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José Zumaêta MOLDAGEM MÚLTIPLA em Prótese Parcial Fixa Precisamos encontrar as nossas asas. E voar em direção aos nossos sonhos que estão nas nossas mentes Stevie Wonder, 1973 Moldagem Molde Modelo Moldagem múltipla? Moldagem unitária? Os dentes preparados e os não preparados são moldados de uma única vez (troquel serrado). MOLDAGEM MÚLTIPLA MOLDAGEM UNITÁRIA Os dentes preparados são moldados um a um e os troquéis são obtidos individualmente. Objetivos Construção de um modelo de trabalho Trabalhos indiretos no laboratório de prótese dentária. Materiais de Moldagem Requisitos dos materiais de moldagem: · Fluidez X Viscosidade · Solidificação em boca · Precisão dimensional · Estabilidade dimensional · Resistência ao rasgamento · Nitidez · Custo acessível · Capacidade de desinfecção · Compatibilidade com materiais de troquel · Fácil manipulação · Tempo de trabalho suficiente · Sabor e odor agradáveis · Biocompatibilidade Classificação dos materiais de moldagem: Propriedades mecânicas Mecanismo de solidificação Anelásticos Elásticos Reação química (irreversível) Pasta Zinco-eugenólica Polissulfeto Poliéter Silicona de condensação Silicona de adição Alginatos Mudanças de temperatura (reversível) Godiva Ceras Hidrocolóides reversíveis Materiais de eleição para moldagens múltiplas em PPF Polissulfetos Poliéteres silicones por adição silicones por condensação Hidrocolóides Reversíveis Elastômeros Moldagem : Classificação 1. Quanto à Área a ser moldada : Total Parcial 2. Quanto à finalidade : Estudo Trabalho Transferências Remontagens Arquivo Moldagem : Classificação Tipos de Modelos Modelo de Arquivo ou Estoque Tipos de Modelos Modelo de Estudo Tipos de Modelos Modelo de Trabalho Tipos de Modelos Troquel Molde resultante de moldagem múltipla MOLDAGEM MÚLTIPLA Para todos os tipos de preparos (totais ou parciais), sejam unitários ou múltiplos; Para preparos intra-sulculares com afastamento gengival; Moldagem indicada em periodonto normal. Indicações 1. Foi o primeiro material elástico utilizado 2. Consiste basicamente de 85% de água, 12,5% de ágar, sulfato de potássio e bórax 3. Sendo colóide pode apresentar-se no estado sol (= solução coloidal) (entre 65 e 95º C ) ou gel (32 a 55ºC) 4. Deve ser vazado imediatamente após resfriamento Hidrocolóides Reversíveis Hidrocolóides reversíveis Seringas ou Tubos 1 - Preparação do material Aquecimento do material (100ºC) Armazenamento (65ºC) Resfriamento do material (45ºC) 3-10 min Carregamento da moldeira especial 2 - Preparação para a moldagem 3 - Realização da moldagem Material levado à boca Sistema de refrigeração (18-21ºC) 3 a 5 minutos Remoção rápida 1. Estandartização da técnica pois só um componente é usado 2. Hidrofílico 3. Na remoção do modelo, por ser menos rígido, evita a quebra de troquéis finos 4. Permite a moldagem de diversos preparos no mesmo ato operatório Hidrocolóide Reversível Vantagens 1. Requer investimento inicial grande (condicionador de temperaturas, moldeiras refrigeradas) 2. Propriedades de sinérese e embebição Hidrocolóide Reversível Desvantagens Pastas para mistura Consistências: leve, regular, pesada, muito pesada Tempo de trabalho Início da mistura - Aplicação nos dentes Tempo de polimerização Início da mistura - Polimerização em boca que permite a remoção do material Harcourt, 1978 Tempo de trabalho (min) Tempo de polim (min) Material de Moldagem 23ºC 27ºC 23ºC 27ºC Polissulfeto 6.0 4.3 16. 12.5 Silicone por Condensação 3.3 2.5 11.0 8.9 Silicone por Adição 3.1 1.8 8.9 5.9 Poliéter 3.3 2.3 9.0 8.3 Tipos de polimerização Polimerização por adição - sem produção de outros compostos Polimerização por condensação - produção de subprodutos Primeiro elastômero para moldagem Polimerização por condensação - liberação de água (subproduto) Constituição: Base - Mercaptanas, carga, modificadores Catalisador - Dióxido de chumbo (escuro) POLISSULFETOS A precisão da moldagem com o polissulfeto depende da espessura do material (3-4 mm), necessitando por esta razão de uma moldeira individual. POLISSULFETOS Devido à necessidade da confecção de uma moldeira individual previamente ao ato da moldagem, tem sido pouco utilizado em prótese fixa convencional, no entanto em prótese sobre implantes voltaram a ser utilizados para o posicionamento dos análogos. Pela presença do enxofre o material exala odor desagradável, sendo preterido por isso pelo poliéter. Características físicas - hidrofóbica - odor forte, mancha roupas Resistência ao rasgamento - alta - susceptível de sofrer distorção - recuperação elástica incompleta (2,1%) Estabilidade dimensional - moderada devido à liberação de água - aplicação imediata do gesso (<30 min) - moldeira individual minimiza distorção A base do material é um polímero de poliéter e o catalisador é um éster sulfonado aromático. Foram modificados para serem fornecidos em várias viscosidades. Apresentam boa estabilidade dimensional. POLIÉTERES Na remoção de modelos com troquéis finos devido à rigidez do material, estes podem fraturar-se. Tem sido muito utilizado em prótese sobre implantes, como material de transferência dos análogos. POLIÉTERES Resistência ao rasgamento maior que silicones Estabilidade dimensional pode aguardar horas ou dias permite múltiplos troquéis moldeiras individuais ou de estoque Impregum (3M - ESPE) Impregum - PENTA Automix (3M - ESPE) Polyjel NF (Caulk) São os elastômeros mais comumente utilizados na prótese fixa. Um polímero de silicone é misturado com octoato de estanho e etil silicato produzindo uma sólida base de borracha. SILICONES Metil e etil álcool são formados como sub-produtos, causando contração e evaporação (silicones por condensação). São hidrófobas, no entanto não apresentam odor desagradável como o polissulfeto. Polimerização por condensação - Polidimetil siloxano - liberação de álcool etílico (subproduto) Características físicas - sem odor Estabilidade dimensional - pobre devido inclusive à evaporação do álcool Polivinilsiloxano ou vinilpolissiloxano Não forma subprodutos sem odor estabilidade dimensional excelente Fabricantes estão produzindo silicones por adição com redutores de tensão superficial, para que os mesmos se tornem hidrofílicos, mesmo assim necessitam campo seco... Phillips, 1998 A luva de látex inibe a cura do material. Phillips, 1998 Sistema Automix Pasta pesada Pasta leve – automistura Vantagens do sistema de automistura Melhor uniformidade na proporção e na mistura; Menor incorporação de ar; Redução no tempo de manipulação. Estabilidade dimensional Tempo (horas) Silicona de condensação Silicona de adição Polissulfeto Poliéter Contração linear ( % ) Polissulfeto Poliéter Silic. Condensação Silic. Adição Vantagens Tempo de trabalho Resist. rasgamento Margens nítidas Custo moderado Gesso em 1 h Polimerização rápida Menos hidrofóbico Margens nítidas Estab. dimensional Gesso não imediato Várias consistências Margens nítidas Tempo de trabalho Custo moderado Várias consistências Automistura Margens nítidas Estab. dimensional Gesso não imediato Várias réplicas Desvantagens Moldeira individual Fácil distorção Hidrofóbico Odor Rígido Absorve água Perde componentes Alto custo Contração de polim. Sub-produto volátil Resist. Rasgamento Hidrofóbico Gesso imediato Hidrofóbico Resist. Rasgam (leve) Alto custo O sucesso da moldagem depende: Estado fisiológico da gengiva; Conhecimento da profundidade do sulco; Extensão do preparo; Preparo dentário com o mínimo de trauma gengival; Coroas provisórias corretas. Afastamento gengival: etapa obrigatória da moldagem múltipla ( terminação intra-sulcular) Cuidados com a preservação do periodonto A totalidade dos autores concordam que todos os métodos de afastamento gengival provocam lesões ao periodonto sulcular, que são reversíveis. A fim de minimizar estas lesões, devemos previamente avaliar o periodonto : Quanto ao espaço biológico; Profundidade do sulco; Altura de gengiva inserida; Espessura de gengiva inserida e textura. A extensão do término apical ao sulco gengival histológico romperá o selamento biológico da unidade dentogengival. Posicionamento da margem gengival dos preparos ao nível da margem gengival coronal à margem gengival intra-sulcular Tão importante quanto o afastamento gengival é a precisão do ajuste coronário, a qualidade da superfície do material da coroa e acima de tudo a realização de um contorno correto. Quando as margens do preparo estão intra-sulculares, os tecidos gengivais adjacentes devem ser deslocados lateralmente para permitir acesso e promover a espessura adequada de material de impressão, por meios mecânicos, mecânico-químicos ou cirúrgicos. Correto afastamento gengival: Espaço visível e acessível no término do preparo; Expor uma zona apical à margem do preparo; Espaço suficientemente para acomodar o material de moldagem com certa resistência; Deve estar livre de sangue e fluido; Não deve causar dano tecidual; Os tecidos devem recuperar-se num tempo razoável. Afastamento mecânico; Afastamento químico-mecânico; Remoção tecidual cirúrgica; Remoção tecidual através de instrumentos rotatórios. Técnicas de Afastamento Gengival Afastamento Mecânico Casquete (moldagem unitária) Anel de Cobre (moldagem unitária) Fio afastador Dilatação por expansão Martignoni utiliza o Gingifoam (Dow Cornng Co.) que é um elastômero siliconizado. Produz um gás hidrogênio que aumenta seu volume inicial em até 4 vezes. Afastamento Mecânico Dilatação por expansão Afastamento Mecânico Gingiform - Martignoni Afastamento Mecânico - Cordão puro Pode não controlar a umidade e o sangramento no sulco A função do fio ou cordão afastador é deslocar a gengiva das margens preparadas para permitir que suficiente material de moldagem penetre e copie a linha de terminação do preparo. Os fios podem ser: pré-impregnados com substâncias vasoconstritoras, hemostáticas, cauterizadoras ou não Os fios podem ser: trançados ou torcidos O retorno da gengiva é mais rápido nos espaços interproximais Sulco profundo Sulco raso Técnica com dois fios de afastamento Técnica com um fio de afastamento Técnica com dois fios de afastamento: Os diâmetros dos fios torcidos ou trançados são selecionados em função da profundidade do sulco, o primeiro fio é fino, promovendo pela sua ação mecânica uma retração apical, devendo permanecer no sulco no ato da moldagem O segundo fio de diâmetro maior, promove uma retração horizontal, sendo retirado ao fim de 7 minutos , no momento da aplicação do material leve com a seringa. CURETAGEM GENGIVAL ROTATÓRIA Técnica descrita por INGRAHAM (1981), onde o operador ao mesmo tempo cria simultaneamente a linha de terminação e a curetagem do epitélio sulcular, usando uma ponta diamantada Devido a hemorragia inevitável, um fio de afastamento embebido deve ser colocado Terminação do preparo e remoção da parede gengival Objetivo: criar espaço para o material de moldagem Remoção tecidual através de instrumentos rotatórios (curetagem rotatória) MÉTODO ELETROCIRÚRGICO Uso de corrente totalmente filtrada e retificada de um aparelho que pode emitir uma alta freqüência de saída (4 Mhz) Não aplicar pressão no eletrodo DUPLA MOLDAGEM MOLDAGEM ÚNICA SIMULTÂNEA dente preparado manipulação do material pesado moldagem inferior molde obtido alívio interno do molde colocação dos fios aplicação do material leve no sulco molde moldagem inferior molde modelo de trabalho moldeira com material pesado aplicação do material leve sobre material pesado colocação do material leve no preparo moldagem inferior molde modelo de trabalho Desinfecção do Molde Os moldes devem ser lavados em água corrente independentemente do material de moldagem utilizado Métodos de desinfecção dos Moldes Bucais 10 min. imersão borrifar e cobrir com gaze umedecida * * * * * * * * * * * * * * * * * A faixa de tecidos que compõem o espaço biológico é inviolável para a preservação da saúde periodontal * * * * * * * * * * * * * *
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