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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/270641843 Questionário de Prontidão para Atividade Física (PAR-Q) Article · January 2005 CITATIONS 2 READS 4,938 2 authors: Some of the authors of this publication are also working on these related projects: Exercise for populations with special needs View project Acute and chronic physiological responses to different modalities of exercise View project Leonardo Luz University of Coimbra 15 PUBLICATIONS 22 CITATIONS SEE PROFILE Paulo Farinatti Rio de Janeiro State University 249 PUBLICATIONS 1,892 CITATIONS SEE PROFILE All content following this page was uploaded by Leonardo Luz on 10 January 2015. The user has requested enhancement of the downloaded file. F IS IOLOGIA DO E X E R C Í C I O F IS IOLOGIA DO E X E R C Í C I O F IS IOLOGIA DO E X E R C Í C I O F IS IOLOGIA DO E X E R C Í C I O F IS IOLOGIA DO E X E R C Í C I O F IS IOLOGIA DO E X E R C Í C I O F IS IOLOGI DO E X E R C Í C I F IS IOLOG DO E X E R C Í C F IS IOLOGIA DO E X E R C Í C I O F IS IOLOGIA DO E X E R C Í C I O F IS IOLOGIA DO E X E R C Í C I O F IS IOLOGIA DO E X E R C Í C I O F IS IOLOGIA DO E X E R C Í C I O F IS IOLOGIA DO E X E R C Í C I O F IS IOLOGIA DO E X E R C Í C I O F IS IOL DO E X E R F IS IOLOGIA DO E X E R C Í C I O F IS IOLOG DO E X E R C Í C F IS IOLOGIA DO E X E R C Í C I O F IS IOLOGIA DO E X E R C Í C I O F IS IOLOGIA DO E X E R C Í C I O F IS IOLOG DO E X E R C Í C F IS IOLOGIA DO E X E R C Í C I O F IS IOLOGIA DO E X E R C Í C I O F IS IOLO DO E X E R C F IS IOLOGIA DO E X E R C Í C I O F IS IOLOGIA DO E X E R C Í C I O F IS IOLOGIA DO E X E R C Í C I O volume 04 - número 01 • Jan/Dez 2005 www.at lant icaedi tora.com.br R e v i s t a B r a s i l e i r a d e F IS IOLOGIA DO E X E R C Í C I O Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Fisiologia do Exercício B r a z i l i a n J o u r n a l o f E x e r c i s e P h y s i o l o g y ISSN 16778510 FLEXIBILIDADE • Flexibilidade de mulheres submetidas a alongamento em grupo • Acúmulo de lactato e flexibilidade em lutadores de Wushu ESPORTE • Treinamento de força aplicado em praticantes de hidroginástica • Volume de exercícios com pesos para exaustão mediante variações de componentes sanguíneos HIPERTENSÃO ARTERIAL • Efeitos do treinamento, mecanismos hipotensivos e respostas a programas de exercícios R e v i s t a B r a s i l e i r a d e F I S I O L O G I A D O E X E R C Í C I O vo lum e 0 4 - n úm e ro 0 1 • Ja n /D e z 2 0 0 5 Fisiologia_CAPA_v4n1.indd 1Fisiologia_CAPA_v4n1.indd 1 14/11/2007 15:56:2714/11/2007 15:56:27 Editorial Carta ao leitor, Prof. Dr. Paulo Tarso Veras Farinatti ..................................................................................................... 3 Artigos Originais Análise do intervalo de recuperação e consistência no teste de 1RM, José Eduardo Lattari Rayol Prati, Sergio Eduardo de Carvalho Machado, André Pinheiro, Mauro César Gurgel de Alencar Carvalho, Estélio Henrique Martin Dantas ................................................................. 4 Desempenho funcional de idosos asilados, Rodrigo Barbosa de Albuquerque, Amandio A. Rihan Geraldes .......................................................................................................................................... 7 Efeito agudo dos alongamentos estático e FNP sobre o desempenho da força dinâmica máxima, Th iago Matassoli Gomes, Ercole da Cruz Rubini, Homero da SN Junior, Jeff erson da Silva Novaes, Alexandre Trindade ............................................................................................................. 13 Predição do volume de exercícios com pesos para promoção da exaustão em três grupos musculares de atletas mediante variações de componentes sanguíneos, Carlos Alexandre Fett, Fábio Lera Orsatti, Roberto Carlos Burini................................................................................ 17 Utilização do teste de 1RM na prescrição de exercícios resistidos: vantagem ou desvantagem? Alex Souto Maior, Adriana Lemos, Nélson Carvalho, Jéferson Novaes, Roberto Simão ............................................... 22 Correlação entre o acúmulo de lactato e a fl exibilidade medida pelo teste de sentar e alcançar em lutadores de Wushu, Rafael Reimann Baptista, Alexsander dos Anjos Ramos, Bruno Fraga da Silva, Bruno Ogodai S. D. de Castro .................................................................................................. 27 Efeitos de um treinamento de força aplicado em mulheres praticantes de hidroginástica, Luiz Fernando Martins Kruel, Roberta Eilert Barella, Fabiane Graef, Michel Arias Brentano, Paulo Poli de Figueiredo, Ananda Cardoso, Carla Rosana Severo ............................................ 32 Avaliação da fl exibilidade em mulheres submetidas a exercícios de alongamento em grupo, Daniela Cristina Bianchini Nogueira Moreno Perea, Th ais Renata Conejo, Silvia Maria de Mendonça, Renata Munari, Maria Cristina Strabelli Titto ................................................................... 39 Revisões Questionário de Prontidão para Atividade Física (PAR-Q) Leonardo Gomes de Oliveira Luz, Paulo de Tarso Veras Farinatti ................................................................................ 43 Hipertensão arterial: uma abordagem direcionada aos efeitos do treinamento, mecanismos hipotensivos e respostas a programas de exercícios, Kalline Russo, Walace Monteiro .................................................................................................................................. 49 Resumos Anais do IV Workshop em Fisiologia do Exercício – UFSCar e I Congresso Paulista da Sociedade Brasileira de Fisiologia do Exercício ........................................................................................... 58 Normas de Publicação .................................................................................................................................. 68 Sumário volume 4 número 1 - janeiro/dezembro 2005 R e v i s t a B r a s i l e i r a d e F I S I O L O G I A DO E X E R C Í C I O Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Fisiologia do Exercício B r a z i l i a n J o u r n a l o f E x e r c i s e P h y s i o l o g y Fisiologia_v4n1.indb 1Fisiologia_v4n1.indb 1 22/11/2007 17:47:4522/11/2007 17:47:45 Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 4 Número 1 - janeiro/dezembro 20052 © ATMC - Atlântica Multimídia e Comunicações Ltda - Nenhuma parte dessa publicação pode ser reproduzida, arquivada ou distribuída por qualquer meio, eletrônico, mecânico, fotocópia ou outro, sem a permissão escrita do proprietário do copyri- ght, Atlântica Editora. O editor não assume qualquer responsabilidade por eventual prejuízo a pessoas ou propriedades ligado à confiabilidade dos produtos, métodos, instruções ou idéias expostos no material publicado. Apesar de todo o material publicitário estar em conformidade com os padrões de ética da saúde, sua inserção na revista não é uma garantia ou endosso da qualidade ou do valor do produto ou das asserções de seu fabricante. Atlântica Editora edita as revistas Fisioterapia Brasil, Enfermagem Brasil, Neurociências, Nutrição Brasil e MN-Metabólica. I.P. (Informação publicitária): As informações são de responsabilidade dos anunciantes. Editor executivo Dr. Jean-Louis Peytavin jeanlouis@atlanticaeditora.com.br Publicidade e marketing Rio de Janeiro: René C. Delpy Jr rene@atlanticaeditora.com.br(21) 2221-4164 Gerência de vendas e assinaturas Djalma Peçanha djalma@atlanticaeditora.com.br Editora Assistente Guillermina Arias Editoração e arte Cristiana Ribas Atendimento ao assinante Vanessa Busson atlantica@atlanticaeditora.com.br Redação e administração Todo o material a ser publicado deve ser enviado para o seguinte endereço por correio ou por email aos cuidados de: Guillermina Arias Rua da Lapa, 180/1103 20021-180 - Rio de Janeiro - RJ artigos@atlanticaeditora.com.br Rio de Janeiro Rua da Lapa, 180/1103 20021-180 – Rio de Janeiro – RJ Tel/Fax: (21) 2221-4164 / 2517-2749 E-mail: atlantica@atlanticaeditora.com.br www.atlanticaeditora.com.br São Paulo Rua Teodoro Sampaio, 2550/cj 15 Pinheiros – 05406-200 – São Paulo – SP Tel: (11) )3816-6192 Recife Monica Pedrosa Miranda Rua Dona Rita de Souza, 212 52061-480 – Recife – PE Tel.: (81) 3444-2083 / 9204-0346 E-mail: monica@atlanticaeditora.com.br Assinaturas 1 ano – R$ 175,00 Rio de Janeiro: (21) 2221-4164 São Paulo: (11) 3361-5595 Email: melloassinaturas@uol.com.br Recife: (81) 3444-2083 Sociedade Brasileira de Fisiologia do Exercício Corpo Diretivo: Paulo Sérgio C. Gomes (Presidente), Vilmar Baldissera, Patrícia Brum, Pedro Paulo da Silva Soares, Paulo Farinatti, Marta Pereira, Fernando Augusto Pompeu R e v i s t a B r a s i l e i r a d e F I S I O L O G I A DO E X E R C Í C I O Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Fisiologia do Exercício B r a z i l i a n J o u r n a l o f E x e r c i s e P h y s i o l o g y Editor Chefe Paulo de Tarso Veras Farinatti Conselho Editorial Antonio Carlos Gomes (PR) Antonio Cláudio Lucas da Nóbrega (RJ) Dartagnan Pinto Guedes (PR) Emerson Silami Garcia (MG) Fernando Pompeu (RJ) Francisco Martins (PB) Jacques Vanfraechem (BEL) Luiz Fernando Kruel (RS) Martim Bottaro (DF) Patrícia Chakour Brum (SP) Paulo Sérgio Gomes (RJ) Rolando Baccis Ceddia (CAN) Robert Robergs (USA) Rosane Rosendo (RJ) Sebastião Gobbi (SP) Steven Fleck (USA) Yagesh N. Bhambhani (CAN) Vilmar Baldissera (SP) Fisiologia_v4n1.indb 2Fisiologia_v4n1.indb 2 22/11/2007 17:47:5022/11/2007 17:47:50 3Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 4 Número 1 - janeiro/dezembro 2005 Editorial Carta ao Leitor Caros(as) Colegas, A Sociedade Brasileira de Fisiologia do Exercício (SBFEx) foi fundada em 2002 por pesquisadores de diversas regiões do país, que desejavam criar um fórum de discussão e fomento da área que não fosse vinculado a quaisquer categorias pro- fi ssionais. Uma das iniciativas em que se investiu foi a criação da Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício (RBFEx), doravante órgão ofi cial da SBFEx. A RBFEx foi publicada entre os anos 2002 e 2004 quando, em virtude de falta de interesse da editora à qual estava vinculada, teve sua periodi- cidade interrompida. Após dois anos de negociações, encontramos na Editora Atlântica as condições estruturais e de profi ssionalismo com- patíveis com os ideais que estavam na origem da criação da RBFEx. Estamos, portanto, diante do desafi o de recuperar o tempo perdido e fazer da revista um veículo de divulgação da produção científi ca em fi siologia do exercício, respeitado e procurado pelos pesquisadores que militam nesse campo de conhecimento. Em um primeiro momento serão lançados dois volumes, contemplando os anos de 2005 e 2006, período em que a publicação da revista viu-se interrompida. Além de artigos originais e de revisão, são disponibilizados os Anais do II Encontro Regional de Fisiologia do Exercício, realizado em São Carlos. Em seguida, os números relacionados ao volume de 2007 serão lançados com a periodicidade que a RBFEx tinha, qual seja, quadrimestral. Este volume, portanto, marca a retomada de um projeto caro a muitos profi ssionais, pesquisadores e docentes, que nele investiram tempo e energia. Fica aqui o agradecimento a todos que vêm colaborando com a RBFEx, seja na sua concepção ou na revisão de artigos. Um obrigado especial aos colegas que, mesmo sabendo de todos os problemas pelos quais a revista passou, nela continuaram acreditando e enviaram suas colaborações. Sem eles, certamente a RBFEx não mais existiria. Enfim, convidamos todos a participar do sonho de termos no Brasil uma revista especificamente voltada para as questões da fisiologia do exercício, prestigiando- nos com sua escolha para a divulgação de resultados de pesquisas e estudos! Prof. Dr. Paulo Tarso Veras Farinatti Editor-Chefe da RBFEx Fisiologia_v4n1.indb 3Fisiologia_v4n1.indb 3 22/11/2007 17:47:5022/11/2007 17:47:50 Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 4 Número 1 - janeiro/dezembro 20054 Artigo original Análise do intervalo de recuperação e consistência no teste de 1RM Consistency and interval recovery analysis in 1RM test José Eduardo Lattari Rayol Prati*, Sergio Eduardo de Carvalho Machado**, André Pinheiro***, Mauro César Gurgel de Alen- car Carvalho****, Estélio Henrique Martin Dantas***** *Mestrando em Saúde Mental - Laboratório de Mapeamento Cerebral e Integração Sensório-Motora - IPUB/UFRJ, **Mestrando em Saúde Mental - Laboratório de Mapeamento Cerebral e Integração Sensório-Motora - IPUB/UFRJ, Bolsista Capes, ***Professor - Academia West Fitness Club, ****Doutorando em Engenharia Civil - Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia - COPPE/UFRJ, *****Professor, Laboratório de Biociências da Motricidade Humana - LABIMH - UCB/RJ Resumo O presente estudo verifi cou se 10 minutos de intervalo no teste de 1RM foram sufi cientes para a recuperação total de força e fi dedig- nidade de seu re-teste 10 minutos após sua aplicação. A amostra foi composta de 20 homens saudáveis e treinados, sem histórico de lesão, com média de idade (23,5 ± 3,69), peso (73,1 kg ± 9,93) e estatura (1,76 m ± 0,05). Para analisar o intervalo de recuperação entre os testes de 1RM utilizou-se um teste t pareado, já para a análise da fi dedignidade utilizou-se o coefi ciente de correlação intra-classe (CCI) para determinar a consistência interna. Somente foi verifi cado um alto índice de CCI, atingindo a fi dedignidade (p = 0,000). Conclui-se que o teste de 1RM realizado em um mesmo dia e 10 minutos após apresenta um alto índice de CCI para o exercício de supino em homens familiarizados ao teste, mostrando-se sufi ciente para o intervalo de recuperação para restabelecimento total da força. Palavras-chave: intervalo de recuperação, consistência interna, força, 1RM. Abstract Th e present study verifi ed if 10 minutes of interval in the 1RM test had been enough for recovery the total of strength and reliability of its re-test 10 minutes after application. Sample was composed by 20 health trained male without history of lesion, aging (23.5 ± 3.69), weight (73.1 kg ± 9.93) and stature (1.76 m ± 0.05). To analyze the recovery interval between 1RM tests a paired t test was used, and for the reliability analysis the intraclass correlation coeffi cient (ICC) was used to determine the internal consistence. Only a high ICC indices was verifi ed, reaching the reability (p = 0.000). We concluded that 1RM test carried out in a same day and 10 minutes after presenting a high ICC index for bench press exercise to male that are familiar to the test, showed adequate recovery interval to restore strength. Palavras-chave: recovery interval, internal consistency, strength, 1RM. Recebido em 12 de outubro de 2005; aceito em 10 de dezembro de 2005. Endereço de correspondência: Sergio Eduardo de Carvalho Machado, Rua Professor Sabóia Ribeiro, 69/104, Leblon, 22430-130 Rio de Janeiro RJ, E-mail: secm80@yahoo.com.br Introdução O teste de 1RM representa por si só um esforço máximo e, conseqüentemente, um desgaste é gerado. Apesar da ne- cessidade de familiarização,até o presente momento, o teste de uma repetição máxima (1RM) tem sua confi abilidade bem consolidada como corroboram alguns estudos [1-4], sendo esse teste (1RM) muito utilizado para se verifi car o nível de força dinâmica máxima do indivíduo [5]. Outro grande questionamento sobre o uso do teste de 1RM é sobre as alterações da carga provocadas com diferentes po- pulações [4], diferentes idades [6], grupamento muscular utilizado [1] e a confi abilidade inter e intra-avaliadores [4]. O intervalo de recuperação é outra importante variável Fisiologia_v4n1.indb 4Fisiologia_v4n1.indb 4 22/11/2007 17:47:5022/11/2007 17:47:50 5Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 4 Número 1 - janeiro/dezembro 2005 podendo-se comprometer o desenvolvimento da força [7]. Em condições de intervalos mais longos permitiram-se volu- mes de repetições mais elevadas [8]. Corroborando com tal afi rmação estão os estudos de Willardson [9,10], mostrando que intervalos de descanso mais longos tendem a acarretar em maiores aumentos da força, aumentando dessa maneira a consistência das repetições executadas para cada série no exercício de supino. Dessa maneira, o objetivo do seguinte estudo foi verifi car se 10 minutos de intervalo é sufi ciente para recuperação da força total no teste de 1RM e a fi dedignidade do teste de 1RM através do seu re-teste 10 minutos após a primeira aplicação em homens treinados. Métodos Amostra A amostra foi composta por 20 homens saudáveis, com idade média de 23,5 anos (± 3,69), peso de 73,1 kg (± 9,93) e estatura de 1,76 m (± 0,05). Ambos praticantes de treina- mento de força, com um mínimo de 6 meses, com atividade regular de pelo menos 3 vezes por semana, sem histórico de lesão. Os indivíduos, após serem previamente esclarecidos sobre os propósitos da investigação e procedimentos aos quais seriam submetidos, assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. Este estudo está de acordo com as normas da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde sobre pesquisa envolvendo seres humanos. Procedimentos quanto ao teste de 1RM Foi realizado um teste de 1RM no supino, sendo este precedido por uma série de aquecimento (10 repetições). Tal procedimento foi repetido no máximo de três tentativas, com 5 minutos de intervalo entre cada tentativa, determinando a carga referente a uma única repetição máxima [11]. Após um período de descanso de dez minutos foi realizado um re-teste de 1RM (1RM 10 min). Para a redução de erros de execução foram realizados os seguintes procedimentos: a) todos os participantes da pesquisa foram devidamente instruídos quanto aos procedimentos dos testes e técnicas de execução no exercício de supino reto, já que diferentes técnicas de execução dos exercícios que envolvam angula- ções diversas, principalmente nas posições iniciais destes, devem ser rigorosamente controladas, pois podem afetar a carga levantada [12]; b) só foram aceitos os testes de 1RM em que a angulação entre braço e antebraço ultrapassasse o de 90º, com a barra tocando levemente ao peito; c) todos os testes foram realizados no mesmo horário para o mesmo indivíduo. Análise estatística Para análise da diferença de cargas do teste entre teste (1RM) e re-teste (1RM 10 min) utilizou-se um teste t pareado. Para a análise da fi dedignidade do teste e re-teste, no mesmo dia, para um mesmo avaliador, utilizou-se o coefi ciente de correlação intra- classe (CCI) para determinar a consistência interna [13,14]. Resultados Através da análise dos dados, verifi cou-se a média e o desvio padrão dos testes de 1 RM em seus dois momentos, conforme se pode observar na Tabela I. Tabela I - Média e desvio padrão do teste de 1RM em seus dois momentos. Testes Média (kg) Desvio Padrão (kg) 1RM 87.80 18.95 1RM 10 min 88.00 18.95 RM = repetição máxima; min = minutos; kg = quilos. a) Quanto ao intervalo de recuperação no teste de 1RM Os resultados encontrados (média = 0,20 kg, desvio pa- drão = ± 0,89 kg) mostraram que através do teste t pareado não houve diferença signifi cativa entre o teste e re-teste de 1RM, obtendo-se um p = 0.330. b) Quanto à fi dedignidade no teste de 1RM após 10 minutos de intervalo Os resultados encontrados através do coefi ciente de con- sistência interna (CCI = 0,99) mostram que a fi dedignidade do teste de 1RM foi atingida, obtendo-se um p = 0,000. Discussão O objetivo do seguinte estudo foi verifi car se 10 minutos de intervalo é sufi ciente para recuperação da força total no teste de 1RM e a fi dedignidade do teste de 1RM através do seu re-teste 10 minutos após a primeira aplicação em homens treinados. De acordo com nossos resultados, verifi cou-se que 10 minutos de intervalo foi sufi ciente para a recuperação total de força no teste de 1RM, mostrando-se fi dedigno após 10 minutos de sua aplicação. a) Quanto ao intervalo de recuperação no teste de 1RM Dentre os diversos estudos que investigaram a infl uência do intervalo sobre o desempenho de força no supino, talvez um dos pioneiros seja o estudo de Weir [15]. Este investigou o comportamento da força dinâmica máxima no teste de 1RM, em 16 homens treinados no exercício de supino em intervalos de 1, 3, 5 e 10 minutos. Os resultados mostraram que não houve diferença signifi cativa para os diferentes in- tervalos de recuperação. Porém, houve insucesso de apenas 2 sujeitos quando aplicado um intervalo de 5 minutos e 1 sujeito quando aplicado um intervalo de 10 minutos. Fisiologia_v4n1.indb 5Fisiologia_v4n1.indb 5 22/11/2007 17:47:5022/11/2007 17:47:50 Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 4 Número 1 - janeiro/dezembro 20056 Sabe-se que um longo intervalo de descanso é necessário para a recuperação do sistema neural e energético. Sustentando essa hipótese, o estudo de Pincivero [16] mostrou que os mús- culos posteriores de coxa responderam de forma mais efi ciente à um programa de treinamento de força isocinético, quando foram aplicados longos intervalos de descanso intra-sessão. Quanto ao tempo de recuperação do sistema nervoso central, a incompleta recuperação desse sistema pode reduzir o recrutamento de unidades motoras [17]. Tal fato pode estar atribuído à fadiga de origem neurobiológica ou psicológica ligada a mudanças neuroquímicas que afetam o processo de contração muscular. Entretanto, todos os estudos citados anteriormente são de efeitos agudos sobre a força. Dessa maneira, pode-se dizer que estudos investigando os efeitos do intervalo de recuperação sobre a força muscular em estudos longitudinais ainda são escassos na literatura [18]. b) Quanto à fi dedginidade no teste de 1RM Em relação à fi dedignidade do teste de 1RM, Pereira e Gomes [3] relatam que esta mostrou-se de moderada a alta, variando entre 0,79 e 0,99 de correlação, de acordo com o gênero dos sujeitos e exercícios realizados. Porém, a maioria dos estudos verifi caram a estabilização de cargas com testes sendo realizados em dias diferentes [2], populações adversas [4,6,19,20] e diferentes grupamentos musculares [1]. Um outro importante ponto a ressaltar, é que todos os estudos citados realizaram análises estatísticas com coefi ciente de correlação de Pearson. Tal coefi ciente é utilizado para verifi car a variação entre as médias obtidas entre grupos, diferentemente de nosso trabalho que utilizou o coefi ciente de correlação intra-classe (CCI), responsável em verifi car essas possíveis alterações intra-grupo [13,14]. A estabilização da carga máxima no exercício de supino neces- sita de três a quatro sessões, conforme estudo de Dias et al. [2]. Em nosso estudo foram realizados teste e re-teste dentro do mesmo dia, apresentando um alto coefi ciente de correlação intra-classe, havendo somente realização de testes dentro do mesmo dia. O que sugere uma rápidaestabilização devido ao uso do exercício de supino cujo estudo de Cronin e Henderson [1] demonstrou ser mais rápido para o grupamento muscular do peitoral. Conclusão Conclui-se que o teste de uma repetição máxima (1RM) realizado dentro do mesmo dia apresentou um alto índice de correlação intra-classe em homens bem familiarizados ao teste, demonstrando excelente reprodutibilidade. E demonstrou também que o intervalo de recuperação foi sufi ciente para o restabelecimento total da força. Sugere-se que sejam realizadas novas investigações, veri- fi cando a confi abilidade de testes com diferentes números de repetições máximas, levando em consideração os fatores que podem interferir nessa análise como idade, grupamento muscular utilizado e tempo de familiarização. Referências 1. Cronin JB, Henderson M. E. Maximal strength and power assessment in novice weight trainers. J Strength Cond Res 2004;18(1):48–52. 2. Dias RM, Cyrino ES, Salvador EP, Caldeira LFS, Nakamura FY, Papst RR, et al. Infl uência do processo de familiarização para avaliação da força muscular em teste de 1-RM. Rev Bras Med Esporte 2005;11(1):34-38. 3. Pereira MIR, Gomes PSC. Teste de força e resistência muscular: confi abilidade e predição de uma repetição máxima. Revisão e novas evidências. Rev Bras Med Esporte 2003;9(5):325-35. 4. Ploutz-Snyder LL, Giamis EL. Orientation and familiarization to 1RM strength testing in old and young women. J Strength Cond Res 2001;15(4):519–23. 5. Baechle TR, Groves BR. Treinamento de força: passos para o sucesso. 2a ed. Porto Alegre: Artmed; 2000. 6. Braith RW, Graves JE, Leggett SH, Pollock ML. Eff ect of training on the relationship between maximal and submaximal strength. Med Sci Sports Exerc 1993;25(1):132-38. 7. Kraemer WJ. A series of studies - Th e physiological basis of strength training in american football: fact over philosophy. J Strength Cond Res 1997;11(3):131-42. 8. Willardson JM, Burkett LN. A comparison of 3 diff erent rest intervals on the exercise volume completed during a workout. J Strength Cond Res 2005;19(1):23-26. 9. Willardson JM. A brief review: factors aff ecting the length of the rest interval between resistance exercise sets. J Strength Cond Res 2006;20(4):978-84. 10. Willardson JM, Burkett LN. Th e eff ect of rest interval length on bench press performance with heavy vs. light loads. J Strength Cond Res 2006a;20(2):396-99. 11. Whisenant MJ, Panton LB, East WB, Broeder CE. Validation of submaximal prediction equations for the 1 repetition maxi- mum bench press test on a group of collegiate football players. J Strength Cond Res 2003;17(2):221-27. 12. Moura JAR, Borher T, Prestes MT, Zinn JL. Infl uencia de dife- rentes ângulos articulares obtidos na posição inicial do exercício pressão de pernas e fi nal do exercício puxada frontal sobre os valores de 1RM. Rev Bras Med Esporte 2004;10(4):269-74. 13. Vincent WJ. Statistics for kinesiology. 2nd ed. Illinois: Human Kinetics; 1999. 14. Th omas JR, Nelson JK. Métodos de pesquisa em atividade física. 3a ed. Porto Alegre: Artmed; 2002. 15. Weir JP, Wagner LL, Housh TJ. Th e eff ect of rest interval length on repeated maximal bench presses. J Strength Cond Res 1994;8(1):58-60. 16. Pincivero DM, Lephart SM, Karunakara RG. 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Fisiologia_v4n1.indb 6Fisiologia_v4n1.indb 6 22/11/2007 17:47:5022/11/2007 17:47:50 7Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 4 Número 1 - janeiro/dezembro 2005 Artigo original Desempenho funcional de idosos asilados Functional performance in institutionalized old subjects Rodrigo Barbosa de Albuquerque*, Amandio A. Rihan Geraldes** *Graduado em Educação Física, NUPAFIDES-EDF-UFAL , Maceió AL, **Professor Assistente da Universidade Federal de Alago- as, NUPAFIDES-EDF-UFAL, Departamento de Educação Física, Maceió AL Resumo O objetivo do presente estudo foi identifi car o nível de autono- mia funcional de idosos asilados, através da avaliação do desempenho em tarefas funcionais selecionadas. Participaram da pesquisa deze- nove idosos, sendo 12 homens (média de idade = 70,45 ± 6,02) e 7 mulheres (média de idade = 79,42 anos ± 10,65). As medidas do desempenho funcional de cada uma das variáveis estudadas foram acessadas através do tempo mínimo gasto para realizar as seguintes tarefas: 1) caminhada de 10 metros (C10); 2) “Timed Up And Go Test” (TUGT); 3) tempo para tirar e recolocar uma chave em uma fechadura (CF); 4) tempo para tirar e recolocar uma lâmpada (RL). De acordo com os resultados, 84% dos indivíduos conseguiram realizar todas as tarefas propostas. No desempenho da tarefa C10, enquanto os homens gastaram 8,74 seg. (± 2,5) para a realização desta tarefa, as mulheres levaram um tempo médio de 24,41 seg. (± 14,50). Este tempo não é sufi ciente para atravessar uma rua padrão em vários países desenvolvidos, como por exemplo, nos EUA (1,22 m/s) ou na Suécia (1,4 m/s). Para as outras tarefas o tempo médio, gasto por homens e mulheres, respectivamente foi de: 14,96 seg. (± 3,90) e 28,24 seg. (± 15) para TUGT; 10,16 seg. (± 18,90) e 8,93 seg. (± 9,90) para a CF e 13,78 seg. (± 18,90) e 8,93 seg. (± 9,90) para a RL. Esses achados sugerem a premente necessidade de intervenções, sejam públicas ou privadas, que objetivem a melhora do desempenho funcional desta população e, conseqüentemente, aumento da qualidade de vida. Palavras-chave: idosos, autonomia funcional, asilos, sarcopenia. Abstract Th e purpose of this study was to identify the level of functio- nal autonomy in elderly, through functional skills evaluation. Th e sample was composed by nineteen elderly, twelve men (aged 70.45 ± 6.02) and seven women (79.42 ± 10.65). Outcomes variable in- cluded the functional performance measured by minimal time that the individuals have to accomplish the following tasks: 1) the 10 meter walk test; 2) “Timed Up And Go Test” (TUGT); 3) time to remove and to place a key in the lock (KL); 4) time to remove and to put a lamp (PL). Th e results suggest that 84% of the individuals have accomplished all tasks. In the 10 meter walk while men spent 8.74 ± 2.5 seconds to accomplish this task, women spent 24.41 ± 14.5 seconds. Th e duration is not enough for pedestrians to cross a street in developed countries such as USA (1.22 m/s) or Sweden (1.44 m/s). For the other tasks the average time for the TUGT was 14.96 ± 3.90 and 28.24 ± 15.1 for man and woman, respectively; 10.16 ± 18.90 and 8.93 ± 9.90 for the KL and 13.78 ± 18.90 and 8.93 ± 9.90 for the PL. Th ese fi ndings suggest the need of public or private interventions aiming at improving functional performance of this population and consequently better life quality. Key-words: elderly, functional autonomy, asylums, sarcopenia. Recebido 27 de fevereiro de 2005;aceito 12 de julho de 2005. Endereço para correspondência: Rodrigo Barbosa de Albuquerque, Rua Tupinambás, 78, Ponta Grossa, 57014820 Maceió AL, E- mail: albuquerque.1@superig.com.br Fisiologia_v4n1.indb 7Fisiologia_v4n1.indb7 22/11/2007 17:47:5122/11/2007 17:47:51 Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 4 Número 1 - janeiro/dezembro 20058 Introdução O crescimento populacional e, conseqüentemente, o au- mento da expectativa de vida têm acontecido em quase todos os países do mundo, promovendo alterações relevantes no estilo de vida de todas as sociedades. No Brasil, o segmento populacional que mais cresce é o de idosos [1]. Em 9 anos (de 1991 a 2000) o número de idosos (indivíduos com 60 anos ou mais) aumentou duas vezes e meia, enquanto o restante da população do país aumentou apenas 14% [2,3]. Ramos [4] reporta que nos EUA, em 2020, aproximadamente 20% da população será formada por sujeitos com mais de 65 anos. No mesmo país, em 2040, cerca de 1,3 milhão de sujeitos serão centenários. Levando em consideração esse cresci- mento, estudos recentes [1,5-9] têm se dedicado a, além de dar melhorares condições de saúde para a população idosa, propor estratégias preventivas contra os efeitos deletérios do envelhecimento. Roubenoff [10] observa que uma das principais carac- terísticas do processo de envelhecimento é a sarcopenia. O autor complementa a observação lembrando que este termo é o nome dado a esperada perda da massa e força muscular, principalmente, devido à diminuição do número de fi bras musculares do Tipo II. Segundo Ehrlich & Livtak [11], a partir dos 60 anos, a perda de força muscular pode atingir cerca de 10% por década. Embora não possa ser classificada como doença, a sarcopenia tem sido responsabilizada, juntamente com a inatividade física, por grande parte, do aumentado risco para limitações no desempenho em tarefas motoras, das mais simples às complexas, como levantar de uma cadeira, por exemplo. Lima-Costa, Barreto & Giatti [12] observam que, em se tratando da funcionalidade de idosos, esta pode ser dimensionada em termos de desempenho funcional em determinadas atividades importantes para a autonomia funcional do dia-a-dia. Chaimowicz & Greco [5] lembra que, concomitante- mente com o envelhecimento, aumentam a incidência e prevalência das doenças crônico-degenerativas. Estas do- enças, associadas a sarcopenia e à inatividade física, além de poderem levar à fragilidade e dependência funcional, aumenta o risco de necessidade de internamento e institu- cionalização. Cançado [13] observa que quanto mais alta for a idade, menor será a probabilidade do idoso se manter independente. Estas ocorrências aumentam o tamanho dos desafi os dos serviços públicos de saúde, em gerar um bom serviço e qualidade de vida para esse segmento da população. Nobrega et al. [14] estima que, com o envelhecimento da po- pulação, por volta de 2020, o número de idosos brasileiros, portadores de moderada ou grave incapacidade funcional, aumentará entre 84 a 167%. Felizmente, essas constatações não são de todo desanimadoras, desde que, os resultados de vários estudos [9,15-21] têm demonstrado que o aumento dos níveis de atividade física pode desempenhar importante papel como coadjuvante na prevenção e manutenção da funcionalidade e autonomia do idoso. O exposto demonstra a relevância investida no desen- volvimento de estudos que visem a verifi cação dos níveis de desempenho funcional de populações idosas, especialmente, aquelas nas quais o risco de diminuição da funcionalidade é incontestavelmente elevado, como a deste estudo. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo principal a ve- rifi cação dos resultados de desempenho funcional de idosos que vivem em asilos públicos da cidade de Maceió, em tarefas motoras selecionadas. Esta pesquisa se insere na linha de pesquisa: Aptidão física, Autonomia Funcional e Qualidade de Vida Para Idosos, fazen- do parte da produção do Núcleo de Pesquisa em Atividades Físicas, Desempenho e Saúde do Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Alagoas (NUPAFIDES- EDF-UFAL). Métodos Seleção e características dos sujeitos Neste estudo, de caráter descritivo, utilizou-se uma amostra composta por 19 sujeitos (12 homens e 7 mulheres) com idades compreendidas entre 61 e 99 anos (X = 70,45 DP = ± 6,02), selecionados dentre os idosos que residiam, há mais de três anos, em três das instituições asilares públicas da cidade de Maceió. Foi selecionado como critério de exclusão, ter menos de 60 anos de idade, e apresentar evidências que incapacitasse os idosos na realização das tarefas, como, por exemplo: estar sob tratamento com drogas que embotassem a atenção ou impedissem a realização das tarefas e, ou, apre- sentassem evidências de doenças neurológicas, cardíacas, ósteo-mio-articulares, dentre outras. Tabela I - Características físicas dos sujeitos. HOMEM (n = 12) (Vm – VM) MULHER (n = 7) M DP M DP IDADE (anos) 70,45 6,02 61 99 79,42 10,65 ESTATURA (cm) 159,56 7,78 138,2 172,2 145,94 5,24 PESO (Kg) 64,57 8,92 41,1 78 49,01 10,92 IMC (Kg/m2) 24,53 2,94 19,2 31,01 22,7 4,18 IMC = Índice de Massa Corporal; M = Média; DP = Desvio Padrão; Vm= Valor mínimo; VM = Valor Máximo. Fisiologia_v4n1.indb 8Fisiologia_v4n1.indb 8 22/11/2007 17:47:5122/11/2007 17:47:51 9Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 4 Número 1 - janeiro/dezembro 2005 Para a caracterização antropométrica da amostra, utili- zaram-se as medidas da massa corporal, estatura e Índice de Massa Corporal (Tabela I). Após a explicação dos objetivos, procedimentos experi- mentais, importância e relevância do estudo e possíveis riscos, derivados do experimento, leu-se para todos os idosos o con- teúdo da carta de consentimento. Ao fi m da leitura os idosos que se propuseram a participar do experimento, assinaram ou a puseram as digitais de seus polegares sobre o termo de consentimento. Além disso, a presente pesquisa respeitou os preceitos e normas ditadas pelo Conselho Nacional de Saúde (resolução n° 01/88) (CNS, 1995). Medidas da funcionalidade Na maioria dos asilos estudados, os testes foram realiza- dos em um único dia. Entretanto, em alguns asilos, houve a necessidade de se utilizar dois dias consecutivos para as avaliações. Para acessar o desempenho funcional dos idosos, mediu-se o tempo gasto para a realização de quatro das atividades ou tarefas motoras importantes para o cotidiano, utilizadas como testes em estudos anteriores, descritos a seguir. Caminhar 10 metros Este teste, utilizado em estudos anteriores [6,22], desti- na-se a medir a velocidade de caminhada para uma distância equivalente a largura de uma rua padrão. O teste consiste em caminhar em linha reta, uma distância equivalente a 10 (dez) metros, o mais rápido possível, sem correr. “Timed Up & Go Test” Este teste, dentre outras variáveis, destina-se a medir, principalmente a coordenação motora e o equilíbrio. Segun- do Podsiadlo & Richardson [23], pode ser utilizado como preditor para a funcionalidade e morbi-mortalidade. O teste é iniciado com o sujeito sentado em uma cadeira. O avaliado deve levantar-se da cadeira, sem auxílio dos braços, caminhar em linha reta, o mais rapidamente possível sem correr, uma distância de três metros, ao fi m dos quais, deve fazer meia volta, percorrer o mesmo percurso e mais uma vez sentar. Tirar e colocar a chave em uma fechadura Esse teste foi proposto e utilizado por Lundgren-Lindquist & Sperling [24] para avaliar a habilidade manual de indivídu- os idosos. O teste consiste em, se partindo-se da posição inicial em pé, em frente ao equipamento, colocado a uma altura de 95 a 100 cm do chão, onde está a fechadura foi marcado o tempo para tirar e recolocar a chave. Tirar e recolocar uma lâmpada em um bocal Esse teste, também proposto por Lundgren-Lindquist & Sperling [24], destina-se à avaliação da habilidade manual de idosos. Tratamento estatístico Com o objetivo de organizar e apresentar à análiseos dados estudados, utilizaram-se os seguintes recursos da esta- tística descritiva: média, desvio padrão, freqüência absoluta e freqüência relativa e delta percentual (Δ%). Resultados Apresentação dos resultados no desempenho funcional Os resultados do desempenho funcional em cada uma das tarefas selecionadas podem ser observados na Tabela II. Resultados do teste: caminhar 10 metros. Neste teste, os homens e mulheres que compuseram a amostra gastaram, respectivamente, um tempo médio de 8,74s (± 2,2) e 24,41s (± 14,5) para a realização da tarefa, o que corresponde a uma velocidade média de 1.31 m/s (DP= ± 0,31) para os homens e 0,54 m/s (DP = ± 0,3) para as mulheres. Resultados do teste: “Timed Up & Go Test” Quando analisamos o TUGT, é pertinente lembrar que as autoras do mesmo, Podsiadlo & Richardson [23], reportam que, em termos funcionais, enquanto os indivíduos que con- seguem realizar essa tarefa em tempo inferior a 10 segundos Tabela II - Desempenho nas habilidades funcionais selecionadas. HOMENS (n = 12) (Vm – VM) MULHERES (n = 7) n M DP n M DP TTRL(seg) (11) 13,78 ± 7,73 6,3 – 50,16 (7) 21,57 ± 15,18 TTEC(seg) (11) 10,16 ± 18,9 1,67 – 66,39 (7) 8,93 ± 9,9 TUAGT(seg) (12) 14,96 ± 3,9 9,64 – 52,74 (6) 28,24 ± 15,1 TC 10m(seg) (12) 8,74 ± 2,5 5,11 – 46,84 (7) 24,41 ± 14,5 TTCL = Tempo para retirar e recolocar uma lâmpada; TTEC = Tempo para retirar e recolocar a chave; TUAGT = “Timed Up And Go Test” ; TC 10 m = Tempo para realizar a Caminhada de 10 metros, n = número de participantes, M = Média, DP = Desvio Padrão, Vm = Valor Mínimo, VM = Valor Máximo. Fisiologia_v4n1.indb 9Fisiologia_v4n1.indb 9 22/11/2007 17:47:5122/11/2007 17:47:51 Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 4 Número 1 - janeiro/dezembro 200510 são classifi cados como funcionalmente independentes; os sujeitos que realizam o teste em um período de tempo superior a 10 segundos e inferior a 20 segundos são classifi cados como parcialmente independentes. Finalmente, os indivíduos que realizam o teste em tempo superior a 30, ou não o conseguem realizar, são classifi cados como funcionalmente dependentes, tendendo a necessitar de assistência de outras pessoas. Dessa forma, pôde-se observar que, todos os sujeitos do sexo mas- culino foram classifi cados como parcialmente independentes. Entretanto, dentre as mulheres, observou-se a ocorrência das três classifi cações. Ou seja, uma delas foi considerada fun- cionalmente dependente, desde que não conseguiu realizar o mesmo; três foram consideradas parcialmente indepen- dentes, uma foi considerada funcionalmente independente e três como dependentes da assistência de outras pessoas para realizarem esta atividade motora. Resultados do teste: retirar e recolocar uma lâm- pada em um bocal Neste teste, embora 100% das mulheres fossem capazes de desempenhar a tarefa, três delas (43%), demonstraram signifi cativas difi culdades na realização da tarefa. Dentre os homens, neste mesmo teste, três sujeitos (25%) apresentaram difi culdade na realização do teste, enquanto um deles (8,3%) foi incapaz de realizar a tarefa. Resultados do teste: retirar e recolocar a chave em uma fechadura Nessa tarefa, mais uma vez, 100% das mulheres foram capazes de terminar a tarefa, entretanto, duas delas (28,5%) apresentaram difi culdades na realização da mesma. Dentre os homens, dois sujeitos (16,6%) demonstraram difi culdades para realização da tarefa, enquanto um dos indivíduos (8,3%) não foi capaz de completar o teste. Discussão Os resultados do presente estudo corroboram com afi rmações de publicações anteriores [25] de que o grau do declínio na capacidade funcional de idosos asilados é mais elevado, quando comparado com idosos não asilados, apesar das limitações existentes no presente estudo como o limitado tamanho da amostra e outras. Vários estudos longitudinais [27,9] têm demonstrado que os efeitos deletérios do envelhecimento, sobre os diferentes sistemas corporais, podem levar o indivíduo à invalidez. Melo et al. [26] lembra que tais constatações demonstram que o envelhecimento populacional e seus efeitos geram maior responsabilidade e maiores gastos, com programas médicos e sociais, para os serviços de saúde, desde que, os idosos apresentam como características: consumir mais serviços de saúde, apresentam maior e mais freqüente necessidade de internações hospitalares e, quando internados, apresentam um tempo de ocupação do leito maior que o de outras faixas etárias [12]. Indivíduos idosos que vivem em instituições asilares têm demonstrado menores níveis de atividade e aptidão física, quando comparados com os idosos que vivem na comuni- dade. Sendo mais frágeis, esses idosos apresentam maiores riscos para doenças crônico-degenerativas, limitações fun- cionais e quedas [25]. No Distrito Federal, Melo et al. [26] investigando o nível de atividade física em instituições que cuidam de idosos, observou que nenhuma das instituições estudadas oferecia qualquer programa de atividade física orientada. Mais uma vez no Brasil, em um estudo feito na região sul do país, Benedetti & Petroski [25] constataram que as instituições asilares, devido ao declínio do organismo e a uma maior fragilidade dos indivíduos, têm dado preferência às atividades que requeiram menor esforço físico. A autora observou a ocorrência de um fenômeno interessante que, se- gundo a mesma, termina convertendo-se em um ciclo vicioso: à medida que há o incremento da idade, o indivíduo tende a tornar-se menos ativo, por conseguinte suas capacidades físicas diminuem, começa a aparecer o sentimento de velhice, que pode por sua vez causar estresse, depressão e levar a uma redução da atividade física e, conseqüentemente, à aparição de doenças crônico-degenerativas, que por si só, contribuem para o envelhecimento. Os resultados da presente pesquisa demonstram que, em todas as atividades motoras realizadas, as mulheres apre- sentaram desempenho médio inferior (tempo maior para a realização da tarefa) ao dos homens. No teste de caminhada de 10 metros, as mulheres apresentaram o resultado inferior (p = 0,000). Esperava-se este resultado, pois segundo [28], quando se comparam idosos de mesma idade e características, os do sexo feminino, tendem a apresentar menor desempenho funcional em tarefas que exijam esforços físicos moderados ou vigorosos, quando comparadas com homens. Quando comparados com os resultados de estudos semelhantes [29,6,30], realizados com idosos não insti- tucionalizados, de mesmas características e faixa etária, as mulheres e homens que compuseram esta pesquisa apresen- taram uma velocidade de caminhada menor. Entretanto, quando comparados com outros estudos [31], as mulheres continuam apresentando menores resultados, enquanto os homens apresentam resultados semelhantes. Estes resultados são compatíveis com os apresentados por outros estudos, como, por exemplo, o de [28], no qual os autores, além de confi rmarem estes achados, complementam observando que, dentre os idosos, as mulheres tendem a apresentar maior fragilidade e necessidade de assistência na realização das ati- vidades motoras do cotidiano. No Teste TUGT é interessante notar que, quando comparados com os resultados do estudo de Podsiadlo & Richardson [23], realizados com sujeitos de média de idade superior (79,5 anos), a presente amostra, embora apresentando média de idade inferior, apresentou Fisiologia_v4n1.indb 10Fisiologia_v4n1.indb 10 22/11/2007 17:47:5122/11/2007 17:47:51 11Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 4 Número 1 - janeiro/dezembro 2005 um tempo médio para a realização dessa tarefa muito maior. Segundo as autoras do teste, este fato pode evidenciar que, em termos funcionais, os sujeitos asilados, mesmo quando comparados,com idosos mais velhos, apresentam maiores défi cits funcionais. Os resultados encontrados nas tarefas de avaliação da habilidade manual (teste da lâmpada e da chave) foram menores que os observados em outros estudos (Barbosa, dados não publicados), realizado com uma amos- tra composta por idosas não institucionalizadas, com média de idade de 67,9 anos. Isso demonstra a maior fragilidade existente entre as idosas asiladas, quando comparadas a não institucionalizadas. É importante relatar que, de acordo com os questionários utilizados para acessar e avaliar a independência funcional nas AMBDD e AMIDD, nenhuma das mulheres poderia ter sido considerada plenamente independente, enquanto dentre os homens, quatro deles (21%) foram classifi cados como plenamente independentes e três (25%) demonstraram défi cit cognitivo. Conclusão Respeitando-se as possíveis limitações metodológicas, os resultados obtidos no presente estudo, demonstraram que os idosos que vivem em instituições asilares na cidade de Ma- ceió apresentaram baixa autonomia nas tarefas selecionadas, principalmente quando comparados com indivíduos não institucionalizados. Esses resultados levam a crer que existe a necessidade de políticas específi cas e dos responsáveis por essas instituições aplicarem intervenções que venham a me- lhorar, ou em alguns casos manter, o nível de aptidão física fornecendo para essas pessoas uma vida mais independente e melhorando assim a qualidade de vida desses sujeitos, vi- sando desacelerar os efeitos do envelhecimento que, segundo Matsudo [30], ocorre por imobilidade e má adaptação e não por doença crônica. Referências 1. Lima-Costa MF, Barreto SM, Giatti L. 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Fisiologia_v4n1.indb 12Fisiologia_v4n1.indb 12 22/11/2007 17:47:5122/11/2007 17:47:51 13Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 4 Número 1 - janeiro/dezembro 2005 Artigo original Efeito agudo dos alongamentos estático e FNP sobre o desempenho da força dinâmica máxima Acute effect of static and PNF stretching on maximal dynamic strength performance Th iago Matassoli Gomes*, Ercole da Cruz Rubini**, Homero da SN Junior**, Jeff erson da Silva Novaes***, Alexandre Trindade*** *Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciência da Motricidade Humana - PROCIMH / UCB-RJ, Laboratório de Biociên- cias da Motricidade Humana - LABIMH, Universidade Estácio de Sá - RJ, **Universidade Estácio de Sá - RJ,*** Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciência da Motricidade Humana - PROCIMH / UCB-RJ, Laboratório de Biociências da Motrici- dade Humana - LABIMH, UFRJ / EEFD Resumo O objetivo deste estudo foi verifi car o efeito agudo dos alonga- mentos estático passivo e facilitação neuromuscular proprioceptiva sobre o desempenho da força dinâmica máxima. O estudo foi realizado com 21 voluntários do sexo masculino (24,1 ± 1,7 anos) treinados em força há pelo menos dois anos. Para auferição da força dinâmica máxima foi utilizado o protocolo de teste e re-teste de uma repetição máxima (1RM) no supino horizontal. Todos os sujeitos participaram de todas as situações experimentais, sendo: a) alongamento estático + 1RM (EP); b) alongamento FNP + 1RM (FNP); c) teste de 1RM sem alongamento (GC). A ordem de par- ticipação nos protocolos experimentais foi determinada de forma aleatória. O resultado da ANOVA com medidas repetidas mostrou diferenças signifi cativas com relação à situação controle, tanto na situação EP (p = 0,00) quanto na situação FNP (p = 0,00). Onde a média nas condições experimentais EP (95 ± 12,3 kg) e FNP (92 ± 11,2 kg) foi signifi cativamente menor do que GC (99,2 ± 11,4 kg). Conclui-se que uma sessão de alongamento estático ou FNP executada imediatamente antes do treinamento de força provocou uma diminuição do desempenho. Palavras-chave: flexibilidade, teste de 1 RM, rendimento, treinamento concorrente. Abstract Th e purpose of this study was to verify the acute eff ect of static and proprioceptive neuromuscular facilitation stretching on maxi- mal dynamic strength performance. Th e study was comprised by twenty-one trained male (24.1 ± 1.7 years). To measure the maximal dynamic strength it was used the one maximal repetition test (1RM) and retest protocols in a horizontal chest press. All subjects were ran- domly assigned to static stretching (EP), PNF stretching (FNP) and nonstretching (GC) protocols before strength testing. Th e ANOVA with repeated measures revealed signifi cantly decreases (p < 0.05) in maximal dynamic strength. Static and proprioceptive neuromuscular stretching reduced the maximal strength (p = 0.00) when compared with nonstretching group. Th e mean in experimental conditions EP (95 ± 12.3 kg) and FNP (92 ± 11.2 kg) was signifi cantly smaller than GC (99.2 ± 11.4 kg). Th ese results indicated that both static and proprioceptive neuromuscular facilitation stretching impairs maximal dynamic force production. Key-words: flexibility, 1RM test, performance, concurrently training. Recebido 15 de julho de 2005; aceito em 10 de outubro de 2005. Endereço para correspondência: Thiago Matassoli Gomes, Rua Delfina Enes, 365, Penha, 21011-400 Rio de Janeiro RJ, Tel: (21) 8807-9459, E-mail: thiagogom@gmail.com Fisiologia_v4n1.indb 13Fisiologia_v4n1.indb 13 22/11/2007 17:47:5122/11/2007 17:47:51 Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 4 Número 1 - janeiro/dezembro 200514 Introdução O ACSM [1] coloca a força e a fl exibilidade, juntamente com a potência aeróbia e a composição corporal como os quatro componentes mais importantes da aptidão física, devendo estes estar embutidos em qualquer programa de atividade física relacionado à saúde. Exercícios de alongamento são tradicionalmente utilizados como parte integrante do aquecimento para a atividade prin- cipal, sob a alegação de promover melhoras no desempenho, diminuir o risco de lesões e diminuir o aparecimento de dores musculares tardias. Porém, parece não existir sustentação científi ca para tais afi rmações [2-8]. Trabalhos recentes mostram uma diminuição no de- sempenho da força isométrica e isotônica [9-15], nos saltos verticais [16-19] e na força isocinética [20-22] quando estas são precedidas por exercícios de alongamento. Na literatura, a maioria dos trabalhos se apresenta verifi cando os efeitos da fl exibilidade sobre a força em membros inferiores [9-14,16- 19]. Entretanto, dos estudos relacionados acima apenas dois trabalhos [15,21] reportam o comportamento da força nos membros superiores. Demonstrando uma lacuna a ser preen- chida, que é saber se os resultados encontrados em membros inferiores podem ser reproduzidos nos membros superiores. Portanto, o objetivo deste estudo foi verifi car o efeito agudo dos métodos de alongamento estático passivo (EP) e facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) sobre o desempenho da força dinâmica máxima de membros supe- riores. Materiais e métodos Amostra Participaram do estudo 21 voluntários do sexo masculino (24,1 ± 1,7 anos; 172 ± 2,8 cm; 76,4 ± 3,6 kg) com expe- riência de, no mínimo, dois anos em treinamento de força. Foi adotado como critério de exclusão a presença de qualquer lesão osteomioarticular ou cirurgia nas articulações envolvidas no estudo e o uso de suplementos e esteróides anabólicos ou quaisquer outras drogas que pudessem interferir nos resultados dos testes. Todos assinaram termo de consentimento livre e esclarecido conforme resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde para experimentos com humanos. Desenho experimental Todos os sujeitos realizaram cinco visitas não consecutivas com intervalo de 48 horas entre as mesmas. Todos fi zeram os testes no mesmo período do dia durante todo o procedimento experimental. Nas duas primeiras visitas foram realizadas as mensurações da composição corporal (estatura e massa cor- poral), aplicado o questionário PAR-Q e o teste e o re-teste de 1RM. Da terceira a quinta visitas os voluntários foram divididos aleatoriamente nas seguintes situações experimen- tais: a) alongamento estático + 1RM (EP); b) alongamento FNP + 1RM (FNP); c) teste de 1RM sem alongamento prévio (GC). Todos foram instruídos a não realizar qualquer tipo de treinamento de força e de fl exibilidade para o grupamento muscular envolvido no teste 48 horas antes do início dos mesmos. Determinação de 1RM Para a avaliação da força dinâmica máxima foi realizado o exercício supino horizontal em um pórtico da Technogym® (Itália), no qual o avaliado deitava-se no banco em posição supina, posicionando a barra na linha do ponto meso-ester- nal. A distância das mãos deveria corresponder à posição em que o úmero fi casse horizontal em relação ao solo e o ângulo formado entre o braço e o antebraço fosse de 900 no fi nal da fase excêntrica do movimento, angulação que foi auferida por um goniômetro. O exercício supino horizontal foi realizado da seguinte maneira: a) Posição inicial – fase excêntrica do movimento, sua execução era iniciada com os cotovelos em extensão; b) Posição intermediária – fase concêntrica do movimento, com os cotovelos formando um ângulo de 900 de fl exão com o úmero em paralelo ao solo (limitador de amplitude), retornando então a posição inicial. O protocolo do teste seguiu as instruções do ACSM [23], podendo ser realizadas até três tentativas, sendo o peso ajusta- do sempre antes de cada tentativa. O tempo de recuperação entre as tentativas foi padronizado em cinco minutos. Quando o avaliado não conseguia mais realizar o movimento de forma correta, o teste era interrompido, sendo registrado como peso máximo, aquele obtido na última execução completa. Protocolo de alongamento Para o tratamento com o método estático passivo, utilizou- se três séries com 30 segundos de manutenção na posição, no qual o movimento era levado até uma posição de ligeiro desconforto. Para o método FNP foi realizado seis segundos de contração seguido de 30 segundos de manutenção na posição, também com três séries. Entre as séries de alongamento foi realizado um intervalo de 30 segundos (Figura 1). Figura 1 - Posição de alongamento. Fisiologia_v4n1.indb 14Fisiologia_v4n1.indb 14 22/11/2007 17:47:5222/11/2007 17:47:52 15Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume4 Número 1 - janeiro/dezembro 2005 Análise de dados Todos os resultados estão apresentados em média ± desvio padrão. Para determinar os efeitos dos dois tratamentos sobre a variável dependente (1RM), foi realizada uma ANOVA para medidas repetidas com três entradas (GC X EP X FNP). Para determinar as diferenças específi cas foi realizado o teste post hoc de Bonferoni. As análises estatísticas foram realizadas a partir do pacote de programas estatísticos SPSS 14.0 (SPSS Inc., EUA). Para todas as análises foi adotado um nível crítico de signifi cância de p < 0,05. Resultados A ANOVA para medidas repetidas mostrou reduções signifi cativas (p = 0,00) na força tanto na situação EP quan- to FNP em relação ao grupo controle, no qual a média nas condições experimentais EP (95 ± 12,3 kg) e FNP (92 ± 11,2 kg) foi signifi cativamente menor que a média obtida no grupo controle (99,2 ± 11,4 kg) (Gráfi co 1). Gráfi co 1 Todos os fatores supracitados (número de exercícios, tem- po e número de séries diferentes) por muitas vezes geram um tempo total de estímulo que excedem o que normalmente é feito na prática e acabam por diminuir a aplicabilidade dos estudos. Porém, apesar de no presente trabalho o volume total de estímulo ter sido menor e estar sendo obedecido o recomendado [1], também foi verifi cada a diminuição no desempenho da força quando a mesma foi precedida por exercício de alongamento. Marek et al. [22] verifi caram diminuições no pico de torque máximo (2,8%) e na potência muscular (3,2%) em velocidade lenta (600.s-1) e rápida (3000.s-1) para o músculo vasto lateral. Assim como no presente estudo, a magnitude no défi cit da força em decorrência dos métodos de alonga- mento foi a mesma, tanto para o método estático quanto para o FNP. Possíveis explicações são utilizadas para justifi car a di- minuição do desempenho da força quando precedida por exercícios de alongamento. Fowles et al. [10] verifi caram uma diminuição de 28% na ativação das unidades motoras e na atividade eletromiográfi ca. Além disso, observaram que este efeito perdurou por até 60 minutos. Esta diminuição pode ser explicada pela inibição gerada pelos órgãos tendinosos de golgi, que contribui para uma diminuição da excitabilidade dos motoneurônios alfa. Avela et al. [24] mostraram uma redução de 23,2% na contração voluntária máxima da musculatura do tríceps sural. Tal diminuição possivelmente ocorreu por uma redução na sensitividade dos fusos musculares, reduzindo a atividade das fi bras aferentes de grande calibre. Uma inibição dos moto- neurônios alfa gerada pelos receptores articulares tipo III e tipo IV, também pode justifi car a diminuição no desempenho da força [25]. Alterações nas propriedades viscoelásticas da unidade mús- culo-tendinosa reduzem a tensão passiva e a rigidez [26,27]. Como uma das funções do tendão é transferir a força produzida pela musculatura esquelética para os ossos e articulações, uma unidade músculo-tendinosa menos rígida transmitirá de forma menos efi ciente as alterações de tensão na musculatura. Tais alterações viscoelásticas podem colocar o componente contrátil em uma posição menos favorável em termos de produção de força nas curvas de força-comprimento e força-velocidade, que acarreta conseqüentemente em uma insufi ciente transmissão de força do músculo para o sistema esquelético[26,27]. É importante enfatizar que a posição de alongamento utilizada, apesar de ser bastante comum nas academias e clubes de ginástica provavelmente interferiu na resposta da produção de força. Com os cotovelos estendidos não se isola o alongamento para a musculatura do peitoral. No entanto, mesmo com essa limitação foi observada uma diminuição no desempenho da força. A hipótese é que com o exercício de alongamento sendo conduzido com os cotovelos fl exionados (isolando assim o grupamento muscular alongado), a dimi- nuição no desempenho da força poderá ser ainda maior. Discussão Os resultados do presente estudo estão em concordância com outros que também verifi caram diferença estatisticamente signifi cativa entre os valores do desempenho da força quando precedida por exercícios de alongamento [9-22]. Apesar de na maioria desses estudos terem sido realizados mais de um tipo de exercício de alongamento e o número de séries, bem como o tempo de manutenção na posição de alongamento, nem sempre obedecerem o recomendado [1]. Fowles et al. [10] e Behm et al. [11] utilizaram 135 e 45 segundos de manutenção na posição de alongamento respec- tivamente. A variação no número de séries também foi muito grande, enquanto Tricoli e Paulo [14] utilizaram três séries, Fowles et al. [10] utilizaram apenas uma e Behm et al. [11] utilizaram cinco séries. Alguns trabalhos [17-19] não demonstraram diminuição no desempenho dos saltos verticais quando estes foram pre- cedidos por exercícios de alongamento. Porém, novamente os protocolos de alongamento não respeitavam o recomendado [1], sendo utilizado apenas quinze segundos de manutenção na posição de alongamento. Fisiologia_v4n1.indb 15Fisiologia_v4n1.indb 15 22/11/2007 17:47:5222/11/2007 17:47:52 Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 4 Número 1 - janeiro/dezembro 200516 Conclusões Os resultados demonstraram uma diminuição da força dinâmica máxima quando esta foi precedida por exercício de alongamento. Tanto para o método estático passivo quanto para o método de facilitação neuromuscular proprioceptiva. Esses resultados somam-se aos dados já existentes na literatura, mostrando haver uma diminuição no desempenho da força independentemente do segmento corporal envolvido e do número de exercícios realizados. Atletas e técnicos devem considerar os dados do presente estudo antes de acrescentar em suas rotinas de aquecimento exercícios de alongamento. Ainda mais, nas atividades físico- desportivas que dependerem diretamente do desempenho da força. Futuros estudos devem procurar investigar os possíveis mecanismos relacionados à diminuição do desempenho da força. Faz-se necessária a elaboração de outros estudos que envolvam diferentes variáveis, entre elas: o número de séries, o tempo de sustentação da posição de alongamento e popu- lações com diferentes idades. Sugere-se, ainda, que se observe os efeitos crônicos sobre as variáveis apresentadas. Referências 1. American College of Sports Medicine. Th e Recommended quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespi- ratory and muscular fi tness, and fl exibility in healthy adults. Position stand. Med Sci Sports Exerc 1998;30(6):975-91. 2. Herbert R, Gabriel M. 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Fisiologia_v4n1.indb 16Fisiologia_v4n1.indb 16 22/11/2007 17:47:5222/11/2007 17:47:52 17Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 4 Número 1 - janeiro/dezembro 2005 Artigo original Predição do volume de exercícios com pesos para promoção da exaustão em três grupos musculares de atletas mediante variações de componentes sanguíneos Prediction of exercise volume with weight to promote exhaustion in three major muscular-groups of athletes through variation of blood markers Carlos Alexandre Fett*, Fábio Lera Orsatti**, Roberto Carlos Burini*** *Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT, **Professor de Educação Física, Centro de Meta- bolismo em Exercício e Nutrição (CeMeNutri) – Departamento de Saúde Pública da Faculdade de Medicina Botucatu/SP-UNESP, Mestrando em Ginecologia, Setor de Climatério e Menopausa – Faculdade de Medicina (UNESP), Botucatu (SP), ***Professor Titular, Centro de Metabolismo em Exercício e Nutrição – CeMENutri – Depto de Saúde Pública da Faculdade de Medicina da Unesp – Botucatu (SP) Resumo Com o objetivo de avaliar o impacto do teste de exaustão (TE), com exercícios resistidos em três grupamentos musculares distintos, sobre a magnitude das alterações sangüíneas de atletas, foram estu- dados 12 indivíduos (23 ± 4 anos) do sexo masculino (79 ± 10kg), atletas de musculação e voluntários ao estudo. Após 4 semanas de treinamento e dieta ajustada para 1,5g/kg/dia e 30 kcal/g prot., foi aplicado o TE que iniciava com 80% de 1 RM e redução de 20% até a fadiga (não execução da repetição). O TE foi realizado para: 1) supino reto; 2) agachamento na máquina Hack®; 3) remada baixa no pulley, sem descanso entre os exercícios. Foram realizadas coletas de sangue, antes e após a realização dos três TE, para dosagens hemogasimétricas e bioquímicas. Após o TE, aumentaram as atividades das enzimas (U/L) creatino-quinase (CK), creatino-quinase isoenzima cardíaca (CK-MB), lactato desidrogenase (LDH), alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST) e os valores de glicose, Ca+, Na+ , PO2, hematócrito, osmolalidade. Por outro lado, houve redução signifi cativa do pH, HCO3 e pCO2 e variação não signifi cativa do ácido úrico. Não houve correlação do teste de RM com o somatório das repetições no TE. Os indicadores isolados mais sensíveis ao vo- lume de exercícios foram a PCO2 e a AST que predizem até 50% e 40% das repetições, respectivamente. A associação da PCO2, pressão parcial de oxigênio (PO2), hematócrito (Ht), creatina quinase por- ção cérebro-músculo (CK-MB) e bicarbonato (HCO3), têm o nível preditivo máximo de aproximadamente 92%. O teste exaustivo dos 3 grupamentos musculares leva a alterações sanguíneas indicativas de estresse metabólico em que variações de pO2, pCO2, HCO3 -, Ht, e CKMB predizem 92% do esforço dispendido no TE. Palavras-chave: marcadores bioquímicos, teste de exaustão, grupos musculares. Abstract Th e responses of blood markers of fatigue -stress to exhaustive strength training were investigated in three diff erent groups of muscles of 12 males (23 + 4 yrs) volunteers, body builders. After 4 weeks of training (5d/wk, 3x6-12 rep. 70-85% of RM, 30-60 seg rest among series) and dietary intake adjusted to 1.5g prot/kg/d and 30kcal/g prot they were submitted to the exhaustion test (ET) beginning with 80% of 1RM downgrading 20% up to fatigue. Th e ET was conducted for muscular groups through 1) bench press, 2) squad and 3) seated row, without resting between exercises. Blood samples were drawn immediately before and after the ET and processed for hemogasimetric and biochemistry assays. Th e ET resulted in increased activities of enzymes (CK, CK-MB, LDH, AST and ALT), levels of osmolality (Osm), Na+, Ca++, Ht, glucose and pO2. Th e ET reduced the values of pH, HCO3 and pCO2, without aff ecting the concentration of uric acid. Th ere was no relationship between the loading for 1RM (kg) and the number of repetitions to reach the ET. Blood pCO2 and plasma AST showed (negative) signifi cant relationship with exercise volume for ET predicting 50% and 40% of the achieved exercise repetitions, respectively. By associating both with pO2, CK-MB and HCO3 the predictive value increased to 92%. Th us the responses of blood markers predict up to 92% of the volume of exhaustive strength exercise in the three major groups of user muscles during ET in athletes. Key-words: biochemistry markers, exhaustion test, muscular- groups. Recebido em 12 de abril de 2005, aceito em 15 de março de 2005. Endereço para
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