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Estudo Dirigido Organização Municipal

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1 
 
ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL – ESTUDO DIRIGIDO 
 
Referência: A organização municipal e a política urbana. Curitiba: Editora 
InterSaberes 1ª. edição 2012. 
Autor: Jorga Luiz Bernardi. 
 
Observem que este material “Estudo Dirigido” é de autoria de nossa Instituição 
e destinado ao estudo dos alunos a ela vinculados, portanto sua reprodução, 
divulgação ou uso indevido poderá ser objeto de aplicação dos procedimentos e 
penas relativas à Lei dos Direitos Autorais. 
 
Neste breve resumo, destacamos a importância para seus estudos de alguns 
temas diretamente relacionados ao contexto trabalhado nesta disciplina. Os 
temas sugeridos abrangem o conteúdo programático da sua disciplina nesta fase 
e lhe proporcionarão maior fixação de tais assuntos, consequentemente, melhor 
preparo para o sistema avaliativo adotado pelo Grupo Uninter. Esse é apenas 
um material complementar, que juntamente com os livros, vídeos e os slides das 
aulas compõem o referencial teórico que irá embasar o seu aprendizado. Utilize-
os da melhor maneira possível. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
2 
TEMA: CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO 
 
Concessão de direito real de uso: Ocorre quando a posse de um bem público é 
transmitida de forma gratuita de um para outro órgão público, por tempo certo ou 
indeterminado, devendo ser utilizado de acordo com condições pré 
estabelecidas no termo próprio da cessão. Quando esta, por sua vez, ocorrer 
entre órgãos da Administração municipal, não dependerá de autorização 
legislativa; se, no entanto, acontecer entre órgãos de esferas diferentes, 
município e estado ou União, será necessária uma lei municipal autorizando-a. 
Na cessão de uso, apenas a posse do bem passa de um órgão para outro. Já o 
domínio continua com o órgão cedente. Trata-se de uma medida gratuita de 
colaboração entre os entes da Administração Pública. É o contrato pelo qual o 
município transfere ao particular a posse de imóvel público para determinadas 
atividades específicas como construção de moradia, fins comerciais, industriais, 
educacionais, agrícolas entre outras. 
 
TEMA: PROCESSO DE COMPRA 
 
A compra é a forma mais comum de aquisição de bens pelo município. Conforme 
a Lei das Licitações e Contratos (Lei 8.666/1993, art. 6º), a definição legal de 
compra é “toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez 
ou parceladamente”. Isso significa que, quando ocorre a aquisição de bens pelo 
município, e este remunera o fornecedor — à vista ou de forma parcelada —, 
ocorre uma compra. Para que ela seja processada, a Administração municipal 
deve observar algumas regras estabelecidas nessa lei que regulamenta a norma 
constitucional determinando que as obras, serviços, compras e alienações 
deverão ser contratadas mediante processo público de licitação que assegure 
igualdade de condições a todos os concorrentes (art. 37, XXI, CF). Na aquisição 
dos bens, devem ser obedecidas as modalidades de licitação, que são a 
concorrência, a tomada de preços, o convite, o concurso e o leilão. De acordo 
com o valor da aquisição, é adotada uma modalidade de licitação. Nas compras 
de valor pequeno (até R$ 8.000,00) e em alguns casos especiais, a lei dispensa 
a licitação, uma vez que o processo poderá custar mais que o próprio valor da 
3 
aquisição, além de emperrar a Administração, causando mais prejuízos que 
benefícios. 
 
TEMA: BENS DE USO COMUM DO POVO 
 
Os bens de uso comum do povo: São de domínio público e podem ser utilizados 
por qualquer cidadão, a qualquer hora, independentemente da autorização de 
autoridade. Como o nome já diz, são de uso comum do povo, em geral. Dessa 
forma, as pessoas que utilizam esses bens são anônimas. Não há nenhuma 
ressalva e restrição para o seu uso. Além disso, o poder público não pode limitar 
a frequência de utilização dos bens. 
O Código Civil estabelece que os bens de uso comum do povo são aqueles que 
a população pode utilizar livremente: as ruas, as praças, os parques públicos, as 
estradas, os rios, as praias, os lagos, as águas do mar, as ilhas oceânicas, entre 
outros. A esses bens, segundo Meirelles (1993b, p. 232), “só se admitem 
regulamentações gerais, de ordem pública, preservadoras da segurança, da 
higiene, da saúde, da moral e dos bons costumes, sem particularizações de 
pessoas ou categorias sociais”. Embora de uso comum do povo, esses bens 
estão sob a guarda, vigilância e administração da prefeitura. É o caso de ruas, 
praças, avenidas, parques e outros. Além disso, não estão sujeitos a registros 
imobiliários. 
 
TEMA: ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO MUNICIPAL 
 
As atribuições são, basicamente, sancionar, promulgar e fazer publicar leis, 
decretos e outros atos municipais e vetar projetos de lei. A Constituição Federal 
(1988) definiu que as atribuições do Prefeito estariam elencadas na Lei Orgânica 
de cada município, porém a Constituição Federal (1988) definiu que as 
atribuições do Prefeito estariam elencadas na Lei Orgânica de cada município e, 
basicamente, se resumem a nomear e exonerar seus secretários e servidores; 
executar o orçamento; iniciar o processo legislativo; sancionar, promulgar e fazer 
publicar leis, decretos e outros atos municipais; vetar projetos de lei; dispor a 
respeito da organização e funcionamento da Administração e do funcionalismo; 
4 
prestar contas a Câmara; celebrar convênios; fixar preços de serviços públicos 
etc. 
TEMA: VEREADOR 
 
O termo vereador, do verbo verear, significa “pessoa que vereia, que cuida, 
protege”. No passado, era a sentinela que vigiava, protegendo a comunidade 
contra a ação de intrusos. Também o termo quer dizer “verificar sobre a boa 
polícia”, “reger”, “cuidar do bem público pelo bem-estar dos munícipes”. Também 
segundo anotações de Cândido Mendes de Almeida, no 1º. Livro das 
Ordenações do Código Philippino, os “vereadores são os membros da Câmara, 
Cúria ou assembleia do município que o representam e lhe administram as 
rendas." 
TEMA: ESPÉCIES DE TRIBUTOS 
 
Tudo o que é recolhido em dinheiro para os cofres do Poder Público, que não 
seja multa e seja instituído por lei é considerado tributo. Os impostos, as taxas e 
as contribuições são, portanto, tributos. 
 
A Constituição Federal estabelece as espécies de tributos que os entes da 
federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) poderão instituir. São 
eles: impostos, taxas e contribuições de melhorias (art. 145, I a III, CF). 
Os impostos próprios e exclusivos que os municípios podem instituir por meio de 
lei municipal são atualmente apenas três e estão previstos constitucionalmente 
(art. 156, CF). São eles: o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), o Imposto 
Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISQN ou ISS) e o Imposto de Transmissão 
de Bens Imóveis (ITBI) — inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso. 
 
A contribuição de melhoria é a terceira modalidade de tributos que o município 
pode instituir e é decorrente de obra pública (art. 145, III, CF). Esse tributo possui 
como fato gerador a valorização do imóvel tendo em vista a realização de 
obras públicas por parte do município. Quando um terreno foi valorizado, por 
exemplo, como consequência da pavimentação asfáltica de determinada rua 
com a qual ele possui testada, a prefeitura pode estabelecer uma contribuição 
5 
pelo acréscimo no valor patrimonial por ele sofrido. Nessa situação, o máximo 
que a prefeitura pode cobrar de contribuição de melhoria é o limite da valorização 
acrescida ao imóvel, não o valor da obra, mas quanto ela valorizou o imóvel. Ou 
seja, se a obra custou R$ 100,00, e o imóvel que valia R$ 30,00 passou a valerR$ 35,00 com a obra pública, o município poderá cobrar apenas R$ 5,00 do 
proprietário dele. 
TEMA: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E ÂMBITO MUNICIPAL 
 
A administração direta ou centralizada, compreende os órgãos diretamente 
ligados à estrutura administrativa do Poder Executivo (Federal, Estadual/Distrital 
ou Municipal) e que prestam serviços à comunidade diretamente em seu nome 
e sob sua própria responsabilidade. No âmbito do Município, ela é a estrutura 
organizacional da Prefeitura com suas secretarias, assessorias, departamentos, 
divisões, serviços e etc. 
 
Conforme estabelecido na Constituição de 1988, o município possui 
competências comuns com a União e os estados, competências legislativas 
suplementares e competências próprias. 
 
TEMA: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA 
 
A administração pública indireta é o fato de que a execução ou titularidade da 
competência Administrativa é concedida por outorga ou delegação a outras 
entidades. Administração indireta ou descentralizada, não é o mesmo que 
desconcentrada. 
Na descentralização o serviço público é distribuído por uma ou mais entidades. 
Já na desconcentração administrativa o serviço é dividido entre vários entes do 
mesmo órgão objetivando tomar mais simples e mais rápido, objetivando maior 
eficiência. São entidades da administração indireta: Autarquias, Empresas 
Públicas, Sociedades de Economia Mista e Fundação Públicas e as empresas 
privadas ou particulares. 
 
6 
TEMA: OSCIPS (ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE 
SOCIAL) 
 
As Oscips são pessoas jurídicas de direito privado, criadas na forma de 
associações, sem fins lucrativos, e que adquirem esta condição ao serem 
registradas junto ao Ministério da Justiça, de acordo com a legislação em vigor 
(Lei 9.790/99). 
As Oscips, para serem consideradas como tal de acordo com a lei, devem ter 
por objetivos sociais, pelo menos uma das finalidades a seguir enumeradas: 
promoção da assistência social; promoção da cultura, defesa e conservação do 
patrimônio histórico e artístico; promoção gratuita da educação; promoção 
gratuita da saúde; promoção da segurança alimentar e nutricional. Além disso, 
elas também devem acrescentar aos seus objetivos: a defesa, a preservação e 
a conservação do meio ambiente; a promoção do desenvolvimento sustentável, 
do voluntariado, do desenvolvimento econômico e social, do combate à pobreza, 
dos direitos estabelecidos, bem como a construção de novos direitos e 
assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar; a promoção da ética da 
paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores 
universais; a experimentação – não lucrativa – de novos modelos sócio 
produtivos e de sistemas alternativos de produção, de comércio, de emprego e 
de crédito; a realização de estudos e pesquisas; o desenvolvimento de 
tecnologias alternativas; a produção e a divulgação de informações e 
conhecimentos técnicos e científicos. 
 
TEMA: PODER DE POLÍCIA 
 
O Estado, de forma legítima, pode utilizar a força física para coibir abusos do 
convívio social em quem desrespeita a ordem jurídica e prejudica toda 
sociedade. O Município é um dos entes que compõe o Estado. O Poder de 
Polícia é o poder-dever que o ente municipal não pode prescindir para que 
efetivamente se estabeleça o bem comum. Trata-se de uma faculdade que deve 
ser exercida pela Administração Pública no sentido de restringir o uso e o gozo 
de bens, atividades e direitos, para assegurar a ordem pública. Pode-se dizer 
que este é um dever indeclinável da Administração Pública que objetiva a 
7 
proteção social e fundamenta-se na supremacia que ela exerce sobre todos. 
Quando a conduta das pessoas, físicas ou jurídicas, afeta a ordem pública 
colocando em risco a sociedade em geral, a Administração Pública deve agir por 
intermédio de seus agentes, pelo poder de polícia, de forma preventiva ou 
repressiva, conforme o caso. O que está em jogo é o interesse público, e quando 
ocorrem situações antissociais a Administração Municipal deve atuar 
energicamente para conter essas ações. 
 
Nas atividades sob o controle da Administração Pública existem inúmeras áreas 
em que o Município exerce o Poder de 
Polícia. O que há são setores (áreas) onde ela atua. As mais comuns são: 
a) Polícia Sanitária; 
b) Polícia Edilícia (Construções ou Obras); 
c) Polícia de Meio Ambiente; 
d) Polícia de Costumes; 
e) Polícia de Trânsito; 
f) Polícia de Comércio; 
g) Polícia de atividades urbanas. 
 
Polícia de trânsito: Tem por objetivo fazer cumprir as normas de trânsito e 
garantir segurança e tranquilidade aos pedestres e motoristas, coibindo os 
abusos nas vias públicas. Dentro desse contexto, o Código de Trânsito Brasileiro 
(CTB)* estabelece o Sistema Nacional de Trânsito, que se constitui num conjunto 
de órgãos e entidades da União, dos estados, do Distrito Federal e dos 
municípios e que tem por finalidade o exercício das atividades de planejamento, 
administração, normatização, pesquisa, registro e licenciamento de veículos, 
formação, habilitação e reciclagem de condutores, educação, engenharia, 
operação do sistema viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações 
e de recursos e aplicação de penalidades. (Brasil, 1997a, art. 5º) 
 
Polícia Edilícia ou Polícia de Edificações é a polícia que atua sobre o ambiente 
em construção ou construído tem uma denominação específica. Também pode 
ser denominada de polícia de edificações, uma vez que atua sobre o ambiente 
em construção ou construído. É poder-dever do município fiscalizar as 
construções já existentes e as que estão em processo de ruína e demolição 
8 
devido aos perigos e ameaças que elas podem representar para a população. 
Ele pode, inclusive, determinar a interdição e a demolição de prédios que 
coloquem em risco a segurança pública. Nesse sentido, destacamos que uma 
das principais atividades municipais é fiscalizar os edifícios e as construções de 
um modo geral, sejam obras públicas, sejam particulares. Cabe ainda à polícia 
edilícia a função de fiscalizar e exercer o controle técnico funcional relacionado 
à obediência das normas urbanísticas (estabelecidas no plano diretor, na Lei de 
Zoneamento e do Uso e Ocupação do Solo Urbano e no Código de Posturas e 
de Edificações). 
 
A polícia sanitária tem como propósito básico a prevenção de doenças por meio 
de exigências do cumprimento de normas de higiene pública e pode, 
eventualmente, em determinado município, fiscalizar também atividades ligadas 
a questões do meio ambiente, como limpeza pública, esgotamento sanitário e 
poluição sonora e do ar. A função fiscalizadora dessas atividades, por parte do 
município pode ocorrer diretamente por meio do cumprimento da legislação 
municipal própria (Código Sanitário Municipal) ou ainda por meio de atividade 
delegada por convênios com órgãos federais – como a Anvisa – ou estaduais na 
aplicação do código do respectivo estado. 
 
Atualmente, as atividades da POLÍCIA SANITÁRIA são exercidas por agentes 
públicos (normalmente por meio da função fiscal), que têm como atribuição 
fiscalizar estabelecimentos da área de saúde. São exemplos de 
estabelecimentos da área de saúde que são fiscalizados pelos agentes públicos: 
Os hospitais, os prontos-socorros, as clínicas e as farmácias; estabelecimentos 
comerciais que produzem alimentos para serem consumidos no próprio local, 
como restaurantes, churrascarias, bares, lanchonetes e comércio ambulante de 
alimentos (cachorro-quente, caldo de cana, sorvete e outros); que produzem 
alimentos industrializados, como bebidas e água mineral; que de um modo ou 
de outro, possam afetar a saúdehumana e animal. A polícia sanitária está 
interligada à saúde pública ou tem sob sua vigilância todas as atividades que a 
envolvem. Ela objetiva preservar um dos bens mais preciosos do ser humano: a 
vida. Assim, tem como propósito básico a prevenção de doenças por meio da 
exigência do cumprimento de normas de higiene pública. 
 
9 
O texto que traz a definição legal do poder de polícia é o Código Tributário 
Nacional (art. 78, Lei nº 5.172/1966), ao estabelecer que: [...] Considera-se poder 
de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando 
direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, 
em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos 
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades 
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à 
tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou 
coletivos. 
 
TEMA: PODER LEGISLATIVO 
 
O Poder Legislativo Municipal é exercido pela Câmara Municipal, por intermédio 
de seus membros, os vereadores, eleitos diretamente pelo povo, pelo sistema 
proporcional, em listas abertas, para o mandato de quatro anos. Podemos dizer 
que esse é o órgão fundamental da autonomia municipal, uma vez que, como 
colegiado, delibera, criando as leis que vão produzir efeitos jurídicos na 
circunscrição do município. 
TEMA: DÍVIDA FUNDADA 
 
Dívida fundada, segundo a o art. 98 da Lei 4.320/64 (art. 98) é a que compreende 
os compromissos de exigibilidade superior a 12 meses, contraídas para atender 
desequilíbrio orçamentário ou para financiamento de obras públicas. A dívida 
fundada deve estar escriturada com a individuação e especificações que 
permitam verificar, a qualquer tempo, a posição do empréstimo (serviços de 
amortização e juros). Também há uma exceção que justifica a não intervenção 
em razão de dívida fundada, qual seja quando este atraso decorre de força 
maior. 
TEMA: CRIMES FUNCIONAIS 
 
10 
Os crimes funcionais são aqueles praticados no exercício de função pública e, 
para efeitos penais, prefeitos ou vereadores são considerados funcionários 
públicos. Exemplos de crimes funcionais: 
 
Peculato (apropriação de dinheiro público), inserção de dados falsos e 
modificação ou alteração não autorizada em sistema de informação, extravio e 
sonegação ou inutilização de livro ou documento, emprego irregular de verbas 
ou rendas públicas e concussão (exigir vantagem indevida). 
Outros crimes funcionais: 
o excesso de exação (exigir tributo a mais do contribuinte); 
a corrupção passiva; 
a facilitação de contrabando ou descaminho; 
a prevaricação (retardar ou deixar de praticar atos); 
a condescendência criminosa; 
a advocacia administrativa; 
a violência arbitrária; 
o abandono da função; 
o exercício funcional ilegal; 
a violação do sigilo funcional e do sigilo de proposta de concorrência. 
 
Nessa relação, abem ainda os crimes praticados contra as finanças públicas e 
previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000), 
como a contratação de operação de crédito sem autorização, a inscrição de 
despesas não empenhadas em restos a pagar, a assunção de obrigação no 
último ano de mandato ou de legislatura e a ordenação de despesas não 
autorizadas. Incluem-se, ainda, a prestação de garantia graciosa, o não 
cancelamento de restos a pagar, o aumento de despesa total com pessoal no 
último ano de mandato ou de legislatura e a oferta pública ou a colocação de 
títulos que não tenham sido criados por lei no mercado. Além disso, nessa lei 
foram incluídos os arts. 359-A a 359-H do Código Penal. 
TEMA: DESAPROPRIAÇÃO APLICADA À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
É a forma compulsória que o município possui de incorporar uma propriedade 
particular ao seu patrimônio. Ela pode ser feita por interesse social ou por 
11 
utilidade pública. No entanto, a Constituição Federal assegura que deve haver 
uma justa e prévia indenização em dinheiro. 
Categorias de desapropriação: ordinária e a extraordinária. A ordinária (prevista 
no art. 5°, inciso XXIV, e no art. 182, parágrafo 4°, inciso III, da Constituição), 
que pode recair sobre qualquer tipo de bem (com algumas exceções previstas 
em lei) e é possível de ser implementada por todos os entes federados (União, 
estados, Distrito Federal e municípios); e a extraordinária (prevista no art. 184 
da Constituição), sendo que apenas a União pode desapropriar, para fins de 
reforma agrária, por interesse social, o imóvel rural que não esteja cumprindo a 
sua função social. 
TEMA: AUTONOMIA MUNICIPAL 
 
Sob o aspecto POLÍTICO, a autonomia municipal diz respeito à eleição do 
prefeito, do vice-prefeito e dos vereadores, além da competência para elaborar 
a sua própria lei orgânica. A autonomia municipal deve ser entendida como sua 
[do município] prerrogativa, atribuída no texto constitucional, de legislar, 
governar e administrar a comunidade local, sem estar obrigado a acatar a 
vontade dos outros membros da Federação, dentro dos limites fixados na 
constituição Federal. 
TEMA: LEI ORGÂNICA DO MUNICIPAL 
 
Embora quem elabore e aprove a Lei Orgânica Municipal sejam os vereadores 
que compõem a Câmara Municipal, eles não podem estabelecer no regimento 
interno, por exemplo, que, num primeiro turno, a votação da lei será por maioria 
(absoluta ou simples). Isso porque, para que seja válido o processo, em cada 
um dos turnos de votação deve haver sempre a aquiescência de dois terços dos 
vereadores. O mesmo deve ocorrer no procedimento de votação de emendas à 
Lei Orgânica, que deve ocorrer em dois turnos, com o interstício de dez dias 
entre uma e outra votação, sempre com a aprovação de dois terços dos 
membros da Câmara Municipal para que tenha validade. 
12 
TEMA: COMISSÕES 
 
As comissões especiais, também denominadas de temporárias, encontram-se, 
por exemplo, a Comissão de Estudos sobre as Enchentes (aquelas que 
ocorrerem na cidade); as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), que 
investigam um fato concreto, como o suborno de um secretário municipal; a 
Comissão Processante, que indicia o prefeito por crime de responsabilidade e 
que pode redundar na cassação de seu mandato (quando ele descumpre, por 
exemplo, o mandamento constitucional de aplicar 25% da receita tributária em 
educação). 
 
O poder das COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO (CPIs) possuem 
o poder de investigação próprio das autoridades judiciais. As CPIs possuem o 
poder de investigação próprio das autoridades judiciais, portanto, além do 
previsto no regimento interno da Câmara, elas devem utilizar subsidiariamente 
para sua atuação (em seus trabalhos) o Código de Processo Penal. Faz-se 
necessário ressaltar que o poder de investigação de uma CPI é enorme, uma 
vez que ela pode solicitar ao Judiciário a quebra dos sigilos bancário, fiscal e 
telefônico dos investigados, além de fazer inspeções e auditorias contábeis e 
financeiras, tanto da Administração direta quanto da Administração indireta do 
município. 
 
Faz-se necessário ressaltar que o poder de investigação de uma CPI é enorme, 
uma vez que ela pode solicitar ao Judiciário a quebra dos sigilos bancário, fiscal 
e telefônico dos investigados, além de fazer inspeções e auditorias contábeis e 
financeiras, tanto da Administração direta quanto da Administração indireta do 
município. O requerimento que propõe a CPI deve ser subscrito por ¹/³ dos 
membros da Câmara Municipal, para apuração de um fato determinado e por 
prazo certo. “A conclusão, se for o caso, deve ser encaminhada ao Ministério 
Público que é competentepara promover a responsabilidade civil e criminal dos 
infratores e indiciados” (art. 58, § 3º, CF). Para que a Comissão não sofra 
questionamentos judiciais, é fundamental que o fato a ser investigado seja 
determinado, evitando-se termos genéricos. 
 
13 
TEMA: AGENTES PÚBLICOS - CRIMES 
 
Os agentes públicos também estão sujeitos ao cometimento de crimes 
funcionais, de abuso de autoridade e de responsabilidade. Comentário: Crimes 
funcionais: são arrolados como crimes funcionais aqueles praticados no 
exercício da função pública e, para efeitos penais, prefeitos ou vereadores são 
considerados funcionários públicos. Crimes de abuso de autoridade: Acontecem 
também casos em que prefeitos e vereadores, no exercício de suas atividades, 
cometem abusos e, embora estejamos mais propensos a relacionar tais crimes 
com as autoridades policial e judicial, estes se definem pela prática de atos que 
ultrapassem, de forma arbitrária, as atribuições de órgãos públicos. Incluem-se 
aqui portanto, o Legislativo e o Executivo. Crimes de responsabilidade: Os 
crimes de responsabilidade constituem-se em infrações que violam a norma 
penal de natureza político-administrativa e são cometidos por agentes públicos 
(prefeitos e vereadores). Tais atos colocam em risco a probidade da 
Administração e, em razão deles, além de sanção penal e /ou medida de 
segurança, perde a função pública. 
TEMA: BENS PÚBLICOS 
 
Conforme o Código Civil (art. 99), são características dos bens públicos – entre 
eles, os bens municipais – a inalienabilidade, a imprescritibilidade e a 
impenhorabilidade. Pela inalienabilidade, os bens não devem ser vendidos 
enquanto possuírem essa característica, que só pode ser alterada por lei (art. 
100, CC). Já a imprescritibilidade determina que o bem público não pode ser 
objeto de usucapião (art. 183, § 3º e art. 191, parágrafo único, CF). Por fim, a 
impenhorabilidade refere-se ao bem que não pode ser penhorado para a 
cobrança de determinada dívida que o município possua com particulares ou 
outro ente público ou privado. 
 
São várias as formas administrativas de uso desses bens por particulares. Elas 
dependem da situação específica e podem ser onerosas ou gratuitas, por tempo 
certo ou indeterminado, por simples ato ou contrato administrativo. A doutrina 
apresenta as seguintes formas de uso de bens especiais: autorização, 
permissão, concessão, cessão de uso e concessão de direito real de uso. 
14 
TEMA: PREFEITO 
 
De acordo com a Constituição de 1889, art. 14, o prefeito poderá concorrer a 
uma única reeleição imediata ao mandato exercido. O prefeito é um agente 
político que, segundo Meirelles (1993b), constitui-se em um “componente do 
governo, investido de mandato, cargos, funções ou comissões, por eleição, 
nomeação, designação ou delegação para o exercício de funções 
constitucionais” (p. 521). Nesse sentido, ele tem liberdade de agir dentro dos 
limites que a lei lhe impõe. Além disso, deve prestar contas de seus atos à 
Câmara Municipal, já que os componentes desta (vereadores e funcionários) não 
estão sob o seu comando. Como pessoa jurídica de direito público interno, o 
município tem, no prefeito, o seu representante legal – judicial e 
extrajudicialmente. Ele é eleito juntamente com o vice-prefeito – formando uma 
chapa única – pelo sistema majoritário, para um mandato de quatro anos, por 
meio de pleito direto – realizado simultaneamente em todo o Brasil –, podendo 
concorrer a uma única reeleição (art. 29, I e II, CF). 
 
Funções políticas ou governamentais, funções administrativas e executivas, 
essas funções se justificam pelo fato de o prefeito ser, na verdade, o grande 
comandante da municipalidade, o responsável pela aplicação dos recursos 
públicos para que as metas de proporcionar o bem comum sejam atingidas. É 
ele o administrador, aquele que deve determinar, executar e atentar para que os 
objetivos propostos sejam alcançados, visando ao bem de todos. Ele é o 
executor, o líder das ações municipais. 
TEMA: COMPETÊNCIA DA CÂMARA MUNICIPAL 
 
Entre as funções da Câmara estão as de: fiscalizadora (está no que concerne ao 
Executivo); judicial, quando constitui sentença (absolvendo ou condenando) 
sobre o prefeito e os vereadores nos crimes de responsabilidade e por falta de 
decoro; e, também, funções administrativas internas. Podemos dizer que é o 
órgão fundamental da autonomia municipal, uma vez que, como colegiado, 
delibera criando as leis que vão produzir efeitos jurídicos na circunscrição do 
município. 
 
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Entre as funções legislativas da Câmara estão a de legislar sobre os assuntos 
de interesse local e a de suplementar as legislações federal e estadual no que 
couber. Podemos dizer que, nesse contexto, cabe ao Legislativo municipal 
realizar matérias urbanísticas, administrativas, financeiras e tributárias de âmbito 
local, assim como votar e emendar a Lei Orgânica, o Plano Diretor, as leis 
orçamentárias, complementares e ordinárias, os decretos legislativos, entre 
outros. 
TEMA: FONTES DE RENDA QUE COMPÕEM OS RECURSOS FINANCEIROS 
DO MUNICÍPIO 
 
Exploração de atividades econômicas, o patrimônio, as compensações 
financeiras pela exploração de recursos naturais (energia elétrica, petróleo etc.) 
e os negócios realizados com entidades públicas e privadas. 
 
O objetivo do Fundo de Participação dos Municípios é a Transferência aos 
municípios de percentuais da arrecadação dos impostos federais. Ele é 
composto por 22,5% da arrecadação proveniente do Imposto de Renda e mais 
1% do Imposto sobre Produtos Industrializados e mais 1% desses impostos 
federais, conforme alteração que consta na Emenda Constitucional. 
 
TEMA: GUARDAS MUNICIPAIS 
 
A fundamentação legal para a constituição de uma guarda municipal está na 
própria Constituição, a qual assegurou aos municípios, em seu art. 144, 
parágrafo 8º, o direito de constituírem guardas municipais destinadas à proteção 
de seus bens, serviços e instalações. 
 
A Constituição de 1988, no capítulo destinado à segurança pública, assegurou 
aos municípios o direito de constituírem guardas municipais destinadas à 
proteção de seus bens, serviços e instalações (art. 144, § 8º, CF). Nos últimos 
20 anos, centenas de municípios brasileiros criaram suas guardas municipais, 
que, em função da falência da segurança pública verificada na maior parte dos 
estados do país, acabaram assumindo, ainda que timidamente, funções de 
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policiamento ostensivo e, em alguns casos, atividades auxiliares de polícia 
judiciária. Também muitas guardas municipais possuem, por força de lei 
municipal, o poder de polícia em atividades urbanas, como a fiscalização do 
trânsito, do patrimônio natural e cultural urbano, da saúde, da educação, entre 
outras. A base para essas atribuições de polícia às guardas municipais encontra-
se na própria Constituição, quando esta estabelece como função dessas 
corporações a proteção dos bens, bem como dos serviços e instalações. Nesse 
contexto, é de entendimento generalizado que esses são serviços prestados 
pela municipalidade ao contribuinte, sendo, portanto, área de atuação da Guarda 
Municipal.

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