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Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin PROJETO DE ESTRADAS AULA 06 – 18/10/2017 Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Tópicos Básicos da Disciplina • Revisão Bibliográfica • Sistemas de Transporte • Histórico das Rodovias • Organização do Setor Rodoviário • Normalização • Classificação das Rodovias • Projetos de Engenharia Rodoviária • Introdução ao Projeto Geométrico. Elementos Geométricos • Características Técnicas para o Projeto • Elementos Planimétricos, Curvas Horizontais • Superelevação e Superlargura • Elementos Altimétricos, Curvas Verticais • Seções Transversais • Terraplenagem • Estudos Geotécnicos do subleito e Jazidas • Cargas no pavimento e materiais para pavimentação Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Elementos Altimétricos: Curvas Verticais • Perfil Longitudinal � Corte do terreno e da estrada projetada por uma superfície vertical passando pelo eixo de locação horizontal da mesma. � O custo da rodovia está diretamente ligado ao perfil. � Quanto menor a movimentação de terra (cortes e aterros), menor o custo da rodovia. � Há grande influência das condições geológicas e geotécnicas das áreas atravessadas pela rodovia. � Casos que condicionam o greide: pontos obrigatórios, obras existentes, cotas mínimas. � Escala de apresentação: 1:200 V e 1:2000 H • Greide � Representação do eixo da rodovia segundo o plano vertical. � Cota da rodovia. Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Elementos Altimétricos: Curvas Verticais • Distâncias � No projeto de estradas, as distâncias são sempre tomadas horizontalmente, não interessando eventuais referências as distâncias inclinadas. • Inclinações � As inclinações são expressas tomando o valor da tangente que os ângulos dos trechos retos formam com a linha horizontal. � Podem ser ascendentes, descendentes ou nulas; � As cotas são expressas com precisão de 0,001m; � Declividades são expressas com precisão de 0,001% Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Elementos Altimétricos: Curvas Verticais Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Elementos Altimétricos: Curvas Verticais Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Elementos Altimétricos: Curvas Verticais 1. Composição do greide 2. Tipos de curvas 3. Concordância Vertical 4. Comprimento das Concordâncias 5. Cálculo do Greide 6. Recomendações DNIT Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Elementos Altimétricos: Curvas Verticais 1. Composição do greide 2. Tipos de curvas 3. Concordância Vertical 4. Comprimento das Concordâncias 5. Cálculo do Greide 6. Recomendações DNIT Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Composição do Greide � Segmentos de retas, de diferentes inclinações, que se interceptam formando vértices, nos quais os segmentos de retas consecutivos são concordados por curvas. � Trechos retos do greide � Curvas Verticais Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin • Declividade � Nos greides ascendentes os valores das rampas (i) são positivos = +i% � Nos greides descendentes os valores das rampas (i) são negativos = -i% • Trechos retos do greide Composição do Greide � PIV – Ponto de interseção vertical � PCV – Ponto de curva vertical � PTV – Ponto de tangência vertical � L – comprimento de uma curva vertical � i1 – inclinação da primeira rampa � i2 – inclinação da segunda rampa • Elementos da curva vertical Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Elementos Altimétricos: Curvas Verticais 1. Composição do greide 2. Tipos de curvas 3. Concordância Vertical 4. Comprimento das Concordâncias 5. Cálculo do Greide 6. Recomendações DNIT Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin O DNIT recomenda uma curva de concordância vertical correspondente a uma Parábola do 2° grau, de preferência simétrica em relação ao PIV. � Equação analítica simples � Possibilidade de localizar pontos de concordância em estacas inteiras � Não se constitui em curva de transição � Variação do raio de curvatura ao longo da parábola • Curva Circular • Elipse • Parábola Cúbica • Parábola do 2° grau Tipos de Curvas Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Elementos Altimétricos: Curvas Verticais 1. Composição do greide 2. Tipos de curvas 3. Concordância Vertical 4. Comprimento das Concordâncias 5. Cálculo do Greide 6. Recomendações DNIT Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin � Ramo 1� Entre PCV e PIV � Ramo 2� Entre PIV e PTV • Comprimentos Horizontais: � Ramo 1� La � Ramo 2� Lb � Concordância � L • As ordenadas são as diferenças entre as cotas dos trechos retos e do greide. • Considera-se a concordância vertical representada por dois ramos: Concordância Vertical � La = Lb� Parábola simples � La ≠ Lb� Parábola composta Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin • Em cada ramo as ordenadas da parábola tem valor nulo nos pontos de concordância com os trechos retos do greide – PCV e PTV. • Os valores das ordenadas aumentam em direção ao PIV, onde atingem o seu valor máximo – Ordenada máxima ou flecha máxima (Omáx ou fmáx). Concordância Vertical Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Concordância Vertical • Parâmetro de curvatura – K � Valor que caracteriza numericamente a parábola � Equação analítica da parábola expressa em função de K: � � � � K = parâmetro de curvatura (m/%) L = comprimento da parábola (m) A = diferença algébrica entre as declividades nos extremos da parábola (%) � � � ∙ � ∴ � � 1 200 ∙ � ∙ � Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Concordância Vertical Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Concordância Vertical • Raio mínimo da curvatura da parábola � Equação do raio de curvatura para uma função y = f(x) � O raio mínimo ocorre exatamente no vértice da parábola, quando temos a derivada primeira da equação sendo nula. � A derivada segunda é uma constante podendo ser expressa como: � Então, raio mínimo: � � 1 � �� �� � � � � �� � � �� � 1 100 ∙ � ��í� � 100 ∙ � Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Concordância Vertical • Raio em qualquer ponto da curvatura da parábola � A derivada primeira de y em relação a x é igual a declividade i da reta tangente à parábola em um ponto qualquer da curva. • Posição do vértice da parábola � � 1 � � 100 � � 1 100 ∙ � � � �� �� ∙ 100 ∙ � � � � ∙ � �� �� � � 100 Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Concordância Vertical • Dada a concordância vertical abaixo, calcular a equação analítica da curva, o raio mínimo, o raio nos pontos tangentes à curva e a posição do vértice da parábola. � Raio no PCV e no PTV: � Posição do vértice da parábola: Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Concordância Vertical � Equação analítica da parábola: � Raio mínimo: � � � ∙ � � 6 ∙ 25 � 150,00� � � � � � 200� 8% � 25 �/% � � 1 200 ∙ � ∙ � � 1 200 ∙ 25 ∙ � � � �� � � 6% �2% � 8% � � 0,0002 ∙ � ��í� � 100 ∙ � � 100 ∙ 25 ��í� � 2.500,00� �"#$ � 1 � 6 100 � � 1 100 ∙ 25 � 2.513,51� �"#$ �2.513,51m �"'$ � 1 � 2 100 � � 1 100 ∙ 25 � 2.501,50� �"'$ �2.501,50m ()*+,+ � -�. � � � /0 � /1, 11 Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Concordância Vertical • Curvas verticais � Curvas côncavas (A<0) � Curvas convexas (A>0) � Quando a diferença algébrica entre rampas contíguas for inferior a 0,5%, podem ser dispensadas curvas verticais � � �� � Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Elementos Altimétricos: Curvas Verticais 1. Composição do greide 2. Tipos de curvas 3. Concordância Vertical 4. Comprimento das Concordâncias 5. Cálculo do Greide 6. Recomendações DNIT Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Comprimentodas concordâncias • Os comprimentos das curvas verticais calculados são preferencialmente arredondados para múltiplos de 20,00m, de forma que os pontos de concordância resultem em estacas inteiras, ou ainda múltiplas de 10,00m ou 5,00m, dependendo do posicionamento do PIV. • DNIT – critérios para fixar as limitações dos comprimentos de curvas verticais: � Critério do mínimo valor absoluto � Critério da máxima aceleração centrífuga admissível � Critério da distância de visibilidade � Critério de drenagem � Comprimento de curvas verticais Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin • Critério do mínimo valor absoluto: comprimento mínimo de 20m ou equivalente à distância percorrida por um veículo, no tempo t = 2 s, prevalecendo o maior. ��í� � 2 ∙ . 3,6 ��í� � 0,6 ∙ . V � km/h Lmín� m ��í� 2 20�e • Critério da máxima aceleração centrífuga admissível: ��í� � . 1296 ∙ +�á5 amáx= 1,5%g para rodovia de elevado padrão amáx= 5,0%g para rodovia de padrão reduzido ��í� � ��í� ∙ � Comprimento das concordâncias Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin • Critério da distância de visibilidade � As distâncias de visibilidade traduzem os padrões de visibilidade a serem proporcionados ao motorista, de modo que ele possa sempre tomar a tempo as decisões necessárias à sua segurança. Comprimento das concordâncias Dp = distância de visibilidade de parada (m) V = velocidade diretriz (km/h) i = greide (m/m) f = coeficiente de atrito longitudinal pneu/pavimento 67 � 0,7 ∙ . � . 255 ∙ 9 � � Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Comprimento das concordâncias Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin • Comprimento mínimo da curva vertical CONVEXA (Lmín ≥ Dp) Comprimento das concordâncias Dp = distância de visibilidade de parada (m) A = diferença algébrica das rampas (%) Lmín = comprimento mínimo da curva vertical (m) ��í� � � ∙ 67 412 Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin • Comprimento mínimo da curva vertical CONVEXA (Lmín ≤ Dp) Comprimento das concordâncias Dp = distância de visibilidade de parada (m) A = diferença algébrica das rampas (%) Lmín = comprimento mínimo da curva vertical (m) ��í� � 2 ∙ 67 412 � Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin • Comprimento mínimo da curva vertical CÔNCAVA (Lmín ≥ Dp) Comprimento das concordâncias Dp = distância de visibilidade de parada (m) A = diferença algébrica das rampas (%) Lmín = comprimento mínimo da curva vertical (m) ��í� � � ∙ 67 122 � 3,5 ∙ 67 Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin • Comprimento mínimo da curva vertical CÔNCAVA (Lmín ≤ Dp) Comprimento das concordâncias Dp = distância de visibilidade de parada (m) A = diferença algébrica das rampas (%) Lmín = comprimento mínimo da curva vertical (m) ��í� � 2 ∙ 6 122 � 3,5 ∙ 67 � Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin • Critério de drenagem � Nos trechos com seções mistas ou de corte, as sarjetas devem ter declividades longitudinais suficientes para permitir um bom escoamento das águas superficiais. � Sob o ponto de vista da drenagem, recomenda-se assegurar declividades iguais ou superiores a 1% para as sarjetas (consequentemente para o greide nos trechos que incluem sarjetas). � Em casos onde não é possível manter as declividades desejáveis, deve-se procurar manter as declividades longitudinais acima de 0,5% e garantindo um mínimo absoluto de 0,35%. Comprimento das concordâncias Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin • Critério de drenagem � No caso de concordâncias verticais convexas em trechos em cortes, as normas do DNIT permitem que se mantenha o greide com declividades longitudinais menores que 0,35%, desde que limitado a uma extensão máxima de 30 metros. ��á5 � ��á5 ∙ ���á5 � � � � 30 0,35 � 0,35 � 43�/% Comprimento das concordâncias Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin • Critério do mínimo valor absoluto • Critério da máxima aceleração centrífuga admissível • Critério da Drenagem ��á5 � 43 ∙ � Comprimento das concordâncias - Fórmulas ��í� � 0,6 ∙ . ��í� 2 20�e ��í� � . 1296 ∙ 1,5% ;< 5,0% ∙ = ��í� � ��í� ∙ � • Critério da distância de visibilidade � Curvas Convexas � Curvas Côncavas ��í� � � ∙ 67 412 ��í� � 2 ∙ 67 412 � ��í� � � ∙ 67 122 � 3,5 ∙ 67 ��í� � 2 ∙ 6 122 � 3,5 ∙ 67 � � Lmín ≥ Dp � Lmín ≤ Dp � Lmín ≥ Dp � Lmín ≤ Dp Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Elementos Altimétricos: Curvas Verticais 1. Composição do greide 2. Tipos de curvas 3. Concordância Vertical 4. Comprimento das Concordâncias 5. Cálculo do Greide 6. Recomendações DNIT Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Cálculo do greide • Cálculo da flecha ou ordenada máxima � Flecha/ordenada máxima da Parábola Simples � Flecha/ordenada máxima da Parábola Composta � Flecha/ordenada em um ponto qualquer da Parábola � Posição do vértice da parábola 9�á5 � � 8 ∙ � 100 9�á5 � �> ∙ �? 2 ∙ � ∙ � 100 9 � � 200 ∙ � ∙ � � � � ∙ � � � � ∙ � � Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Cálculo do greide 1. Fixar os trechos retos do greide e determinar os PIV’s; 2. Calcular as rampas do greide; 3. Calcular a diferença algébrica das rampas (A); 4. Determinar o comprimento das parábolas a utilizar nas concordâncias verticais, observando os critérios definidos pelas normas do DNIT; 5. Determinar as estacas do PCV e PTV; 6. Calcular a flecha máxima; 7. Calcular as cotas do greide no trecho reto, a partir de um ponto conhecido; 8. Calcular as cotas dos pontos de tangência à curva; 9. Calcular as ordenadas dos pontos na concordância; 10.Determinar as cotas do greide na concordância através da cota do trecho reto somando-se ou subtraindo-se as ordenadas nos pontos; 11.Montar a nota de serviço; 12.Os cálculos podem ser efetuados utilizando-se planilha do excel. Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Elementos Altimétricos: Curvas Verticais 1. Composição do greide 2. Tipos de curvas 3. Concordância Vertical 4. Comprimento das Concordâncias 5. Cálculo do Greide 6. Recomendações DNIT Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Traçado em Perfil – Recomendações DNIT � O greide da rodovia deve resultar suave e uniforme. Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Traçado em Perfil – Recomendações DNIT � Nos trechos em corte ou em seção mista, deve-se projetar o greide com declividade igual ou superior a 1,0%; rampas inferiores requerem cuidados especiais quanto à drenagem; o minimo permitido é de 0,35%, limitado a uma extensão de 30,00m. Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Traçado em Perfil – Recomendações DNIT � Nos trechos em corte deve-se evitar concavidades com rampas de sinais contrários, para evitar problemas com a drenagem superficial: Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Traçado em Perfil – Recomendações DNIT � Em regiões planas o greide deve ser, preferencialmente, elevado: Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Traçado em Perfil – Recomendações DNIT � As tangentes longas do plano horizontal devem estar, sempre que possível associadas a curvas verticais côncavas, que atenuem a rigidez do trecho. � O vértice da curva horizontal deve coincidir ou ficar próximo do vértice da curva vertical; a curva horizontal deve iniciar antes da curva vertical. Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Exercício � Considerando a concordância vertical representada abaixo, para uma Rodovia Classe II, em região onde a topografia tem declividade entre 8% e 20%, e o raio mínimo da curva vertical igual a 4.000,00 metros, calcule as estacas e cotas dos elementos notáveis e elabore a nota de serviço da curva.
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