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DIREITO CIVIL I AULA 10

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DIREITO CIVIL I - AULA 10
Dos Negócios Jurídicos:
	É o acordo de vontades que surge da participação humana e projeta efeitos desejados e criados por ela, tendo por fim a aquisição, modificação e transferência ou extinção de direitos. Há nesse passo uma composição de interesses (é o exemplo típico dos contratados), tendo a declaração de vontade um fim negocial.
Classificação:
Quanto à declaração de vontade das partes:
	unilateral (quando de aperfeiçoar apenas com uma manifestação de vontade, ex.: testamento), 
bilateral (se completa com duas manifestações de vontade, coincidentes com o mesmo objeto, por meio de consentimento mútuo, porém com interesses antagônicos, ex.: casamento, compra e venda), 
plurilateral (negócios que envolvem a composição de mais de duas vontades manifestadas por diferentes partes, com um interesse convergente, ex.: contrato de sociedade).
Quanto aos titulares:
	Inter vivos (quando é celebrado para produzir efeitos desde logo, quando ainda vivos os contratantes, ainda que eventualmente um deles venha a morrer, ex.: compra e venda) 
causa mortis (cujos efeitos somente decorrem após o óbito de um ou mais de um dos declarantes, ex.: testamento)
Quanto aos benefícios patrimoniais reconhecidos às partes, o negócio jurídico pode ser: 
Oneroso (quando há vantagem patrimonial para ambas as partes, ex.: compra e venda), 
gratuito (referindo-se àquele em que só uma das partes aufere benefícios, ex.: doação sem encargo), 
neutro (constituindo espécie desprovida de expressão econômica, ex.: gestação em útero alheio – Lei 9.434/97) 
 bifronte (quando o negócio puder ser gratuito ou oneroso, a depender da vontade almejada pelas partes, ex.: contrato de depósito que permite convenção de remuneração do depositário).
Quanto à forma:
Pode ser ato negocial formal (também dito solene, quando tiver de obedecer a alguma solenidade exigida por lei, como da essência do ato, ex.: casamento, compra e venda de imóvel),
 informal (com forma livre, consistindo na regra geral, ex.: empréstimo).
Quanto à importância:
O negócio poderá ser principal ou acessório, se tiver ou não existência própria. 
Se tiver existência autônoma, independente de outro, é principal; Se a existência e destinos são subordinados juridicamente a outro negócio, será acessório, ex.: empréstimo (principal) e a fiança (acessório); o casamento (principal) e o pacto antenupcial (acessório).
Quanto à duração:
Poderá o negócio ser instantâneo (cujos efeitos são exauridos em momento único, ex.: compra e venda à vista) ou de duração (também dito de trato sucessivo, hipótese em que os efeitos são protraídos no tempo, como na compra e venda em prestações). Somente o contrato de trato sucessivo permite a resolução ou revisão judicial por onerosidade excessiva, nos termos dos arts. 478 a 480, CC.
Quanto à causa:
Existe o negócio jurídico causal (quando fundado em motivo determinante) ou abstrato (sem causa determinada).
Quanto à eficácia:
Pode ser consensual (bastando a exteriorização da vontade das partes), solene (quando for exigido por lei o atendimento a alguma formalidade ou solenidade, sob pena de nulidade nos termos do art. 166, CC) ou real (hipótese em que o aperfeiçoamento do negócio jurídico depende da tradição, efetiva entrega do objeto negocial).
Requisitos de validade do Negócio Jurídico (art. 104, CC):
	Agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável, forma adequada (prescrita ou não defesa em lei), vontade exteriorizada conscientemente, de forma livre e desembaraçada.
Interpretação dos Negócios Jurídicos:
	A partir da perspectiva civil-constitucional impende estabelecer que toda interpretação de atividade negocial deve ser observada a boa-fé objetiva. E significa garantir sua funcionalidade.
	Art. 110, CC – Reserva mental – emissão de uma declaração não querida, não desejada em seu conteúdo e em seu resultado. O declarante afirma determinada intenção que sabe previamente não pretender cumprir. Declara para enganar a parte contrária, ex.: casamento de estrangeiro com uma mulher da terra apenas com o fito de não ser expulso do país.
Com o conhecimento do destinatário e sem o conhecimento do destinatário:
Se conhecida da parte contrária a reserva mental da parte adversa, o negócio é inexistente e se prejudicar terceiros, será simulação.
Art. 111. CC – Silêncio – 
Requisitos da Existência:
	São os seus elementos estruturais, não há uniformidade entre os autores; são eles: a declaração de vontade, a finalidade negocial e a idoneidade do objeto.
Declaração de Vontade:
	A vontade é pressuposto básico do negócio jurídico e é imprescindível que se exteriorize.
	A vontade uma vez manifestada obriga o contratante – pacta sunt servanda – significa que o contratado faz lei entre as partes, não podendo ser modificado pelo judiciário.
	A manifestação de vontade pode ser expressa, tácita ou presumida.
Expressa:	é a que se realiza por meio da palavra, falada ou escrita, e de gestos, sinais ou mímicas, ou seja, de modo explícito, possibilitando o conhecimento imediato da vontade do agente.
Tácita:	é a declaração de vontade que se revela pelo comportamento do agente. Deduz-se da conduta da pessoa a sua intenção. Nos contratos, só cabe quando a lei não exigir que seja expressa.
Presumida:	é a declaração que a lei deduz de certos comportamentos do agente.
A manifestação presumida é estabelecida por lei enquanto a tácita é deduzida do comportamento.
Reserva mental – quando um dos declarantes oculta a sua verdadeira intenção, isto é, quando não quer um efeito jurídico que declara querer. É indiferente ao mundo jurídico.
Finalidade Negocial:
	É o propósito de adquirir, conservar, modificar ou extinguir direitos. Sem essa intenção, pode o agente praticar um ato jurídico em sentido estrito, efeito preestabelecido no ordenamento jurídico, já que o negócio jurídico consiste no exercício da autonomia privada.
Idoneidade do Objeto:
	Deve apresentar os requisitos e qualidades que a lei exige para que o negócio produza os efeitos desejados. Ex.: para caber hipoteca, tem que ser bem imóvel, navio ou avião.
Requisitos de Validade: Art. 104, CC
Capacidade do Agente:
	É a aptidão para intervir em negócios jurídicos como declarante ou declaratório.
É adquirida com a maioridade ou com a emancipação.
Objeto Lícito, Possível, Determinado ou Determinável:
	Objeto Lícito é o que não atenta contra a lei, à moral e os bons costumes.
	Objeto Jurídico ou Imediato é sempre a conduta humana e denomina prestação: dar, fazer ou não fazer.
	Objeto Material ou Mediato são os bens ou prestações sobre os quais incide a relação jurídica obrigacional.
	Objeto Possível: a possibilidade pode ser física ou jurídica (quando o ordenamento proíbe negócios a respeito de determinado bem. Ex.: herança de pessoa viva (art. 426, CC), bens fora do comércio como gravados com cláusula de inalienabilidade.
	Objeto Determinado ou Determinável (passível de determinação), ex.: venda de coisa incerta.
	Forma: é o meio de revelação da vontade.
Livre:				qualquer meio de manifestação da vontade, não imposto obrigatoriamente pela lei.
Especial ou Solene:	é a exigida pela lei, como requisito de validade de determinado negócio jurídico.
A forma especial pode ser única (a que por lei não pode ser substituída por outra, ex.: art. 108, CC – escritura pública para compra e venda de imóveis) ou múltipla (quando o ato é solene, mas a lei permite a formalização do negócio por diversos modos, ex.: reconhecimento voluntário de filho, art. 1.609, CC; a transação que pode efetivar-se por termo nos autos ou escritura pública, art. 842, CC).
Forma Contratual:		é a convencionada pelas partes. Podendo os contratantes determinarem que o instrumento público torne-se necessário para a validade do negócio.
Da Representação:
	Os direitos podem ser adquiridos por ato do próprio interessado ou por intermédio de outrem. Quem pratica o ato é o representante. A pessoa em nome de quem ele atua e que fica vinculadaao negócio é o representado.
	Constitui legitimação para agir por conta de outrem, que nasce da lei ou do contrato.
Espécies de representação:
Legal:					deferida pela lei aos pais, tutores, curadores, síndicos, administradores, etc.
Convencional ou Voluntária:	quando decorre do negócio jurídico específico: o mandato.
A representação legal constitui um verdadeiro múnus, o representante exerce uma atividade obrigatória, sendo instituída em razão da necessidade de se atribuir a alguém a função de cuidar dos interesses das pessoas incapazes. Supre a falta de capacidade do representado e tem caráter personalíssimo, sendo indelegável o seu exercício.
Ocorre também a representação legal de pessoas capazes – sindicatos, massa falida, condomínios em edificações; ao inventariante.
A representação convencional ou voluntária tem por finalidade permitir o auxílio de uma pessoa na defesa ou administração de interesses alheios.
Essa modalidade de representação estrutura-se no campo da autonomia privada mediante a outorga de procuração, que é o instrumento do mandato (onde uma pessoa investe outra no poder de agir em seu nome).
Pode ser revogada a qualquer tempo pelo representado, o que não ocorre com a representação legal.
O representante deve ter capacidade de fato para praticar os atos em nome do representado. O CC permite que o maior de 16 e o menor de 18 anos, não emancipado, seja mandatário, mas o mandante só poderá reclamar contra o menor, na medida do seu enriquecimento (art. 666, CC).
A atuação do representante vincula o representado que é obrigado a satisfazer todas as obrigações contraídas pelo representante, na conformidade do mandato conferido (art. 675, CC), ainda que este contrarie as instruções recebidas. Nesse caso, terá o mandante ação contra o mandatário, pelas perdas e danos resultantes da inobservância das instruções (art. 679, CC).
A publicidade de que a atuação se dá em nome do representado é chamada de comtemplatio domini ou princípio da exteriorização.
Espécies de Representantes:
	Legal, Judicial e Convencional.
Legal:			decorre da lei, ex.: pai em relação aos filhos menores.
Judicial:		nomeado pelo juiz para exercer poderes de representação no processo, como o inventariante, o síndico da falência, o administrador da empresa penhorada.
Convencional:	recebe mandato outorgado pelo credor, expresso ou tácito, verbal ou escrito.
Plano de Eficácia e seus Fatores:
Depois de reconhecida sua existência e a sua validade, deverá o negócio jurídico demonstrar a sua plena eficácia.
Embora o negócio jurídico válido tenha eficácia, ocorrem fatores que bloqueiam tais efeitos ou servem como fonte liberatória deles, gerando uma eficácia temporária.
Surgem assim os elementos acidentais extrínsecos ao negócio, dele não participando, mas contribuindo para a obtenção do resultado.
Elementos Acidentais:
Condição, Termo e Encargo:
Além dos elementos estruturais e essenciais, temos os elementos acidentais. Dependem da vontade das partes.
Condição, termo e encargo são autolimitações da vontade. São admitidas nos atos de natureza patrimonial em geral, mas não podem integrar os de natureza pessoal como os direitos de família e os direitos personalíssimos.
São cláusulas que apostas a negócios jurídicos por declaração unilateral ou pela vontade das partes, acarretam modificação em sua eficácia ou em sua abrangência.
Condição:
Acontecimento futuro e incerto de que depende a eficácia do negócio jurídico.
Da sua ocorrência depende o nascimento ou a extinção de um direito.
É possível que o negócio jurídico tenha a sua eficácia submetida a determinado acontecimento.
	Para a sua ocorrência é mister a presença da incerteza e da futuridade do evento.
Elementos da Condição:
	Voluntariedade, futuridade e incerteza.
Voluntariedade:	as partes devem querer e determinar o evento.
Condição Voluntária e Condição Legal:
	A condição voluntária é estabelecida pelas partes como requisito de eficácia do negócio jurídico.
	A condição legal é estabelecida por lei (conditiones iures)
Atos que não admitem condição:
As condições são admitidas nos atos de natureza patrimonial em geral, com algumas exceções, como na aceitação e renúncia da herança. Não podem integrar os atos de natureza pessoal como os direitos de família puro e os direitos personalíssimos. Ex.: o casamento, o reconhecimento de filho, a adoção, a emacipação.
Os atos que não admitem condição são denominados de atos puros: são os negócios jurídicos que não admitem incerteza por sua natureza; os atos jurídicos em sentido estrito; os atos jurídicos de família; os atos referentes ao exercício dos direitos personalíssimos.
Classificação das Condições:
Quanto à licitude:
Lícitas – desde que não contrarie à lei, à ordem pública ou os bons costumes.
Quanto à possibilidade:
Podem ser possíveis ou impossíveis física ou juridicamente. Ex.: tocar o céu com o dedo; adotar pessoa da mesma idade (art. 1.619, CC); realizar negócio que tenha por objeto herança de pessoa viva.
Quanto à fonte de onde promanam:
Causais:		são as que dependem do acaso, do fortuito, de fato alheio à vontade das partes. Também a condição que depende da vontade exclusiva de um terceiro.
Potestativas:		são as que decorrem da vontade ou do poder de uma das partes.
Dividem-se em puramente potestativas e simplesmente potestativas. As primeiras são consideradas ilícitas.
As simplesmente ou meramente potestativas são admitidas por dependerem não só da manifestação da vontade de uma das partes como também de algum acontecimento ou circunstância exterior que escapa ao seu controle. Ex.: Dar-te-ei este bem, se fores a Paris. Tal viagem não depende somente da vontade, mas também da obtenção de tempo e dinheiro.
Mistas:		são as que dependem da vontade de uma das partes e da vontade de um terceiro. Ex.: Dar-te-ei tal quantia se casares com tal pessoa.
Condições Defesas – art. 122, CC – condições perplexas ou contraditórias, deixam o intérprete perplexo sem compreender o propósito da estipulação. Invalidam o negócio jurídico – art. 123, III, CC. Ex.: Instituo Paulo meu herdeiro universal se Luana for minha herdeira universal.
Quanto ao modo de atuação:
Pode ser suspensiva ou resolutiva.
	A condição suspensiva impede que o ato produza efeitos até a realização do evento futuro e incerto – art. 125, CC.
	Condição resolutiva é a que extingue, resolve o direito transferido pelo negócio, ocorrido o evento futuro e incerto. Ex.: alguém institui uma renda em favor de outrem enquanto estudar. Pode ser expressa ou tácita.
As condições podem ser consideradas sob três estados:
Pendente:			enquanto não se frustra ou se verifica o evento futuro e incerto.
A verificação da condição de denomina implemento. Não realizada ocorre a frustração da condição.
Pendente a condição suspensiva, não se terá adquirido o direito a que visa o negócio jurídico (art. 125, CC).
Na condição resolutiva, o direito é adquirido desde logo, mas pode extinguir-se se ocorrer o seu implemento.
Embora a incorporação ao patrimônio do titular ocorra somente por ocasião do implemento da condição, o direito condicional constituir-se-á na data da celebração do negócio (como se desde o início não fosse condicional).
Termo:	dia ou momento em que começa ou se extingue a eficácia do negócio jurídico, podendo ter como unidade de medida a hora, o dia, o mês ou o ano.
Acontecimento futuro e certo que suspende a eficácia do ato negocial, sem prejudicar a aquisição de direitos, fazendo cessar os efeitos decorrentes do próprio negócio.
Características: a certeza e a futuridade.
Pode ser:
Determinado (certo):	quando a data já é preestabelecida.
Indeterminado (incerto):	se o acontecimento futuro não tiver data fixada para se verificar. Ex.: morte.
A fim de evitar controvérsia, é preferível enxergar no termo um evento futuro e inevitável.
Inicial (dies a quo):		evento futuro e inevitável que suspende o início da eficácia do ato; ou final (dies ad quem), quando a eficácia do negócio expira com o adventodaquela data.
Por ser um evento futuro e inevitável o termo (inicial) não suspende a aquisição, mas apenas o exercício do direito a ele subordinado.
No contrato o termo é estabelecido em favor do devedor, no testamento o termo é interpretado em favor do herdeiro - art. 133, CC.
Os negócios jurídicos entre vivos são exequíveis desde logo, salvo se for a prazo ou a execução se der em local diverso – art. 134, CC.
O termo é impossível quando incompatível com a natureza do direito, como no Direito de Personalidade, ou de Família e os que não reclamam execução imediata.
Espécies:
Convencional:	é aposto no contrato pela vontade das partes. Cláusula contratual que subordina a eficácia do negócio jurídico a evento futuro e certo.
De Direito:		é o que decorre da lei: (Termo de graça é a dilação de prazo concedida ao devedor).
Essencial:		quando o efeito pretendido deva ocorrer em momento bem preciso, sob pena de, verificado depois, não ter mais valor. Ex.: contrato que determine a entrega de um vestido de noiva para a cerimônia, se o vestido for entregue depois, não tem mais utilidade.
Não se confunde termo com prazo. Prazo é o intervalo entre o termo a quo e o termo ad quem ou entre a manifestação de vontade e o advento do termo.
Na contagem dos prazos exclui-se o dia do começo e inclui o do vencimento – art. 132, CC.
Modo de Encargo:
	Encargo:	é a determinação pela qual se impõe um ônus, uma obrigação, ao beneficiário de um ato gratuito, de uma liberalidade. Esta obrigação poderá ter como beneficiário o próprio disponente, terceiros, etc. Ex.: doação feita a alguém com a imposição da obrigação de o donatário praticar um ato em favor do doador ou de terceiros por ele indicado.
É cláusula que poderá incidir nos negócios jurídicos gratuitos, como a doação ou nas declarações unilaterais de vontade, como a promessa de recompensa.
O modo não suspende a eficácia do negócio jurídico celebrado entre as partes, salvo de veio expresso como condição suspensiva (Ex.: lhe doarei um determinado bem, se prestares serviço gratuito no Hospital de Irmã Dulce). Neste caso somente se dará a aquisição e o exercício de direito a ele submetido após o seu implemento.
	Coercitivo (o que não ocorre com as outras cláusulas acidentais) podendo o beneficiário ser constrangido a realizá-lo, sob pena de anulação da liberalidade. Poderá exigir o seu cumprimento o próprio instituidor, os seus sucessores e finalmente o MP (quando o encargo tiver sido instituído no interesse da coletividade).
	Não pode ser aposta em negócio à título oneroso, pois equivaleria a uma contraprestação.
Muito comum nas doações feitas ao Município (em geral com a obrigação de construir um hospital, escola, creche) e no testamento em que se deixa a herança a alguém.
O modo tem a função de dar relevância ou eficácia jurídica a motivos ou interesses particulares do autor da liberalidade. Reduz efeitos desta e pode constituir-se em obrigação de dar, Ex.: contribuição anual aos pobres; de fazer, Ex.: construir uma creche; ou de não fazer, Ex.: de não demolir uma capela.
A característica marcante é a obrigatoriedade, podendo o seu cumprimento se exigido por meio de ação cominatória.
O terceiro beneficiário pode exigir o cumprimento do encargo, mas não está legitimado a propor ação revocatória.
Se o encargo for juridicamente impossível ou ilícito, o negócio torna-se inexistente. Ex.: se a doação é feita para que o donatário nele mantenha casa de prostituição, sendo esse o motivo determinante, ou a finalidade específica da liberalidade, será invalidado todo o negócio jurídico.

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