDUZIR. 
- TIPOS DE ENUNCIADOS 
• Através do texto, INFERE-SE que... 
• É possível DEDUZIR que... 
• O autor permite CONCLUIR que... 
• Qual é a INTENÇÃO do autor ao afirmar que... 
 
COMPREENDER SIGNIFICA 
- INTELECÇÃO, ENTENDIMENTO, ATENÇÃO AO QUE REALMENTE 
ESTÁ ESCRITO. 
- TIPOS DE ENUNCIADOS: 
• O texto DIZ que... 
• É SUGERIDO pelo autor que... 
• De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA a afirmação... 
• O narrador AFIRMA... 
 
ERROS DE INTERPRETAÇÃO 
 
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpre-
tação. Os mais frequentes são: 
 
a) Extrapolação (viagem) 
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no 
texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. 
 
b) Redução 
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esque-
cendo que um texto é um conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente 
para o total do entendimento do tema desenvolvido. 
 
c) Contradição 
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o 
tirar conclusões equivocadas e, consequentemente, errando a questão. 
 
OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do 
leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso qualquer, o que 
deve ser levado em consideração é o que o AUTOR DIZ e nada mais. 
 
COESÃO - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam pala-
vras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coe-
são dá-se quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NE-
XOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que 
se vai dizer e o que já foi dito. 
 
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, 
está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este 
depende da regência do verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode 
esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor se-
mântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente. 
Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, 
pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sedo, deve-se levar em 
consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstân-
cia, a saber: 
 
QUE (NEUTRO) - RELACIONA-SE COM QUALQUER ANTECEDENTE. 
MAS DEPENDE DAS CONDIÇÕES DA FRASE. 
QUAL (NEUTRO) IDEM AO ANTERIOR. 
QUEM (PESSOA) 
CUJO (POSSE) - ANTES DELE, APARECE O POSSUIDOR E DEPOIS, O 
OBJETO POSSUÍDO. 
COMO (MODO) 
ONDE (LUGAR) 
QUANDO (TEMPO) 
QUANTO (MONTANTE) 
 
EXEMPLO: 
 
Falou tudo QUANTO queria (correto) 
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o de-
monstrativo O ). 
 
• VÍCIOS DE LINGUAGEM – há os vícios de linguagem clássicos (BARBA-
RISMO, SOLECISMO,CACOFONIA...); no dia-a-dia, porém , existem 
expressões que são mal empregadas, e, por força desse hábito cometem-
se erros graves como: 
 
- “ Ele correu risco de vida “, quando a verdade o risco era de morte. 
- “ Senhor professor, eu lhe vi ontem “. Neste caso, o pronome correto 
oblíquo átono 
 
Dicionário de Interpretação de textos 
A - Atenção ao ler o texto é fundamental. 
 
B - Busque a resposta no texto. Não tente adivinhá-la. “Chute” só em 
último caso. 
 
C - Coesão: uma frase com erro de coesão pode tornar um contexto indeci-
frável. Contexto: é o conjunto de ideias que formam um texto ® o conteú-
do. 
 
D - Deduzir: deduz- se somente através do que o texto informa. 
 
E - Erros de Interpretação: 
• Extrapolação ( viagem ): é proibido viajar. Não se pode permitir que o 
pensamento voe. 
• Redução: síntese serve apenas para facilitar o entendimento do contexto 
e para fixar a ideia principal. Na hora de responder lê-se o texto novamente. 
• Contradição: é proibido contradizer o autor. Só se contradiz se solicitado. 
 
F – Figuras de linguagem: conhecê-las bem ajudam a compreender o 
texto e, até, as questões. 
 
G – Gramática: é a “alma” do texto. Sem ela, não haverá texto interpretá-
vel. Portanto, estude-a bastante. 
 
H - História da Literatura: reconhecer as escolas e os gêneros literários é 
fundamental. Revise seus apontamentos de literatura. 
 
I – Interpretação: o ato de interpretar tem primeiro e principal objetivo a 
identificação da ideia principal. • Intertexto: são as citações que comple-
mentam, ou reforçam, o enfoque do autor . 
 
J – Jamais responda “de cabeça”. Volte sempre ao texto. 
 
L – Localizar-se no contexto permite que o candidato DESCUBRA a 
resposta. 
 
M – Mensagem: às vezes, a mensagem não é explícita, mas o contexto 
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informa qual a intenção do autor. 
 
N – Nexos: são importantíssimos na coesão. Estude os pronomes relativos 
e as conjunções. 
 
O – Observação: se você não é bom observador, comece a praticar HOJE, 
pois essa capacidade está intimamente ligada à atenção. OBSERVAÇÃO 
= ATENÇÃO = BOA INTERPRETAÇÃO. 
 
P – Parafrasear: é dizer o mesmo que está no texto com outras palavras. É 
o mais conhecido “pega – ratão“ das provas. 
 
Q – Questões de alternativas ( de “a” a “e” ): devem ser todas lidas. 
Nunca se convença de que a resposta é a letra “a” . Duvide e leia até a letra 
“e”, pois a resposta correta pode estar aqui. 
 
R – Roteiro de Interpretação 
 
 Na hora de interpretar um texto, alguns cuidados são necessários: 
 
a) ler atentamente todo o texto, procurando focalizar sua ideia central; 
b) interpretar as palavras desconhecidas através do contexto; 
c) reconhecer os argumentos que dão sustentação a ideia central; 
d) identificar as objeções à ideia central; 
e) sublinhar os exemplos que foram empregados como ilustração da ideia 
central; 
f) antes de responder as questões, ler mais de uma vez todo o texto,fazen-
do o mesmo com as questões e as alternativas; 
g) a cada questão, voltar ao texto, não responder “de cabeça”; 
h) se preferir, faça anotações à margem ou esquematize o texto; 
i) se o enunciado pedir a ideia principal, ou tema, estará situada na introdu-
ção, na conclusão, ou no título; 
j) se o enunciado pedir a argumentação, esta estará localizada, normalmen-
te, no corpo do texto. 
 
S – Semântica: é a parte da gramática que estuda o significado das pala-
vras. É bom estudar: homônimos e parônimos, denotação e conotação, 
polissemia, sinônimos e antônimos. Não esqueça que a mudança de um “i “ 
para “e” pode mudar o significado da palavra e do contexto. 
 
IMINENTE - EMINENTE 
 
T – Texto: basicamente, é um conjunto de IDEIAS (Assun-
to) ORGANIZADAS (Estrutura). (INTRODUÇÃO-ARGUMENTAÇÃO-
CONCLUSÃO) 
 
U – Uma vez, contaram a você que existem a ótica do escritor e a ótica do 
leitor. É MENTIRA! Você deve responder às questões de acordo com o 
escritor. 
 
V – Vícios: esses “errinhos” do cotidiano atrapalham muito na interpreta-
ção. Não deixe que eles interfiram no seu conhecimento. 
 
X – Xerocar os conteúdos, isto é, decorá-los não é o suficiente: é necessá-
rio raciocinar. 
 
Z – Zebra não existe: o que existe é a falta de informação. Portanto, infor-
me-se! 
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/como-
interpretar-textos 
 
A ideia principal e as secundárias 
Para treinarmos a redação de pequenos parágrafos narrativos, vamos 
nos colocar no papel de narradores, isto é, vamos contar fatos com base na 
organização das ideias. 
Leia o trecho abaixo: 
Meu primo já havia chegado à metade da perigosa ponte de ferro 
quando, de repente, um trem saiu da curva, a cem metros da ponte. Com 
isso, ele não teve tempo de correr para a frente ou para trás, mas, demons-
trando grande presença de espírito, agachou-se, segurou, com as mãos, 
um dos dormentes e deixou o corpo pendurado. 
Como você deve ter observado, nesse parágrafo, o narrador conta-nos 
um fato acontecido com seu primo. É, pois, um parágrafo narrativo. Anali-
semos, agora, o parágrafo quanto à estrutura. 
As ideias foram organizadas da seguinte maneira: 
Ideia principal: 
Meu primo já havia chegado à metade da perigosa ponte de ferro 
quando, de repente, um trem saiu da curva, a cem metros da ponte. 
Ideias secundárias: 
Com isso, ele não teve tempo de correr para a frente ou para trás, mas, 
demonstrando grande presença de espírito, agachou-se, segurou, com as 
mãos, um dos dormentes e deixou o corpo pendurado. 
A ideia principal, como você pode observar, refere-se a uma ação peri-
gosa, agravada pelo aparecimento de um trem. As ideias secundárias 
complementam a ideia principal, mostrando como o primo do narrador 
conseguiu sair-se da perigosa situação em que se encontrava. 
Os parágrafos devem conter apenas uma ideia principal acompanhado 
de ideias secundárias. Entretanto, é muito comum encontrarmos, em pará-
grafos pequenos, apenas a ideia principal. Veja o exemplo: 
O dia amanhecera lindo na Fazenda Santo Inácio. 
Os dois filhos do sr. Soares, administrador da fazenda, resolveram 
aproveitar o bom tempo. Pegaram um animal, montaram e seguiram con-
tentes pelos campos, levando um farto lanche, preparado pela mãe. 
Nesse trecho, há dois parágrafos. 
No primeiro, só há uma ideia desenvolvida, que corresponde à ideia 
principal do parágrafo: O dia amanhecera lindo na Fazenda Santo Inácio. 
No segundo, já podemos perceber a relação ideia principal + ideias 
secundárias. Observe: 
Ideia principal: 
Os dois filhos do sr. Soares, administrador da fazenda, resolveram 
aproveitar o bom tempo. 
Ideia secundárias: 
 Pegaram um animal, montaram e seguiram contentes pelos campos, 
levando um farto lanche, preparado pela mãe. 
Agora que já vimos alguns exemplos, você deve estar se perguntando: 
“Afinal, de que tamanho é o parágrafo?” 
Bem, o que podemos responder é que não há como apontar um pa-
drão, no que se refere ao tamanho ou extensão do parágrafo. 
Há exemplos em que se veem parágrafos muito pequenos; outros, em 
que são maiores e outros, ainda, muito extensos. 
Também não há como dizer o que é certo ou errado em termos da ex-
tensão do parágrafo, pois o que é importante mesmo, é a organização das 
ideias. No entanto, é sempre útil observar o que diz o dito popular – “nem 
oito, nem oitenta…”. 
Assim como não é aconselhável escrevermos um texto, usando apenas 
parágrafos muito curtos, também não é aconselhável empregarmos os 
muito longos. 
Essas observações são muito úteis para quem está iniciando os traba-
lhos de redação. Com o tempo, a prática dirá quando e como usar parágra-
fos – pequenos, grandes ou muito grandes. 
Até aqui, vimos que o parágrafo apresenta em sua estrutura, uma ideia 
principal e outras secundárias. Isso não significa, no entanto, que sempre a 
ideia principal apareça no início do parágrafo. Há casos em que a ideia 
secundária inicia o parágrafo, sendo seguida pela ideia principal. Veja o 
exemplo: 
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As estacas da cabana tremiam fortemente, e duas ou três vezes, o solo 
estremeceu violentamente sob meus pés. Logo percebi que se tratava de 
um terremoto. 
Observe que a ideia mais importante está contida na frase: “Logo per-
cebi que se tratava de um terremoto”, que aparece no final do parágrafo. 
As outras frases (ou ideias) apenas explicam ou comprovam a afirmação: 
“as estacas tremiam fortemente, e duas ou três vezes, o solo estremeceu 
violentamente sob meus pés” e estas estão localizadas no início do pará-
grafo. 
Então, a respeito da estrutura do parágrafo, concluímos que as ideias 
podem organizar-se da seguinte maneira: 
Ideia principal + ideias secundárias 
ou 
Ideias secundárias + ideia principal 
 É importante frisar, também, que a ideia principal e as ideias se-
cundárias não são ideias diferentes e, por isso, não podem ser separadas 
em parágrafos diferentes. Ao selecionarmos as ideias secundárias deve-
mos verificar as que realmente interessam ao desenvolvimento da ideia 
principal e mantê-las juntas no mesmo parágrafo. Com isso, estaremos 
evitando e repetição de palavras e assegurando a sua clareza. É importan-
te, ao termos várias ideias secundárias, que sejam identificadas aquelas 
que realmente se relacionam à ideia principal. Esse cuidado é de grande 
valia ao se redigir parágrafos sobre qualquer assunto. 
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA 
FALA E ESCRITA 
Registros, variantes ou níveis de língua(gem) 
A comunicação não é regida por normas fixas e imutáveis. Ela pode 
transformar-se, através do tempo, e, se compararmos textos antigos com 
atuais, perceberemos grandes mudanças no estilo e nas expressões. Por 
que as pessoas se comunicam de formas diferentes? Temos que conside-
rar múltiplos fatores: época, região geográfica, ambiente e status cultural 
dos falantes. 
Há uma língua-padrão? O modelo de língua-padrão é uma decorrência 
dos parâmetros utilizados pelo grupo social mais culto. Às vezes, a mesma 
pessoa, dependendo do meio em que se encontra, da situação sociocultural 
dos indivíduos com quem se comunica, usará níveis diferentes de língua. 
Dentro desse critério, podemos reconhecer, num primeiro momento, dois 
tipos de língua: a falada e a escrita. 
A língua falada pode ser culta ou coloquial, vulgar ou inculta, regional, 
grupal (gíria ou técnica). Quando a gíria é grosseira, recebe o nome de 
calão. 
Quando redigimos um texto, não devemos mudar o registro, a não serque o estilo permita, ou seja, se estamos dissertando – e, nesse tipo de 
redação, usa-se, geralmente, a língua-padrão – não podemos passar desse 
nível para um como a gíria, por exemplo. 
Variação linguística: como falantes da língua portuguesa, percebe-
mos que existem situações em que a língua apresenta-se sob uma forma 
bastante diferente daquela que nos habituamos a ouvir em casa ou nos 
meios de comunicação. Essa diferença pode manifestarse tanto pelo voca-
bulário utilizado, como pela pronúncia ou organização da frase. 
Nas relações sociais, observamos que nem todos falam da mesma 
forma. Isso ocorre porque as línguas naturais são sistemas dinâmicos e 
extremamente sensíveis a fatores como, por exemplo, a região geográfica, 
o sexo, a idade, a classe social dos falantes e o grau de formalidade do 
contexto. Essas diferenças constituem as variações linguísticas. 
Observe abaixo as especificidades de algumas variações: 
1. Profissional: no exercício de algumas atividades profissionais, o 
domínio de certas formas de línguas técnicas é essencial. As variações 
profissionais são abundantes em termos específicos e têm seu uso restrito 
ao intercâmbio técnico. 
2. Situacional: as diferentes situações comunicativas exigem de um 
mesmo indivíduo diferentes modalidades da língua. Empregam-se, em 
situações formais, modalidades diferentes das usadas em situações infor-
mais, com o objetivo de adequar o nível vocabular e sintático ao ambiente 
linguístico em que se está. 
3. Geográfica: há variações entre as formas que a língua portuguesa 
assume nas diferentes regiões em que é falada. Basta prestar atenção na 
expressão de um gaúcho em contraste com a de um amazonense. Essas 
variações regionais constituem os falares e os dialetos. Não há motivo 
linguístico algum para que se considere qualquer uma dessas formas 
superior ou inferior às outras. 
4. Social: o português empregado pelas pessoas que têm acesso à 
escola e aos meios de instrução difere do português empregado pelas 
pessoas privadas de escolaridade. 
Algumas classes sociais, assim, dominam uma forma de língua que 
goza prestígio, enquanto outras são vítimas de preconceito por emprega-
rem estilos menos prestigiados. Cria-se, dessa maneira, uma modalidade 
de língua – a norma culta -, que deve ser adquirida durante a vida escolar e 
cujo domínio é solicitado como modo de ascensão profissional e social. 
Também são socialmente condicionadas certas formas de língua que 
alguns grupos desenvolvem a fim de evitar a compreensão por aqueles que 
não fazem parte do grupo. O emprego dessas formas de língua proporciona 
o reconhecimento fácil dos integrantes de uma comunidade restrita. Assim 
se formam, por exemplo, as gírias, as línguas técnicas. Pode-se citar ainda 
a variante de acordo com a faixa etária e o sexo. 
Língua padrão e não padrão 
A língua padrão está ligada à variedade escrita, culta da língua portu-
guesa. Ela é considerada formal, "correta", e deve ser usada em ocasiões 
mais formais, tanto na escrita , quanto na fala. 
A língua não-padrão está ligada à variedade falada, coloquial da nossa 
língua. Ela é considerada informal, mais flexível e permite alguns usos que 
devem ser evitados quando escrevemos : gírias, abreviações, falta dos 
plurais nas palavras, etc.Porém, às vezes, encontramos essa variedade 
não-padrão também na variedade escrita : em textos como poesias, 
propagandas , jornal,etc. christina luisa 
 
AS DIFERENÇAS ENTRE FALA E ESCRITA 
Enquanto a língua falada é espontânea e natural, a língua escrita precisa 
seguir algumas regras. Embora sejam expressões de um mesmo idio-
ma, cada uma tem a sua especificidade. A língua falada é a mais natu-
ral, aprendemos a falar imitando o que ouvimos. A língua escrita, por 
seu lado, só é aprendida depois que dominamos a língua falada. E ela 
não é uma simples transcrição do que falamos; está mais subordinada 
às normas gramaticais. Portanto requer mais atenção e conhecimento 
de quem fala. Além disso, a língua escrita é um registro, permanece ao 
longo do tempo, não tem o caráter efêmero da língua falada. 
Língua falada: 
· Palavra sonora 
· Requer a presença dos interlocutores 
· Ganha em vivacidade 
· É espontânea e imediata 
· Uso de frases feitas 
· É repetitiva e redundante 
· O contexto extralinguístico é importante 
· A expressividade permite prescindir de certas regras 
· A informação é permeada de subjetividade e influenciada pela pre-
sença do 
interlocutor 
· Recursos: signos acústicos e extralinguísticos, gestos, entorno físico e 
psíquico 
Língua escrita: 
· Palavra gráfica 
· É possível esquecer o interlocutor 
· É mais sintética e objetiva 
· A redundância é apenas um recurso estilístico 
· Ganha em permanência 
· Mais correção na elaboração das frases 
· Evita a improvisação 
· Pobreza de recursos não-linguísticos; uso de letras, sinais de pontua-
ção 
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· É mais precisa e elaborada 
· Ausência de cacoetes linguísticos e vulgarismos 
LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL 
Linguagem Verbal - Existem várias formas de comunicação. Quando o 
homem se utiliza da palavra, ou seja, da linguagem oral ou escrita,dizemos 
que ele está utilizando uma linguagem verbal, pois o código usado é a 
palavra. Tal código está presente, quando falamos com alguém, quando 
lemos, quando escrevemos. A linguagem verbal é a forma de comunicação 
mais presente em nosso cotidiano. Mediante a palavra falada ou escrita, 
expomos aos outros as nossas ideias e pensamentos, comunicando-nos 
por meio desse código verbal imprescindível em nossas vidas. Ela está 
presente em textos em propagandas; 
em reportagens (jornais, revistas, etc.); 
em obras literárias e científicas; 
na comunicação entre as pessoas; 
em discursos (Presidente da República, representantes de classe, can-
didatos a cargos públicos, etc.); 
e em várias outras situações. 
Linguagem Não Verbal 
 
Observe a figura abaixo, este sinal demonstra que é proibido fumar em 
um determinado local. A linguagem utilizada é a não-verbal pois não utiliza 
do código "língua portuguesa" para transmitir que é proibido fumar. Na 
figura abaixo, percebemos que o semáforo, nos transmite a ideia de aten-
ção, de acordo com a cor apresentada no semáforo, podemos saber se é 
permitido seguir em frente (verde), se é para ter atenção (amarelo) ou se é 
proibido seguir em frente (vermelho) naquele instante. 
 
Como você percebeu, todas as imagens podem ser facilmente decodi-
ficadas. Você notou que em nenhuma delas existe a presença da palavra? 
O que está presente é outro tipo de código. Apesar de haver ausência da 
palavra, nós temos uma linguagem, pois podemos decifrar mensagens a 
partir das imagens. O tipo de linguagem, cujo código não é a palavra, 
denomina-se linguagem não-verbal, isto é, usam-se outros códigos (o 
desenho, a dança, os sons, os gestos, a expressão fisionômica, as cores) 
Fonte: www.graudez.com.br 
AS PALAVRAS-CHAVE 
Ninguém chega à escrita sem antes ter passado pela leitura. Mas leitu-
ra aqui não significa somente a capacidade de juntar letras, palavras, 
frases. Ler é muito mais que isso. É compreender a forma como está tecido 
o texto. Ultrapassar sua superfície e aferir da leitura seu sentido maior, que 
muitas vezes passa despercebido a uma grande maioria de leitores. Só 
uma relação mais estreita do leitor com o texto lhe dará esse sentido. Ler 
bem exige tanta habilidade quanto escrever bem. Leitura e escrita comple-
mentam-se. Lendo textos bem estruturados, podemos apreender os proce-

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