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AUDITORIA CONTABIL

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Aspectos fundamentais para a auditoria
Podemos definir auditoria como o conjunto de procedimentos ou técnicas aplicadas, de maneira completamente independente, a respeito de uma relação que envolve obrigação de responder por uma responsabilidade conferida. O objetivo é emitir um relatório de como essa obrigação está sendo cumprida. Desta forma, pode-se verificar se os relatórios e as informações decorrentes deles são justos e adequados. As constatações da auditoria devem levar em contra quatro aspectos fundamentais e de mesma importância, são eles: Causa, efeito, condicão e criterio. Os critérios são fundamentais para a realização de todos os exames de auditoria. Se não houver critério, pode-se dizer que a auditoria não pode ser desenvolvida de maneira sistematizada, inviabilizando suas conclusões. Durante seu trabalho, de maneira mais ampla, o auditor deve atuar de forma completamente independente entre os proprietários e os administradores, sendo estes da iniciativa privada, sendo que o primeiro delegou a responsabilidade para que o segundo gerisse o patrimônio constituído, visando o lucro. Ele também delega responsabilidade para a auditoria, na figura do auditor, acompanhar a gerência, além de apresentar os relatórios confeccionados. OBS: A qualidade das análises destes quatro elementos, juntamente com o desenvolvimento da atividade de auditoria, determinará o nível de utilidade das informações geradas pelos auditores independentes.
 Auditoria na área pública
Na Área Pública, o conceito de auditoria assume um papel importante.Você imagina o porquê? Por que se trata de recursos públicos, e todos os cidadãos possuem direitos e deveres sobre eles. Neste caso, os interesses da Fazenda Nacional têm que se sobrepor às vantagens individuais.Pode-se dizer que a auditoria está restrita ao universo contábil ou financeiro das empresas, não se preocupando diretamente com nenhuma outra forma de operação. A que a auditoria contábil se propõe? Conceitualmente, à emissão de uma opinião formalizada e padronizada acerca da adequação das demonstrações contábeis, em decorrência da aplicação de procedimentos específicos de auditoria, baseada em normas profissionais e de maneira totalmente independente. Essas demonstrações representam um dos resultados objetivos consequentes da prática contábil e, adicionalmente, da análise de sua conformidade. A auditoria permite ao auditor afirmar, por meio de sua opinião, que as demonstrações contábeis representam, apropriadamente, as situações orçamentária, financeira e patrimonial, além dos resultados operacionais gerados, as variações patrimoniais ocorridas, enfim, tudo em conformidade com o conjunto de práticas contábeis vigentes no país.
 História e evolução da auditoria
Tanto se falou em auditoria, que tal conhecermos um pouco sobre sua história e evolução? Perez Júnior (2012) explica que a palavra auditoria vem do latim audire e que foi utilizada, inicialmente, pelos ingleses, relacionando-se aos procedimentos técnicos de revisão da contabilidade. Assim, a auditoria se configura no processo de auditar informações de fatos que estão sujeitos à auditoria, ou seja, fatos registrados na contabilidade das entidades, e que irão auxiliar o auditor a formar a opinião a respeito de sua adequação às normas e princípios brasileiros. Em 1581, em Veneza, foi criado o primeiro Colégio de Contador, para cuja admissão o candidato tinha que completar um aprendizado de seis anos e submeter-se a um exame. No início, os trabalhos de auditoria eram bem limitados, restringindo-se somente à verificação dos registros contábeis, visando comprovar sua exatidão. Logo, com a evolução da Ciência Contábil, e com a crescente necessidade da utilização da auditoria para a administração das empresas, ocorreu sua desenvolvimento. “Hoje em dia, ela não é mais somente um instrumento de observação, mas também de orientação, interpretação e de previsão de fatos, tornando-se dinâmica e em constante evolução” (PEREZ JUNIOR, 2012).
 Fatos que marcaram a evoluçaõ da Auditoria (no caderno)
 Cresce a importância da profissão
Ainda segundo Attie, a partir da criação da SEC em 1934 nos Estados Unidos, a profissão de auditor assume importância e cria um novo estímulo. É possível que você esteja se perguntando...por quê? Porque empresas que negociavam na Bolsa de Valores foram obrigadas a utilizar os serviços de auditoria para aumentar a credibilidade de suas demonstrações. No Brasil, por sua vez, a evolução da auditoria está ligada à instalação de empresas internacionais de auditoria independente. Muitos investimentos internacionais também foram implantados no Brasil, necessitando de auditoria. OBS: O autor afirma que a Lei 6.404/76, ou Lei das Sociedades Anônimas, determinou que as companhias abertas, além de observarem as normas expedidas pela CVM, deveriam passar por auditoria independente, por auditores devidamente registrados nessa comissão.
 Objeto da Auditoria 
A auditoria pode ser definida como: “o levantamento, o estudo e a avaliação sistêmica das transações, procedimentos, rotinas e demonstrações financeiras de uma entidade, com o objetivo de fornecer a seus usuários uma opinião imparcial e fundamentada em normas e princípios sobre sua adequação”. (PEREZ JÚNIOR, 2012, p. 2). Assim, a auditoria é uma técnica autônoma dentro da Ciência Contábil, tendo, desta forma, um objeto claramente definido, não só de forma única, mas múltipla, conforme elenca Perez Júnior (2012): 
• Comprovação, pelos registros, da exatidão dos fatos patrimoniais;
• Demonstração de erros e fraudes encontradas;
• Sugestões de providências cabíveis, visando à prevenção de erro e fraude;
• Verificação de que a contabilidade é satisfatória sob o aspecto sistemático e da organização;
• Verificação do funcionamento do controle interno;
• Proposição de medidas de previsão de fatos patrimoniais, mantendo a empresa dentro dos limites da organização e legalidade. 
 Assim, o objetivo da empresa é descobrir fraudes e erros, protegendo a empresa contra multas fiscais, e produzindo informes sobre a confiabilidade das demonstrações contábeis.
 Fraude e Erro: vamos ver a diferença entre esse dois conceitos:
 ERRO: Normalmente se configuram por equívocos cometidos, como por exemplo, erros aritméticos, ou seja, matemáticos na escrituração contábil, ou ainda nas demonstrações contábeis. Pode haver ainda erro na correta aplicação das normas contábeis (por erro de interpretação) ou interpretação errada nas variações patrimoniais. Assim, o erro se configura, basicamente, como algo detectado pela auditoria, como um engano que uma pessoa fez ou deixou de fazer, porém sem intenção.
FRAUDE: Consiste em ato consciente de se omitir algo, ou seja, há a intenção ou omissão de algo nas transações, alteração de documentos, registros ou ainda das demonstrações contábeis. A fraude pode ser configurada ainda por interpretação indébita de ativos, supressão ou omissão nos registros contábeis, transações registradas sem nenhum tipo de comprovação ou com comprovação inválida, aplicação de práticas contábeis indevidas. Assim, o erro se diferencia da fraude na contabilidade pela intenção ou não de realizar um ato que acabe por prejudicar determinada pessoa, grupo de transações ou ainda determinada demonstração contábil.
 Auditoria interna x auditoria externa
 Existem dois termos bastante utilizados em auditoria: auditoria externa ou independente e auditoria interna. Vamos ver agora a diferença entre os dois.
Pode-se dizer que a auditoria interna “é o conjunto de procedimentos que tem por objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais da entidade”. (CREPALDI, 2011, p.31). Já a auditoriaexterna ou independente, de forma resumida, pode ser entendida como “[...] o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a adequação com que estes representam a posição patrimonial e financeira [...]”.
Organizações profissionais: O que um especialista precisa para exercer a profissão de auditor no Brasil? 
• ser bacharel em Ciências Contábeis; 
• ser cadastrado na CVM; 
• ter uma conduta ética perfeita.
 Além disto, de acordo com a Lei 6.404/76, a escolha e também a destituição do auditor independente, nas companhias de capital aberto, é de competência do Conselho de Administração da empresa a ser auditada. Outro órgão relacionado à profissão do auditor no Brasil é o IBRACON, que é constituído como pessoa jurídica sem fins lucrativos. Anteriormente era conhecido como Instituto dos Contadores Públicos do Brasil. Este órgão possui como objetivos auxiliar a fixação de princípios de contabilidade e a elaboração de normas e procedimentos relacionados com a auditoria e a perícia contábil. Pode-se citar também a existência da AUDIBRA, fundada em 1960 com o objetivo principal de promover o desenvolvimento da auditoria interna. OBS: Assim, podemos compreender que a profissão do auditor é de competência exclusiva do profissional de Ciências Contábeis, devidamente registrado como contador, que precisa de exames e constante atualização na área de auditoria.
 Testes em Auditoria: Mas o que é necessário para que ele atinja este objetivo?
Segundo Crepaldi (2011), o principal objetivo do auditor é emitir opinião sobre as demonstrações financeiras examinadas. Planejar adequadamente o seu trabalho, avaliar o sistema de controle interno da empresa e proceder à revisão analítica das contas. Desta forma, os testes em auditoria configuram o processo pelo qual o auditor reúne elementos comprobatórios para suportar sua opinião. Na auditoria, de forma bastante comum são utilizados dois tipos de testes: • os de observância; • os substantivos.
 02 aula- Normas de Auditoria e Etica Profissiona
 Mas você sabe de quem é a competência pela sua prática? Perez Júnior (2012) relata que é exclusiva do contador. Para que o profissional possa executar o exame das demonstrações financeiras de capital aberto, é necessário que: Ele seja registrado na CVM; Tenha registro no Conselho Federal de Contabilidade. Normas de Auditoria: As Normas de Auditorias são diferentes dos prcedimentos? De acordo com Attie (2011) sim, uma vez que estas se relacionam com as ações a serem praticadas. Deste modo, as normas tratam das medidas de qualidade da execução destas ações e dos objetivos a serem alcançados mediante procedimentos. As normas dizem respeito não somente às qualidades profissionais do auditor, mas também à sua avaliação pessoal pelo exame efetuado e do relatório emitido. OBS: Para Araújo et al (2008, p. 73), “as normas de auditoria são regras ou parâmetros que o auditor deve respeitar em relação aos objetivos a serem alcançados, aos procedimentos e técnicas de auditoria utilizados, aos relatórios que devem ser elaborados e à qualidade do trabalho”. Que tal um desavio? A seguir apresentaremos 8 Situações de Perda de Independência do Auditor. (o caderno)
 Ética nos trabalhos de auditoria
Uma vez que a função de auditor é prerrogativa exclusiva do contador, este também tem sua regulamentação baseada no CEPC, emitido pela resolução 803/96 do Conselho Federal de Contabilidade. Assim, além dos aspectos normativos já abordados, o auditor deverá observar em especial: Art. 5º O contador, quando perito, assistente técnico, auditor ou árbitro, deverá:
1-Recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado em face da especialização requerida;
2-Abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria que constitui objeto de perícia, mantendo absoluta independência moral e técnica na elaboração do respectivo laudo;
3-Abster-se de expender argumentos ou dar a conhecer sua convicção pessoal sobre os direitos de quaisquer das partes interessadas, ou da justiça da causa em que estiver servindo, mantendo seu laudo no âmbito técnico e limitado aos quesitos propostos;
4-Considerar com imparcialidade o pensamento exposto em laudo submetido a sua apreciação;
5-Mencionar obrigatoriamente fatos que conheça e repute em condições de exercer efeito sobre peças contábeis objeto de seu trabalho, respeitado o disposto no inciso II do art. 2º;
6-Abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficientemente informado e munido de documentos;
7-Assinalar equívocos ou divergências que encontrar no que concerne à aplicação dos Princípios de Contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo CFC;
8-Considerar-se impedido para emitir parecer ou elaborar laudos sobre peças contábeis, observando as restrições contidas nas Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade;
9-Atender à fiscalização dos Conselhos Regionais de Contabilidade e Conselho Federal de Contabilidade, no sentido de colocar à disposição desses, sempre que solicitado, papéis de trabalho, relatórios e outros documentos que deram origem e orientaram a execução do seu trabalho.
Assim, este profissional, além de observar todos os aspectos normativos em relação ao profissional, desenvolvimento das atividades e emissão do parecer, deve estar atento ao CEPC.
 03 aula- Demonstrações Financeiras a serem Auditadas e planejamento de Auditoria
Embora a contabilidade seja conhecida como a linguagem dos negócios, é importante que seja salientado que ela não representa apenas um sistema em que são escrituradas as informações contábeis. Como uma ciência social aplicada, a contabilidade, além de possuir um conjunto de técnicas, princípios, conceitos e uma metodologia própria para servir aos seus usuários de informações, também contribui no plano econômico e no administrativo das empresas, provendo informações objetivas e seguras. Pincipio da Contabilidade: Por ser uma ciência, a Contabilidade possui alguns regramentos específicos e outros mais genéricos, os quais afetam todas as empresas de maneira irrestrita. Até por isso, as demonstrações geradas não são apenas somas de valores, mas apresentam relacionamentos e dependência entre os diversos segmentos operacionais. Assim, é fundamental que se compreenda o conjunto de informações contábeis geradas pela Contabilidade, denominadas demonstrações contábeis.
Incorreções nas informações contábeis: Quando se geram informações contábeis, independentemente das intenções de seus responsáveis, elas podem conter incorreções. Estas correções podem ser por má-fé ou por erros comuns. Elas têm o potencial de provocar análises equivocadas por parte dos gestores e, de maneira mais nociva, por parte de investidores externos às empresas. É aqui que se percebe a importância de estas informações terem suas estruturas confirmadas por parte de entidades independentes, sendo contratadas pelas empresas que a geraram especificamente para este fim.
 Patrimonio das Entidades
A contabilidade trabalha com a estrutura do patrimônio das entidades. É seu objetivo garantir: o registro; a comparação; a interpretação > das informações que afetam o patrimônio das entidades. O resultado de toda esta dinâmica patrimonial é o que se pode chamar de demonstração contábil. Ela é o produto final de todas as informações econômico-financeiras que foram ingressadas no sistema contábil das empresas, transformando-se em instrumento gerenciador dos negócios futuros das empresas.
 Legislação da Aréa Contabil: Com relação ao que deve constar das demonstrações contábeis, a Deliberação CVM nº 595/09, que aprovou o pronunciamento técnico CPC 26, o qual trata da apresentação das demonstrações contábeis, definiu que estas devem assegurar a comparabilidade com períodos anteriores, além de permitir que sejam comparadas com outras empresas.Tal pronunciamento,emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, regulamenta os preceitos relacionados às demonstrações contábeis no Brasil. No Brasil, as demonstrações contábeis básicas, são elaboradas de acordo com os preceitos da Lei das Sociedades Anônimas – a Lei 6.404/76.
 Demonstrações Contábeis
Essa lei estabelece que as demonstrações contábeis a serem elaboradas e divulgadas pelas empresas são: O balanço patrimonial; A demonstração do resultado do exercício; A demonstração dos lucros e prejuízos acumulados;A demonstração dos fluxos de caixa; A demonstração do valor adicionado. Nenhuma das demonstrações possui, hierarquicamente, importância maior que outra, sendo cada uma delas componente igualitária do total das demonstrações de confecção e divulgação obrigatória por parte das empresas. Adicionalmente, algumas empresas podem apresentar o relatório da administração, o qual descreve as características principais em relação ao desempenho e à posição financeira e patrimonial, além de expor as incertezas às quais uma empresa esteja sujeita. No entanto, todas estas informações estão sujeitas ao procedimento de auditoria, para garantir aos interessados nas informações contábeis que estas foram elaboradas e apresentam a realidade econômico-financeira das entidades relacionadas.
Planejamento de Auditoria: Vejamos agora a etapa do planejamento de auditoria. Ela está ligada à definição da estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento da auditoria. Vmaos entender melhor? Durante este processo, o auditor tem que executar suas tarefas de acordo com as normas profissionais de auditor independente, sempre mantendo inalterados os outros compromissos assumidos com a empresa a ser auditada. O auditor precisa registrar em documentos hábeis o planejamento geral e preparar programas formais de trabalho, por escrito. Esses documentos devem evidenciar o que for necessário à compreensão de todos os procedimentos a serem aplicados, relacionados à natureza, à oportunidade e à extensão dos trabalhos a serem realizados.Eles serão detalhados de tal forma que possam servir como um meio de controle para a execução das tarefas. Normalmente, o trabalho de auditoria requer a participação de não apenas um auditor, mas de uma equipe. Esta deve fazer parte do planejamento, que por sua vez deve prever a orientação e a supervisão do auditor, sendo este o responsável pelo conjunto dos trabalhos a serem executados. Quando necessário, tanto o planejamento quanto os programas de trabalhos de auditoria devem sofrer revisões e atualizações que se julgarem necessárias.
 Considerações a serem analisadas: Quando o trabalho de auditoria é realizado pela primeira vez em uma entidade qualquer, ou ainda, quando as demonstrações contábeis do ano anterior tiverem sido auditadas por outro profissional, algumas considerações devem ser feitas.Vamos conhecer algumas delas? As considerações são as seguintes:
 
• Conformidade entre os saldos de abertura e os saldos de fechamento do período anterior;
• Conformidade entre as práticas contábeis adotadas no exercício anterior e no exercício a ser auditado;
• Busca de fatos com relevância suficiente para influenciar na situação financeira ou na situação patrimonial da entidade auditada;
• Identificação de eventos subsequentes ao exercício anterior, desde que estes não tenham sido revelados no trabalho do auditor do período imediatamente anterior na finalização do seu trabalho. 
Fase de avaliação: Para o auditor, é extremamente importante que se tenha em mente que o planejamento de auditoria é um processo iniciado na fase de avaliação para a contratação dos serviços por parte da empresa a ser auditada.
 Aqui, são levantadas informações:
• acerca do tipo de atividade desempenhada pela empresa a ser auditada;
• do seu nível de complexidade;
• das eventuais legislações específicas; 
• dos relatórios passados emitidos;
• e das necessidades presentes de emissões de relatórios e/ou pareceres.
 Por fim, pode-se determinar a natureza do trabalho a ser executado. Este processo só é finalizado quando forem finalizados estes processos preliminares de análise. O auditor também deve comprovar que executou as tarefas de elaboração de proposta de serviços e da confecção do planejamento de auditoria em consonância com as normas de auditoria independente de demonstrações contábeis vigentes no Brasil.
Planejamento da primeira auditoria: O auditor também deve comprovar que executou as tarefas de elaboração de proposta de serviços e da confecção do planejamento de auditoria em consonância com as normas de auditoria independente de demonstrações contábeis vigentes no Brasil. Nestas situações, é recorrente um conjunto de ocorrências, as quais serão apresentadas na sequência. Quando também é a primeira vez da empresa auditada a sofrer o procedimento de auditoria independente, isso requererá atenção adicional do auditor independente. Isso porque esta empresa auditada não tem experiência anterior de qualquer trabalho de auditoria. Quando a empresa foi auditada no exercício imediatamente anterior e esta foi realizada por um auditor independente, isso fará com que a empresa auditada possa colaborar de forma mais efetiva. A razão é que a empresa já tem conhecimento das orientações a serem seguidas e das requisições mais comuns realizadas pelo auditor independente. Quando a empresa não foi auditada no exercício imediatamente posterior, mas já sofreu procedimentos anteriores de auditoria independente, da mesma forma a atenção adicional do auditor independente será demandada. A empresa poderá colaborar de forma efetiva, já sabendo das necessidades de um profissional auditor durante o processo de auditoria. O auditor não possui demonstrações contábeis auditadas como base de comparação para os seus trabalhos. Nestas situações, normalmente mais horas são necessárias para a completude dos trabalhos de auditoria.
 Meios de prova e planejamento de auditoria: O que sabemos sobre as normas de auditoria independente? Que elas definem como mandatária a confecção do planejamento de auditoria. O ato de planejar significa o estabelecimento de metas para que os trabalhos de auditoria obtenham a qualidade desejada e o menor custo possível. 
Aquisição de conhecimentos sobre a empresa auditada: O auditor independente pode obter ou reestabelecer conhecimentos sobre a empresa, para que possa planejar e efetuar os exames de acordo com as normas brasileiras de auditoria.Para a obtenção destes conhecimentos, ele deve estudar algumas áreas da empresa, principalmente:
1)Financeira- Comportamento do fluxo de caixa, atividades empresariais gerando recursos para a manutenção, principais credores bancários, encargos financeiros e formas de pagamento, problemas de liquidez, pagamentos em dia a fornecedores, além de suas condições financeiras, contas de clientes em atraso e a situação financeira deles e principais investimentos feitos ao longo do ano;
2)Contábil- Utilização dos princípios de contabilidade para a confecção das demonstrações contábeis, uniformidade dos princípios na sequência dos exercícios sociais;
3)Orçamentaria- Situação atual dos valores orçados comparados com os reais, além de explicações para estas variações e projeções até o final do exercício social;
4)Pessoal- Políticas de admissões, de treinamentos, de avaliações, salariais, além da estrutura organizacional e saída de funcionários da empresa auditada;
5)Fiscal e Legal- Situação atual de processos com a empresa, escrituração de livros fiscais e legais, resultado de investigações realizadas por autoridades fiscais e mudanças contratuais ou estatutárias;
6)Operacional- Principais aquisições e baixas de imobilizado, máquinas paradas, obsoletas, estoques obsoletos ou com giro lento, novos produtos e planejamento para o inventário físico anual;
7)Vendas- Situação da empresa comparada com os concorrentes, propaganda, devoluções de vendas e políticas relacionadas a garantias;
8)Suprimentos- Limites de aprovaçãode compras, sistema de compras e potenciais problemas de compra.
 Planejamento de maior volume de horas nas auditorias preliminares
No Brasil, os exercícios sociais das empresas são encerrados em dezembro, acompanhando o ano civil. Nos meses sequentes a dezembro, os serviços de auditoria são demandados ao máximo, deixando os outros meses com certo nível de ociosidade. Com o objetivo de contornar este problema, as visitas preliminares servem para identificar os serviços a serem executados nos meses de pico operacional. Algumas áreas são foco nas visitas preliminares e são citadas na sequência:
 • Análise do sistema de controle interno;
• Revisão de demonstrações intermediárias;
• Testes de receitas, de compras, de depreciações etc.;
• Resumos de atas;
• Atualização da pasta permanente de papéis de trabalho de auditoria.
 Cooperação do pessoal da empresa auditada
O pessoal da empresa auditada pode ser demandado em atividades de coleta de documentos nos sistemas de controle interno das empresas auditadas, além de auxiliarem no preenchimento dos papéis de trabalho relacionados às movimentações em investimentos, imobilizado e patrimônio líquido. Também podem auxiliar na análise para a composição dos saldos de balanço e reconciliação de cartas de circularização. Determinação dos testes detalhados de auditoria: Você sabe como os trabalhos de auditoria devem ser divididos? De maneira que as áreas de controle interno e revisão analítica sejam as primeiras a serem executadas, indicando o nível de detalhamento dos trabalhos no balanço patrimonial e na demonstração do resultado do exercício, principalmente. Os riscos e o nível de segurança serão analisados tendo como base a análise do sistema de controle interno das empresas auditadas. A revisão analítica tem ligação direta com a parte gerencial das empresas, que visa determinar tendências e identificar anormalidades e flutuações sem explicação. O auditor tem o objetivo de identificar como serão divididos os testes, de modo que os testes busquem as áreas com mais riscos identificados e com menor confiabilidade no sistema de controles internos. 
 Identificação prévia de problemasE os problemas, como devem ser identificados? Dentro do possível, com a máxima antecipação possível. Isso faz com que a gestão da empresa auditada tenha tempo hábil para corrigi-los e, consequentemente, não haja atraso na divulgação das demonstrações contábeis. Alguns problemas são mais comuns que outros e mais recorrentes, conforme segue:
• Falta de atendimento a normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
• Problemas na aplicação de princípios contábeis;
• Erros de cálculos ligados à depreciação, provisões, recolhimento de impostos etc.;
• Ativos registrados como despesas e vice-versa;
• Transações registradas em desacordo com eventuais atualizações regulatórias.
OBS:Todas estas situações devem ser identificadas previamente pelo auditor externo. Este, por sua vez, avisará a empresa auditada sobre estas inconsistências, aguardando os ajustes para a continuidade dos trabalhos.
 04 aula- Controle Interno
Ligação entre o planejamento de auditoria e o controle interno: Na etapa de planejamento, o auditor deve levar em conta diversos fatores ligados à execução das tarefas. Mas que fatores seriam esses? Fatores estes relacionados a:
• conhecimentos de práticas contábeis;
• sistema contábil e de controles internos;
• identificação de riscos e de áreas importantes; 
• conteúdo dos relatórios e do parecer a ser emitido ao fim dos trabalhos. 
Algumas áreas, foco das visitas preliminares, são baseadas na análise do sistema de controle interno. A seguir, vamos ver por que o controle interno é tão importante para a auditoria, seus objetivos e suas principais funções.
O que compreende o controle interno? Segundo PEREZ, JUNIOR, 2012, P. 79 compreende o plano de organização e todos os métodos e medidas coordenados, adotados numa empresa para proteger seus ativos, verificar a exatidão operacional e promover a obediência às diretrizes administrativas estabelecidas. Já para Attie (2011), citando o AICPA, os controles internos compreendem o plano de organização e o conjunto coordenado de métodos e medidas adotados pela empresa, para proteger seu patrimônio e verificar a exatidão e a fidedignidade dos dados contábeis. Promovem assim a eficiência operacional e o encorajamento à política traçada pela administração.
Distinção entre controle interno e auditoria interna: Crepalde (2011) também chama a atenção para a distinção entre controle interno e auditoria interna: “A auditoria interna equivale a um trabalho organizado de revisão e apreciação do trabalho, normalmente executado por um departamento especializado, ao passo que o controle interno refere-se aos procedimentos e à organização adotados como planos permanentes da empresa”. (ATTIE, 2011, p. 375). O autor também destaca; Antes de elaborar o plano ou programa de auditoria,é necessário observar como se encontram os controles da empresa, abordando assim, os seguintes aspectos: Quanto melhor o controle, mais segurança parao trabalho; Quanto menor o controle, mais cuidado é exigido na execução dos trabalhos.
Abrangência dos controles internos: O autor ainda afirma que tais elementos observados são essenciais para um controle interno adequado. Mas e se houver uma grave deficiência de qualquer um deles? Comprometerá o funcionamento eficiente do sistema. Assim, Crepaldi (2011) observa que a abrangência dos controles internos está ligada a:
• Salvaguardar os ativos e assegurar a veracidade dos componentes patrimoniais;
• Dar conformidade ao registro contábil em relação ao ato correspondente;
• Propiciar a obtenção de informação oportuna e adequada;
• Estimular a adesão às normas e diretrizes fixadas;
• Contribuir para a promoção da eficiência operacional da entidade;
• Auxiliar na prevenção de práticas ineficientes ou ainda antieconômicas, erros, fraudes e outros tipos de inadequações. 
 Operações/informações x custos/benefícios
Sendo assim, Crepaldi (2011) afirma que a diferenciação entre empresas terem ou não controles adequados poderá ser feita ao analisar a eficiência do binômio:
 Operações / Informções X Custos / Beneficios
Ou seja, as empresas devem analisar a vantagem de ter controles rígidos que auxiliem na eficiência e confiabilidade de suas operações.
Além disso, como será possível tomar decisões adequadas utilizando-se de informações que correm o risco de não serem confiáveis? Um bom exemplo é dado por Attie (2011). Ao relatar a importância do controle interno, o autor analisa o crescimento e a diversificação de uma empresa. Na fase inicial, o dono é o ponto referencial para o controle; é quem analisa e controla todos os segmentos da empresa, verificando, por exemplo, a pontualidade dos funcionários da empresa, a fabricação e o padrão de qualidade dos produtos, o despacho e a entrega aos clientes, bem como o pedido e o contas a pagar aos fornecedores, as contas a receber e o recebimento dos clientes. Mas você concorda que... a partir do momento em que a empresa cresce e inicia sua fase de crescimento acaba-se por tornar inviável que o dono, sozinho, controle todas as operações e transações? Assim, quanto maior vai ficando a organização, parte das atividades controladas pelo dono vai sendo delegada a outros funcionários, dos quais se espera compromisso e capacitação igual à que era empenhada pessoalmente na gestão do negócio. A partir deste momento, para o controle eficiente das operações e poder de análise, é necessário existirem relatórios, indicadores e outros índices, que mostrem como a gestão das operações pelos funcionários contratados tem funcionado, assim como o atendimento aos planos e metas traçados.
 Liberdade deatuação
Assim, Attie (2011) afirma que um sistema de controle interno implica que seus funcionários tenham liberdade de atuação na execução de seus compromissos, para buscar os melhores resultados. Mas você sabia que... Estes mesmos funcionários podem extrapolar suas funções e se beneficiarem em seu próprio proveito, causando prejuízos à entidade social, por erros intencionais ou ainda dolosos? Por isso é necessário um adequado sistema de controle interno. Ele limitará a prática destes atos. OBS: O sistema de controle interno previne que os funcionários possam cair em tentação, dados os possíveis problemas pessoais ou financeiros, e incorrer em atos ilícitos. 
 Características de um sistema de controle interno
Partindo do raciocínio de que a função da contabilidade, como instrumento de controle administrativo, é conhecida de forma unânime atualmente, um sistema de informação contábil que não esteja apoiado em eficiente controle interno é de certa forma, inútil, uma vez que não é possível confiar nas informações apresentadas em seus relatórios. Desta forma, informações contábeis distorcidas poderão levar a conclusões erradas e que ainda poderão causar danos para a empresa. Assim, pode-se afirmar que um sistema de controle interno pode ser dividido da seguinte forma, conforme Perez Júnior (2012, p. 80):
Controles Adiministrativos- Seu objetivo é garantir o controle sobre as operações da empresa e a qualidade das informações e documentos a serem processados pelo sistema contábil. Dentro deste aspecto está o plano da organização e todos os métodos e procedimentos que dizem respeito à eficiência operacional e à decisão política traçada pela administração. “Estes controles se relacionam de forma indireta aos registros financeiros. Estes devem abranger análises estatísticas, estudos de tempo e movimento, relatórios de desempenho, programas de treinamento e controle de qualidade”. (ATTIE, 2011)
Controles Contábeis- Seu objetivo é garantir a qualidade dos registros e demonstrações contábeis. Estes controles compreendem o plano da organização e todos os métodos e procedimentos diretamente relacionados principalmente com a salvaguarda do patrimônio e a fidedignidade dos registros contábeis. “Neste contexto, geralmente estão incluídos os sistemas de autorização e aprovação, separação das funções de escrituração e elaboração dos relatórios contábeis daquelas ligadas à custódia dos valores, bem como dos controles físicos sobre estes valores”. (ATTIE, 2011)
O que é necessário para que os auditores conheçam os controles internos? Em um primeiro momento, o conhecimento do sistema. Mas para Perez Júnior (2012), o conhecimento do controle interno parte da leitura de manuais de procedimentos da empresa auditada, ou ainda, o que é mais comum, a realização de entrevistas com o responsável pela operação.  A descrição do sistema deve ser arquivada nos papéis de trabalho:
• para servir de consulta nos trabalhos seguintes; 
• para servir de evidência para o trabalho realizado.
 05 aula- Procedimentos de Auditoria
Dando sequência ao trabalho do auditor, após a definição das demonstrações a serem auditadas e o conhecimento dos controles internos da entidade, o próximo passo será o desenvolvimento dos procedimentos de auditoria. Mas você lembra qual é o objetivo do auditor externo ou independente? Segundo Crepaldi (2011), é emitir opinião sobre as demonstrações financeiras examinadas, conforme o artigo 176 da Lei 6.404/76. Mas o que é necessário para atingir esse objetivo? O autor ainda afirma que o auditor necessita planejar seu trabalho de forma adequada, avaliando o sistema de controle interno relacionado com a parte contábil. Ele deve também proceder à revisão analítica das contas de ativo, passivo, receita e despesa, a fim de estabelecer a natureza, datas e a extensão dos procedimentos de auditoria, colher evidências comprobatórias das informações e avaliá-las.
 Planejamento de auditoria
Perez Júnior (2012) cita que os procedimentos de auditoria representam trabalhos executados pelo auditor para que sejam conhecidas evidências de auditoria que darão suporte à opinião emitida. Mas quando ocorre esta seleção de documentos? Na etapa de planejamento de auditoria, e será complementada à medida que o trabalho for sendo executado. Attie (2011), por sua vez, afirma que os procedimentos de auditoria estão ligados à identificação e ao atestado de validade das firmações. É necessária a aplicação dos procedimentos adequados a cada caso, na extensão e profundidade que cada um irá requerer, até a obtenção de provas, que comprovem, de forma satisfatória, a afirmação analisada. O autor ainda afirma que a aplicação dos procedimentos de auditoria deve estar atrelada ao objetivo que se deseja atingir. Sendo assim, os procedimentos são o caminho para que este seja atingido. Relembrando as normas relativas ao trabalho e à pessoa do auditor, a atitude deste no recolhimento e avaliação de provas necessita ser independente e impessoal, sendo que este deverá agir de forma isenta e inquestionável (Attie, 2011).
Extensão e profundidade: Quanto à extensão e à profundidade dos testes para suportar a opinião dos auditores, é preciso compreender que a complexidade e também o volume das operações realizadas pela empresa farão com que os procedimentos de auditoria sejam diferentemente aplicados por meio de:
• provas seletivas; 
• testes;
• amostragem.
 
Attie (2011) afirma que cabe ao auditor, baseado nos elementos de juízo de que disponha, determinar o número da profundidade das operações a serem examinadas, de forma a obter elementos comprobatórios que sejam válidos para o todo.
Evidências de auditoria: E quanto a evidência de auditoria, o que ela deverá compreender? As informações utilizadas pelo auditor para chegar às conclusões em que se fundamentam a sua opinião, é o que afirma Crepaldi (2011). Pode-se dizer que, na evidência de auditoria, estão incluídas as informações de registros contábeis que suportam as demonstrações contábeis e outras informações. Durante todo o processo de formação de opinião independente, o auditor vai recolhendo evidências acerca da fidedignidade das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. O autor afirma que estas evidências são divididas em dois grupos: Evidências quanto à finalidad; Evidências quanto à natureza.
Técnicas de auditoria ou formas de exame: Crepaldi (2011) afirma que, para colher evidências que lhe proporcionem atestar a fidedignidade das demonstrações contábeis, o auditor emprega vários métodos chamados de técnicas de auditoria.
 Mas o que são técnicas de auditoria?
As técnicas de auditoria são o conjunto de investigações empregadas pelo auditor para reunir aquelas evidências citadas anteriormente. As técnicas não são provas em si; elas proporcionam a obtenção de provas necessárias para o auditor emitir um parecer bem fundamentado (Crepaldi, 2011, p. 326). 
O que sabemos sobre esse procedimento? Que ele é geralmente utilizado em contas do ativo. Consiste em identificar fisicamente o bem declarado nas demonstrações financeiras, sendo que os seguintes ativos, conforme afirma Crepaldi (2011), passam por contagem física de:
• Dinheiro em caixa;
• Estoques;
• Títulos (ações, títulos de aplicações financeiras etc.);
• Bens do ativo imobilizado.
 Crepaldi (2011) afirma que o auditor examina pessoalmente o bem, constando a sua existência, uma vez que este estabelece contato visual com o mesmo, certificando-se que de que sua existência é efetiva.
E sobre circularização? Esse é um procedimento utilizado pelo auditor para confirmar, por meio de cartas, bens de propriedade da empresa em poder de terceiros, direitos a receber e obrigações, conforme relata Crepaldi (2011):
• Dinheiro em conta bancária;
• Contas a receber dos clientes;
• Estoque em poder de terceiros;
• Títulos em poder de terceiros;
• Contasa pagar a fornecedores;
• Empréstimos a pagar.
Conferência dos cálculos: Crepaldi (2011) afirma que este procedimento é voltado para a constatação da adequação das operações aritméticas. Você sabia...Que  a conferência é uma técnica amplamente utilizada em virtude da quase totalidade das operações da empresa estar voltada para este processo contábil? O autor afirma que a soma dos livros de registro inicial, os saldos das contas do razão, as multiplicações e as somas dos inventários, os cálculos de depreciação, devedores duvidosos, assim como muitos outros cálculos que exigem verificação. 
Inspeção dos documentos - Como se dá essa tarefa? “É o procedimento de auditoria voltado para a comprovação de transações que por questões legais, comerciais ou de controle são evidenciadas por documentos comprobatórios da efetividade destas transações” (Crepaldi, 2011, p.330). Ainda segundo o autor, com a devida atenção, o audior deverá verificar: 
• Se o documento é legítimo e autêntico;
• Se se refere realmente à operação escriturada;
• Se essa operação corresponde aos objetivos da empresa;
• Se o documento está corretamente preenchido, inclusive quanto a datas, destinatário, cálculos e outros dados intrínsecos;
• Se o registro das operações é adequado em função da documentação examinada e se está refletida contabilmente em contas apropriadas.
Averiguação - Mesmo o auditor sendo um profissional experiente, podem surgir dúvidas a respeito de transações e procedimentos de controle, assim ele deverá esclarecê-las por meio de formulação de perguntas aos funcionários da empresa-cliente. Desta forma, a averiguação consiste, justamente, em fazer perguntas e obter respostas favoráveis à elucidação de certas questões que podem conduzir a um incremento na profundidade da auditoria (Crepaldi, 2011).
E para concluir, vejamos a última técnica de auditoria: correlação: Segundo Crepaldi (2011), ela deriva do método das partidas dobradas, sendo que, durante o seu trabalho, o auditor certamente executará serviços que terão relação com outras áreas do balanço ou do resultado do exercício. Assim, à medida que for sendo observado o relacionamento entre as áreas, o auditor estará efetuando a correlação das informações obtidas.

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