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DIREITO CIVIL I AULA 7

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DIREITO CIVIL I – AULA 7
BENS:
Bem é tudo aquilo que de algum modo nos traz satisfação. É tudo aquilo que atende a solução dos nossos desejos.
Sob o enfoque jurídico, bem tem significado próprio. São aqueles susceptíveis de uma valoração jurídica. São bens jurídicos que podem servir como objeto de relações jurídicas.
Todo Direito subjetivo traz em seu objeto um bem jurídico.
Os bens jurídicos são dotados ou não de economicidade, bem como podem ter existência material ou não.
Ex.: o imóvel é o objeto do Direito subjetivo de propriedade; a imagem é o objeto do Direito subjetivo da personalidade.
Prestação é a atividade comissiva ou omissiva a que o devedor se compromete para atender a interesses específicos em favor do credor.
Ex.: o objeto é uma conduta humana positiva ou negativa de uma coisa específica.
Também pode ser objeto da relação jurídica, direitos – Ex.: art. 1451, CC – penhor sobre direitos; art. 1395, CC – usufruto recair sobre crédito.
Patrimônio – complexo de relações jurídicas apreciáveis economicamente de uma determinada pessoa, ou seja, é a totalidade de bens pertencentes a um titular, sejam corpóreos ou incorpóreos.
Coisa – apresenta-se como objeto material suscetível de valor, enquanto bem assume feição mais ampla. Existem determinados bens jurídicos que não assumem a feição de coisa.
Res nullius:		coisa sem dono ou coisa de ninguém;
Res derelicta:	coisa abandonada;
Res communis:	coisa comum que pertence a todos e que não podem ser apropriadas; são acessíveis e utilizadas por todos. Ex.: o mar, o oceano, a atmosfera, o espaço.
CLASSIFICAÇÃO:
- Critério adotado pelo CC:
Bens considerados em si mesmos (móveis ou imóveis – arts. 79 a 84; fungíveis ou infungíveis – art. 85; consumíveis ou inconsumíveis – art. 86; divisíveis ou indivisíveis – arts. 87 e 88; singulares ou coletivos – arts. 89 a 91);
Bens reciprocamente considerados (principais ou acessórios – arts. 92 a 97, CC);
Bens considerados em relação ao sujeito (públicos ou privados – arts. 98 a 103).
BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS:
BENS CORPÓREOS E INCORPÓREOS:
Corpóreos são os bens que têm existência material, perceptível pelos sentidos humanos.
Incorpóreos – não têm existência materializável, sendo abstratos de visualização ideal. Existem fictamente.
Os bens incorpóreos não contam com a tutela possessória. Súmula 228, STJ. A proteção dos Direitos incorpóreos se dá através de ação indenizatória. Estes bens também não são susceptíveis por usucapião.
 BENS MÓVEIS E IMÓVEIS:
Bens imóveis, também determinados bem de raiz, são aqueles que não se podem transportar sem destruição de um lugar para outro, ou seja, os que não podem ser removidos sem alteração de sua substância.
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS IMÓVEIS:
Por sua natureza:
Referindo-se ao solo com sua superfície, subsolo e espaço aéreo, uma vez que tudo que vier a ser aderido ao solo será considerado acessão.
Por acessão artificial, física ou industrial:
Inclui tudo aquilo que o homem incorporar ao solo, como a semente lançada, o edifício construído. São basicamente as construções e plantações. Não se enquadram aqui construções temporárias como circos, feiras, parques de diversão.
Por acessão natural:
Compreende árvores e frutos, é tudo aquilo que se prende naturalmente ao solo.
Por disposição legal:
São os imóveis considerados para efeitos legais, englobando os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram (servidões prediais) e o direito a sucessão aberta (art. 1784, CC). São tratados como imóveis para conferir maior proteção jurídica.
		Bens Móveis: suscetíveis de movimento próprio (semoventes) ou remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômica-social.
DIVIDEM-SE EM:
Móveis pela própria natureza:
Bens que se deslocam de um lugar para outro sem perder sua substância, em razão de sua própria estrutura, como navios, aeronaves, automóveis.
Móveis por disposição legal:
Art. 83, CC.
Móveis por antecipação:
Bens que, embora imóveis por sua natureza, foram mobilizados pela vontade humana, em face de sua função econômica. Ex.: árvores convertidas em lenha, e dos frutos separados antecipadamente, safra ainda não colhida, mas que já foi vendida;
Direitos autorais, bens móveis – art. 3º da Lei 9610/98.
BENS FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS:
Diz respeito a possibilidade da sua substituição.
		Fungíveis: são os bens susceptíveis de substituição por outro da mesma espécie, qualidade e quantidade, determinados por número, peso ou medidas. Ex.: dinheiro.
		Infungíveis: bens insusceptíveis de substituição por outro de igual qualidade, quantidade e espécie. Em razão de sua natureza individual possuem valor especial. Pode se apresentar tanto em bens móveis quanto nos imóveis.
No entanto, a vontade das partes pode tornar coisas fungíveis em infungíveis. Ex.: livro autografado pelo autor.
Emprega-se a fungibilidade e a infungibilidade em relação às obrigações de fazer e não fazer, distinguindo-se aquelas que só podem ser cumpridas pelo próprio devedor (infungíveis) das que podem ser realizadas por outra pessoa (fungíveis).
BENS CONSUMÍVEIS E INCONSUMÍVEIS:
Dentre os bens fungíveis distingue a lei os bens consumíveis dos inconsumíveis. (art. 86, CC).
		Consumíveis: bens móveis cujo uso importa a destruição imediata da própria substância, é a chamada consumibilidade natural, ou de fato, são exemplos os gêneros alimentícios.
		Inconsumíveis: bens que admitem uso constante, possibilitando que se retirem todas as suas utilidades, sem atingir sua integridade; como um livro. Não se exaurem no primeiro uso.
Admite-se que uma coisa seja considerada consumível por estar destinada à alienação, como a roupa. A aquisição pelo consumidor implica exaurimento de sua finalidade.
A consumibilidade decorre da destinação econômica e jurídica do bem.
Há a possibilidade de a vontade humana tornar um bem consumível em inconsumível. Ex.: empréstimo de uma garrafa de bebida rara, emprestada para exposição, que devem ser devolvidos.
A consumibilidade não gera a fungibilidade. Ex.: manuscrito raro posto a venda.
BENS DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS:
		Divisíveis: bens passíveis de fracionamento, em partes homogêneas e distintas, sem alteração das qualidades essenciais do todo; sem prejuízo do uso a que se destinam e sem desvalorização.
Todas as coisas exprimíveis por quantidade são, em princípio, divisíveis, dês que não percam a expressão econômica.
A desvalorização econômica obsta a divisibilidade da coisa – art. 87, CC.
		Indivisíveis: não se pode fracionar sem alterar a substância ou diminuir-lhe consideravelmente o valor, como um livro – art. 88, CC.
		Podem decorrer de diferentes origens:
Por natureza:
Quando a impossibilidade do fracionamento advém da substância da coisa. Ex.: um animal.
Por determinação legal:
A lei determina a indivisibilidade. Ex.: imóvel rural insuscetível de divisão em frações inferiores a um módulo rural.
Por vontade das partes:
As partes pactuam a indivisibilidade, embora a coisa, por sua natureza, seja divisível. Ex.: obrigação em dinheiro quando no contrato se estipulou o pagamento em uma só parcela.
BENS SINGULARES E COLETIVOS:
Singulares: Coisas que, embora reunidas, devem ser consideradas individualmente, independente das demais que a compõe (art. 89, CC).
Podem ser:
Simples:
São aqueles bens que formam um todo homogêneo, cujas partes unidas pela natureza ou pelo engenho humano não precisam de determinação de lei. Ex.: animal.
A coesão é natural.
Compostas:
São as coisas formadas pela conjunção de coisas simples, que em consequência perdem a autonomia. As coisas reunidas podem ser de ordem material (construção de um edifício) ou imaterial (fundo de comércio).
Trata-se de coesão artificial.
		Coletivos: Já os bens coletivos, ou universais, são aqueles agregados a um conjunto constituído por várias coisas singulares, passando a formar um todo único, possuidor de indivisibilidade própria,distinta de seus componentes (art. 90, CC). Ex.: árvore singular simples; floresta coletivo.
		Bens coletivos são subdivididos em:
Universalidades de fato:
Conjunto de bens singulares, corpóreos e homogêneos ligados pela vontade humana para a consecução de um fim. Ex.: uma biblioteca, uma galeria de quadros.
Não se confunde com as coisas compostas em razão da autonomia das coisas que formam a universalidade de fato.
Universalidade de direito:
Relativamente aos bens singulares corpóreos ou incorpóreos, aos quais a norma jurídica dá unidade. É o caso do patrimônio, herança e massa falida.
Professora: Adriana Amaral – Civil I.

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