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ESTRUTURAS_BIOGENICAS

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ESTRUTURAS BIOGÊNICAS
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CONCEITOS
Restos de organismos ou evidências deixadas por comunidades que viveram nos ambientes de sedimentação  restos de vertebrados e invertebrados, pistas de vertebrados e invertebrados, excrementos, tubos, perfurações em rochas duras, etc. 
TIPOS:
1- PARTES DURAS DE ESQUELETOS (FÓSSEIS)
2- MATÉRIAS EXCRETADAS (PELOTAS FECAIS)
3- MATÉRIA ORGÂNICA
4- ESTROMATÓLITOS E LAMINITES CRYPTALGAL
5- TRAÇOS FÓSSEIS (TRACE FOSSILS)
*
1- PARTES DURAS DE ESQUELETOS (FÓSSEIS) 
 dão indicação sobre tipo de ambiente 
 direção de paleocorrentes (orientação das partes esqueletais alongadas); quando transportados não servem como indicadores de ambiente
*
Moldes de conchas de braquiópodes, hastes de crinóides e outros detritos fósseis em calcários devonianos (Pettijohn & Potter, 1964)
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Parafusulinídeos bem orientados (Pettijohn & Potter, 1964)
*
Conchas de braquiópodes (Pettijohn & Potter, 1964)
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2- MATÉRIAS EXCRETADAS (PELOTAS FECAIS E COPRÓLITOS)
 coprólitos - matéria orgânica excretada por vertebrados; grandes (vários cm) 
 pelotas fecais (pellets) - excretadas por invertebrados; abundantes nos ambientes aquáticos  de maré e mar aberto, as vezes em água doce
*
Coprólitos e ostracodes da For. Santana, Bacia do Araripe
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PELOTAS FECAIS
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4- ESTROMATÓLITOS
 origem do nome: palavras gregas  strôma = manta, tapete e lithos = pedra 
 este termo foi utilizado originalmente para caracterizar camadas calcárias constituídas por finas estruturas laminadas mais ou menos planas, encontradas em rochas do Triássico do norte da Alemanha (Buntsandstein) 
 os primeiros foram descritos na primeira metade do século 19 mais o nome estromatólito  usado só a partir de 1908
 origem biológica só confirmada em1930 com base em estudos de estromatólitos modernos 
 
*
4- ESTROMATÓLITOS
 uma das definições mais aceitas atualmente caracteriza os estromatólitos como  estruturas organo-sedimentares produzidas pelo aprisionamento, retenção e/ou precipitação de sedimentos resultante do crescimento e da atividade metabólica de microorganismos, principalmente cianofíceas (algas verdes-azuis) 
 diversos outros microorganismos secretores de mucilagem, associados em comunidades construtoras de "tapetes" orgânicos (principalmente procariotas fotoautróficos filamentosos) podem também originar os estromatólitos
	
*
4- ESTROMATÓLITOS
Vários termos foram também propostos para especificar os estromatólitos: 
trombólito  designa estromatólitos criptoalgais que não apresentam um arcabouço laminado distinto, mas de aspecto "coagulado“ 
 microbialitos  denominação mais genérica proposta para referir-se a qualquer depósito organo-sedimentar formado pela interação entre comunidades microbiais bentônicas e sedimentos químicos ou detríticos, englobando neste caso tanto os estromatólitos quanto os trombólitos, oncólitos e tapetes algais 
 estromatoporóide é usado para estruturas semelhantes a estromatólitos, porém de origem incerta ou duvidosa 
*
4- ESTROMATÓLITOS
 representam uma das mais antigas evidências de atividade orgânica na Terra, alguns datando de aproximadamente 3 Ga 
 durante o Pré-Cambriano e um pouco menos no início do Paleozóico, constituíram impressionantes estruturas recifais 
 considerados fósseis porque consitituem evidências de atividades biológicas ocorridas no passado 
 cianobactérias que participavam de sua construção foram possivelmente responsáveis pela geração de parte do oxigênio da antiga atmosfera terrestre, sendo a forma de vida dominante por mais de 2 bilhões de anos
*
Cianobactérias atuais e fósseis
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4- ESTROMATÓLITOS
 consistem de lâminas internas finas e convexas 
 laminações apresentam espessuras < vários mm, consistindo de micrita, pelóides e detritos esqueletais finos
 variam de forma planar (cryptalgal laminites) mostrando efeito de dessecação  a domos (como repolho)  e colunas (forma de charuto) 
 nas formas planares a origem cryptalgal da lâmina é mostrada por pequenas ondulações 
*
Estromatólitos nas Baía de Shark, Austrália
*
Esquema de formação dos estromatólitos
*
4- ESTROMATÓLITOS
 embora fossem abundantes nos oceanos do Pré-Cambriano, estromatólitos são raros nos oceanos modernos
 são observados atualmente em lagos salinos alcalinos, porém ocorrem também em lagos menos salinos de regiões frias 
 ocorrem em grande quantidade em Shark Bay, Austrália, associados a lagunas hipersalinas; nesta região ocorrem tanto nas zonas intermaré como inframaré, sendo a sua geometria muito afetada pela energia do ambiente
 em áreas protegidas as estruturas são alongadas e amplas, porém nas regiões inframaré os pilares alcançam maiores dimensões, crescendo a profundidades de até 3,5 metros
*
Grupo de estromatólitos colunares crescendo sobre areias oolíticas em lâmina d’água de 3 m. Laguna de Hamelin, Shark Bay, Austrália. (Fotografia: P. Playford). 
Crescimento de estromatólitos recentes em ambiente lacustre hipersalino. O espaço entre as estruturas é preenchido por areias de composição bioclástica. Lagoa Salgada, Campos, Rio de Janeiro. 
*
Mapa de ocorrência de estromatólitos no Brasil
*
*
4- ESTROMATÓLITOS
 em direção às zonas mais rasas, perdem gradualmente o seu relevo, de tal forma que na zona intermaré superior predominam os tapetes algais estratiformes 
 exemplo atual de crescimento de estromatólitos em ambientes não marinhos é representado pela lagoa Salgada, próxima ao Cabo de São Tomé, no norte do Estado do Rio de Janeiro
 nesta área, as estruturas estromatolíticas não chegam a atingir grandes dimensões verticais. 
 o que pode estar relacionado ao gradual recuo das margens da lagoa, causando a exposição das estruturas recém-construídas e dos tapetes algais 
*
4- ESTROMATÓLITOS
 um dos principais problemas relacionados ao estudo dos estromatólitos está em sua classificação e nomenclatura
 sua descrição envolve a caracterização de um ecossistema constituído geralmente por mais de um organismo, e não a descrição isolada de um indivíduo
 a dificuldade e inconsistência da aplicação de uma nomenclatura binominal (linneana) tem sido bastante discutida e condenada 
 a importância econômica do estudo dos estromatólitos reside no fato de algumas formas apresentarem grandes concentrações de fosfato em sua estrutura, constituindo grandes reservas deste composto.
*
4- ESTROMATÓLITOS
 na bacia de Sergipe, construções recifais de algas solenoporáceas de grandes dimensões são comuns na Formação Riachuelo, principalmente no Albiano médio
 oncólitos e outras pequenas estruturas algais distribuem-se por toda esta formação
 em rochas permianas da Formação Aracaré, que afloram na porção sul da bacia de Alagoas, são comuns pequenos estromatólitos e tapetes algais silicificados,
*
Associação de estromatólitos colunares. Grupo Bambuí, Proterozóico Superior, Bahia (foto: A. Mainieri)
Estromatólito da Formação Aracaré, Permiano da Bacia de Alagoas (cerca de 270 milhões de anos)
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TRAÇOS FÓSSEIS (TRACE FOSSILS) ou ICNOFÓSSEIS)
 variam de estruturas discretas e bem organizadas a estruturas de bioturbação, interrompendo e destruindo feições primárias 
 podem ser atribuídos a um organismo particular e/ou atividade 
 são nomeadas em latim 
 ocorrem abaixo, na superfície e dentro das camadas 
 impossível reconhecer o tipo de organismo responsável, pode-se deduzir o comportamento do animal
 traços similares podem ser produzidos por diferentes organismos se eles têm modo de vida semelhante
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TRAÇOS FÓSSEIS (TRACE FOSSILS) ou ICNOFÓSSEIS)
 Importância  informação sobre ambiente deposicional e variação de profundidade  certos fósseis traços ou conjuntos são característicos de um ambiente particular 
 sedimentos podem ser subdivididosem ichnofácies
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TRAÇOS FÓSSEIS (TRACE FOSSILS) ou ICNOFÓSSEIS)
 GRUPOS:
Estruturas de alimentação (Feeding structures)
Estruturas de moradia (Dwelling structures)
Traços de arrasto (Crawling traces)
Traços de repouso (Resting traces)
Traços de pastagem (Grazing traces)
 
*
TRAÇOS FÓSSEIS (TRACE FOSSILS) ou ICNOFÓSSEIS)
 Estruturas de alimentação (Fodchnia)
 intra-estratal 
 formadas por organismos comedores de sedimento epibênticos e endobênticos, viventes dentro de sistemas de tocas 
 fóssil traço consiste de uma rede de tocas preenchidas, ramificadas ou não
 ex. encontrados nos sedimentos de plataforma do Fanerozóico  Chondrites e Zoophycos 
*
ESTRUTURAS DE ALIMENTAÇÃO (Fodchnia)
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Estrutura de alimentação (feeding structures; Fodchnia), feita por Paraonis, consistindo de sistemas de tocas em espiral e meandrante
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TRAÇOS FÓSSEIS (TRACE FOSSILS) ou ICNOFÓSSEIS)
 Estruturas de moradia ou de morada (Domichnia)
 maioria das vezes tocas ou covas 
 formadas principalmente por organismos endobenticos sésseis e semi-sésseis  comedores de suspensões, de carniça e predadores 
 tocas podem ser simples tubos verticais, em forma 	de U ou sistemas de tocas mais complicados 
 
			
*
TRAÇOS FÓSSEIS (TRACE FOSSILS) ou ICNOFÓSSEIS)
 Diplocraterion
 tocas em forma de U, com lâminas côncavas (chamada Spreite)  formadas por movimento do animal para cima e para baixo como resposta a erosão e sedimentação 
 Ophiomorpha e Thalassinoides 
	 tocas ligadas por “pellets” ou lama, o que as diferencia das de alimentação  tocas de crustáceos de ambientes intermaré raso a inframaré 
 Skolithos 
	 tubo simples vertical, comum em zonas interma-
 rés
*
 Estruturas de moradia ou de morada (Domichnia)
*
Estrutura de habitação ou de moradia (dweling structures; Domichnia ) feita por Nereis
Skolithos - tubo simples vertical, comum em zonas intertidais 
*
TRAÇOS FÓSSEIS (TRACE FOSSILS) ou ICNOFÓSSEIS)
 Traços de arrasto (Repchnia)
 feitos por qualquer animal móvel  trilobitas a dinossauros 
 típicos de predadores, animais comedores de carniça e alguns comedores de sedimento 
 trilhas usualmente lineares ou sinuosas e menos complicadas se comparadas com as de alimentação e de pastagem 
 Cruziana 
 trilha de forragem de trilobitas; comuns na base e topo de arenitos do Paleozóico inferior; pegadas de dinossauros comuns no Mesozóico e Cenozóico
 
*
Traços de arrasto (Repchnia)
*
Traços de arrasto ou de rastejo (crawling traces; Repichnia)
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TRAÇOS FÓSSEIS (TRACE FOSSILS) ou ICNOFÓSSEIS)
 Traços de repouso (Cubchnia)
 formados por animais epibenticos vágeis 
 impressões mostrando a forma mais larga do animal 
 Asteriacites 
 impressões de estrelas-do-mar encontradas no registro geológico
 
*
Traço de repouso (Cubchnia)
*
Traços de repouso (resting traces; Cubchnia). Impressões de estrelas do mar (Asteriacites)
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Traços de rastejo (crawling traces; Repichnia)
Traços de repouso (resting traces; Cubchnia) feito por uma foca
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TRAÇOS FÓSSEIS (TRACE FOSSILS) ou ICNOFÓSSEIS)
Traços de pastagem (Pascichnia)
 
 produzidos principalmente por organismos epibenticos, móveis, comedores de sedimento, que se alimentam na ou próximo a superfície 
 epiestratais  localizadas na superfície 
 consistem de sulcos curvados, espiralados ou radiais, formados por organismos que ingerem sedimentos 
 Helminthoides e Nereites - típicos de sedimentos de água profunda 
 
 
	
*
Traços de pastagem (Pascichnia)
*
Traços de pastagem (browsing traces; Pascichnia), feitos por Nereis
*
TRAÇOS FÓSSEIS (TRACE FOSSILS) ou ICNOFÓSSEIS)
CLASSIFICAÇÃO DOS ICNOFÓSSEIS COM BASE NA TOPOLOGIA (RELAÇÃO COM CAMADAS ADJACENTES)
 
Endichnia  dentro da camada superior
Exichnia  dentro da camada inferior
Epichnia  na superfície da camada superior 
 Hipichnia  na superfície da camada inferior
 
*
Nomenclatura estratonômica de fósseis traços, baseada no principal meio de preservação. 
*
TIPOS ADICIONAIS DE TRAÇOS FÓSSEIS 
Estrutura de escape
 tipo adicional de fóssil traço 
 tubos cortando e curvando a laminação sedimentar 
 formam-se quando organismos são cobertos por sedimentos e tentam recuperar a posição anterior em relação à superfície  deixando para trás estruturas de escape
 
 
 
 
*
Traço de escape de Macoma 
Diagrama mostrando os vários caminhos da Mya reagindo aos processos de sedimentação erosão
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TIPOS ADICIONAIS DE TRAÇOS FÓSSEIS 
Buracos (Borings)
 tipo de fóssil traço mais comum em calcários 
 distinguem-se de tocas (burrows) por serem feitos 	no substrato duro (hardground), esqueleto carbonático ou concreção retrabalhada
*
Buracos (borings) escavado por moluscos, em lamito, preenchido por areia
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TIPOS ADICIONAIS DE TRAÇOS FÓSSEIS 
CAMADAS COM RAÍZES FÓSSEIS (ROOTLET BEDS)
 sistemas de raízes interrompendo as estruturas internas de camadas 
 arranjo vertical e horizontal 
 freqüentemente carbonizadas, ocorrendo como veios pretos 
 outras preservadas como impressões 
 identificação indica crescimento in situ de plantas  condições subaéreas 
 carvão parece ocorrer abaixo dessas camadas
 
 
 
*
CAMADAS COM RAÍZES FÓSSEIS
*
Tubos e bioturbação
*
USO DE FÓSSEIS TRAÇOS EM ESTUDOS SEDIMENTARES
 
 importantes informações para interpretações ambientais 
 profundidade da água 
 salinidade 
 nível de energia 
 importantes onde partes do esqueleto estão ausentes 
 
 
 
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TIPOS ADICIONAIS DE TRAÇOS FÓSSEIS 
 podem dar indicação de taxa de sedimentação
  horizontes intensamente bioturbados, camadas com traços de alimentação e pastagem bem preservados e complexos e superfícies esburacadas  refletem lentas taxas de sedimentação
 tocas em forma de U como Spreite e estruturas de escape  refletem rápida sedimentação 
 
 
 
*
TIPOS ADICIONAIS DE TRAÇOS FÓSSEIS 
 podem dar indicação de consistência do sedimento 
 se o sedimento está mole as pistas deixadas podem ser transmitidas através das lâminas subjacentes
 quando tocas são preenchidas por sedimento grosso ou são litificadas durante diagênese precoce, sedimentos circundantes são freqüentemente compactados ao redor da toca preenchida
 
	
 
 
 
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TIPOS ADICIONAIS DE TRAÇOS FÓSSEIS 
 podem mostrar orientação preferencial refletindo correntes contemporâneas 
 servem para mostrar inversão (way up) de estratos